Mourinho Félix: Procura de obrigações de retalho excede largamente a oferta

O valor da terceira emissão de obrigações para o retalho foi alargado para 1.500 milhões, montante que segundo o governante já terá esgotado.

A terceira emissão de obrigações para o retalho (OTRV), cuja subscrição decorre até ao final desta semana, já estará esgotada. Segundo afirmou esta manhã o secretário de Estado adjunto do Tesouro e das Finanças, Mourinho Félix, a procura de OTRV por parte dos investidores de retalho nacionais “excede já hoje largamente a oferta disponível”.

Esta emissão cujo prazo de subscrição termina a 25 de novembro, começou por ser de 500 milhões euros, para poucos dias depois o montante ser aumentado para 1.500 milhões de euros, devido à forte adesão dos investidores.

Tal como avançou o ECO no dia seguinte ao arranque do período de subscrição da terceira emissão de OTRV (14 de novembro), bastaram oito horas para que os 500 milhões de euros iniciais tivessem sido totalmente esgotados face ao elevado nível de procura.

Na cerimónia de encerramento da conferência anual da ASFAC que decorreu esta terça-feira de manhã, Mourinho Félix, destacou a forte adesão dos pequenos investidores aos instrumentos financeiros disponibilizados pelo Estado, naquele que considera ser um sinal de confiança em relação ao futuro da economia nacional, que também é reconhecido pelos investidores internacionais.

O secretário de Estado do governo de António Costa dá como exemplo o reembolso antecipado de dois mil milhões ao FMI que anunciou esta manhã. “Este reembolso só foi possível porque os investidores acreditam em Portugal. Só assim pudemos colocar duas emissões de obrigações de retalho junto de investidores de retalho, no âmbito do programa de OTRV que lançámos este ano”, diz Mourinho Félix, acrescentando que “só desta forma, é possível assegurar que existe apetite junto dos aforradores para uma terceira emissão que será colocada no final deste mês, cuja procura excede já hoje largamente a oferta disponível”.

Mourinho Félix acrescentou ainda que a forte procura por OTRV não está a penalizar os restantes produtos disponibilizados pelo Estado. “A operação das OTRV, ao contrário do que seria de esperar, não levou as famílias portuguesas a desmobilizarem os certificados de aforro ou os certificados do Tesouro para o colocar no novo produto de investimento. Pelo contrário, a subscrição destes produtos ditos tradicionais continuou a ter um contributo importante e até aumentou“, rematou o secretário de Estado.

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