Governo e parceiros sociais discutem hoje aumento do salário mínimo

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, considerou que aumentar o salário mínimo para 530 euros em janeiro não prejudicou o emprego.

O Governo e os parceiros sociais iniciam hoje a discussão do aumento do salário mínimo nacional (SMN) para o próximo ano.

A reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social foi convocada pelo Ministério do Trabalho e tem como ordem de trabalhos a discussão do 2.º Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida-RMMG 2016 e o início de discussão da atualização desta remuneração para 2017.

O relatório trimestral sobre o SMN foi apresentado aos parceiros sociais há duas semanas, pelo secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, que considerou que o aumento da remuneração, em janeiro, para 530 euros, não terá prejudicado o emprego. O governante sustentou a sua afirmação referindo o número de novos inscritos na Segurança Social, que chegaram aos 508,5 mil no primeiro semestre deste ano, acima dos de 489,7 mil no primeiro semestre de 2015.

Os parceiros sociais ficaram de analisar o relatório, considerado um documento de continuidade, e apresentar contributos.

De acordo com o relatório do Governo, o número de trabalhadores a receber o salário mínimo era de 627 mil em junho deste ano, menos 4 mil do que em abril, mas a proporção de 19% em relação ao total de assalariados manteve-se.

O SMN foi aumentado em janeiro de 505 para os 530 euros, o que representa uma subida nominal de 5% e um aumento real de 3,7%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fosun vai ter desconto de 10% para entrar no BCP

A administração do Banco Comercial Português já disse a Nuno Amado para "finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun". Grupo chinês beneficiará de desconto de 10% para entrar no banco.

O grupo chinês Fosun vai beneficiar de um desconto de 10% para entrar no Banco Comercial Português BCP 0,00% em relação ao valor do mercado, diz o Jornal de Negócios. A administração do banco português já disse a Nuno Amado para “finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun”

O banqueiro tem, assim, luz verde para fechar o acordo com o grupo chinês. Mas o acordo que vai selar a operação ainda tem de ser “finalizado”, uma vez que ainda falta cumprir alguns requisitos. Entretanto, as condições para a fixação do preço já ficaram definidas na assembleia-geral do BCP.

O requisito mais importante que falta cumprir é a autorização do Banco Central Europeu para que o grupo chinês compre uma posição relevante no BCP.

O banco disse na quarta-feira que as negociações para a entrada da Fosun no capital do BCP conheceram “substanciais progressos” e o conselho de administração constatou “a evolução favorável já registada quanto ao preenchimento das condições suspensivas a que o investimento proposto pela Fosun foi sujeito”. As ações do BCP registaram ganhos elevados depois deste anúncio, subindo mais de 3%.

O BCP também já tem data para o agrupamento das suas ações. O banco definiu que o dia de referência para esse ajuste será o de 24 de outubro, ou seja, dentro de menos de um mês. E o valor que irá pagar aos acionistas pelas ações que não permitam a atribuição de um número inteiro de ação será de 2,57 cêntimos.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esquerda aprova alterações ao decreto sobre transportes do Porto vetado por Marcelo

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

PS, Bloco de Esquerda, PCP, "Os Verdes" e PAN (Pessoas Animais e Natureza) aprovaram hoje o conjunto de alterações apresentado pelos socialistas ao diploma sobre os transportes urbanos do Porto.

Nas sucessivas votações na especialidade e final global ao decreto sobre a Metro do Porto e a Sociedade de Transportes Públicos do Porto (STCP), PSD e CDS votaram sempre contra, alegando que as alterações agora introduzidas pelo PS continuam a não resolver os fundamentos do veto político de Marcelo Rebelo de Sousa.

No dia 25 de julho, o chefe de Estado vetou o diploma aprovado pela Assembleia da República (com o apoio da esquerda e votos contra do PSD e CDS) por se “vedar, taxativamente, qualquer participação de entidades privadas” nos STCP e na Metro do Porto.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou também que se estava perante uma intervenção “excessiva” da Assembleia da República “num espaço concreto da administração pública, em particular do Poder Local”.

