Ritmo de crescimento da economia da Zona Euro em máximos de 15 anos

A economia da Zona Euro está a recuperar fortemente no segundo trimestre deste ano, exibindo o maior crescimento económico dos últimos 15 anos. A comparação é feita com o pior momento da pandemia.

A atividade económica da Zona Euro cresceu em junho ao ritmo mais elevado dos últimos 15 anos. Estes números divulgados pela consultora IHS Markit refletem a reabertura da economia no segundo trimestre fruto do alívio das restrições e a confiança injetada pelo processo de vacinação. A recuperação começa a ser cada vez mais generalizada entre os vários setores.

O PMI compósito da Zona Euro aumentou de 57,1 pontos em maio para os 59,2 pontos em junho, de acordo com a estimativa preliminar. Este é o valor mais elevado desde junho de 2006 e o terceiro mês consecutivo em que a economia europeia acelerou. Porém, é de notar que este crescimento homólogo é calculado com uma base baixa de 2020 por causa do impacto da pandemia nos seus primeiros meses.

O economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, nota que a recuperação começou no setor industrial mas já contagiou os setores dos serviços, especialmente nas áreas em que há contacto humano. O especialista explica que as medidas de contenção do vírus em vigor são as menos restritivas desde setembro e que deverão continuar a ser aliviadas em julho para o nível de restrição mais baixo desde que a pandemia começou.

A evolução do PMI da IHS Markit e do PIB da Zona Euro.

“Os programas de vacinação também estão a registar um progressivo impressionante”, elogia Chris Williamson, assinalando que tal “facilita” uma maior atividade económica nos setores dos serviços em particular e injeta confiança nos consumidores e nos empresários, o que estimula o consumo privado e contratação.

Os dados existentes até ao momento indicam uma “expansão impressionante” do PIB europeu no segundo trimestre, “seguido de um crescimento ainda mais forte no terceiro trimestre”, antecipa.

A IHS Markit refere ainda que os preços cobrados pelos bens e serviços aumentaram a uma taxa sem precedentes uma vez que a procura tem superado a oferta. Contudo, como mostram os dados da inflação do Eurostat, tal deve-se principalmente a fatores temporários e à baixa base de comparação em 2020.

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