OPEP discute corte na produção de 800 mil barris diários

A proposta apresentada pela Argélia na reunião do cartel prevê o corte de 796 mil barris/dia na produção de petróleo, com o Irão, a Líbia e a Nigéria a terem alocações especiais, apurou a Bloomberg.

A Argélia propôs aos países a OPEP um corte de produção de petróleo de 796 mil barris por dia, na reunião de países produtores que decorre esta quarta-feira naquele país do norte de África. Segundo um documento a que a Bloomberg News teve acesso, a proposta incluirá também alocações especiais para o Irão, Líbia e Nigéria. O valor que está a ser discutido entre os ministros do petróleo dos membros da OPEP corresponde a uma quebra de 2,4% face ao nível de produção em agosto, com o output diário a passar de 33,2 milhões de barris/dia para 32,4 milhões.

Após a divulgação dessa notícia no site da Bloomberg por volta das 18 horas de Lisboa, as cotações do petróleo aceleravam. O barril de brent avançava 3,11%, para os 47,4 dólares, enquanto o crude valorizava 2,55% para os 45,81 dólares.

“Parece que vai haver um acordo”, afirmou Mossa Elkony, responsável pela delegação líbia junto da OPEP, aos jornalistas que acompanham a reunião.

"Parece que vai haver um acordo.”

Mossa Elkony, responsável pela delegação líbia na OPEP,

O plano colocado em cima da mesa passará por todos os membros da OPEP, à exceção da Líbia, da Nigéria e do Irão, reduzirem o output em 1,6% face ao valor médio do período entre janeiro e agosto, o que resultaria num corte superior à produção do Qatar. Ao Irão seria permitido aumentar o output para 3,7 milhões de barris diários, ligeiramente cima do nível de produção de agosto. Já o novo target para a Arábia Saudita, segundo a proposta argelina, seria fixado nos 10.145 barris diários, enquanto a Nigéria e a Líbia, que têm sido penalizadas pela sabotagem e guerra civil, estarão excluídas de uma limitação de produção.

Entretanto, após a Bloomberg avançar com esta notícia, a Reuters publicou um alerta de última hora onde avançava que os membros da OPEP terão chegado a um acordo que visa limitar a produção de petróleo já a partir de novembro, citando fontes do cartel. Um corte para 32,5 milhões de barris/dia é o valor que as agências de notícias estão a avançar: 100 mil baris acima da proposta da Argélia.

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Incumprimento de deveres anula 1.866 subsídios de desemprego

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 28 Setembro 2016

Com a quebra no número de desempregados subsidiados, também há menos prestações anuladas e menos reclamações.

Nos primeiros seis meses do ano, 1.866 desempregados perderam direito ao subsídio por incumprimento de deveres, mas 63 acabaram por recuperar a prestação.

Os números são mais contidos face aos de anos anteriores, refletindo também a quebra sentida no próprio universo de desempregados subsidiados.

De acordo com o relatório da Comissão de Recursos do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), os centros de emprego anularam a inscrição de 1.866 desempregados subsidiados por incumprimento de deveres, menos 26% face aos primeiros seis meses de 2015. “Esta diminuição das anulações, em termos absolutos, deve ser cotejada com o universo dos desempregados subsidiados, que desceu 21% face ao período homólogo do ano de 2015, designadamente por terem visto a sua situação laboral resolver-se ou por terem esgotado o direito ao subsídio de desemprego”, sublinha o relatório.

Depois de verem o subsídio anulado, 198 pessoas (menos 27% face ao período homólogo) acabaram por pedir a intervenção da Comissão de Recursos, que deu razão ao desempregado em 59 casos (31% do total), embora ainda existissem alguns processos pendentes no final do semestre.

Quem discorda da decisão, pode ainda recorrer a uma segunda instância: aqui, a Comissão recebeu 18 recursos e deu razão a quatro. Outros 12 já estão indeferidos. “De notar que, na quase generalidade das situações de decisão favorável no 2.º nível, houve elementos novos carreados ao processo, nomeadamente provenientes dos CTT (Apoio ao cliente e Provedoria), que vêm comprovar a razão do recorrente, não se registando habitualmente divergências entre o entendimento do coletivo e o do membro recorrido, cuja decisão é escrutinada pela Comissão”, nota o relatório.

