Banca norte-americana penaliza Wall Street

O setor financeiro registou a maior queda dos últimos sete meses, depois de Donald Trump ter dito que o dólar está "demasiado forte". A moeda norte-americana também desvalorizou.

O arranque da temporada de apresentação de resultados até estava a correr bem para a banca norte-americana, mas a incerteza em torno das políticas que serão implementadas por Donald Trump está a deixar os investidores nervosos. No primeiro dia de negociação da semana, depois de um feriado em homenagem a Martin Luther King, as bolsas norte-americanas fecharam em queda, penalizadas, sobretudo, pelo setor financeiro.

O S&P 500, índice de referência mundial, encerrou a cair 0,37%, para os 2.266,70 pontos, num dia em que as ações do Bank of American afundaram 4,11%, enquanto o Goldman Sachs, que apresenta amanhã os resultados do quarto trimestre de 2016, perdeu 3,5%

A banca norte-americana acabou mesmo por registar a maior queda dos últimos sete meses e acompanhou a desvalorização do dólar, que chegou a recuar 1% para os 1,07 euros, depois de Donald Trump ter dito, em entrevista ao The Wall Street Journal, que a moeda está “demasiado forte”. O presidente eleito dos Estados Unidos considera que isto se deve ao facto de a China estar a puxar para baixo o valor da sua própria moeda.

“Se Trump quer gerar tanto crescimento como consta dos seus planos, e se o resto do mundo não tem a mesma estratégia fiscal, é uma questão de para onde é que o capital vai fluir”, comenta Fredrik Nerbrand, do HSBC, em declarações à Bloomberg.

O índice tecnológico Nasdaq também fechou a sessão em terreno negativo, cair 0,63%, penalizado pela Qualcomm, que derrapou mais de 4%, depois de ter sido noticiado que a empresa vai ser processada pela autoridade da concorrência norte-americana. Em causa estão acusações de concorrência desleal nas licenças da fabricante de semicondutores para telemóveis.

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