Isabel dos Santos sem ambições políticas no horizonte quer continuar a ser empresária

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

"Há muitas formas de resolver os problemas de África", diz a empresária angolana, salientando que "criar empresas é uma forma tão boa como ser política".

A empresária angolana Isabel dos Santos garantiu não ter ambições políticas a curto prazo e afirmou preferir contribuir para o desenvolvimento em África como empresária.

“A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas”, afirmou, num evento em Londres organizado pela Thomson Reuters.

Para a atual presidente do Conselho de Administração da petrolífera Sonangol, “há muitas formas de resolver os problemas de África e o desenvolvimento, criando postos de trabalho e oportunidades e criar empresas é uma forma tão boa como ser política”.

“Para já, gosto de fazer o que faço, que é ser empresária”, vincou a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, sucedido por João Lourenço em setembro passado, após 38 anos em funções.

Isabel dos Santos disse ter entrado em junho de 2016 para a Sonangol com outros profissionais do setor privado com um “sentido de missão” e com o desejo de “dar um contributo” para o país.

A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas.

Isabel dos Santos

Empresária

“Quando nos chamaram para este desafio, deram-nos uma empresa que significa tanto para a nossa economia e população, mas estava numa situação muito difícil devido aos preços baixos e à queda dos rendimentos”, contou.

Nos últimos anos, descreveu, foi feito um “diagnóstico completo”, com auditoria e avaliação aos recursos humanos e sistemas informáticos e outros setores, que passou por maior rigor nas despesas, maior critério nas decisões e maior transparência.

“Otimizámos a organização o mais possível. Mas tudo isto é uma tarefa enorme. Isto é um trabalho para vários anos. Eu diria três, quatro, cinco anos ou mais”, declarou.

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