Santana confirma pedido do Governo para Santa Casa entrar no Montepio. Vieira da Silva desmente qualquer pressão

  • ECO
  • 19 Dezembro 2017

Candidato à liderança do PSD confirma que o Governo e o Banco de Portugal "viam com bons olhos" a entrada da Santa Casa da Misericórdia no capital do Montepio Geral. Vieira da Silva desmente pressão.

Pedro Santana Lopes confirmou esta terça-feira, num comunicado enviado às redações citado pelo Observador, que a Santa Casa da Misericórdia recebeu um pedido do Governo e do Banco de Portugal para entrar no capital do Montepio Geral, e que pediu, enquanto provedor, uma auditoria. Mas o ministro Vieira da Silva desmente que o Executivo tenha feito qualquer pressão sobre Santana Lopes.

O candidato à liderança do PSD parece corroborar assim a informação dada por José Miguel Júdice no seu comentário na TVI e num artigo de opinião publicado simultaneamente no ECO, de que Santana Lopes, enquanto provedor, foi alvo de pressões para a Santa Casa entrar no Montepio Geral. No entanto, Santana não refere a “pressão” que José Miguel Júdice referiu.

Santana Lopes escreveu no comunicado que “as duas entidades”, o Governo e o banco central, “assumiram ver com bons olhos essa possibilidade, tendo declarado sempre que respeitavam a esfera da autonomia da SCML [Santa Casa da Misericórdia de Lisboa]” e pediram que fosse feita a entrada de capital. Santana Lopes pediu uma auditoria, em vez de dizer imediatamente que sim.

O ex-provedor da Santa Casa não confirma diretamente, assim, o escrito por José Miguel Júdice, que descrevia uma pressão irrecusável. “De uma forma muito correta e cordial, Santana Lopes telefonou-me e autorizou-me a relatar aqui do que ele me disse – afinal não queria ser banqueiro – e se o escândalo me parecia grave, agora acho que é mesmo gravíssimo”, escreveu José Miguel Júdice. “Em resumo, disse-me: há um ano, o Governo e o Banco de Portugal pressionaram para que a SCML entrasse no capital do Montepio e Santana Lopes achou que era muito difícil de resistir. Este é o primeiro escândalo que se intuía, mas agora se confirmou. O Governo e o BdP [Banco de Portugal] intrometem-se no que deveria ser a gestão autónoma da SCML. Vieira da Silva não fica bem na foto e a ele voltaremos. Santana Lopes não queria concordar, mas não achava que pudesse recusar sem mais conversas”.

Segundo o artigo publicado no ECO, Santana Lopes optou por pedir uma auditoria, precisamente, por não se sentir capaz de dizer que não às pressões vindas das instituições.

Ao longo desta terça-feira o ECO contactou o Banco de Portugal e o Governo, tanto o gabinete do primeiro-ministro como o Ministério do Trabalho, para lhes pedir uma reação às afirmações de José Miguel Júdice, mas não obteve qualquer resposta até à publicação deste artigo. Já fonte oficial da candidatura de Santana Lopes à liderança do PSD disse que o candidato não se pronunciaria agora sobre o tema.

Mas no final da reunião da Concertação Social, Vieira da Silva foi confrontado com as declarações de José Miguel Júdice e garantiu aos jornalistas: “Não fiz pressão sobre ninguém”. Questionado se a pressão poderia ter vindo do Executivo, o ministro do Trabalho assegurou também que “o Governo não fez pressão sobre ninguém”.

(Artigo atualizado às 21h36 com a reação de Vieira da Silva)

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Bancos brasileiros credores da Oi sugerem mudanças em plano de recuperação judicial

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2017

O plano de recuperação judicial da Oi já apresentou avanços, mas ainda é preciso "aparar algumas arestas", disse o representante do Banco de Desenvolvimento Económico Social.