Os desempregados podem ver a sua inscrição anulada, perdendo o direito a subsídio, quando, por exemplo, recusam emprego conveniente, faltam a convocatórias ou não cumprem, pela segunda vez, os deveres de procura ativa de emprego.

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5 em 1. Startups portuguesas querem revolucionar hotelaria

Decidiram juntar-se para serem mais fortes: cinco startups portuguesas criaram uma empresa cinco em um, a HotelUp, para revolucionarem a hotelaria.

Cada uma tem a sua história mas agora decidiram que, juntas, podem ser mais fortes e aumentar o impacto do que fazem. B­Guest, Climber, Infraspeak, TeamOutLoud e VPS são cinco startups portuguesas ligadas ao setor da hotelaria, e decidiram criar o Hotel­Up, um consórcio que tem como objetivo potenciais e revolucionar o seto da hotelaria.

Assim, à plataforma de marketing digital BGuest, que permite aos hotéis comunicar com os seus hóspedes antes, durante e depois das suas estadias, junta-se a solução de gestão de preços da Climber Hotel e a de centralização de informação da InfraSpeak. O serviço da HotelUp inclui ainda a aplicação social empresarial e uma ferramenta de reconhecimento entre colaboradores da TeamOutLoud e a ferramenta de gestão de energia da Virtual Power Solucions.

Em conjunto, as cinco empresas contam com cerca de 60 trabalhadores e cinco milhões de financiamento e, juntas, trabalham com 189 hotéis. Na lista, incluem-se unidades hoteleiras dos grupos Vila Galé, Pestana, Sheraton, Intercontinental, Bairro Alto Hotel e Discovery Hotel Management (DHM), entre outras.

 

De acordo com Felipe Ávila da Costa, fundador da Infraspeak, “a combinação de recursos humanos altamente qualificados, um mercado turístico forte e um ecossistema de empreendedorismo que cada vez mais incentiva e apoia os empreendedores, coloca Portugal numa posição privilegiada para liderar a inovação neste setor”.

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Bancos respiram de alívio: Centeno congela contribuições para o Fundo de Resolução

  • Margarida Peixoto
  • 28 Setembro 2016

O Governo decidiu prolongar o prazo dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução para evitar que os bancos tenham de contribuir mais para este mecanismo. Decisão já tem o aval da Comissão Europeia.

Os bancos podem respirar de alívio: as contribuições que têm de fazer para o Fundo de Resolução vão ficar congeladas no atual nível. Mário Centeno, ministro das Finanças, decidiu prolongar o prazo dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução para que os bancos não tenham de reforçar as suas contribuições para o Fundo. A Comissão Europeia já validou esta solução.

“As bases do acordo com o Fundo de Resolução asseguram uma extensão da maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução, para que o pagamento anual por parte dos bancos seja satisfeito pelas receitas da contribuição ordinária e da contribuição sobre o setor bancário, mantendo-se o esforço de contribuição dos bancos ao nível atual”, lê-se no comunicado enviado pelo Ministério das Finanças às redações.

Com esta decisão, “não será necessário o recurso a contribuições extraordinárias para o financiamento do Fundo de Resolução”, concretiza o documento.

O congelamento das contribuições mantém-se mesmo que o Fundo seja chamado a salvar mais bancos, no futuro. O acordo firmado entre o Estado e o Fundo estabelece que se tal acontecer, as maturidades dos empréstimos voltam a ser estendidas para acomodar esse esforço extra. Do mesmo modo, se as responsabilidades do Fundo se reduzirem, o ajustamento volta a ser feito através dos prazos dos empréstimo, em vez de ser obtido através da variação do montante das contribuições.

“Quaisquer aumentos ou reduções de responsabilidades decorrentes da materialização de contingências futuras, determinarão o ajustamento da maturidade dos empréstimos do Estado e dos bancos ao Fundo de Resolução, mantendo-se o esforço contributivo exigido ao setor bancário nos níveis atuais”, revela o comunicado.

