Uma nova alternativa para a Catalunha? A JP Morgan acredita que sim

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

A convocatória de novas eleições é a sugestão da sociedade gestora de ativos. O caminho para a região poderá ser o estado de "semi-independência" face a Madrid.

A JP Morgan aponta um possível cenário para domar os ânimos em Espanha. Numa análise tornada pública esta segunda-feira, a gestora de ativos fala da convocatória de novas eleições para a Catalunha após o dia 1 de outubro. A decisão abriria “uma janela para o diálogo” entre Madrid e Barcelona, avança o Cinco Días.

A gestora entende que, com mais concessões por parte de Madrid, a Catalunha poderia aproximar-se do estatuto de estado de “semi-independência”, sob o argumento de que a região espanhola “teria pouco a ganhar numa luta por uma separação que vá para lá de uma cidadania e uma bandeira simbólica”, cita a mesma fonte.

De acordo com a análise da JP Morgan, a Catalunha poderá organizar novas eleições para aferir “a intensidade do sentimento pró-independência”, quer o referendo do próximo domingo se realize ou não. Tais eleições permitirão aos partidos reorganizar-se e abrir um canal de comunicação com Madrid, de forma a proceder a uma revisão da Constituição.

A gestora de ativos sublinha a importância de uma “trégua” entre ambas as partes, no sentido de abrir um diálogo de financiamento regional caso, após a desconvocação do referendo. O ambiente na Catalunha, porém, espera-se ainda agitado até 1 de outubro.

A JP Morgan refere ainda que a Catalunha tem vindo a evitar os efeitos negativos potenciais da separação com a restante Espanha. A análise refere, nomeadamente, uma declaração da UE que determina a retirada da Zona Euro caso consiga a sua independência. Em causa poderá estar a deslocação de empresas para fora da região, bem como a perda da moeda e a dificuldade de acesso ao Mercado Único.

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