CGTP: “Políticas são mais importantes que saída de pessoas do Governo”
A central sindical está pouco preocupada com as demissões dos três secretários de Estado e pede mais abertura do Governo na preparação do Orçamento do Estado para 2018.
Arménio Carlos desvaloriza a demissão dos três secretários de Estado, que pediram exoneração dos seus cargos na sequência do caso Galpgate. O secretário-geral da CGTP considera que as “políticas a desenvolver são mais importantes do que as entradas e saídas de pessoas” do Governo.
“Mais do que a entrada ou saída de pessoas no Governo, para nós, o que importa são as políticas que devem ser desenvolvidas. O que nós assistimos é que na área laboral nos últimos tempos tem havido uma estagnação e uma falta de capacidade, intervenção e vontade política do Governo em responder a um conjunto de reivindicações e propostas”, disse à agência Lusa Arménio Carlos.
O secretário-geral da CGTP destacou a revogação da norma da caducidade para a contratação coletiva, uma maior celeridade da resolução do problema na precariedade na administração pública e o agendamento que ainda não foi feito desta discussão no setor privado pela via da concertação.
“Assim, relativamente às demissões, a CGTP não tem nada a acrescentar a não ser que vamos aguardar o desenrolar do processo e ver se as pessoas são implicadas ou não”, disse.
"Até agora não vimos sinais de grande abertura por parte do Governo relativamente à problemática dos salários, do congelamento de carreiras e do reforço das verbas para os serviços públicos.”
Arménio Carlos disse ainda que a CGTP quer que o Governo tenha outra forma de estar na preparação do Orçamento do Estado de 2018. “Até agora não vimos sinais de grande abertura por parte do Governo relativamente à problemática dos salários, do congelamento de carreiras e do reforço das verbas para os serviços públicos”, disse. Segundo Arménio Carlos, não basta dizer que se muda, “é preciso provar que a mudança está a efetivar-se”.
Os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria anunciaram no domingo que pediram a sua exoneração de funções ao primeiro-ministro e solicitaram ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro 2016.
O primeiro-ministro aceitou no domingo os pedidos de exoneração dos secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, “apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação”.
A decisão foi justificada com a intenção de não prejudicar o Governo.
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