Para contornar o veto presidencial, o PS deixou cair a impossibilidade de participação de entidades privadas nessas empresas de transportes coletivos.

Em alternativa propôs que, tanto no caso dos STCP, como no caso da Metro do Porto, a partir de 1 de janeiro próximo, qualquer decisão relativa a subconcessão ou transmissão de participações sociais seja objeto de “parecer prévio” por parte das autarquias abrangidas pelo serviço prestado por estas duas empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Congressista alertou secretário da Defesa dos EUA sobre “provável” uso das Lajes pela China

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O congressista lusodescendente Devin Nunes avisou o secretário da Defesa dos Estados Unidos que "é provável" que as instalações da Base das Lajes "acabem na posse do governo chinês".

“Como muitos no Congresso avisaram no passado, vários altos-representantes chineses visitaram os Açores em anos recentes. Sei agora que a China enviou uma delegação de cerca de 20 representantes, todos fluentes em português, numa viagem de pesquisa que durou semanas e que culmina com a visita do primeiro-ministro, Li Keqiang“, disse Devin Nunes numa carta enviada a Ashton Carter na semana passada. A informação foi confirmada hoje à Lusa por uma fonte do Congresso norte-americano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, encontrou-se com o primeiro-ministro chinês na segunda-feira na ilha Terceira, Açores, mas disse que o encontro servia para preparar a visita do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, à China e que não tinha “agenda escondida.”

"A delegação chinesa é indicada como estando em negociações para expandir os seus investimentos e presença nas ilhas, incluindo o porto de mercadorias na Terceira, e que também expressaram interesse em utilizar a pista aérea da Base das Lajes”

Devin Nunes, congressista norte-americano de origem açoriana

O presidente da Comissão de Serviços de Informação da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos, explica que “a China tem espalhado a sua influência através de investimentos em infraestruturas semelhantes em Djibouti, no Sri Lanka, e em outras partes do mundo”.

“Está agora a usar as mesmas táticas para estabelecer um ponto de apoio nos Açores, o que, se for bem-sucedido, será usado como um centro de informações e logística que, no limite, pode ser expandido para usos militares, junto de estruturas criticas aos militares americanos”, avisou Devin Nunes na carta.

Em julho de 2014, o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, esteve na ilha Terceira durante cerca de oito horas, numa escala entre o Chile e Pequim, em que aproveitou para se reunir com o então vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas.

Já em 2012, tinha estado na ilha o primeiro-ministro chinês da altura, Wen Jiabao, acompanhado por uma comitiva de mais de 100 pessoas, numa escala técnica entre o Chile e a China, que demorou cerca de cinco horas.

Em junho deste ano, o presidente do Governo Regional dos Açores, recebeu, em Ponta Delgada, o ministro do Mar da China, Wang Hong, que destacou o potencial dos Açores na área do mar.

Todos estes encontros aconteceram depois de os Estados Unidos anunciarem a redução da sua presença militar na Base das Lajes.

“Estamos, efetivamente, a desinvestir de mil milhões de dólares em infraestruturas nas Lajes, que é provável que acabem na posse do governo chinês”, concluiu Devin Nunes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa. Polícia já fez 600 autuações aos ‘tuk tuk’

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

A Polícia Municipal de Lisboa levantou 600 autos de notícia por desrespeito às restrições de circulação de veículos de animação turística na cidade, sobretudo ‘tuk-tuk’, em nove meses.

“Foram feitas 600 autuações” em ações de fiscalização da Polícia Municipal, disse o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), durante a reunião pública do executivo. Os autos de notícia são remetidos ao Ministério Público e valem como denúncia, obrigando-o a instaurar um processo penal.

O autarca salientou, contudo, que esta “não é a prática principal”, uma vez que a Polícia Municipal também realiza ações de sensibilização.

A 20 de novembro de 2015, entraram em vigor novas regras para veículos ligeiros, motociclos, quadriciclos, triciclos e ciclomotores de animação turística, entre os quais os minicarros ‘tuk tuk’.

