BCP com prejuízos de 251,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano

As imparidades continuam a penalizar as contas do BCP que fechou os primeiros três trimestres do ano com um prejuízo de 251,1 milhões de euros.

O Banco Comercial Português (BCP) fechou os primeiros nove meses do ano com um prejuízo de 251,1 milhões de euros, anunciou o banco em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

O banco liderado por Nuno Amado diz que este resultado é “impactado pelo reforço não habitual para imparidades“, que terá sido negativo em 53,8 milhões de euros no terceiro trimestre do ano.

O BCP adianta no mesmo comunicado que 2016 foi um “ano muito condicionado por dotações não habituais para imparidades relacionadas com a carteira legacy, com o objetivo de reforçar as coberturas para crédito“.

As perdas registadas nos primeiros nove meses do ano comparam com os lucros obtidos em igual período de 2015, de 264,5 milhões de euros. Já sem os itens habituais, o resultado líquido cifrar-se-ia nos 74,5 milhões de euros, que compara com 6,5 milhões de euros no mesmo período de 2015.

A atividade do banco liderado por Nuno Amado em Portugal teve um contributo negativo de 394,3 milhões de euros para o resultado líquido da instituição. Já a atividade internacional contribuiu positivamente com 134,8 milhões de euros.

Dos itens não habituais fazem parte as imparidades e provisões constituídas ao longo do período em análise que passaram de 730,7 milhões de euros em 2015 para os 1.113 milhões de euros em 2016. As imparidades de crédito por exemplo atingiram os 870,6 milhões de euros, que compara com os 613,6 milhões de euros registados no período homólogo do ano anterior. Já a rubrica outras imparidades e provisões mais do que duplicou, atingindo os 242,8 milhões de euros contra os 117 milhões de euros registados nos primeiros nove meses de 2015 devido ao impacto da desvalorização de fundos de reestruturação empresarial.

O resultado core do banco, que agrega a margem financeira e as comissões, subtraindo os custos operacionais atingiu os 665,8 milhões de euros, uma melhoria face aos 614,1 milhões de euros registados no período homólogo de 2015. No entanto o produto bancário caiu 15,3% para os 1.571,9 milhões de euros.

Já os custos operacionais caíram cerca de 5% para os 722,4 milhões de euros.

O rácio de Common Equity Tier 1 (CET1) phased é no final de setembro de 12,2%, que compara com os 13,2 % registado em setembro de 2015. Já o CET1 fully era em setembro de 9,5%, que compara com os 10% registado no período homólogo de 2015.

 

 

 

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