O acordo firmado com o Fundo de Resolução estabelece ainda que a taxa de juro a aplicar aos empréstimos do Estado seja indexada a uma taxa da dívida da República Portuguesa, que será periodicamente atualizada. O objetivo é que esta taxa de juro consiga, por um lado, refletir o custo de financiamento do Estado — que tem de ir aos mercados pedir emprestado para continuar a emprestar ao Fundo — mas, por outro, evite colocar em causa as condições de solvabilidade do próprio Fundo.

O Executivo garante que a decisão de “reduzir a incerteza face às responsabilidades anuais dos bancos no futuro” foi tomada para “assegurar a estabilidade financeira” e “favorecer o reforço da capitalização dos bancos portugueses”.

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Competitividade. Onde somos dos melhores. E dos piores?

  • Margarida Peixoto
  • 28 Setembro 2016

Portugal ficou em 46º lugar num ranking de competitividade que compara 138 países. Mas no parâmetro que mede a inflação é o melhor da lista. Já no que mede a dívida pública está quase em último.

Portugal caiu oito lugares no ranking da competitividade e aterrou em 46º, na edição de 2016-2017 do relatório do World Economic Forum (WEF). Mas não é mau em tudo. No parâmetro do índice que mede a inflação, por exemplo, até está em primeiro lugar, no conjunto dos 138 países. Já no que mede a dívida pública, está quase em último.

Para calcular o índice de competitividade, o WEF criou três subíndices: requisitos básicos, promotores de eficiência e inovação e sofisticação dos fatores. Cada um destes subíndices é composto por uma série de pilares, num total de 12. Estes pilares são ainda compostos por dezenas de parâmetros, num total de 114 indicadores.

No caso da inflação, Portugal tem um valor anual de 0,5%. De acordo com a metodologia do índice, é atribuída a pontuação máxima a todos os países cuja inflação esteja dentro do intervalo que vai de 0,5% a 2,9%. No parâmetro da dívida pública, conta o valor bruto, em percentagem do PIB. Portugal apresenta uma dívida de 128,8% do PIB.

Veja quais são os cinco indicadores em que Portugal compara melhor com os outros países, e os cinco em que compara pior.

O melhor e o pior

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Fonte: WEF

 

 

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Tabaco ilegal mais do que duplica em Portugal

Estudo da KPMG mostra que consumo de tabaco ilegal em Portugal cresceu 109% em 2015. Aumento do tabaco ilícito proveniente de Angola é um dos responsáveis.

O consumo de tabaco ilegal em Portugal mais do que duplicou em 2015, invertendo uma tendência de descida que se tem verificado nos últimos anos. Apesar de Portugal registar uma percentagem baixa de consumo de cigarros em comparação com outros países da União Europeia, “o consumo de tabaco ilegal mais do que duplicou em 2015”, de acordo com um estudo a nível europeu da KPMG.

O estudo da KPMG mostra que o crescimento do consumo ilegal em Portugal deve-se a um aumento do tabaco ilícito proveniente de Angola e “fluxos crescentes de marcas brancas ilegais”, que representam 21% do tabaco de contrabando.

O relatório mostra ainda que se o tabaco tivesse sido consumido legalmente, Portugal teria obtido mais cerca de 35 mil milhões de euros de receita fiscal.

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Energéticas ditam ganhos na bolsa nacional

A bolsa nacional acompanhou o sentimento positivo das pares europeias, num dia de recuperação do Deutsche Bank e de subida das cotações do petróleo. Galp e EDP sustentaram ganhos de 1% em Lisboa.

A bolsa nacional inverteu o ciclo após três sessões consecutivas de perdas. A praça lisboeta acompanhou o ritmo das pares europeias que registaram ganhos de forma transversal, com o PSI 20 a destacar-se com o melhor registo da sessão a nível europeu. O índice avançou 0,92%, para os 4.562,33 pontos, suportado pela valorização dos títulos da energéticas Galp e EDP.

A sessão bolsista europeia foi marcada de forma positiva pela recuperação das ações do Deutsche Bank (+2,04%) face aos mínimos históricos registados na sessão anterior, reagindo positivamente à venda de ativos no Reino Unido e à garantia do CEO, John Cryan, de que a possibilidade de realizar um aumento de capital não se coloca neste momento. A notícia ajudou a animar os títulos do setor financeiro. Referência ainda para os títulos do setor petrolífero que acompanharam as recuperação das cotações da matéria-prima no dia em que os países da OPEP se reúnem na Argélia, visando um acordo que permita travar o excesso de produção de petróleo. O índice Stoxx Europe 600 valorizou 0,7%, para os 342,57 pontos.