O Banco do Brasil e o Banco de Desenvolvimento Económico Social entregaram hoje propostas de alterações ao plano de recuperação judicial da operadora Oi, durante a assembleia-geral de credores da empresa no Rio de Janeiro. As mudanças não foram detalhadas, mas a assembleia-geral foi suspensa até às 19:00 (21:00 Lisboa) para que o presidente da Oi, Eurico Teles, analisasse as propostas.

Segundo Marcelo Rangel, representante do Banco de Desenvolvimento Económico Social (BNDES) na assembleia, o plano de recuperação judicial da Oi já apresentou avanços, mas ainda é preciso “aparar algumas arestas” para que o órgão possa dar parecer favorável na votação final que ainda irá acontecer.

A reunião começou por volta das 11:45 (13:45 Lisboa) e reuniu 3.383 credores da Oi, 83% do total, segundo informações fornecidas à imprensa pelo advogado Arnoldo Wald Filho, representante do escritório independente nomeado para ser administrador da recuperação judicial da operadora brasileira.

Ao longo do dia, Arnoldo Wald Filho confirmou que o plano de recuperação da empresa deve ser votado ainda hoje, embora o juiz Fernando Viana, da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, tenha determinado que a assembleia-geral poderia ser interrompida e retomada quarta-feira caso as discussões se alongassem.

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 22% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros).

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Câmara dos Representantes aprova reforma fiscal de Trump

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2017

A primeira grande reforma do mandato do Presidente Donald Trump recebeu 227 votos favoráveis e 203 contra, entre os quais 12 republicanos da Câmara dos Representantes, de maioria republicana.

A Câmara de Representantes aprovou esta terça-feira, e remeteu para o Senado, a proposta de reforma fiscal da Administração de Donald Trump, que preconiza a descida de impostos para trabalhadores e empresas.

A primeira grande reforma do mandato do Presidente Donald Trump recebeu 227 votos favoráveis e 203 contra, entre os quais 12 republicanos da Câmara dos Representantes, de maioria republicana.

O plano, que vai ainda ser debatido e votado hoje à noite no Senado, estabelece uma baixa do imposto pago pelas empresas de 35% a 21% e reduz para quatro os atuais sete escalões individuais de impostos, o que é considerado um alívio para a classe média norte-americana.

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António Costa acredita que défice em 2017 vai ficar abaixo de 1,4%

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2017

"O défice será este ano mais baixo do que o valor inicialmente estimado pelo Governo, que era de 1,5%. Depois a meta passou para 1,4%, mas o défice vai ficar abaixo de 1,4%", disse António Costa.

O primeiro-ministro, António Costa, manifestou-se esta terça-feira confiante de que o défice de Portugal este ano vai ficar abaixo dos projetados 1,4%, num discurso em que defendeu que a mudança a operar em Portugal ter se ser “sustentável”.

António Costa falava em São Bento, durante uma audiência concedida ao Conselho da Diáspora Portuguesa, depois de o presidente desta entidade, o empresário Filipe de Botton, se ter congratulado por Portugal estar “muito diferente hoje em comparação com 2013”.

O primeiro-ministro discursou logo a seguir para reiterar a tese do empresário, começando por salientar a necessidade de Portugal “dar continuidade a uma mudança que seja sustentável”.

“Portugal saiu este ano do Procedimento por Défice Excessivo [na União Europeia], duas agências de rating tiraram o país do nível de lixo, temos melhores condições de financiamento [nos mercados], o investimento privado bateu recordes, o desemprego continua a descer e o défice será este ano mais baixo do que o valor inicialmente estimado pelo Governo, que era de 1,5%. Depois a meta passou para 1,4%, mas o défice vai ficar abaixo de 1,4%”, disse António Costa.

Tendo ao seu lado o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, o primeiro-ministro manifestou-se também confiante de que, no final deste ano, o valor da dívida de Portugal será inferior às projeções iniciais.

Após o capítulo da economia, António Costa referiu-se a indicadores no campo social, citando dados do Observatório da Emigração, segundo os quais em 2016 saíram menos portugueses do país. “Acredito que o número voltará a baixar em 2017, confirmando esta tendência”, disse, deixando depois um recado ao setor empresarial nacional: “Temos de ter empregos devidamente qualificados”.

