Lusiaves aposta na internacionalização e quer duplicar faturação até 2026

Grupo vai investir num centro de distribuição em Espanha. Objetivo é aumentar as exportações e conquistar novos mercados. Grupo quer faturar mil milhões de euros dentro de dez anos.

O grupo Lusiaves, líder nacional no setor da carne de aves, está a apostar fortemente na internacionalização. A ideia é aumentar as exportações que, neste momento, rondam os 40 milhões de euros, cerca de 10% do total da faturação. Para isso o grupo irá investir num centro de distribuição em Espanha.

Avelino Gaspar, presidente e fundador do grupo que acaba de festejar o 30º aniversário, adianta ao ECO que “o local ainda não está escolhido, mas estamos a analisar várias situações e, a seu tempo, iremos decidir”. Também a verba afeta a essa expansão está ainda por determinar.

Certo é que o grupo tem previsto um montante de investimento de 200 milhões de euros a repartir pelos próximos cinco anos. O objetivo deste investimento “será o de manter a liderança em Portugal e conquistar novos mercados”.

"Objetivo do investimento será o de manter a liderança em Portugal e conquistar novos mercados.”

Avelino Gaspar

Presidente do grupo Lusiaves

Avelino Gaspar garante que “grande parte deste investimento será feito com capitais próprios, até porque a empresa tem a cultura de que tudo o que ganha reinveste e o restante será por intermédio da banca com quem temos tido sempre uma ótima relação”. De resto, adianta o presidente da Lusiaves, “recorrer a financiamento comunitário também não está fora de questão mas, neste momento, não há nenhuma candidatura aberta para o efeito”.

E que novos mercados serão esses?

Avelino Gaspar sublinha que “hoje os consumidores estão em toda a parte mas, quando falamos em novos mercados, falamos sobretudo de África e de Ásia”. A Lusiaves exporta atualmente para onze países: Espanha, Alemanha. França, Itália, Luxemburgo, Suíça, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Congo, Brasil e Peru.

Apesar de este ser um setor fortemente competitivo, a Lusiaves tem sabido ganhar eficiência e reduzir custos. E tem, em simultâneo, apostado na inovação tecnológica na área de incubação, o que coloca a empresa entre uma das cinco melhores do setor a nível europeu.

galinha

O grupo vai fechar este ano com uma faturação de 400 milhões de euros, um crescimento de 10% face ao exercício do ano anterior. Avelino Gaspar diz que “nos últimos anos temos crescido sempre a dois dígitos e é assim que pretendemos continuar”.

Para o presidente do grupo da Figueira da Foz, o objetivo é que daqui a cinco anos “a Lusiaves aumente o volume de faturação em 50%. Temos sempre superado as nossas metas”. E os mil milhões serão uma meta em 2026? O presidente da Lusiaves sorri e responde: “Esperemos que sim”.

avelino-gaspar

Fundada em 1986, na Figueira da Foz, o grupo é hoje constituído por 20 empresas que asseguram todo o processo produtivo da produção animal, o grupo Lusiaves opera em todas as etapas da cadeia de valor, nomeadamente na produção de milho, produção de alimentos compostos para animais, produção de ovos para incubação, incubação de ovos e produção de pintos, produção avícola de frango, abate de aves, transformação de produtos alimentares, armazenamento e comercialização, saúde e nutrição animal e valorização de subprodutos. A empresa tem atualmente 11 entrepostos, dois centros de incubação, cinco centros de abate, 17 núcleos de produção, dois centros de produção de alimentos compostos e uma unidade de valorização de subprodutos.

Todo este crescimento não se faz sem pessoas. O grupo conta com 2500 colaboradores diretos e 2000 indiretos. Avelino Gaspar diz que “o ano passado criámos 150 novos postos de trabalho e, este ano, outros 150. E obviamente com o investimento que temos previsto teremos que continuar a criar emprego”. Mas assegura: “Esse crescimento será tanto mais rápido quanto menor for a burocracia e maior seja a simplificação dos procedimentos de licenciamentos. Só com esses aspetos haverá condições para assistirmos ao crescimento da economia”.

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