Venda de casas dispara 25%. Metade dos negócios é em Lisboa

Foram vendidas mais de 70 mil habitações no primeiro semestre do ano, gerando um volume de negócios recorde de 8,9 mil milhões de euros. Metade dos negócios foi feita em Lisboa.

Mercado imobiliário em Lisboa continua em forte alta.Paula Nunes / ECO

O mercado imobiliário em Portugal continua em forte alta. No primeiro semestre do ano foram vendidas mais de 72 mil casas nos país, gerando um volume de negócios de 8,9 mil milhões de euros. Valor das vendas disparou 25% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Já os preços subiram 8% no segundo trimestre.

Cerca de metade do volume de habitações transacionado nos seis primeiros meses do ano teve lugar na região de Lisboa, onde foram vendidas mais de 25 mil casas por 4,3 mil milhões de euros. Corresponde a um crescimento de 30% face a 2016, em função do turismo e do interesse de cada vez mais investidores internacionais nos ativos imobiliários na capital portuguesa. Mas não só.

Por exemplo, no Porto, a segunda maior cidade do país, as vendas de casas totalizaram os 1,4 mil milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, aumentando 27% face ao período homólogo.

Face à procura cada vez mais crescente, a tendência natural dos preços é de subida. E os dados do INE confirmam isso mesmo: os preços das habitações em Portugal aceleraram 8% no segundo trimestre do ano. São já quase quatro anos em que os preços das casas sobem no país, tendo atingido no último trimestre máximos de sempre, reforçando os alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a necessidade de monitorização do mercado imobiliário.

Vendas de casas disparam em Portugal

Fonte: INE

Os economistas do Fundo sublinharam em dezembro do ano passado que ainda não havia razão para considerar que existe uma bolha no imobiliário em Portugal. Ainda assim, depois da contração do mercado nos anos da crise, o disparo dos preços das habitações nos anos seguintes deve motivar uma maior atenção dos responsáveis portugueses em relação à evolução da “inflação” das casas.

Outro sinal de robustez do mercado de habitação prende-se com a evolução positiva nos negócios de novas casas. O volume transacionado subiu 6% no semestre para 1,8 mil milhões de euros, num total de 11 mil casas, e continua a crescer depois do mínimo atingido em 2013.

Ainda assim, a maior parte das transações tem a ver com casas existentes: foram vendidas mais de 60 mil habitações em todo o país por sete mil milhões de euros.

Paralelamente, o INE revelou que as taxas de juro implícitas no conjunto dos créditos à habitação cresceram ligeiramente em agosto, fixando-se nos 1,014%. Foi o segundo mês em que esta taxa subiu, após três anos com tendência de queda.

(Notícia atualizada às 11h56)

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