Costa mantém confiança no ministro da Defesa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 11 Julho 2017

O primeiro-ministro falou pela primeira vez ao país sobre o assalto à base militar de Tancos e reafirmou a confiança em Azeredo Lopes.

O primeiro-ministro falou pela primeira vez ao país sobre o assalto à base militar de Tancos, tendo reafirmado a confiança no ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e elogiado o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o general Pina Monteiro.

“O ministro da Defesa tem toda a minha confiança”, afirmou António Costa. “Exerceu as suas funções como é devido”, justificou. Os votos de confiança foram também estendidos a todas as chefias militares, com o primeiro-ministro a reiterar que o Governo confia “nos seus comandos”.

Numa altura em o Executivo está sob ataque não só devido ao assalto de Tancos, mas também pela tragédia de Pedrógão Grande, que resultou na morte de 64 pessoas, António Costa aproveitou para agradecer “a hombridade com que as Forças Armadas assumiram as responsabilidades nesta matéria”.

Material roubado ia ser abatido

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), o general Pina Monteiro, divulgou as conclusões da análise ao material roubado, cujo valor rondará os 34 mil euros. Para além disso, segundo Pina Monteiro, o material roubado “não pode ser utilizado com eficácia”, visto que “estava selecionado para ser abatido”.

“Depois de levar um soco no estômago, já tirámos as lições”, assumiu o general Pina Monteiro. “Estamos direitos e prontos para assegurar a confiança dos portugueses nas Forças Armadas.”

"Depois de levar um soco no estômago, já tirámos as lições. Estamos direitos e prontos para assegurar a confiança dos portugueses nas Forças Armadas.”

General Pina Monteiro

CEMGFA

O CEMGFA concluiu com a garantia de que vão ser tomadas as medidas “a médio e longo prazo” para que um golpe deste género não volte a acontecer, sendo que não as pode enumerar para não dar informações a possíveis criminosos.

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PSD pede suspensão dos trabalhos da comissão de inquérito à CGD

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

A comissão deve ser suspensa até que os tribunais decidam sobre a documentação pedida ao Banco de Portugal, à CGD e ao Ministério Público, defende o PSD.

O PSD apela aos partidos de esquerda para que aceitem suspender os trabalhos da primeira comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) até serem conhecidas as decisões dos tribunais, estendendo o apelo a Ferro Rodrigues.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e candidato à liderança da bancada, Hugo Soares, referiu-se às notícias de segunda-feira que dão conta de que o Ministério Público suspeita de crime de gestão danosa na CGD por haver créditos por pagar que não foram registados como imparidades, o que pode ser um ato deliberado, segundo uma decisão do Tribunal da Relação de Lisboa enviada à comissão parlamentar de inquérito sobre a recapitalização do banco público.

“O grupo parlamentar do PSD queria lançar um apelo veemente, firme, aos demais partidos, sobretudo aos partidos da esquerda, PS, PCP e BE, para que assumam a sua responsabilidade que é o de levarmos esta comissão parlamentar de inquérito até ao fim”, defendeu.

Para os sociais-democratas, a comissão “deve ser suspensa à espera de uma decisão última dos tribunais” relativa à documentação que tem sido pedida ao Banco de Portugal, à Caixa e ao Ministério Público e que tem sido recusada, considerando que esta poderá esclarecer as suspeitas agora levantadas.

Hugo Soares estendeu ainda o apelo ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, para que “utilize o seu magistério de influência junto dos demais grupos parlamentares para que o parlamento possa sair dignificado”.

“Encerrar esta comissão de inquérito sem que haja uma decisão final dos tribunais é a negação do exercício último do parlamento e com esta atitude não vamos mesmo pactuar”, disse.

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Caixa vende 476 milhões de malparado a fundo de investimento norte-americano

O fundo Bain Capital Credit fez a primeira aquisição na banca portuguesa e vê potencial para mais investimentos no país, particularmente no imobiliário e no crédito malparado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vendeu 476 milhões de euros em crédito malparado ao fundo de private equity Bain Capital Credit. O fundo norte-americano adquiriu ainda outros 489 milhões em empréstimos do banco espanhol Ibercaja.

A carteira de créditos comprada pela Bain Capital é constituída “maioritariamente por empréstimos imobiliários bilaterais garantidos por pequenas e médias empresas e algumas grandes empresas“, explica o fundo, em comunicado enviado às redações. “A garantia de colaterais destes empréstimos inclui uma vasta gama de ativos, incluindo-se projetos de desenvolvimento imobiliário residencial em curso e finalizados e parcelas de terreno”, acrescenta o comunicado.

Esta é a primeira aquisição do fundo norte-americano na banca portuguesa e a expansão no país está nos planos. “Vemos potencial para mais investimentos em Portugal, particularmente no setor imobiliário e no crédito malparado“, diz Fabio Longo, administrador da Bain Capital Credit, citado em comunicado. Já Alon Avner, responsável da Bain Capital Credit para a Europa, diz que o fundo acredita que “este é o momento certo para expandir para Portugal com o objetivo de novos negócios no futuro“.

