Houve “consenso alargado” nas alterações à lei do financiamento, dizem os partidos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2017

Numa nota à imprensa, os coordenadores do grupo de trabalho sobre o financiamento dos partidos dizem que a lei aprovada não implica "quaisquer encargos públicos adicionais para com os partidos".

PSD, PS, PCP e PEV realçaram esta quarta-feira que as propostas para alterar a lei do financiamento dos partidos foram feitas “num quadro de consenso alargado” que apenas não mereceu “acolhimento pontual” por parte do CDS-PP.

Numa nota à imprensa, os coordenadores do grupo de trabalho sobre o financiamento dos partidos sublinharam que da lei aprovada “não resulta nenhum aumento de subvenção estatal ou quaisquer encargos públicos adicionais para com os partidos políticos”. A nota é assinada pelos deputados do PSD José Silvano, Ana Catarina Mendes, do PS, António Filipe, do PCP, e José Luís Ferreira, do PEV. O BE e o CDS-PP também integraram o grupo de trabalho, mas não assinaram o documento.

Na referida nota, aqueles deputados recordam o início do processo legislativo, há um ano, e “por iniciativa do Tribunal Constitucional”, que suscitou dúvidas de constitucionalidade sobre o regime jurídico institucional do financiamento político-partidário e sobre as “disfuncionalidades que tal regime acarretava”.

No seguimento desses alertas, foi constituído um “grupo de trabalho informal com vista a encontrar soluções legislativas que fossem ao encontro das questões colocadas por aquele Tribunal”. “Durante vários meses, cada grupo parlamentar representado naquele grupo de trabalho informal, apreciou o roteiro de sugestões apresentado pelo Tribunal Constitucional, reuniu com o seu presidente e vice-presidente e elaborou propostas no quadro de um consenso alargado que apenas não teve acolhimento pontual por parte do CDS-PP”, sublinham os deputados.

Os deputados sustentam que foi “por consenso” que na última reunião da conferência de líderes o diploma foi agendado para o dia 21 de dezembro para discussão e votação em plenário. O diploma foi aprovado na quinta-feira passada com os votos contra do CDS-PP e do PAN. Cabe agora ao Presidente da República “decidir ou não pela sua promulgação no respeito pela lei e pela Constituição”, afirmam.

No documento de 12 páginas que dirigiu em outubro do ano passado à Assembleia da República, noticiado pela Lusa, o presidente do TC, Manuel Costa Andrade defendeu o reforço de meios e a “necessidade imperativa” de mudar o regime jurídico da fiscalização das contas e das campanhas “para evitar uma inevitável paralisia” ou agravamento dos “atrasos crónicos”.

No documento, Manuel da Costa Andrade assumiu ter “uma série de dúvidas de constitucionalidade” sobre o atual modelo de fiscalização, considerando que viola as garantias de defesa, ao não prever instância de recurso. Logo nesse documento, o juiz conselheiro sugeriu que a “solução mais indicada” e mais eficaz seria atribuir à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos “a investigação das irregularidades e ilegalidades” e a eventual aplicação das coimas, com possibilidade de recurso para o Tribunal Constitucional.

Foi esta a solução legislativa adotada no parlamento no que respeita aos alertas sobre a falta de instância de recurso. No documento, o presidente do TC alertou também para a necessidade de rever o enquadramento legal das iniciativas de angariação de fundos de grande dimensão como a Festa do Avante!, do PCP, e a Festa do Chão da Lagoa, na Madeira, do PSD, cuja fiscalização “tem-se revelado problemática”.

Neste ponto, a solução adotada no parlamento foi pôr fim ao limite que existia para a obtenção de receitas através de iniciativas de angariação de fundos. Na lei atual, estas receitas “não podem exceder anualmente, por partido, 1500 vezes o valor do IAS” (Indexante de Apoios Sociais).

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Santana discorda do PSD na lei de financiamento aos partidos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2017

"Não consigo perceber de todo a razão pela qual o partido a que pertenço se mostrou favorável a este caminho", comenta Pedro Santana Lopes acerca da lei de financiamento dos partidos.

O candidato à presidência do PSD, Pedro Santana Lopes, declarou não “perceber” a posição dos sociais-democratas nas alterações à lei de financiamento dos partidos, mas mostrou-se cauteloso até falar com o líder parlamentar ou outros responsáveis.

