Insolvências caem. Perderam-se 4.700 empregos

Foram 839 as empresas que fecharam portas no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a uma quebra homóloga de 20%, revelam os dados da COSEC, a seguradora líder nos ramos do seguro de créditos e caução.

Berta Dias da Cunha, administradora da COSEC, refere que “a análise destes dados confirma a tendência, evidente desde 2016, de redução do número de insolvências em Portugal, em linha com a evolução de outros indicadores, tais como a taxa desemprego e o crescimento da atividade económica”.

O encerramento de empresas eliminou potencialmente 4.700 postos de trabalho e a resultou na perda de um volume de negócios equivalente a mais de 474 milhões de euros. Além disso ficaram por regularizar 123 milhões de euros de créditos a fornecedores.

Os dados revelam ainda que 67% das empresas insolventes são microempresas, sobretudo do setor dos serviços (24%). A Cosec explica que esta é “uma tendência que tem vindo a verificar-se desde 2009”. Os setores da construção (19%) e do retalho (16%) são outros dos mais afetados.

Em termos de distribuição geográfica, os resultados das insolvências mantiveram-se face ao ano passado, com Lisboa a apresentar o maior número (29%), seguida do Porto (21%) e do distrito de Braga (9%). No extremo oposto, Beja e Bragança foram os distritos que registaram o menor número de insolvências, com apenas dois casos registados.

Lisboa é o distrito onde mais se criam e destroem empresas

O estudo COSEC Dinâmica Empresarial revela ainda que os pedidos de Processo Especial de Revitalização (PER) diminuíram 29% nos primeiros três meses deste ano (foram, ao todo, 148) e que foram criadas 11.293 empresas, um número ligeiramente inferior (-1%) ao do ano anterior. As micro e pequenas empresas representam ainda 75% dos casos de pedido de PER e os setores que registaram maior número de pedidos de revitalização foram a construção (34 empresas), serviços (30) e retalho (18).