Como principais desafios do país em termos de médio prazo, o primeiro-ministro apontou a necessidade de se concretizarem reformas estruturais como a da floresta e a das qualificações. “Temos de ser capazes de responder aos desafios que o futuro nos coloca”, justificou, numa intervenção em que elogiou a importância da ação das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

“Portugal sempre cresceu partindo. Temos de reforçar a capacidade de internacionalização do país”, advogou, perante uma plateia de dezenas de membros do Conselho da Diáspora Portuguesa, entre os quais o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, líder da Confederação das Câmaras do Comércio Portuguesas no Brasil.

O Conselho da Diáspora Portuguesa é constituído por 96 conselheiros, dos quais 24 sócios-fundadores, estando presente em 26 países e cinco diferentes continentes. Entre estes membros, 29% são residentes nos Estados Unidos, 10% no Reino Unido, 7% no Brasil e 4% na África do Sul, registando-se ainda a presença de membros provenientes da Bélgica, França e Espanha. Em conselho tem uma forte componente económica, já que 58% dos elementos exercem atividade profissional nesta área, seguindo-se a ciência com 21% e a cultura com 14%.

(Artigo atualizado às 20h41 com mais informações)

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Novo Banco desafia os mais novos: vais poupar ou ficar a olhar?

  • ECO
  • 19 Dezembro 2017

Novo Banco lançou uma campanha para promover a abertura ou o reforço da Conta Poupança Programa Júnior. Protagonistas são mealheiros assinados por Agatha Ruiz de la Prada.

Piggy e Ziggy entram numa battle ao estilo funk, desafiando-se mutuamente a poupar. Os porquinhos mealheiros assinados por Agatha Ruiz de la Prada são as estrelas da campanha do Novo Banco lançada esta terça-feira, que se dirige aos mais novos. A instituição portuguesa pretende, assim, promover a abertura ou reforço (num valor igual ou superior a 100 euros) da Conta Poupança Programa Júnior.

“Vais poupar ou ficar a olhar”, “poupar nunca é demais” e “vou poupar muito agora para o que precisar mais tarde” são alguns dos lemas que as personagens cantam, animadamente. Os clientes que abram ou depositem mais de 100 euros nas contas do tipo referido receberão este modelo de mealheiro assinado pela artista espanhola. Por cada porquinho, o Novo Banco contribui com um euro para a Acreditar, instituição que apoia as crianças e famílias, nos casos de cancro infantil.

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Fenprof responde a PowerPoint do Governo slide a slide

  • Marta Santos Silva
  • 19 Dezembro 2017

A informação divulgada pelo Governo num PowerPoint sobre o custo das progressões é "propaganda" e "demagógica", acusa o sindicato dos professores, apresentando, slide a slide, os pontos de discórdia.

O Governo divulgou esta terça-feira uma apresentação PowerPoint com dados sobre as progressões dos professores que a Fenprof decidiu contestar através de um comunicado em que refuta certos números que surgem em determinados slides.

A apresentação do Governo parecia querer alertar para o grande custo de descongelar a carreira dos professores, devido à sua progressão relativamente mais rápida para escalões remuneratórios altos: a apresentação assinala que, em 2021, cerca de 23% do total de professores nos quadros estarão nos dois últimos escalões. A Fenprof responde a este ponto, por exemplo, dizendo que “este documento vem ainda confirmar que o Governo poderia reduzir em muito o custo com recursos humanos na Educação. Se, em 2021, 23% dos docentes terão atingido os mais elevados níveis da carreira, isso traduz o envelhecimento do corpo docente, problema que, a ser resolvido, através da aprovação de um regime específico de aposentação para os docentes, terá impacto positivo na vida das escolas, mas também o terá no plano financeiro“.