“Gostava de ter uma explicação para o que vou lendo, e aquilo que li até agora…não consigo perceber de todo a razão pela qual o partido a que pertenço se mostrou favorável a este caminho“, declarou Santana Lopes, antes de realçar, todavia, que “não teve tempo” para falar com os dirigentes do PSD sobre o tema.

O candidato a líder do PSD falava em Ponta Delgada, nos Açores, à margem de uma sessão de cumprimentos com o líder social-democrata na região autónoma, Duarte Freitas, e no arranque de uma visita ao arquipélago que levará o candidato não só à ilha de São Miguel mas também à ilha Terceira.

Acho que os cidadãos e os seus impostos não têm de pagar a vida dos partidos.

Pedro Santana Lopes

Ainda no que refere ao financiamento partidário, Santana reconheceu que esta matéria “é de facto complicada”, mas admitiu, mesmo falando “sob reserva de ainda não ter ouvido explicações” do PSD, que “é incompreensível para o povo português” haver alterações de maior alívio fiscal ou benesses nesse campo aos partidos políticos. “Acho que os cidadãos e os seus impostos não têm de pagar a vida dos partidos“, prosseguiu Santana Lopes, para quem o “Estado deve ter uma presença” nos partidos, embora residual.

Há mais de um ano, o presidente do Tribunal Constitucional solicitou ao parlamento uma alteração no modelo de fiscalização para introduzir uma instância de recurso das decisões tomadas. Assim, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) passa a ser a responsável em primeira instância pela fiscalização das contas com a competência para aplicar as coimas e sanções. Se os partidos discordarem, podem recorrer, com efeitos suspensivos, da decisão da ECFP, para o plenário do Tribunal Constitucional.

Contudo, além destas e outras alterações de processo, o PS, PSD, PCP, BE e PEV concordaram em mudar outras disposições relativas ao financiamento partidário, entre os quais o fim do limite para as verbas obtidas através de iniciativas de angariação de fundos e o alargamento do benefício da isenção do IVA a todas as atividades partidárias.

O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro em eleições diretas, com Congresso em Lisboa entre 16 e 18 de fevereiro. Até agora, anunciaram-se como candidatos à liderança do PSD o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

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César e Montenegro: Lei do Financiamento traz “fiscalização e controlo”

  • Marta Santos Silva
  • 27 Dezembro 2017

O líder parlamentar do PS Carlos César e o deputado do PSD Luís Montenegro defendem que a já controversa lei do financiamento dos partidos reflete maiores "garantias de transparência".

Carlos César e Luís Montenegro defenderam esta quarta-feira a lei do Financiamento dos Partidos, afirmando que esta traz maior transparência e mecanismos de controlo do que existiam anteriormente para esta área. “Os partidos que subscreveram esta iniciativa legislativa”, o PS, o PSD, o PCP, o partido ecologista Os Verdes e o Bloco de Esquerda, “estão convencidos de que esta formulação oferece garantias e a s cautelas necessárias a nível de transparência”, afirmou o líder do grupo parlamentar do PS, Carlos César.

A lei foi aprovada no Parlamento no dia 21 de dezembro e tem estado no centro de uma controvérsia por ter retirado o limite às angariações de fundos dos partidos e ainda alterar as devoluções do IVA das aquisições feitas pelos partidos, para as tornar totais, o que resolveria retroativamente um conflito jurídico do Partido Socialista.

Na TSF, Luís Montenegro, deputado do PSD, afirmou que as alterações à lei “visaram melhorar os mecanismos de transparência de fiscalização e de controlo”, um terreno, acrescentou “que é muito pródigo a demagogias e oportunismos”. Parecendo referir-se ao Bloco de Esquerda, que já se manifestou afirmando que está disposto a alterar a lei, acrescentou: “Nestas ocasiões aparecem sempre os arautos da seriedade, a quererem dizer que os partidos políticos é que são muito maus, e mesmo alguns protagonistas dentro dos partidos políticos a querem dizer que são mais sérios do que os outros. Rejeito em absoluto essa atuação”.

Também a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, e o PAN, partidos que votaram contra a lei no plenário, pediram que ela seja vetada pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa, em comunicado no site da Presidência, afirmou que não vai pronunciar-se sobre a lei antes de passarem oito dias sobre a sua receção em Belém, e deixou a recomendação de que esta seja enviada para o Tribunal Constitucional por iniciativa dos partidos ou do primeiro-ministro.

