A meio da crise, Allianz deixa de ser acionista de referência dos CTT

Alemães da Allianz venderam 3% das ações dos Correios, empresa que se encontra sob forte pressão dos investidores devido aos maus resultados. Já detém menos de 2% dos CTT em crise.

Em crise na bolsa, os CTT perderam esta semana um acionista de referência, depois de os alemães da Allianz terem alienado uma posição de quase 3% que detinham nos correios postais. Com isso, deixaram de ser o terceiro principal acionista para ficar com uma participação de apenas 1,85% na cotada liderada por Francisco Lacerda.

A redução da exposição dos alemães aconteceu esta segunda-feira, num dia em que as ações dos CTT atingiram um novo mínimo de sempre nos 3,043 euros, segundo o comunicado publicado esta terça-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Atualmente, a Allianz detém uma participação de 1,85% nos CTT, relativa a uma posição em ações de 1,5% e ainda direitos de opção de recompra e 0,35%.

A empresa de correio postal encontra-se sob pressão do mercado, depois de no final do mês passado ter anunciado que vai cortar o dividendo em 20% dos 48 cêntimos para os 38 cêntimos, em reflexo da deterioração do negócio da distribuição de cartas e ainda do aumento dos custos operacionais.

As ações perdem mais de 50% desde o início do ano, estando a cotar atualmente nos 3,095 euros.

Face a esta turbulência nos mercados, vários fundos têm-se posicionado nos seio da estrutura acionista dos CTT. Foi agora o caso da Allianz, cuja alienação de ações torna os alemães o 10.º maior acionista da empresa, justamente atrás da Kairos Partners, o fundo italiano que entrou para o capital dos CTT há apenas duas semanas com mais de 2%, segundo dados da Bloomberg.

De resto, estas mudanças na estrutura acionista dos CTT já vinham sendo antecipada pelos analistas, devido ao período mais conturbado que atravessam na bolsa. Para travar a desconfiança do mercado, a administração liderada por Francisco Lacerda anunciou um plano de reestruturação da empresa: em vista estará a saída de 300 trabalhadores.

O maior acionista do grupo continua a ser a Gestmin, de Manuel Champalimaud, com 10,46%, seguida da Wilmington Capital (da Indumentaria Pueri, que detém 5%.

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