Ryanair lança 13 novas rotas para o verão de 2017

Companhia aérea irlandesa espera atingir os três milhões de passageiros em Lisboa e 2,4 milhões em Faro.

A Ryanair vai reforçar a aposta em Portugal. No verão do próximo ano, a companhia aérea low cost vai oferecer 13 novas rotas, em Lisboa e em Faro, passando, assim, a contar com mais de 50 rotas nestas duas cidades. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira, num encontro de Michael 0’Leary, CEO da Ryanair, com a imprensa, em Lisboa.

Bolonha (Itália), Glasgow (Escócia), Luxemburgo, Toulouse (França) e Wrocklaw (Polónia) são os cinco novos destinos para onde a Ryanair vai voar a partir de Lisboa. Além destes, passa a ligar a capital à Terceira, nos Açores, como já tinha sido anunciado, e terá mais frequências para Ponta Delgada, passando a voar 15 vezes por semana para a cidade açoriana.

Com a criação destas rotas, a companhia aérea irlandesa prevê passar a transportar três milhões de clientes por ano no aeroporto da Portela, valor que, a confirmar-se, vai corresponder a um crescimento de 13% até 2017. Ao mesmo tempo, deverá passar a responder por 2200 empregos neste aeroporto.

Já a partir de Faro, a low cost irlandesa vai passar a voar para Aberdeen (Escócia), Cardiff (País de Gales), Hamburgo (Alemanha), Londres (Inglaterra), Marselha (França), Newcastle (Inglaterra), Newquay (Cornualha) e Varsóvia (Polónia). Estas novas rotas vão permitir à Ryanair passar a transportar 2,4 milhões de passageiros, por ano, de e para o aeroporto algarvio, um aumento de 19%, contribuindo para a criação de 1800 empregos.

Novos voos da Ryanair

Fonte: Ryanair
Fonte: Ryanair

Contas feitas, a Ryanair vai passar a oferecer mais de 100 rotas de e para Portugal no próximo ano.

No âmbito do lançamento destas rotas, a Ryanair avançou com uma campanha de descontos. Há 100 mil voos a partir de 14,99 euros, disponíveis até à meia-noite de segunda-feira, dia 26 de setembro. Os bilhetes devem ser comprados no site da Ryanair.

O’Leary quer ultrapassar a TAP em três anos

Com a operação reforçada, a Ryanair espera transportar 9,5 milhões de passageiros para Portugal no próximo ano. “Quero ver esse número duplicar para mais de 18 milhões de passageiros nos próximos cinco a seis anos”, antecipou Michael O’Leary. A companhia aérea será impulsionada, entre outros fatores, pelo clima de insegurança que se faz sentir em destinos concorrentes. “2017 será um ano de grande crescimento para Portugal, uma vez que os turistas da Escandinávia, Reino Unido, Polónia e outros países, que há uns anos iriam para o Egito, Turquia ou Tunísia, agora vêm para Portugal, porque procuram destinos seguros”, comentou O’Leary.

Esse crescimento, antecipa o CEO da companhia aérea, será suficiente para ultrapassar a TAP até 2019. “Somos a companhia número um na maioria dos países. Em Portugal, ainda somos a número dois, mas estamos a fechar esse gap e esperamos superar a TAP em cerca de três anos”, referiu.

Ainda sobre a TAP, O’Leary acredita que a decisão do Governo de comprar 50% da companhia aérea de bandeira foi “errada”. “A TAP ficaria melhor sendo privada, porque o setor privado é capaz de lidar com reestruturações e outros assuntos que o governo é incapaz de resolver”, rematou.

“Queremos o Montijo aberto, vendido e operado por alguém que não a ANA”

O’Leary aproveitou a apresentação à imprensa para voltar a bater na tecla Montijo. “O grande desafio que enfrentamos em Lisboa são os constrangimentos de capacidade, que são artificiais”, lamentou. “Este ano, gostaríamos de ter baseado mais dois ou três aviões em Lisboa, mas a ANA impediu-nos, dizendo-nos que o aeroporto só tem capacidade para fazer 35 a 40 movimentos por hora”, referiu. Para a Ryanair, contudo, Lisboa deveria ser “tão eficiente quanto Gatwick”, que “opera entre 50 e 55 voos por hora”.

Por isso, a companhia aérea irlandesa vai “continuar a pressionar tanto a ANA quanto o Governo”, para que aumentem a capacidade em Lisboa e avancem com a abertura do Montijo para complementar o aeroporto da Portela. “Gostaríamos de ver o Montijo, vendido e operado por outra entidade que não a ANA”, sublinhou O’Leary.

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