Petróleo a cair a pique arrasta bolsa de Nova Iorque

  • Marta Santos Silva
  • 19 Abril 2017

O mergulho do preço do petróleo levou consigo os índices de referência de Wall Street. Já o dólar fortaleceu-se, registando mesmo o maior salto mais alto dos últimos seis meses.

As bolsas norte-americanas fecharam no vermelho devido à queda acentuada das cotações do petróleo, que desvalorizavam a mais de 3% após uma atualização dos inventários de gasolina dos Estados Unidos. Dos três principais índices norte-americanos, só o tecnológico Nasdaq se salvou, mas por pouco: o índice subiu apenas 0,23%.

O índice de referência de Wall Street, o S&P 500, caiu 0,27% para os 2.335,85 pontos, acompanhado pelo Dow Jones. O índice industrial foi o que teve a queda mais acentuada dos três, em parte devido à derrapagem das ações da IBM, que chegou a cair 5%. O Dow Jones caiu assim 0,58% para os 20.403,81 pontos. O Nasdaq, por sua vez, ficou-se nos 5.863,04 pontos.

A vaga vermelha deveu-se ao aumento, ao contrário do que se esperava, dos inventários de gasolina nos Estados Unidos para 1,54 milhões de barris após nove semanas a cair, o que levou o petróleo a descer mais de 3% nos mercados internacionais. O Brent, em Londres, deslizava 3,78% para os 52,87 dólares, enquanto o WTI em Nova Iorque caía 3,85% para os 50,39 dólares por barril. O impacto do aumento das reservas de gasolina faz-se sentir com especial força por chegar no princípio da época de férias — a que os norte-americanos chamam driving season por pôr muitos mais carros nas estradas.

Wall Street contrariou a tendência positiva europeia, com a onda de otimismo a seguir-se à convocação de eleições por Theresa May para junho, no Reino Unido. A aproximação das eleições incertas em França também tem afetado os mercados. “Continuamos muito vulneráveis a riscos políticos”, disse Christopher Jeffery, analista da Legal & General Investment Maganement em Londres, à Bloomberg.

“As sondagens da primeira volta das eleições francesas estão muito próximas. Não temos indicação de como se vai resolver o drama na Coreia do Norte. E estes fatores são mais importantes para nós do que o ir e vir dos resultados a curto prazo”, salientou, apontando para um aumento da volatilidade nos mercados.

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