DCIAP prefere não chamar já Azeredo Lopes a depor

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

O DCIAP não tenciona ouvir tão cedo o ex-ministro Azeredo Lopes, no âmbito da investigação que apura em que circunstâncias se deu o reaparecimento do material militar furtado em Tancos.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) não tenciona chamar já o ex-ministro da Defesa Nacional a prestar depoimento no âmbito do caso da recuperação do material militar roubado em Tancos. Antes de ouvir Azeredo Lopes, os investigadores querem apurar de forma mais detalhada as circunstâncias do reaparecimento do armamento furtado, avançou o Público (acesso condicionado), sem indicar como obteve a informação.

Esta quinta-feira, soube-se que Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do antigo governante, assumiu em tribunal ter dado conhecimento a Azeredo Lopes do memorando onde estava descrita a operação clandestina da Polícia Judiciária Militar, que resultou na recuperação do armamento, mas à margem da lei. Enquanto ministro, Azeredo Lopes sempre negou ter conhecimento da operação consumada na Chamusca.

Na sequência da notícia, o ex-ministro disse, numa nota enviada à Lusa, ter contactado o DCIAP para manifestar “completa disponibilidade e interesse” em ser ouvido acerca do caso de Tancos. O ex-ministro também disse reiterar tudo o que afirmou “até à data” no âmbito deste caso. Mas a Procuradoria-Geral da República informou, depois, que não há “qualquer diligência agendada” no âmbito da Operação Húbris, como foi apelidada a investigação à alegada operação clandestina.

O Público reitera que já é certo que dois dos arguidos da GNR que tinham optado por não falar perante o juiz de instrução criminal mudaram recentemente de ideias. O advogado de defesa já terá requerido que possam voltar a ser ouvidos pelo juiz João Bártolo. Os depoimentos deverão fornecer mais detalhes aos investigadores acerca do que terá sucedido na noite em que o material foi recuperado, sendo que as autoridades ainda estão a tentar apurar a identidade de todos os responsáveis envolvidos no furto do material que estava depositado nos Paióis Nacionais de Tancos.

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