A Galp acabou por seguir as pares do Velho Continente, com os seus títulos a progredirem 1,92%, para os 11,67 euros. No mesmo sentido seguiu a EDP, com as ações da elétrica a terminarem o dia com um ganho de 1,26%, para os 2,965 euros. Na banca, o BCP progrediu 0,67%, para os 1,51 cêntimos por ação, depois de em comunicado à CMVM, o banco ter confirmado que vai avançar com a fusão das ações, o que representa mais um passo decisivo para a entrada da Fosun no seu capital.

Já a Mota-Engil foi a cotada que mais ganhos registou na sessão: 3,04%, para os 4,8 cêntimos.

Em queda, de salientar apenas a Pharol e o BPI que viram os seus títulos deslizarem 1,64% e 0,09%, para os 24 cêntimos e 1,129 euros, respetivamente.

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Governo vai investir 100 milhões de euros na eficiência energética

"Ainda esta semana" vão ser disponibilizados 100 milhões de euros para a eficiência energética dos edifícios da administração pública. A garantia foi dado pelo Ministro da Economia esta quarta-feira.

O Governo vai lançar um investimento de 100 milhões para projetos de eficiência energética na administração pública central. O concurso vai começar esta sexta-feira e prolonga-se até abril do próximo ano. A prioridade são edifícios com utilização intensiva de energia com maiores consumos de energia.

O anúncio foi feito esta tarde no debate de urgência sobre investimento e crescimento económico. Em resposta às acusações do PSD, Manuel Caldeira Cabral adiantou que este investimento público “ainda esta semana”.

“Apoio à eficiência energética, à gestão inteligente da energia e à utilização das energias renováveis nas infraestruturas públicas, nomeadamente nos edifícios públicos e no setor da habitação”, lê-se no aviso divulgado ao ECO pelo Ministério da Economia e que vai ser enviado esta sexta-feira para a administração pública. A dotação máxima por candidatura é de cinco milhões de euros.

Este investimento pode envolver ainda melhorias da eficiência a iluminação pública, isolamento térmico, pavimentos, entre outros. Contudo, o valor do investimento pode ser recuperado pelo executivo com um reembolso através da “entrega de 70 % das poupanças energéticas líquidas anuais”.

Quem, do setor público, quiser candidatar-se pode fazê-lo se o plano prever “um aumento em, pelo menos, dois níveis no certificado de desempenho energético”. Além disso, tem de comprovar que “geram benefícios financeiros líquidos positivos”. O executivo vai mais longe dizendo que o retorno previsto tem de ser superior ao investimento, “operação, manutenção e reinvestimento por substituição, se aplicável”.

Ainda no debate, o ministro da Economia defendeu que não foi o investimento privado que caiu, mas sim o público, referindo números do Banco de Portugal. E, por isso, Caldeira Cabral diz que a confiança dos investidores privados continua igual: “O investimento público depende da confiança dos agentes privados?”, ironizou.

O investimento enquadra-se num dos programas dos fundos europeus Portugal 2020, o PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

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Crescimento económico: “Quem os viu e quem os vê”

A afirmação é do deputado do PSD Luís Campos Ferreira que iniciou o debate sobre investimento e crescimento económico. O ataque é direto para o governo apoiado pelo PCP e BE.

“O único resultado que os mobiliza é o défice”, acusa Luís Campos Ferreira. E continua: “Mataram o investimento privado e público em Portugal”, afirmou no debate “Captação de Investimento e Crescimento Económico” esta quarta-feira de tarde. O deputado do PSD diz que os investidores “têm medo”.

“O vosso falhanço política tem consequências na vida das pessoas”, avisa Luís Campos Ferreira no discurso inicial do PSD. Para a oposição “falhou a estratégia de esperar que fosse o consumo das famílias a ‘puxar’ pelo crescimento económico”.

O Ministro da Economia defendeu-se com a revisão em alta do INE ao crescimento do PIB no segundo trimestre. Manuel Caldeira Cabral argumentou com a tendência positiva do turismo e dos números do emprego, com a criação de 89 mil postos de trabalho. “A economia portuguesa está a crescer e queremos que cresça ainda mais”, afirmou.