As críticas da Fenprof foram duras: “Do Governo, exige-se rigor na divulgação de números como estes que são postos a circular. Não o tem, e cremos que não por incompetência dos seus técnicos, mas sim por falta de seriedade dos seus políticos, o que se lamenta profundamente”. Veja abaixo os slides contestados pela Fenprof, e leia nas legendas as críticas do sindicato.

A Fenprof decidiu dar relevo a um outro pormenor. Segundo o sindicato, o Ministério da Educação “omite” aquilo que “os docentes perderam em apenas sete anos: mais de 8.000 milhões de euros”, devido aos cortes salariais e outras medidas de austeridade que visaram este grupo.

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Juiz faz queixa de procuradores do caso EDP

Magistrado Ivo Rosa sentiu-se "ofendido na sua honra" e fez queixa à PGR relativa aos dois procuradores que investigam suspeitas de corrupção no caso EDP.

Os magistrados responsáveis pela investigação de suspeitas de corrupção nas rendas da EDP recorreram para a Relação de Lisboa, argumentando que o juiz Ivo Rosa boicotava a investigação e favorecia “injustificadamente” os arguidos. Segundo avança a Visão, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Ivo Rosa sentiu-se ofendido e fez queixa a Joana Marques Vidal.

O juiz Ivo Rosa – que trabalha lado a lado com o super juiz Carlos Alexandre – já tinha recusado algumas diligências pedidas pela investigação contra os arguidos António Mexia, presidente da EDP, ou o ex-ministro da Economia Manuel Pinho. O que deixou insatisfeitos os procuradores do Ministério Público (MP). E por isso recorreram para o Tribunal da Relação. O juiz Ivo Rosa não gostou do tom deste recurso e apresentou queixa à procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, por se sentir ofendido. Segundo a Visão, essa queixa data de 10 de novembro.

No despacho a que a Visão teve acesso, o magistrado judicial – que está de saída do Tribunal que investiga a criminalidade mais complexa – invoca que os procuradores Carlos Casimiro Nunes e Hugo Neto, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), usaram “expressões manifestamente injustificadas e ofensivas da honra e do respeito devido aos juízes”.

Nesse mesmo recurso, os magistrados do DCIAP acusam o juiz de instrução criminal de atacar a autonomia do Ministério Público e de boicotar a investigação, prestando um favorecimento “injustificado aos arguidos”.

Já a 16 de junho, o juiz de instrução já tinha impedido buscas à casa de Manuel Pinho, alegando não existirem indícios “mínimos” de corrupção por parte do ex-ministro da Economia.

O nome de Manuel Pinho, que foi ministro da Economia com a tutela da energia num dos governos de José Sócrates, surge numa das linhas da investigação que tenta associar o financiamento da EDP à Universidade de Columbia (onde a elétrica portuguesa criou um curso de energias renováveis que seria ministrado pelo próprio Manuel Pinho) às condições que a empresa garantiu na revisão dos contratos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) e no alargamento das concessões das suas barragens – isto em 2007.

O Ministério Público já constituiu neste processo sete arguidos — entre os quais o presidente executivo da EDP, António Mexia – e está a investigar a suspeita de corrupção sobre alegados benefícios que a EDP terá conseguido com esta legislação dos CMEC.

Segundo o que avançou a Sábado, o magistrado vai abandonar funções neste tribunal para ocupar um cargo internacional. A saída poderá ocorrer logo no início do próximo ano. Porém, o próprio magistrado já terá confidenciado a amigos que só assumirá o novo lugar durante o primeiro semestre de 2018. Ivo Rosa foi nomeado, no passado mês de setembro, representante do Conselho Superior da Magistratura no Programa de Assistência contra o Crime Transnacional Organizado entre a Europa e a América Latina – El Paccto.

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Salário mínimo aumenta para 580 euros em janeiro. Não houve acordo na concertação

Não houve acordo esta tarde na concertação social. Avança a proposta do Governo de aumentar o salário mínimo para 580 euros.

Salário mínimo vai aumentar para 580 em janeiro do próximo ano, mas não houve acordo na concertação social.