Carlos César acrescentou, no programa Almoços Grátis da TSF, que “já há uma monitorização muito precisa e cautelosa por parte dos tribunais” à atividade e financiamento dos partidos, mas que reforçá-la é “é um apoio às democracias”. E disse ainda:”Existe já um bom grau de confiança no que se passa nestes domínios e é importante que a lei reflita esse apoio”.

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Novo regime contributivo é “um sinal muito positivo”, diz a Associação do Alojamento Local

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2017

A associação vê no novo diploma uma forma de diminuir a quota de operadores ilegais no mercado.

A Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) disse esta quarta-feira que o novo regime contributivo da Segurança Social, que isenta as pessoas com rendimentos exclusivamente provenientes do alojamento local, é “um sinal positivo” para a legalização dos operadores ilegais.

A aguardar a publicação do diploma final sobre o novo regime contributivo da Segurança Social para fazer uma análise aprofundada dos impactos no setor, o presidente da ALEP, Eduardo Miranda, indicou que os descontos para a Segurança Social representavam um dos obstáculos para a legalização dos operadores do alojamento local.

“A desproporcionalidade que o custo da Segurança Social poderia trazer para quem, por exemplo, utiliza o imóvel durante apenas algumas semanas no alojamento local, e não tem formas de isenção por outras vias, é um dos entraves que agora, eventualmente, se isso se confirmar, é retirado, o que facilita a legalização”, declarou à agência Lusa o dirigente da ALEP, aguardando a confirmação das novas medidas.

O novo regime contributivo da Segurança Social, que se prevê que entre em vigor em 2018, determina que “são excluídos do âmbito pessoal do regime dos trabalhadores independentes os titulares de rendimentos da categoria B resultantes exclusivamente do arrendamento urbano e do alojamento local”, avançou hoje o Diário de Notícias.

Para os trabalhadores independentes que juntem rendimentos do alojamento local com outros provenientes de uma profissão liberal, “nada muda, e terão de continuar a fazer os seus descontos para a Segurança Social à luz do que ganham em ambas as situações”, de acordo com o jornal.

A Lusa solicitou informação ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o novo regime contributivo da Segurança Social, nomeadamente o porquê das alterações introduzidas no setor do alojamento local, mas até ao momento não obteve resposta.

Para o presidente da ALEP, o novo regime contributivo da Segurança Social vai “facilitar a legalização” dos operadores ilegais no alojamento local, já que muitos tinham dificuldades em legalizar o estabelecimento “porque a Segurança Social ficava muito onerosa”.

Sobre quantos operadores beneficiarão das novas regras, Eduardo Miranda referiu que essa análise ainda não foi feita.

“Não fizemos essa análise, nem sequer temos informação para poder tirar alguma conclusão a este nível, porque não temos a informação, naturalmente, dos contribuintes em detalhe. Só sabemos que é positiva no sentido deste processo de legalização”, sublinhou o representante dos operadores do alojamento local.

Questionado sobre a estimativa de quantos são os operadores ilegais, o responsável da ALEP disse que é difícil avançar um número, revelando que o principal desafio no processo de legalização está “nas zonas de praia, nas casas de férias, em especial na região do Algarve”.

“Em Lisboa e no Porto, o número de não registados diminuiu e começa a ser marginal. Muito provavelmente no ano que vem vai tornar-se algo residual”, perspetivou Eduardo Miranda.

Quase um terço dos estabelecimentos de alojamento local registados este ano dizem respeito “única e exclusivamente” a legalizações, devido à obrigação de as plataformas eletrónicas exigirem o número de registo.

“Com a nova legislação que obrigou as plataformas a exigirem os números de anúncios, o número de legalização teve um crescimento importantíssimo. Estima-se que este ano, das novas aberturas, que foram cerca de 18 mil, 6.500 digam respeito única e exclusivamente a esta ação de legalização”, afirmou à Lusa o presidente da ALEP, advogando que esta “foi talvez das ações de legalização mais importantes e com maior efeito que já se fizeram até hoje”.

Segundo dados do Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL), disponibilizado pelo Turismo de Portugal, o alojamento local em Portugal mais do que quadruplicou nos últimos três anos, passando de cerca de 13 mil estabelecimentos registados até 2014 para mais de 55 mil espaços hoje existentes um pouco por todo o país.

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Cobre em máximos de 2014. Wall Street recupera o brilho

Depois de um regresso natalício no vermelho, os ganhos são ligeiros em Wall Street. O cobre é a matéria-prima que empresta brilho aos mercados.

