Marcelo participa em ‘road show’ da Caixa

Presidente da República vai estar no Porto, dentro de um mês, para apoiar a emissão de dívida da Caixa Geral de Depósitos, um passo fundamental para a recapitalização do banco público.

O Presidente da República anunciou esta manhã que vai participar num road show para promover a venda de obrigações da Caixa Geral de Depósitos, dentro de um mês, no Porto.

“Estarei aqui no Porto para apoiar essa emissão, dentro de um mês, em encontro com empresários e investidores nacionais e internacionais”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. “É uma missão nacional”, acrescentou em declarações aos jornalistas, recusando fazer um comentário à demissão de Matos Correia da presidência da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.

De acordo com fontes do ECO, a CGD vai realizar um encontro empresarial com clientes no Porto e, em paralelo, o presidente do banco, Paulo Macedo, vai organizar um encontro entre o Presidente da República e os bancos colocadores da operação, que ainda não estão escolhidos. Será nesse encontro, à margem da iniciativa comercial da CGD junto de clientes empresariais, que o Presidente da República terá a oportunidade de ‘vender’ o país e a respetiva situação económica e financeira.

É o grande objetivo dentro de um mês”, sublinhou o Chefe de Estado, frisando que o banco “tem o grande desafio: fazer uma emissão de obrigações que são fundamentais para capitalizar a Caixa”. Em causa está a emissão de dívida subordinada no valor de 500 milhões, uma operação que deverá ocorrer no final de março ou início de abril, tendo em conta os timings apresentados por Marcelo para o road show.

Esta colocação deverá ser feita junto de investidores institucionais privados, não relacionados com o Estado português.

A primeira fase do processo passou pela conversão de 945 milhões de euros de capital contingente (CoCos) que o Estado subscreveu em 2012 e a passagem de 500 milhões de euros em ações da Parcaixa. Mas o objetivo final é que o Estado venha a injetar 2,7 milhões de euros.

O aumento de capital fica concluído com a emissão de mil milhões de euros em de dívida subordinada de elevado risco, uma das exigências das autoridades europeias, para que a operação não seja classificada como ajuda de Estado. Esta operação custará ao banco, anualmente, cerca de 100 milhões de euros, um valor elevado que responde a um juro que ronda os 10%. Um prémio que se justifica porque esta dívida de elevada subordinação significa que estas obrigações são as primeiras a responder em caso de bail-in (resgate).

(Notícia atualizada às 15h56 com informação detalhada sobre a iniciativa da CGD).

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