Juros da casa sobem para máximos de agosto de 2016

Após uma queda em novembro, a taxa de juro implícita no crédito da casa voltou a acelerar em dezembro. Nos contratos mais recentes, a tendência foi contudo de queda.

Após uma travagem, os juros do crédito da casa voltaram a acelerar no final do ano passado. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro média do crédito à habitação fixou-se em dezembro nos 1,053%, o nível mais elevado em quase dois anos e meio.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação aumentou 0,4 pontos base (p.b.) em dezembro em relação a novembro, fixando-se nos 1,053%”, dá nota o organismo público de estatísticas, nesta sexta-feira. Seria necessário recuar até agosto de 2016, para ver a taxa num patamar mais elevado.

Já nos empréstimos mais recentes, o rumo foi contrário. “Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu para 1,424%, menos 2,8 p.b. do que o observado no mês anterior”, acrescenta o INE.

Juros da casa retomam subidas em dezembro

Fonte: INE

Para a totalidade do ano, a tendência foi no sentido de um crescimento, com a taxa de juro média a fixar-se nos 1,035%, 1,5 p.b. acima do ano anterior. Este movimento acompanha a recuperação dos indexantes usados nos créditos para a compra de casa a que se assistiu no ano passado.

No que respeita à prestação vencida também se registou um aumento do respetivo valor no último mês do ano. Em dezembro, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação vencida aumentou um euro, para 244 euros. “Deste valor, 46 euros (19%) correspondem a pagamento de juros e 198 euros (81%) a capital amortizado”, especifica o INE. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou três euros em dezembro, para 332 euros.

Por sua vez, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 24 euros face ao mês anterior, fixando-se em 52.376 euros, um máximo desde agosto de 2015. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida subiu 682 euros para 99.593 euros, o valor mais alto desde pelo menos o início de 2009, quando se inicia o histórico do INE.

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