Wall Street abriu no verde. Os três principais índices americanos abrem acima da linha de água, numa sessão que está a ser marcada pela escalada dos preços do cobre para máximos de três anos, reflexo do otimismo dos investidores para a economia americana.

O Nasdaq recuperou das perdas da sessão anterior, e abriu a subir 0,08%. Também o S&P 500 ficou ligeiramente acima da linha de água, com uma valorização de 0,06%. O industrial Dow Jones, crescia 0,08% na abertura, para poucos minutos depois transitar para o vermelho, igualmente perto da linha de água.

“As pessoas estão a usar os preços do petróleo e do cobre como um sinal que a economia americana está a fortalecer”, comentam os analistas consultados pela Reuters. O cobre é considerado como um “termómetro da economia”, tendo em conta que a procura encolhe ou aumenta consoante períodos de recessão ou de expansão económica.

O cobre atingiu o valor mais alto desde 2014, isto depois de dez dias consecutivos de ganhos. Chegou a subir 1,2% para os 7.210 dólares por tonelada. Este ano, a valorização já vai nos 30%. O petróleo está em queda, embora o preço do crude se mantenha perto da fasquia dos 60 dólares após os ganhos da sessão anterior.

"As pessoas estão a usar os preços do petróleo e do cobre como um sinal que a economia americana está a fortalecer.”

Analistas consultados pela Reuters

A subida desta quarta-feira foi provocada pelo Governo chinês, ao deliberar que o maior produtor cessasse a atividade, de forma a combater a poluição no período de inverno. A perspetiva de quebra na oferta num contexto de maior procura acentua, assim, a tendência positiva deste metal base.

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Fim do roaming: Portugueses mais do que quadruplicam uso de internet lá fora

No terceiro trimestre, o volume de tráfego de internet gerado por portugueses temporariamente no estrangeiro mais do que quadruplicou. Evolução está associada ao fim do roaming.

Os portugueses de viagem no estrangeiro e os estrangeiros temporariamente em Portugal estão a fazer mais chamadas e a usar mais a internet. Desde que foi introduzido o fim do roaming por Bruxelas, o uso das telecomunicações por cidadãos europeus fora do país de origem tem vindo a disparar. E só no terceiro trimestre, o volume de tráfego gerado por clientes portugueses em países da União Europeia (UE) mais do que quadruplicou.

Os dados foram divulgados esta quarta-feira pela Anacom, que refere que o volume de tráfego gerado por clientes portugueses lá fora aumentou 320,9% no trimestre quando comparado com os mesmos três meses do ano anterior, enquanto o tráfego de internet gerado por outros cidadãos europeus em território nacional aumentou 299%. Também o número de sessões de acesso disparou, 60,7% no caso dos portugueses a viajarem na UE e 99% no caso de clientes estrangeiros em Portugal.

No caso das chamadas e minutos de voz, aumentaram 36,9% e 50,8% em termos homólogos para clientes portugueses noutros países da UE, e 41,3% e 57,7% para clientes estrangeiros em Portugal. Números que parecem mostrar que os europeus têm menos reservas em usar serviços de telecomunicações quando estão de viagem na UE, desde que foram abolidas as taxas cobradas aos consumidores por fazerem chamadas e acederem à internet em roaming.

A medida foi implementada a 15 de junho e mereceu forte oposição das principais operadoras em Portugal. As empresas queixam-se de que o regulamento, apelidado de Roam Like at Home, vem prejudicar os países do sul, como Portugal, que recebem mais turistas do que os portugueses que viajam temporariamente para o estrangeiro. Em contrapartida, a medida é vista como benéfica para os consumidores pela Deco.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 27 Dezembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A acusação do caso dos CMEC foi impedida judicialmente de ler emails “imprescindíveis” à investigação. O Portugal 2020 anulou também cheques de 14 milhões às empresas.

A acusação do caso dos CMEC foi impedida judicialmente de ler emails de António Mexia, presidente da EDP, João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, Rui Cartaxo, ex-presidente da REN, e da consultora Boston Consulting Group, todos arguidos neste caso.

Pela primeira vez desde que o Portugal 2020 está no terreno e a pagar incentivos às empresas, em outubro, o saldo entre os incentivos aprovados e as operações anuladas foi negativo. Em causa estão 14 milhões de euros em apoios que as empresas viram anulados.

