Imobiliário acaba ano com recordes. Segmento comercial vendeu tanto durante 2018 como entre 2008 e 2014

Grande parte do capital transacionado foi no setor do retalho, seguido pelos escritórios. Grandes negócios como a venda do Lagoas Park e do Dolce Vita Tejo contribuíram para os resultados.

O investimento em imobiliário comercial em Portugal deve atingir os 3,3 mil milhões de euros em 2018. O valor é um recorde para o nosso país, e representa um crescimento de 74% em relação ao ano anterior. Vendeu-se tanto durante o ano que passou como na soma dos sete anos entre 2008 e 2014.

Quase metade do capital transacionado foi em retalho (45%), impulsionado pelo comércio de rua, e um quarto foi para escritórios, de acordo com os dados da JLL. A grande maioria dos investidores é de origem externa, que apostaram em Portugal num “volume nunca antes visto”, aponta a imobiliária.

Em todas as áreas verificou-se um desempenho robusto sendo que, na ocupação e vendas nos escritórios, e na habitação, atingiram-se novos máximos. A ocupação nos escritórios está prevista chegar aos 210.000 metros quadrados, o que é um máximo nos últimos 10 anos. Já na habitação o número de casas vendidas subiu 19%, com os preços a aumentarem acima dos 10% no país e dos 20% em Lisboa.

A contribuir para estes resultados estiveram também os negócios de venda do Lagoas Park, do Dolce Vita Tejo e do portefólio da Blackstone. O portefólio da Fidelidade e a Plataforma Logística na Azambuja, ocupada pela Sonae, estiveram também no centro de operações que tiveram um papel preponderante no mercado.

Os setores da hotelaria, onde se registaram transações de ativos hoteleiros no total aproximado de 200 milhões de euros, e do retalho, “continuam em forte crescimento”. “Neste momento, só a oferta é um constrangimento real a uma maior aceleração da atividade, por não conseguir ainda acompanhar a procura latente”, indica Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL Portugal, citado em comunicado.

A previsão da JLL é que 2019 continue a registar resultados fortes. O ano que agora se iniciou “será o ano dos projetos de maior escala e da construção de raiz, onde a produção de escritórios, lojas, hotéis e habitação, vem dar resposta ao aumento da procura e à necessária renovação do stock”, antecipa Pedro Lancastre.

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