Branqueamento: Montepio tem de dar explicações ao Banco de Portugal
O Banco de Portugal acusa o banco de ter falhas no controlo interno. Nomeadamente, a nível da prevenção do branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo. Há acusações, mas não condenações.
O Banco de Portugal acusa o Montepio de ter falhado no controlo de branqueamento de capitais. O banco central diz que o banco de Tomás Correia e Almeida Serra, enquanto ex-presidente e ex-administrado da entidade, não introduziram atempadamente os procedimentos necessários para controlar movimentos financeiros ilícitos. Apesar de haver acusações, ainda não há condenações.
O jornal Público diz que o Banco de Portugal identificou falhas no sistema de controlo interno do banco Montepio. As conclusões foram tiradas a partir de uma auditoria forense iniciada em 2015 pela Deloitte a vários bancos, a pedido de Carlos Costa. As deficiências estão relacionadas com a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.
Estas falhas parecem ter levado o departamento de Ação Sancionatória do banco central a avançar com contraordenações contra o Montepio e contra Tomás Correia e Almeida Serra, enquanto ex-presidente e ex-administrado da entidade. O jornal avança que apurou junto de um responsável do supervisor que os processos já deram lugar a acusações, mas não a condenações. O próximo passo será a apresentação da defesa dos envolvidos.
Se houver condenações, deverá ser aplicada uma coima que dependerá da gravidade da ilegalidade cometida. Se o infrator for uma pessoa singular (o gestor), o Banco de Portugal pode aplicar uma multa entre os 15 mil euros e os 1,250 milhões de euros. Se for uma instituição, o valor já sobe para 25 mil euros a 2,5 milhões de euros.
Isto numa altura em que o banco quer regressar aos lucros já em 2017. Para isso já definiu a estratégia: aumentar os depósitos, crédito ao consumo e comissões. Este é o programa de ação e orçamento para o próximo ano discutido hoje pelo banco numa assembleia-geral ordinária.
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