O presidente da Associação Transparência e Integridade, João Paulo Batalha, pede ao presidente da República que vete a nova lei de financiamento dos partidos.

O ex-ministro das Finanças, e antigo candidato à Associação Mutualista, Bagão Félix, afirma que a Santa Casa não existe “para pôr 200 milhões num banco”. Mas sim “para proteger os mais desfavorecidos”.

O WhatsApp volta a dizer adeus aos softwares móveis mais antigos. Após o dia 31 de dezembro, a aplicação vai deixar de funcionar nos equipamentos de marcas como a Nokia, a Windows e a Blackberry.

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Marcelo sugere aos partidos envio prévio da nova lei do financiamento para o Constitucional

O Presidente da República só pode decidir daqui a uma semana se veta ou promulga a nova lei do financiamento dos partidos. Até lá, sugere envio para o TC.

Marcelo Rebelo de Sousa não vai decidir, para já, se veta ou promulga a nova lei do financiamento dos partidos, que está a gerar polémica pela forma como foi negociada no Parlamento. Numa nota no site da Presidência da República, o chefe de Estado explica porquê: trata-se de uma Lei Orgânica, isto é, “de um diploma sobre o qual o Presidente da República não se pode pronunciar antes de decorridos oito dias após a sua receção”.

A mesma nota acrescenta também: “Durante este período de oito dias e após a notificação pelo Presidente da Assembleia da República [AR], têm o primeiro-ministro e um quinto dos deputados em funções, o direito de requerer a fiscalização preventiva da constitucionalidade do decreto.” Na prática, o chefe de Estado deixa a possibilidade de os partidos enviarem o documento para análise prévia do Tribunal Constitucional ou de reverem as suas posições.

Posição que surge numa altura em que o CDS-PP e o PAN, os únicos partidos com assento parlamentar a mostrar cartão vermelho ao documento, apelam a Marcelo Rebelo de Sousa que dê um chumbo final à lei. Esta prevê a isenção total do IVA e o fim do teto de receitas de angariação de fundos para os partidos políticos e terá sido negociada à porta fechada e sem registo de quem propôs o quê.

Um quinto dos deputados implica que 46 deputados solicitem a fiscalização prévia do documento pelo Tribunal Constitucional, um número que só é possível perfazer ou pelo PS, ou pelo PSD, ou pelo somatório de vários deputados de diferentes partidos.

(Notícia atualizada às 13h57 com mais informação)

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Bloco “disponível para melhorar” Lei do Financiamento dos Partidos

  • Marta Santos Silva
  • 27 Dezembro 2017

Em comunicado, um dos partidos que aprovou as alterações à Lei do Financiamento dos Partidos mostra-se favorável à "melhoria" da lei, e diz que o voto favorável serviu para garantir a fiscalização.

O Bloco de Esquerda está “disponível para melhorar a lei” do Financiamento dos Partidos que tem levantado controvérsia na esfera pública. Em comunicado enviado às redações, o partido faz saber que votou a favor da lei apesar de discordar de certos pontos para evitar que, “por incapacidade de acordo”, os partidos ficassem sem fiscalização.

No comunicado, o partido que votou favoravelmente a lei juntamente com o PS, o PSD, o PCP e Os Verdes foi o primeiro entre estes a assumir a disponibilidade para alterar a lei, que deverá ser analisada pelo Presidente da República na próxima semana. “O Bloco de Esquerda aguarda a avaliação política do Sr. Presidente da República e está, desde já, disponível para melhorar a lei. Não colaboraremos em qualquer estratégia dilatória que possa redundar na incapacidade de fiscalização da atividade e das contas partidárias”, lê-se no fim do comunicado enviado pelo partido.

As alterações, aprovadas no dia 21 de dezembro, à Lei do Financiamento dos Partidos significam que deixa de haver um teto para as angariações de fundos dos partidos, que antes estava fixado em até 1.500 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), ou seja, cerca de 632 mil euros este ano. As alterações incluem ainda a isenção total do IVA sobre a “totalidade de aquisições de bens e serviços para a sua [dos partidos] atividade”.

O Bloco de Esquerda refere no comunicado que temia que, se o Tribunal Constitucional (TC) declarasse a lei que atualmente rege estes financiamentos e a sua fiscalização, que data de 2005, era inconstitucional, como este alertou, deixasse de haver fiscalização. Assim, foram introduzidas alterações que respondem às exigências do TC, incluindo a clarificação da “forma de tratamento” do IVA. “Não tendo sido possível alterar o consenso existente, o voto do Bloco foi a forma de garantir que os partidos não ficavam, por incapacidade de acordo, sem fiscalização”, lê-se no texto.

