Pedro Nuno Santos: “Não tenho por hábito assistir a jogos de futebol”

  • ECO
  • 12 Julho 2017

O braço direito de António Costa diz que a condição de arguidos não era compatível com os cargos de secretários de Estado demissionários. E diz que no lugar deles faria o mesmo.

Pedro Nuno Santos nega que tenha aceitado o tipo de prendas, tal como fizeram os três secretários de Estado que pediram a exoneração no passado domingo. No entanto, admite que já foi a uma final da supertaça e a Festivais de Verão. Quanto à decisão dos seus colegas do Governo, o atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares refere que, no lugar deles, tomaria a mesma decisão de sair do Executivo.

“Já assisti a festivais de música e fui assistir a uma final da supertaça. Mas não tenho por hábito assistir a jogos de futebol”, revelou o secretário de Estado esta quarta-feira em entrevista à TSF. Recorde-se que, na sequência do Galpgate, o Governo aprovou um Código de Conduta que obriga os membros do Governo a rejeitar ofertas acima de 150 euros.

A condição de arguidos não é compatível com os cargos que estavam a ocupar“, considerou Pedro Nuno Santos, referindo que compreende a decisão e que, no lugar dos seus colegas, tomaria a mesma decisão. No domingo, os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, da Internacionalização e da Indústria pediram a demissão que foi aceite pelo primeiro-ministro. Esta terça-feira, Rocha Andrade revelou que quem o informou do processo foi o seu chefe de gabinete, também ele arguido neste processo.

A conduta de quem exerce cargos públicos e a forma como é percecionada vai evoluindo e a reação hoje é diferente da que era no passado“, argumenta o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. Ainda assim, não condena os seus colegas, dizendo que atuaram de “boa-fé” e que a aceitação do convite estaria dentro das normas sociais. “Não tenho margem para dúvidas de que eles agiram em boa-fé”, garantiu.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares disse ainda ter informações que negam a ligação entre a austeridade e a tragédia de Pedrógão e o roubo em Tancos. “Não temos informação, antes pelo contrário — temos informações que nos dizem o contrário –, de que estes sejam acontecimentos motivados pela austeridade presente ou passada”, afirmou.

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