Estas medidas resultam de um despacho publicado em boletim municipal no final de outubro, assinado por Fernando Medina e que prevê a criação de 116 lugares de paragem destes veículos, bem como a proibição de passar por algumas ruas de Alfama, Castelo e Bairro Alto, onde foi colocada sinalética.

Foi também adotado um novo horário de circulação, entre as 09:00 e as 21:00.

Hoje, Fernando Medina referiu que “ficou por regular a obrigatoriedade de [os ‘tuk tuk’] serem elétricos”, medida que “não podia ser por despacho” e que terá de ser enquadrada num regulamento que o município está a realizar.

Para todas as outras “matérias fundamentais”, como o estacionamento e os horários, foram introduzidas regras e “são autuadas normalmente pela Polícia Municipal”, adiantou o autarca socialista.

Antes, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, referiu que “durante um primeiro período, a Polícia Municipal interveio fazendo ações pedagógicas no terreno”.

Este ano, “o número de autuações aumentou devido a uma ação mais efetiva da Polícia Municipal”, notou o autarca.

Só no primeiro mês, as infrações ao despacho resultaram em 40 autos levantados, segundo dados fornecidos à Lusa na altura.

De acordo com uma informação da autarquia enviada à agência Lusa, “o primeiro semestre de 2016 revelou-se fundamental para a consolidação das novas medidas de circulação destes veículos, implementadas após o referido despacho”.

“A eficácia das novas regras de circulação determinou uma reformulação da proposta de Regulamento Municipal, a qual será submetida a reunião de Câmara para apreciação”, adiantou o município.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia propõe registo obrigatório dos lobistas

Juncker quer negociar com Parlamento Europeu e Conselho Europeu para tornar obrigatório o registos dos lobistas. A vontade já era antiga, mas a proposta só foi explicada esta quarta-feira.

Juncker quer que o Registo de Transparência seja obrigatório para os lobistas junto das instituições europeias. A vontade do presidente da Comissão Europeia (CE) não é nova, mas esta quarta-feira foi divulgada a proposta que Jean-Claude Juncker quer negociar com o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu. O objetivo é que exista um “acordo interinstitucional” negociados pelas três instituições da União Europeia, explica o comunicado de imprensa.

A Comissão Europeia propõe não só a obrigatoriedade do registo, mas também que este inclua o Conselho Europeu que neste momento não tem Registo de Transparência, lê-se no documento. A proposta também inclui os lobistas que queiram falar em audiências de comités ou realizar eventos no parlamento.

Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia. Fonte: EC - Audiovisual Service
Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia. Fonte: EC – Audiovisual Service© European Union, 2016

Ao tornar-se obrigatório, só os lobistas registados vão poder reunir junto dos agentes com poder de decisão, tal como os eurodeputados ou comissários. Para fazer lóbi também vão ter de aceitar o Código de Conduta. Além disso, a CE quer “melhorar os recursos humanos e de informação tecnológica” para haver um controlo mais apertado da “execução das regras”.

A Comissão de Juncker já deu o exemplo introduzindo uma regra interna que impede os comissários (e a equipa destes) e os diretores-gerais de encontrarem-se com lobistas não registados.

As alterações propostas em 5 pontos:

  1. Clarificar a definição de ‘lobbying’. Este é um problema transversal ao tema, mas a CE quer “simplificar a definição ampla” das atividades cobertas pelo registo. E, consequentemente, clarificar as que não estão incluídas no registo. No entanto, não especifica qual a definição que pretende negociar.
  2. Excluir autoridades locais e regionais. A CE argumenta que estruturas públicas foram “eleitas democraticamente” e, por isso, têm um “status especial no sistema de governação europeu”. “A representação destes interesses não pode ser equivalente às atividades dos lobistas”, clarifica o comunicado.
  3. Simplificar os dados requisitados. O novo acordo prevê o “balanceamento entre a necessidade de transparência e a necessidade de reduzir o excesso de complacência administrativa”. Ou seja, a CE quer pedir “informação relevante relacionada com os esforços que respeitam à influência das decisões sobre leis”. Estão incluídos os custos das atividades dos lobistas, os ganhos relevantes dos intermediários, os orçamentos de entidades sem fins lucrativos e as principais fontes de financiamento.
  4. Regulação eficaz. O novo sistema vai “melhorar a qualidade dos dados” registados e prevê que o Código de Conduta seja mais “preciso”. Os lobistas registados que não respeitem as regras podem ser “suspensos de certos tipos de interação e removidos do registo”.
  5. Criar estruturas de gestão mais fortes. A CE propõe um conselho composta pelos secretários-gerais das três instituições que seja capaz de trocar informação para cumprir melhor as regras.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ONU: ONG querem que Georgieva se submeta ao mesmo escrutínio que outros candidatos

Cerca de 750 organizações não governamentais (ONG) de todo o mundo, que se reúnem na campanha "1 for 7 Billion", querem que a nova candidata a secretário-geral da ONU se submeta ao mesmo escrutínio.

É importante para a legitimidade da ONU e do cargo de secretário-geral que qualquer pessoa que o venha a ocupar tenha passado pelo processo de seleção acordado pelos países-membros e que interaja com os seus constituintes mais importantes: os sete mil milhões de pessoas no mundo”, disse à Lusa a cofundadora da “1 for 7 Billion” Natalie Samarasinghe.

O nome de Kristalina Georgieva, candidata que terá o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, foi anunciado esta quarta-feira, 28 e Setembro, pelo primeiro-ministro búlgaro.

A vice-presidente da Comissão Europeia é agora considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres, que venceu as primeiras cinco votações.

A responsável da “1 for 7 Billion”, que foi constituída com o propósito de que o melhor candidato para o cargo seja escolhido, diz que “foi sempre pedido que todos os interessados se candidatassem atempadamente.”

“Acreditámos que isto apoiaria uma maior transparência do processo, permitiria mais interação com o público e daria ao candidato vencedor tempo para se preparar para este difícil trabalho”, explicou.

A “1 for 7 Billion” (1 por 7 mil milhões), que reúne diferentes organizações, como a Amnistia Internacional ou Federação das Associações de Comércio Internacional (FITA), e personalidades como o antigo secretário-geral da ONU Kofi Annan, foi uma das vozes mais influentes na exigência de maior transparência na eleição para secretário-geral.

Este ano, pela primeira vez, os candidatos apresentaram a sua visão para o cargo em cerimónias públicas, responderam a perguntas da Assembleia Geral e da sociedade civil e participaram em debates com os outros concorrentes.

“Com notícias de um novo candidato, a nossa preocupação é pedir para que passe pelo processo que foi implementado, o que deve incluir um diálogo na Assembleia Geral. Também acreditamos que deve interagir com a imprensa e com a sociedade civil como fizeram outros candidatos, com diversos graus de envolvimento”, explicou Samarasinghe.

A responsável notou que “António Guterres, por exemplo, foi um dos sete candidatos que participou nos debates do Reino Unido”, quando outros cinco candidatos estiveram ausentes.

O nome de Georgieva já tinha sido avançado durante a primavera e foi depois recuperado em agosto e em setembro, depois de outra búlgara, Irina Bokova, não conseguir um bom resultado nas primeiras rondas de votações.

Há duas semanas, o primeiro-ministro búlgaro disse que reconsideraria o apoio à líder da UNESCO depois de conhecidos os resultados da votação de 26 de setembro.

Nessa ronda, em que António Guterres tornou a ser o vencedor, Bokova não foi além do quinto lugar, tendo perdido apoios, o que terá motivado a decisão do líder búlgaro.

A próxima votação, em que pela primeira vez serão destacados os vetos dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, está agendada para 5 de outubro.

Editado por Paulo Moutinho

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deutsche Bank Portugal fecha 15 agências

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

No âmbito de processo de reestruturação, o banco alemão vai encerrar balcões. Haverá a saída de trabalhadores.