O CDS-PP e o PAN, que votaram contra estas alterações, apelaram separadamente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que vetasse a lei e a devolvesse ao Parlamento. Assunção Cristas, a dirigente do CDS, afirmou que as alterações são “inadmissíveis e escandalosas”, em parte por servirem para pôr fim, retroativamente, a um conflito entre o PS e a Autoridade Tributária com as alterações à devolução do IVA.

O Presidente da República emitiu uma nota esta manhã afirmando que a decisão sobre a lei só será tomada oito dias depois da receção do projeto de lei, o que aconteceu na sexta-feira passada. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que neste período o primeiro-ministro ou os partidos podem pedir ao Tribunal Constitucional que analise a lei.

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Cristas apela a Marcelo para vetar nova lei do financiamento dos partidos

Cristas apelou a Marcelo para vetar as mudanças introduzidas na lei de financiamento dos partidos políticos. E promete tentar revogar as alterações que foram aprovadas pelo PSD, PS, BE, PCP e PEV.

Assunção Cristas apelou esta quarta-feira ao Presidente da República para vetar o novo diploma. Em conferência de imprensa, na sede do partido, a presidente do CDS referiu que as mudança dão “efeito retroativo” à devolução do IVA, pondo fim a “contenciosos tributários”, como é o caso do PS. As alterações são “inadmissíveis e escandalosas”, disse Cristas, referindo que não têm nada a ver com o objetivo inicial do pedido do Tribunal Constitucional.

Também o PAN faz o mesmo apelo a Marcelo Rebelo de Sousa. Francisco Guerreiro, da Comissão Política Nacional do partido, diz ao ECO que o PAN considera que o Presidente da República deve vetar as alterações. O partido critica o facto de não ter estado no grupo de trabalho nem ter sido consultado sobre o projeto de lei final. O PAN diz ser, “por princípio”, contra as duas novas normas, mas pede mais “transparência” no processo.

Ambos os partidos votaram contra as alterações ao financiamento dos partidos políticos. Apesar de serem a favor da mudança pedida pelo Tribunal Constitucional, CDS e PAN opuseram-se aos acrescentos feitos pelo PSD, PS, PCP, BE e PEV. Ou seja, a isenção total do IVA e o fim do teto de receitas de angariação de fundos. Esta quarta-feira, o Bloco de Esquerda disse estar disponível “para melhorar” a lei, fazendo saber que votou a favor da lei apesar de discordar de certos pontos para evitar que, “por incapacidade de acordo”, os partidos ficassem sem fiscalização.

Uma dessas alterações poderá ter reflexo nos tribunais. A mudança na isenção do IVA dá “eficácia retroativa à devolução do IVA pondo fim a contenciosos tributários”, considerou Assunção Cristas, em declarações transmitidas pela RTP3. Em causa estão as sete ações que o Partido Socialista tem no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa (TAF) contra a Autoridade Tributária para que o fisco devolva o IVA cobrado durante campanhas eleitorais.

Marcelo Rebelo de Sousa não vai decidir o veto até passarem oito dias da receção do projeto de lei, o que aconteceu na passada sexta-feira. Uma nota da Presidência da República explica que se trata de uma Lei Orgânica, “ou seja, de um diploma sobre o qual o Presidente da República não se pode pronunciar antes de decorridos oito dias após a sua receção, nos termos do Artigo 278.º, n.º 7, da Constituição da República”.

Tanto o CDS como o PAN esperam que o diploma volte ao Parlamento para que os outros partidos revejam as suas posições. Assunção Cristas disse mesmo que os centristas foram “contra o aproveitamento” feito pelos outros partidos de um pedido do Tribunal Constitucional que corrigia uma inconstitucionalidade: o TC acumulava em si a fiscalização das contas dos partidos e a apreciação dos recursos. A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), que apenas auxiliava o TC, passará a ser responsável por investigar “irregularidades e ilegalidades das contas dos políticos e das campanhas eleitorais”, podendo aplicar coimas.