Arménio Carlos foi o primeiro parceiro a sair da reunião e, em declarações aos jornalistas, garante que não houve acordo entre os parceiros e que o Governo não cedeu ao patronato. O secretário-geral da CGTP lamenta, contudo, que se tenha perdido uma oportunidade para aumentar o salário mínimo para 600 euros, mas congratula-se com o facto de o Executivo não ter dado qualquer contrapartida às entidades patronais.

A CIP tem vindo a pedir uma redução da contribuição do patronato para o Fundo de Compensação de Trabalho. Um pedido que foi encarado pelos sindicatos como uma contrapartida para o aumento do salário mínimo. Mas a Confederação Empresarial de Portugal rejeita esta leitura. António Saraiva revelou que, no primeiro trimestre de 2018, o Executivo aceitou discutir a proposta da CIP de reduzir em um milhão de euros a contribuição dos patrões para este fundo, que custa mensalmente às empresa 7,1 milhões de euros.

António Saraiva garantiu aos jornalistas, em declarações transmitidas pela RTP3, que o aumento do salário mínimo nunca esteve em causa porque, os 580 euros estavam previamente estabelecidos no programa do Governo. “É uma imposição do Governo, não há nada a dizer”, disse António Saraiva. “Mas vamos continuar a bater-nos para que seja cumprido na íntegra o acordo assinado em janeiro deste ano”, acrescentou.

O acordo assinado inclui matérias ao nível do Fundo de Compensação de Trabalho, do Pagamento Especial por Conta, Formação profissional, estabilidade das relações laborais, enumerou António Saraiva, frisando que não saiu satisfeito da reunião, porque não foi possível concluir esse acordo. Contudo garantiu: “Vamos continuar a discutir com o Governo o que está em negociação”.

João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio, lembrou mesmo que “a Concertação Social não acabou”. E sobre a mesa os patrões colocaram o Pagamento por Conta. “Queremos reduzir o Pagamento por Conta porque não faz sentido avançar receitas por lucros que se pensa que venham a existir”, explicou António Saraiva, remetendo para mais tarde a divulgação das propostas avançadas ao Executivo.

O ministro do Trabalho confirmou estas propostas dos patrões que foram apresentadas como “um conjunto de reivindicações para que os patrões apoiassem explicitamente o aumento do salário mínimo para 580 euros”. Vieira da Silva garante que “ninguém está chateado”, mas considerou “impossível” aceitar essas reivindicações. Pedir ao Governo para “garantir a preservação inalterada da legislação laboral”, “é algo que não se pode pedir ao Executivo”, é matéria que “não pode ser alvo de negociação”, disse o ministro.

A “segunda condição” foi a redução, “em termos relativos, de 100 para 20 do Fundo de Compensação do Trabalho”. “Manifestámos a disponibilidade para melhorar a gestão deste Fundo, mas passar de 100 para 20, sem discussão fundamentada, é impossível de aceitar, sendo esta matéria da competência da Assembleia da república”, afirmou Vieira da Silva, acrescentando que também há abertura para discutir o Pagamento por Conta.

Vieira da silva lamentou que não tenha havido acordo, mas concluiu: “Não subscrevo um acordo a qualquer preço”.

(Artigo atualizado com mais informação)

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 19 Dezembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Os CTT anunciaram esta tarde que os salários da administração vão sofrer um corte de 25%. O administrador financeiro dos CTT, André Gorjão Costa, também está de saída da empresa, apurou o ECO.

Os salários do chairman e CEO dos CTT vão sofrer um corte de 25%, enquanto os restantes membros destes órgãos vão ver a folha salarial emagrecer em 15%. Para nenhum dos gestores executivos haverá qualquer prémio em 2017 e 2018. Estas medidas fazem parte do plano de reestruturação anunciado esta terça-feira.

O administrador financeiro dos CTT está de saída da empresa, sabe o ECO. André Gorjão Costa abandona o cargo de CFO (chief financial officer) dois anos antes do fim do mandato, num momento particularmente sensível para os Correios.