Em Espanha, a Bain Capital Credit já faz aquisições desde 2014. Os 489 milhões agora adquiridos ao Ibercaja resultam de créditos concedidos a investidores do setor imobiliário.

O anúncio destas aquisições é feito no mesmo dia em que os ministros das Finanças da União Europeia chegaram a acordo para a elaboração de um plano de ação para acelerar a resolução do problema do crédito malparado na Europa. O plano será implementado à escala europeia e visa tornar a banca mais saudável e capaz de emprestar à economia.

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Investimento com vistos gold sobe no semestre. Rende 600 milhões

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

No primeiro semestre registou-se uma subida de 17% no investimento captado com vistos gold, face ao mesmo período de 2016. Montante investido chega aos 596 milhões de euros. China lidera.

O investimento captado através dos vistos gold subiu 17% no primeiro semestre, face a igual período de 2016, para 596 milhões de euros, de acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) divulgados esta terça-feira.

Em junho, o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), também conhecido como vistos gold, atingiu os 39.250.091,91 euros, uma descida de 60% face a igual mês do ano passado (98.893.760,79 euros) e menos 14% face a maio (45.869.824,93 euros).

Do montante captado em junho, a maioria respeita a aquisição de imóveis (36.010.204,91 euros), enquanto o critério de transferência de capital totalizou 3.239.887 euros. No mês passado, foram atribuídos 61 vistos mediante investimento em Portugal, dos quais 58 por via do requisito de bens imóveis e três por transferência de capital.

Dos 58 vistos atribuídos por compra de bens imóveis, foram concedidos em junho mais cinco vistos para reabilitação urbana, no âmbito das novas regras de concessão que estão em vigor desde setembro de 2015. Até final do primeiro semestre tinham sido atribuídos 45 vistos dourados para reabilitação urbana, sendo que o primeiro do género foi concedido há quase um ano (em julho de 2016).

Investimento de 3,16 mil milhões de euros em cinco anos

No primeiro semestre, o investimento captado foi de 596.446.147,84 euros, uma subida de 17% face aos 508.959.258,80 euros registados nos primeiros seis meses do ano passado.

Em termos acumulados — desde que este tipo de instrumento, que visa a captação de investimentos para Portugal, começou a ser atribuído, em 8 de outubro de 2012 até junho último –, o investimento ascendeu a 3.163.623.092,46 euros. Deste montante, 309.936.690,95 euros foram captados por via da transferência de capital e 2.853.686.401,51 euros mediante o critério da compra de bens imóveis.

Desde a criação deste instrumento foram atribuídos 5.145 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016 e 943 este ano. Em termos acumulados, até junho foram concedidos 4.849 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 288 por transferência de capital e oito pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

China lidera no número de vistos atribuídos

A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.428 até junho), seguida do Brasil (423), África do Sul (192), Rússia (178) e Líbano (100).

As novas regras para a obtenção de vistos gold, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor em 3 de setembro de 2015. Desde 2013 foram atribuídas 8.434 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016 e 1.797 em 2017.

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Nomura aumenta “significativamente” exposição à dívida portuguesa

Fundo de investimento do banco japonês está otimista em relação ao país. Dá crédito à retoma da economia e acredita na estabilidade política em Portugal.

Depois da aposta do Saxo Bank em ações portuguesas, agora é o Nomura que diz que está a aumentar “significativamente” a sua exposição à dívida nacional por causa da retoma económica e da estabilidade da gerigonça.

Richard Hodges, gestor do Nomura Global Dynamic Fund, explicou que o fundo de investimento do banco japonês reforçou a sua carteira com obrigações portuguesas devido aos “fundamentais relativamente sólidos e à estabilidade política” do país.

Numa nota de investimento citada pela Bloomberg, Hodges lembrou que inicialmente o Nomura comprou dívida portuguesa enquanto assumia uma posição curta em obrigações italianas na esperança de queda dos títulos italianos. O banco esperava ganhar com o aumento do diferencial entre as taxas portuguesas e italianas, o que não veio a acontecer. Nesse cenário, mudou de estratégia: apostou no aumento dos spreads portugueses em relação às Bunds alemães.

Com a subida das taxas de juros das obrigações alemãs na sequência dos comentários mais conservadores de Mario Draghi no final de junho, o Nomura diz que realizou lucros com essa estratégia, mas que manteve a exposição a Portugal, escreveu Hodges.

O diferencial entre as taxas de juro a dez anos de Portugal e da Alemanha atingiu os 249 pontos percentuais a 4 de julho, tratando-se do mais baixo spread desde janeiro de 2016. A yield da dívida portuguesa a dez anos está a 3,15%, depois ter estado recentemente abaixo da fasquia dos 3%. Portugal regressa aos mercados esta quarta-feira.

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Em três anos, EUA serão os maiores exportadores de petróleo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 11 Julho 2017

Com os cortes da OPEP e o aumento da produção interna, os Estados Unidos da América estão a caminhar para a liderança nas exportações de petróleo. Poderá chegar ao topo em 2020.