Cristas garantiu que o CDS fez o que estava ao seu “alcance para impedir estas normas”. Agora, além de pedir o veto presidencial, o CDS anunciou que vai propor ao Parlamento “a revogação das normas, sem prejuízo do apelo ao Presidente da República”. Confrontado com os contributos que deu no grupo de trabalho e a sua opacidade, Assunção Cristas diz que “até ao fim” o partido tentou que “imperasse o bom senso e que essas normas não fossem incluídas”, mantendo o consenso parlamentar. O CDS diz que só na semana passada, na terça-feira, é que “ficou claro” que as duas medidas iam avançar e a votação aconteceria na quinta-feira (passada).

Para os centristas esta é uma “inflexão no caminho feito ao longo dos últimos anos, no sentido de conferir transparência e limites ao financiamento partidário”. “Nada explica o alargamento do âmbito do grupo de trabalho”, disse, referindo as alterações propostas dos partidos que iam além do pedido pelo Tribunal Constitucional. O CDS diz que desde junho, quando as duas propostas foram feitas, é contra as alterações.

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Eleições para a Ordem dos Contabilistas vão à segunda volta

  • Marta Santos Silva
  • 27 Dezembro 2017

Paula Franco e José Araújo vão disputar a segunda volta para ser o próximo bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados, mas ainda não há data para o novo ato eleitoral.

A Ordem dos Contabilistas Certificados ainda não tem bastonário, escreve a TSF. Os candidatos da lista A e da lista D, Paula Franco e José Araújo, respetivamente, vão disputar a segunda volta. Os resultados da primeira volta ainda não foram anunciados oficialmente mas os candidatos já anunciaram estes resultados nas páginas de Facebook das suas campanhas.

As eleições foram realizadas a 20 de dezembro e a contagem dos votos demorou três dias. Os resultados finais devem ser ratificados esta semana, e deve ainda ser anunciada a data de realização das próximas votações para escolher o novo bastonário.

O ECO entrevistou os quatro candidatos ao cargo de bastonário, para conhecer as preocupações de cada um. Pela lista A, Paula Franco afirmou que quer melhorar as avenças dos contabilistas, através de “tabelas orientativas”. Filomena Martins, da lista B, acredita que a instituição acabou por se afastar dos profissionais que representa e avisa que a profissão está em risco. Já António Lopes Pereira, da lista C, promete arrumar a casa a nível interno, com um corte de custos. E pela lista D, José Araújo entende que os contabilistas das empresas cotadas no PSI-20 “não se sentem representados na Ordem”.

Paula Franco já anunciou, no Facebook, que a Lista A teve “uma forte maioria absoluta” na Assembleia Representativa, e pediu aos eleitores que votem na segunda volta após uma votação de 49,5% para os órgãos diretivo, jurisdicional e fiscal.

Os resultados oficiosos, publicados pela TSF, indicam que José Araújo, da lista D, tenha obtido 20% dos votos, o suficiente para avançar para a segunda volta, enquanto Filomena Martins e Lopes Pereira ficaram para trás, com 18% e 11% dos votos respetivamente.

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Um novo apagão. WhatsApp desliga-se de smartphones mais antigos

  • ECO
  • 27 Dezembro 2017

Os dispositivos mais antigos da Nokia e da Blackberry deixarão de receber atualizações da plataforma de comunicação, e a partir de 1 de janeiro a aplicação deixará de funcionar.

O WhatsApp volta a dizer adeus aos softwares móveis mais antigos. Após o dia 31 de dezembro, a aplicação vai deixar de funcionar nos equipamentos de marcas como a Nokia, a Windows e a Blackberry.

Quais os sistemas operativos que dizem “adeus” ao WhatsApp? Nokia Symbian S60, Nokia S40, BlackBerry OS, Blackberry 10 e também o Windows Phone 8.0, refere a empresa.

“Foi uma decisão difícil para nós, mas a mais correta de forma a dar aos utilizadores melhores formas de se manterem em contacto com os seus amigos e família através do WhatsApp”, acrescentam.

No seu blog oficial, a empresa detida pelo Facebook recomenda os utilizadores que troquem o seu equipamento para um novo Android, iPhone ou Windows Phone para continuarem a comunicar através da plataforma.

Há cerca de um ano, a aplicação deixou de funcionar em smartphones Windows Phone 7.1, e nos dispositivos Android com as versões 2.1 e 2.2.

A partir de 1 de fevereiro de 2020, os smartphones Android equipados com as versões 2, 3, 7 e anteriores também estarão na lista de sistemas operativos que deixarão de correr o WhatsApp.

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