O Deutsche Bank em Portugal está em processo de reestruturação, estando previsto o fecho de 15 agências, a abertura de seis centros de investimento e a saída de alguns trabalhadores, disse à Lusa o presidente do banco.

O Deutsche Bank tem atualmente cerca de 400 trabalhadores em Portugal, com 50 balcões, e, de acordo com Bernardo Meyrelles, irá fechar 15 destes, sobretudo nas cidades de Lisboa e do Porto, onde há agências mais próximas entre si.

Em contrapartida, afirmou, o plano passa pela abertura de seis centros de investimento, dos quais quatro já estão em funcionamento, onde dará preferência a clientes com mais alto valor patrimonial.

Neste processo, o banco irá também diminuir trabalhadores, mas para já foram relevados quantos sairão.

Este processo de reestruturação está a ser planeado há mais de um ano e passa por preparar o banco para um modelo de negócio bancário que não necessita de tanta presença física, que é mais digital”, afirmou o presidente do Deutsche Bank em Portugal, referindo ainda que a instituição está ainda “a intensificar” a aposta no crédito à habitação e a empresas.

Bernardo Meyrelles garantiu também que estas alterações não têm que ver com as últimas notícias sobre os problemas do alemão Deutsche Bank, considerando que os clientes compreendem que tem havido empolamento mediático de uma situação já conhecida, referindo-se à multa da Justiça norte-americana.

O Governo alemão disse hoje que não está a preparar um plano para ajudar o banco Deutsche Bank, desmentindo informações da imprensa alemã, que falava num eventual resgate ao maior banco daquele país.

O Deustche Bank, que já estava sob pressão, tem sido cada vez mais motivo de preocupação desde que a justiça norte-americana exigiu o pagamento de 14 mil milhões de dólares para resolver um antigo litígio nos Estados Unidos, montante que poderá, no entanto, vir a ser reduzido em negociações.

O Deutsche Bank é acusado, como outros grandes bancos, de ter vendido antes do início da crise financeira de 2008 créditos imobiliários convertidos em produtos financeiros, apesar de saber que não tinham qualidade.

A sucursal do Deutsche Bank em Portugal gerou, em 2015, lucros de cerca de 15 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OPEP. Quanto deve custar o barril de petróleo?

Apenas um dos países membros da OPEP previu no seu orçamento deste ano uma cotação do petróleo abaixo dos 50 dólares: a Rússia. O nível atual das cotações ameaça o equilíbrio das contas desses países.

Se, para a generalidade dos consumidores o petróleo barato é uma boa notícia, sobretudo na hora de abastecer o carro de combustível, o mesmo não se pode dizer em relação aos países produtores da matéria-prima.

Desde o início do ano passado que as cotações do “ouro negro” insistem em manter-se em torno de níveis mínimos de mais de uma década sendo que, em fevereiro deste ano, aconteceu algo que quase parecia impensável. A cotação do petróleo recuou até à casa dos 26 dólares, o que não acontecia há cerca de 13 anos. Apesar de as cotações da matéria-prima serem atualmente quase o dobro face aos mínimos de fevereiro último, os níveis dos 45/46 dólares são claramente insuficientes, tendo em conta os valores inscritos nos orçamentos da generalidade dos países produtores e a relevância das receitas petrolíferas para as suas economias. Num universo de 13 países apenas um contabilizou no orçamento para 2016 uma cotação do “ouro negro” abaixo da fasquia dos 50 dólares por barril: a Rússia. Moscovo considerou como referência para as suas contas anuais um preço de 40 dólares para o barril de petróleo.

Esta realidade representa um risco elevado para o equilíbrio das contas dos países produtores de petróleo. Algo que já é bastante notório na Venezuela, por exemplo. A má gestão económica e a queda dos preços do petróleo, deixaram a Venezuela, país dependente do “ouro negro”, à beira do colapso. Eulogio del Pino, ministro do petróleo venezuelano, foi um dos intervenientes políticos que mais pressão fez no sentido de uma quebra na produção da matéria-prima, depois da reunião da OPEP em dezembro do ano passado e da cimeira do clima em Doha, em abril deste ano. Uma pressão que é fácil de perceber tendo em conta o preço do petróleo que o executivo venezuelano inscreveu no seu orçamento: 121,1 dólares por barril. Este valor é mais do dobro face à atual cotação da matéria-prima.