O Tribunal Constitucional decidiu que a Taxa de Proteção Civil de Lisboa é inconstitucional. Medina vai devolver 58 milhões de euros aos lisboetas. A taxa é aplicada desde 2015.

O mandato de Fernando Pinto à frente da TAP chega ao fim este ano e mantém-se a dúvida sobre a sua continuidade. O presidente executivo da companhia aérea nacional garante que ainda nada está definido e que a decisão é tomada pelos acionistas.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o supervisor dos seguros, deu luz verde para que o ramo segurador do Banco Popular Portugal seja integrado no Santander Totta. Fica ainda a faltar o ‘ok’ do Banco de Portugal para que a integração seja concluída.

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TAP reforça no Porto e lança quatro novas rotas

A partir do próximo ano, será possível viajar do Porto para Barcelona, Milão e London City, além de haver um reforço da ligação a Ponta Delgada.

Depois de, no ano passado, ter reduzido significativamente a operação a partir do Porto, a TAP volta a reforçar a aposta na cidade, com o relançamento de rotas que tinha deixado de operar e o lançamento de uma nova. A partir do próximo ano, será possível viajar do Porto para Barcelona, Milão e London City, além de haver um reforço da ligação a Ponta Delgada.

O anúncio foi feito, esta terça-feira, pelo presidente executivo da companhia aérea, Fernando Pinto, num encontro com jornalistas. “Tivemos uma reação muito negativa quando rearranjámos as rotas no Potro, mas sempre afirmámos que não estávamos a sair do mercado. Era um recuo estratégico, para voltar em força”, disse o responsável, na sede da TAP, em Lisboa.

A justificar este retorno ao Porto está a importância da cidade enquanto destino de negócios e, nos últimos tempos, a forte evolução do turismo, detalhou. Ainda assim, a companhia aérea não vai repor toda a operação que interrompeu. Desde março de 2016 que a TAP faz menos 74 voos semanais para a Europa, Brasil e Estados Unidos, a partir do Porto.

As ligações para Barcelona e Milão foram duas das que foram canceladas. Serão agora repostas, com dois voos por dia do Porto para cada uma destas cidades. Ao mesmo tempo, a ligação a Ponta Delgada será reforçada com um voo diário. A novidade será o o aeroporto London City, para onde a TAP vai operar seis voos por semana a partir do Porto.

As novas rotas terão início a 25 de março e resultam em 41 novas frequências por semana no aeroporto do Porto. “Estes voos voos começarão a ser comercializados assim que estejam concluídos alguns detalhes operacionais”, indica a TAP, em comunicado enviado às redações.

No que diz respeito a horários, os dois voos diários para Barcelona partem do Porto às 06h30 e às 19h35. Para Milão, os voos têm partidas do Porto às 06h30 e às 17h55. A rota Porto-London City tem partidas às 12h05, com chegada a Londres às 14h20 e regresso ao Porto às 14h50. O voo diário para Ponta Delgada arranac no verão, com hora de partida às 13h20.

Notícia atualizada às 18h59 com comunicado da TAP.

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CTT reafirmam dividendo de 38 cêntimos, mas abrem a porta a mais cortes na remuneração acionista

Administração quer uma política de dividendos alinha com os lucros, deixando aberta a porta a mais cortes na remuneração acionista nos próximos anos em que a reestruturação vai impactar nas contas.

Alerta ao investidor. Os CTT garantem que vão pagar o dividendo de 38 cêntimos relativos ao exercício deste ano, abaixo dos 48 cêntimos iniciais, mas admitem baixar de novo o dividendo nos próximos anos. A administração pretende ter uma política de remuneração acionista “alinhada com o seu resultado líquido”. Mas com o plano de reestruturação a impactar nas contas dos próximos anos, está aberta a porta a novos cortes no dinheiro a distribuir pelos acionistas.

“Durante o período de investimento do plano de transformação operacional (2018-2019), o Conselho de Administração tenciona propor que a empresa implemente uma política de dividendos alinhada com o seu resultado líquido, reforçada com a utilização de reservas distribuíveis“, lê-se no comunicado da empresa liderada por Francisco Lacerda ao mercado.

