Há 182 idosos por cada 100 jovens em Portugal

O envelhecimento demográfico está a acentuar-se em Portugal. Índice de idosos por cada 100 jovens era de 128 em 2011 e 102 em 2001, subindo agora para 182, mostram resultados dos Censos.

Já se sabe que Portugal é um país envelhecido, mas os resultados provisórios dos Censos 2021 ajudam a pintar uma imagem mais clara da população residente no país: existem 182 idosos por cada 100 jovens. Este índice era de 128 em 2011 e 102 em 2001, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O aumento do índice de envelhecimento, que compara a população com 65 e mais anos com a população dos 0 aos 14 anos, aconteceu em todas as regiões do país, com o Centro e o Alentejo a apresentarem os valores mais elevados em 2021: 229 e 219 idosos por cada 100 jovens, respetivamente.

Por outro lado, Região Autónoma dos Açores, Área Metropolitana de Lisboa e Região Autónoma da Madeira têm os índices mais baixos com 113, 151 e 157 idosos por 100 jovens.

Ao nível dos municípios, verifica-se que o interior do país concentra mais concelhos com um índice de envelhecimento elevado. Além da dicotomia generalizada entre o litoral e o interior, observa-se também que as regiões Centro e Norte apresentam os territórios mais envelhecidos.

Os dados provisórios dos Censos mostram que se “acentuaram os desequilíbrios na distribuição da população pelo território, com uma maior concentração da população no litoral e junto à capital”, segundo sublinha o INE. Outra tendência registada no país é o aumento da população estrangeira residente em Portugal, que cresceu cerca de 40% face a 2011, fixando-se em 555.299 pessoas.

A data inicialmente prevista para a publicação destes dados era 28 de fevereiro 2022, mas foi possível antecipar “devido à elevada adesão da população à resposta digital e à eficácia do sistema de tratamento e validação dos dados pelo INE”, como tinha já explicado o organismo no anúncio da divulgação.

Arrendamentos aumentam 16% numa década

Os Censos incluem também informação acerca da forma como os portugueses vivem, revelando que o número de alojamentos arrendados aumentou 16% nos últimos dez anos. Atualmente, os alojamentos ocupados em regime de arrendamento representam mais de um quinto do total, tendo a sua importância vindo a ser reforçada.

A maioria dos alojamentos de residência habitual continua assim a ser ocupada pelo proprietário (70%), mas esta percentagem tem vindo a cair ao longo das últimas décadas, segundo sinaliza o INE. O Centro é a região com maior percentagem de alojamentos ocupados pelo proprietário (77,3%), enquanto a Área Metropolitana de Lisboa é o território onde o regime de arrendamento tem maior expressão, com 29,2% dos alojamentos ocupados por arrendatários.

Olhando para aqueles que escolhem arrendar, a maioria paga dos 650 euros aos 999,99 euros pela renda, um escalão que concentra 40,4% dos alojamentos ocupados por arrendatários. Já 2,2% paga mil euros ou mais todos os meses pela casa.

Quanto ao escalão com as rendas mais baixas, de menos de 100 euros, este tem um peso de 16% do total. Outro escalão com alguma representatividade é entre 400 a 649,99 euros de renda, que concentra 21% dos alojamentos em 2021.

(Notícia atualizada pela última vez dia 22 de dezembro após correção do INE dos escalões de arrendamento)

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