Preço do petróleo contabilizado no orçamento dos membros da OPEP

 

Contudo há um país da OPEP que, quando construiu o seu orçamento para este ano, conseguiu ver o petróleo em níveis ainda mais elevados. Foi o que aconteceu com a Líbia. Este país do norte de África considerou, como referência para o equilíbrio das suas contas, os 195,2 dólares para o preço do barril de petróleo. Nem quando a matéria-prima atingiu o pico máximo, em julho de 2008, se assistiu a valores semelhantes. Os 146 dólares foram a cotação mais elevada de sempre. Apesar da importância para este país conseguir ver a cotação do petróleo a níveis mais elevados face aos atuais, segundo a Bloomberg, é difícil vislumbrar a Líbia a aceitar congelar a sua produção, tendo em conta o aumento de 70% registado desde agosto, devido à recuperação dos campos de produção e à reabertura dos portos de exportação pela primeira vez em dois anos.

Num universo de 13 países apenas um contabilizou no orçamento para 2016 uma cotação do “ouro negro” abaixo da fasquia dos 50 dólares por barril: a Rússia. Moscovo considerou como referência para as suas contas anuais um preço de 40 dólares para o barril de petróleo.

Entre os países que consideraram cotações mais elevadas para o petróleo, visando um orçamento equilibrado, está também a Nigéria. O país africano tem como referência os 104,5 dólares/barril. De salientar que o maior produtor de petróleo de África vive circunstâncias excecionais que o levam a necessitar de vender todos os barris de petróleo que conseguir, tendo em conta os constantes ataques que as suas infraestruturas de energia têm sofrido.

A Argélia, onde esta quarta-feira se reuniram os membros da OPEP para discutir um travão à produção de petróleo, é outro dos países que mais pressão tem sofrido em resultado do baixo preço do “ouro negro”. A cotação do petróleo inscrita no orçamento da Argélia é de 87,6 dólares/barril, sendo que o ministro argelino da energia já afirmou que os preços da matéria-prima não podem manter-se abaixo da fasquia dos 50 dólares/barril. A Argélia tem desempenhado um papel muito importante no norte de África no combate contra o Estado Islâmico, sendo que o impacto da baixa cotação do petróleo sobre o seu orçamento pode colocar em causa essa luta.

Os restantes países considerados na análise têm como referência, nos seus orçamentos, preços do petróleo abaixo da fasquia dos 100 dólares mas, na maioria dos casos, bastante acima do atual nível. A Arábia Saudita tem como referência os 66,7 dólares, enquanto Angola definiu os 93,1 dólares. Já o Qatar e o Kuwait assumem valores próximos da atual cotação do petróleo: 52,4 e 52,1 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OPEP avança para primeiro corte de produção em oito anos

Um delegado da OPEP avançou que o cartel decidiu reduzir o output de petróleo em 750 mil barris diários. Cotações do petróleo disparam 6%.

A informação não é ainda oficial, mas a OPEP terá chegado a um acordo que prevê o corte de 750 mil barris diários na produção de petróleo do cartel, face aos valores de agosto. Trata-se assim da primeira vez nos últimos oito anos em que o cartel avança com um corte de produção, uma decisão que visa “ressuscitar” as cotações do petróleo. A notícia está a levar as cotações do petróleo a disparar em torno de 6% nos dois lados do Atlântico. O brent negociado em Londres acelera 6,4%, para os 48,91 dólares/barril, enquanto o crude transacionado em Nova Iorque dispara 5,93%, para os 47,32 dólares/barril.