O dividendo de 38 cêntimos relativos ao exercício de 2017, a ser pago em 2018, foi reafirmado.

Aquando da apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano, os CTT anunciaram uma redução de 20% da remuneração aos acionistas dos 48 cêntimos para os 38 cêntimos. Isto depois de ter registado uma quebra acentuada do lucro, razão pela qual a administração apresentou agora um plano de reestruturação para devolver confiança aos investidores e trabalhadores.

Este plano prevê a saída de 1.000 trabalhadores nos até 2020 e os cortes salariais vão chegar à administração. Francisco Lacerda vai ver o seu salário reduzido em 25%, enquanto os restantes administradores terão cortes de 15%. Além disso, prémios relativos aos anos de 2017 e 2018 vão ser eliminados.

Os CTT dizem que “é expectável que as medidas planeadas criem um impacto positivo no EBITDA recorrente a partir do próximo ano, contrariando a queda do tráfego de correio (apesar dos gastos não recorrentes envolvidos)”.

Em 2016, os CTT destinaram 72 milhões de euros para a distribuição de dividendos, acima do lucro de 62 milhões de euros, o que obrigou Lacerda a recorrer a reservas distribuíveis. Ou seja, o payout superou os 100%. É o que deverá acontecer nos próximos anos, sinaliza a empresa de correios postais.

(Notícia atualizada às 18h05)

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CTT querem despedir 1.000 trabalhadores até 2020

Há um processo de rescisões a decorrer, ao qual já aderiram 140 trabalhadores. Até ao final deste ano, a empresa de correios espera atingir os 200. E, nos próximos três anos, quer despedir mais 800.

Os CTT querem rescindir com mil trabalhadores até ao final de 2020. A medida consta do plano de reestruturação apresentado esta terça-feira e será implementada de forma faseada. Atualmente, já está a decorrer um programa de rescisões, ao qual deverão aderir 200 trabalhadores até ao final deste ano. A partir do próximo, arranca um novo processo, que irá alongar-se pelos próximos três anos e que deverá levar à saída de mais 800 colaboradores.

O primeiro objetivo da empresa é “reforçar o programa de otimização de recursos humanos” atualmente em curso, através da “continuação da eliminação de redundâncias”. Cerca de 140 trabalhadores a tempo inteiro já aderiram a este programa, nas últimas semanas, e a empresa espera chegar aos 200 até ao final deste ano ou nos primeiros meses do próximo.

Já a partir de 2018, vai começar a ser implementado o novo programa de rescisões, através do qual a administração pretende despedir outros 800 trabalhadores. Feitas as contas, a empresa, que no final de 2016 contava com 12.401 trabalhadores, vai reduzir a sua força de trabalho em 8%.

Este segundo processo será uma das medidas implementadas para “reorganizar a rede de distribuição para melhorar a eficiência operacional”. A empresa planeia “redesenhar a arquitetura e a cobertura da rede de distribuição“, bem como “ajustar a dimensão e tipologia da frota e concentrar centros de distribuição postais”. Para além disso, os CTT querem “melhorar a eficiência dos processos de divisão e sequenciamento através da automatização” e “aumentar a produtividade através da redução do absentismo”.

Com estes despedimentos, a empresa espera poupar até 31 milhões de euros, um impacto positivo que só irá fazer-se sentir no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 2020. Os custos imediatos com indemnizações deverão superar este valor, ascendendo a 39 milhões de euros entre 2018 e 2019, estima a empresa.

Como parte do plano de reestruturação, os CTT admitem ainda que vão fechar lojas. A “otimização da cobertura da rede” será feita “através da conversão de lojas em postos de correio ou fecho de lojas com pouca procura por parte dos clientes”, pode ler-se no plano enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Ainda assim, ressalva, será assegurada “a proximidade com os cidadãos, qualidade dos serviços e as obrigações regulatórias”.

(Notícia atualizada às 17h51 com mais informação)

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