Caldeira Cabral diz que o investimento estrangeiro aumentou em todos os setores, exceto nas telecomunicações. “A enorme procura de fundos estruturais é também positivo”, argumentou. No entanto, admitiu que o investimento público caiu porque “demora tempo”. A terminar, o Ministro da Economia deixou um exemplo de investimento público no futuro: 100 milhões para eficiência energética na Administração Pública.

O debate de urgência sobre “Captação de Investimento e Crescimento Económico” foi requerido pelo grupo parlamentar do PSD. Está presente o Ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral para responder às questões dos deputados. Presente está também Pedro Nuno Santos, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Todos os avanço não passam de conjunturais, ou serão estruturais mas num prazo muito longo, se não houver crescimento económico

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

intervenção no 26º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações

O Presidente da República tem deixado vários avisos ao executivo a cerca de duas semanas da apresentação do Orçamento do Estado para 2017. “2017 não pode ser igual a 2011”, avisou Marcelo Rebelo de Sousa esta terça-feira na III Cimeira do Turismo Português.

 

Como está o crescimento económico?

 

Como está o investimento privado?

Números brutos da Formação Brutal de Capital Fixo divulgados pelo INE a 31 de agosto de 2016.
Números brutos da Formação Brutal de Capital Fixo divulgados pelo INE a 31 de agosto de 2016.

 

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

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Apple já está a desenvolver hardware do iPhone 8

A Apple acabou de apresentar o novo iPhone 7, mas não é por isso que vai fazer uma pausa. Fontes dizem que o hardware do iPhone 8 já está a ser desenvolvido em Israel.

A Apple estará a usar as instalações em Israel para desenvolver o hardware do que poderá vir a ser o “iPhone 8”. O telemóvel deve ser apresentado no próximo ano e o design vai mudar.

Parte do hardware do novo iPhone está a ser criado em Herzliya, Israel, avança o Business Insider, citando um funcionário local da Apple. O empregado, cuja identidade não foi revelada, é responsável por soldar componentes para a Apple. A fonte não deu muitos detalhes, dizendo apenas que será “diferente” do iPhone 6s e do iPhone 7, que têm sido criticados por serem demasiado semelhantes aos modelos anteriores.

O funcionário diz que a equipa em Israel está a trabalhar no que será o “próximo produto da Apple”, referindo-se especificamente ao “iPhone 8”. A fonte refere também que o novo telemóvel terá uma câmara melhor em relação ao iPhone 6s e iPhone 7.

Seria de esperar que o próximo telemóvel da empresa tivesse a designação de “iPhone 7s”. No entanto, muitos analistas dizem que a Apple deve quebrar a tradição em 2017 e dar um novo número ou nome ao iPhone.

Fontes próximas da Apple dizem que a empresa usa as instalações em Herzliya para desenvolver hardware como chips, armazenamento, câmaras e tecnologias wireless.

 

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BE: “É indiscutível” que as notícias da economia são más

PCP e BE atacam governo anterior. CDS diz que não existem "três mitos", mas sim "três mintos" no atual Governo.

O deputado do Bloco de Esquerda Heitor de Sousa diz que é “indiscutível” que as notícias sobre investimento e crescimento económico são más. No debate sobre a “Captação de Investimento e Crescimento” esta quarta-feira no parlamento, o Bloco de Esquerda avisa que a trajetória do investimento “a todos nos preocupa”.

No entanto, Heitor de Sousa ressalva que essas más notícias “não são de agora”. O deputado bloquista acusou o PSD de não ser sério sobre uma variável “estratégica” como é a do investimento: “Ao PSD não interessa uma interpretação correta dos factos”, disse.

Heitor de Sousa defende que os “impactos mais relevantes situam-se a médio-longo prazo”, pelo que os efeitos do investimento feito podem só ver-se no futuro. E, por isso, justifica os valores atuais com a atuação dos governos anteriores.

“A formação bruta (FBCF) trimestral a partir do primeiro trimestre de 2015 tem vindo a decrescer” e “essa evolução está em linha com a evolução do PIB”, argumentou. “Por razões de incompetência e desleixo, deixou uma pesada herança”, disse referindo-se ao governo do PSD/CDS que “diabolizou o investimento público há quatro anos”.

