Depois da recuperação do petróleo, é a vez de Wall Street

Wall Street está a recuperar depois de o petróleo e a instabilidade internacional ter baralhado as contas dos investidores. Os pedidos de subsídios de desemprego ficaram acima do esperado.

Depois da tempestade vem a bonança: o petróleo está a recuperar depois de uma queda graças ao sinal de que a OPEP vai prolongar os cortes. Além disso, a primeira época de resultados das empresas de 2017 está a dar um impulso nos mercados norte-americanos. Mesmo com as preocupações com a geopolítica, têm sido superiores as surpresas positivas nas cotadas do que as negativas.

Esta quinta-feira as bolsas estão mais otimistas com uma subida ligeira, recuperando as perdas da semana, depois de esta quarta-feira Wall Street ter fechado misto, com dois índices a descer e um a subir. Esta tarde os índices estão a valorizar ligeiramente: o Nasdaq sobe 0,43% para os 5888,3 pontos, o S&P 500 valoriza 0,23% para os 2342,63 pontos e o Dow Jones sobe 0,28% para os 20.463,15 pontos.

A Verizon foi uma das empresas que divulgou os seus resultados do primeiro trimestre e Wall Street não gostou, tendo ficado abaixo das expectativas. A empresa que vai adquirir a Yahoo está a desvalorizar 1,92% esta quinta-feira. As ações da EBay também estão a desvalorizar apesar de a empresa ter apresentado resultados em linha com as expectativas.

Antes dos mercados abrirem, o departamento do Trabalho norte-americano divulgou que os novos pedidos de subsídios de desemprego subiram acima do previsto: mais dez mil na semana passada, subindo para 244 mil, face à semana anterior. Nas últimas quatro semanas, a média foi de 243 mil pedidos de subsídios de desemprego.

No mundo do petróleo, os três primeiros meses de corte de produção não foram suficientes para baixar os inventários de petróleo e, por isso, a OPEP deverá prolongar os cortes. “Há um acordo inicial, ainda não comunicado a todos os países, que implica que poderemos ser obrigados a prolongar o corte para atingir o nosso objetivo“, disse o ministro saudita Khalid Al-Falih, em conferência de imprensa, citado pela Bloomberg, esta quarta-feira.

Segundo a Reuters, cerca de 75% das 57 empresas do S&P 500 que já divulgaram os seus resultados trimestrais excederam as expectativas. Esta taxa de sucesso fica acima da de 71% registada nos quatro trimestres passados. Ao todo, estima-se que as receitas das empresas do índice subiram, em média, 10,8% no primeiro trimestre deste ano, o melhor registo desde 2011.

As tensões entre os Estados Unidos e uma série de países — incluindo a Rússia, a Coreia da Norte e a China — têm influenciado os mercados de forma negativo. Além disso, a imprevisibilidade das eleições francesas, cuja primeira volta acontece este domingo, tem deixado os investidores nervosos. Contudo, este efeito tem sido amenizado pelos bons resultados das cotadas europeias.

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