O preço do petróleo recupera

O desfecho de dois dias de negociações que decorreram entre os ministros do petróleo da OPEP, na Argélia, terá resultado no teto de produção de 32,5 milhões de barris diários, abaixo dos 33,2 que se verificava em agosto, segundo avançou o responsável que não quis ser identificado.

Para as economias fortemente dependentes das receitas do petróleo o acordo será uma boa notícia. Já do ponto de vista do consumidor deverá implicar um aumento dos seus encargos na hora de encher o depósito do carro de combustível.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais cinco arguidos no caso BES e GES

O número de arguidos no caso BES e GES aumentou. A Procuradoria-Geral da República diz que há agora mais cinco visados no processo.

O número de arguidos no inquérito no processo Universo Espírito Santo, que investiga o que se passou no BES e no GES, acabou de aumentar. A Procuradoria-Geral da República (PGR) diz, em comunicado, que há agora mais cinco visados e que, até à data, foram constituído 11 arguidos. Neste processo, Ricardo Salgado foi um dos primeiros nomes a ser constituído arguido.

“No âmbito das investigações relacionados com o denominado ‘Universo Espírito Santo’ realizaram-se diligências de busca a três domicílios, a um escritório de advogado e às instalações de quatro sociedades, localizadas em Lisboa, Porto e Torres Vedras”, diz a PGR num comunicado enviado às redações.

No âmbito das investigações relacionados com o denominado ‘Universo Espírito Santo’ realizaram-se diligências de busca a três domicílios, a um escritório de advogado e às instalações de quatro sociedades, localizadas em Lisboa, Porto e Torres Vedras

Procuradoria-Geral da República

Entre as queixas apresentadas por pessoas que se consideram lesadas pela atividade desenvolvida pelo BES e pelo GES, “em causa estão suspeitas da prática de crimes de burla qualificada, falsificação de documento, falsidade informática, fraude fiscal, infidelidade, abuso de confiança, branqueamento e corrupção no setor privado”, lê-se no comunicado.

Foram mais de 2000 clientes do retalho que dizem ter sido penalizados pelo BES, que lhes vendeu papel comercial de empresas que vieram a falir. Este dinheiro foi dado praticamente como perdido aquando a queda da família Espírito Santo, em 2014. Neste momento, as equipas envolvidas estão a tentar encontrar uma solução para o problema, em negociação com o Banco de Portugal e a CMVM, e com a mediação do Governo.

Nesse ano, quando Ricardo Salgado abandonou o banco, o BES apresentou um prejuízo histórico e o seu colapso aconteceu apenas alguns dias depois.

Até agora eram oficialmente conhecidos seis arguidos: o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, Isabel Almeida, antiga diretora das finanças, António Soares, da BES-Vida, José Castella, responsável pelas finanças do GES, e ainda Pedro Luís Costa e Cláudia Boal de Faria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Draghi diz que bancos têm de parar de culpar BCE

O presidente do Banco Central Europeu diz que problemas dos bancos não estão relacionados com o nível baixo das taxas de juro e que têm de parar de culpar os bancos centrais.

Mario Draghi diz que o setor financeiro tem de parar de culpar os bancos centrais pelos seus problemas e focar-se nos modelos de negócio e gestão dos riscos.

“Muitos bancos têm problemas que não estão relacionados originalmente com o nível baixo das taxas de juro, mas, possivelmente, com outros motivos”, disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE) após uma reunião com responsáveis alemães em Berlim. Draghi faz referência aos modelos de negócio e à gestão dos riscos e diz que isto é “reconhecido de forma geral” pelos responsáveis presentes na reunião.

As declarações do presidente são feitas após ter sido criticado por alguns políticos, que dizem que as políticas do BCE estão a prejudicar as pessoas que poupam e a penalizar os bancos.

Os receios sobre o Deutsche Bank também marcaram este encontro. As ações do banco alemão caíram para um mínimo recorde esta semana depois de os investidores terem questionado a capacidade da instituição financeira de suportar o aumento dos encargos legais.

O presidente do BCE não mencionou o banco e disse que não vai fazer comentários sobre instituições individuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.