CDS diz que não são 3 mitos, mas “3 mintos”

Pedro Mota Soares acusou o executivo de ter “três mintos” sobre o investimento e crescimento económico, e não “os três mitos” de que António Costa falou na passada quinta-feira no debate quinzenal. O deputado do CDS acusou o governo de estar a contribuir para a queda destes indicadores, mentindo sobre os mesmos em público.

Mota Soares referiu a diminuição do investimento público que “deveria estar a crescer cerca de 12% e está a cair cerca de 11%”. “Há cerca de 600 milhões que estão fora da nossa economia” por causa do Governo não investir, argumentou. Além disso, Pedro Mota Soares disse que o número de novas empresas está a diminuir, “-3%” em relação a 2015, e que desapareceram “mais 11 mil empresas em 2016 em relação a 2015”.

PCP ataca estratégia do governo anterior

A estratégia seguida pelo governo anterior só beneficiou os grandes grupos estrangeiros, defendeu Bruno Dias. O deputado comunista argumento que “a esmagadora maioria desses investimentos correspondem a meros instrumentos financeiros”, não sendo investimento “digno desse nome” e sem resultados reais na economia.

Bruno Dias continuou o ataque ao PSD e CDS dizendo os “gestores experimentados e de excelência” não investem onde sentem, “com os seus sensores empreendedorísticos”, mas sim quando há “um governo com gente amiga que dê confiança e que não faça falta de benefícios fiscais”. “Enfim, gente do peito”, desabafou o deputado comunista acusando o governo anterior de criar um “estado mínimo e máxima ajuda ao capital privado”.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

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Crise. Lagarde pressiona Alemanha a fazer mais

  • Margarida Peixoto
  • 28 Setembro 2016

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, deixou três receitas para a economia mundial recuperar o ritmo de crescimento. Uma delas foi dirigida a países como a Alemanha, que têm margem orçamental.

Não, ainda não se tentou tudo. Quem o diz é Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), que deixou esta quarta-feira três receitas para a economia mundial retomar o ritmo de crescimento. Uma delas foi dirigida à Alemanha, e aos demais países que também têm margem orçamental: usem as possibilidades que têm e estimulem o consumo.

“Ao contrário do que fizemos em 2008, neste momento não estamos a pedir estímulos orçamentais abrangentes”, começou por dizer a líder do FMI. Mas depois acrescentou: “O princípio básico é que os países que têm margem orçamental devem utilizá-la — por exemplo, o Canadá, a Alemanha, a Coreia”. Lagarde falava na Northwestern University, sobre como promover o crescimento e adaptar à mudança.

Para os países cujas finanças públicas já estão sob pressão — Christine não disse, mas Portugal encaixa neste grupo — “ajuda realocarem os gastos, dentro de um determinado envelope financeiro”, defendeu Lagarde. Por exemplo, “pensem substituir os atuais gastos com créditos fiscais, por investimento em Investigação e Desenvolvimento que possa apoiar a tecnologia e promover a inovação”.

Esta utilização da política orçamental foi uma das receitas que Lagarde deixou, para defender que, ao contrário do que acreditam “os pessimistas”, as tradicionais ferramentas de política monetária e orçamental não estão esgotadas. “No meu ponto de vista, há mais espaço de políticas — mais espaço para agir — do que geralmente se acredita”, frisou a diretora-geral do FMI.

Outra sugestão foi diretamente para os banqueiros centrais: “Neste momento, a política monetária em economias avançadas precisa de se manter expansionista”. Lagarde tomou assim posição num debate que já está a ser feito nos Estados Unidos sobre se chegou o momento para começar a retirar os estímulos às economias. A líder do FMI não fez qualquer exceção para nenhuma região económica e disse apenas que a investigação do Fundo já demonstrou que a política monetária pode dar um estímulo extra ao PIB quando o investimento em infraestruturas está a ser financiado através de dívida.

Por fim, Lagarde argumentou que os países devem procurar identificar o conjunto de reformas estruturais que mais promovam o crescimento e a produtividade, em função do capital político que consomem ao serem implementadas. Um exemplo poderá ser terminar com monopólios.

 

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