Se atualmente são os países que fazem parte da Organização de Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP) que ocupam os lugares cimeiros na lista de exportadores de crude, este cenário poderá mudar nos próximos três anos. Previsões da PIRA Energy apontam para que o número de barris de petróleo exportados diariamente pelos EUA mais que quadruplique, ultrapassando assim os volumes exportados pelos 14 países da OPEP.

Uma análise da PIRA Energy, uma empresa de análise dos mercados energéticos, aponta para que, até 2020, os EUA atinjam o montante de 2,25 milhões de barris exportados por dia, sendo que em 2016 exportou 520 mil barris por dia. Para comparação, em 2016 o Kuwait exportou 2,1 milhões de barris por dia e a Nigéria 1,7 milhões.

"Os Estados Unidos vão se tornar um dos 10 países exportadores. Não são membros da OPEP e não vão controlar a produção numa tentativa de manterem os preços elevados. São notícias muito más para a OPEP.”

Gary Ross

Presidente da PIRA Energy

Na base deste fenómeno estarão dois motivos: o acordo da OPEP, que dita a diminuição da produção de petróleo para conseguir uma valorização da matéria-prima que tem negociado muito perto dos 40 dólares, e a expansão da produção norte-americana, que agora não encontra quaisquer obstáculos legais — atualmente já podem exportar petróleo. Com a produção interna a aumentar e os principais concorrentes a serem obrigados a retrair a produção, o caminho fica livre para os EUA assumirem a liderança do mercado petrolífero.

“Os Estados Unidos vão se tornar um dos 10 países exportadores”, reiterou Gary Ross, presidente da PIRA. “Não são membros da OPEP e não vão controlar a produção numa tentativa de manterem os preços elevados. São notícias muito más para a OPEP.”

Para exportar é preciso produzir

Em termos de produção, está também previsto que a quantidade de petróleo extraída diariamente aumente. Segundo o Departamento de Energia dos EUA, em 2017 serão extraídos 9,3 milhões de barris por dia, enquanto em 2018 serão 10 milhões de barris diários.

Os EUA estiveram impedidos de exportar crude durante 40 anos, depois de ter sido assinado em 1975 um decreto em resposta ao embargo da OPEP, que levou os preços a escalar e a economia norte-americana a ressentir-se. Em 2015, o presidente Barack Obama revogou esse decreto e, desde aí, milhares de barris têm saído dos portos norte-americanos para a Europa e a China.

O investimento no setor das energias fósseis tem sido um dos pontos marcantes da administração Trump, que quer que o país prospere nas importações de petróleo e de gás natural e que a indústria do carvão renasça. O objetivo é que os EUA sejam “dominantes e independentes” no que diz respeito à energia.

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BCP e Galp Energia deram ânimo à bolsa nacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 11 Julho 2017

O principal índice nacional fechou a sessão a valorizar, empurrado pelos ganhos do BCP e da Galp Energia.

O dia foi de calma na bolsa portuguesa, com o principal índice nacional a encerrar a sessão a valorizar. Se o PSI-20 tinha arrancado a valorizar, empurrado pelo BCP e pela Galp Energia, estes dois títulos foram também os responsáveis pelo cenário semelhante ao final do dia.

Assim, a bolsa nacional encerrou no verde pela segunda sessão consecutiva, valorizando 0,08%. Seis títulos encerraram em terreno positivo, dois fecharam inalterados e 11 concluíram o dia a perder. A contribuir para este cenário esteve o BCP, que avançou 1,13% para 0,24 cêntimos, e a Galp Energia, que valorizou 0,38% para 13,14 euros.

As ações da petrolífera seguem à margem da discussão em torno do caso ‘Galpgate’, em que três secretários de Estado viajaram para França, para assistir a jogos da Seleção Portuguesa no Euro 2016, a convite da Galp, uma das empresas patrocinadoras da seleção. Os envolvidos pediram exoneração do cargo, pedido este que foi aceite por António Costa no domingo.

Ainda no setor energético, a EDP fechou inalterada, mas a EDP Renováveis recuou 0,03% para 6,85 euros e a REN caiu 0,33% para 2,70 euros. Destaque negativo também para a Nos, que caiu 0,75% para os 5,27 euros, e para os CTT, que recuaram 0,46% para os 5,39 euros.

Na banca, o Montepio também registou uma sessão positiva, tendo avançado 0,20% para 0,99 cêntimos.

Na Europa, o dia foi de perdas para as principais bolsas, com o Stoxx 600 a perder 0,65%, penalizada pela queda da Pearson que anunciou hoje a venda da participação maioritária na Penguin Random House a uma editora alemã. As ações da editora recuaram mais de 5%. O espanhol IBEX-35 recuou 0,57%.

PSI-20 valoriza 0,08%

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Brexit: UE “bem pode esperar sentada” se cobrar demasiado, diz ministro dos Negócios Estrangeiros

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

"As verbas que eu vi mencionadas, que eles propõem pedir a este país parecem-se extorsivas", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, disse hoje que a União Europeia “bem pode esperar sentada” se reclamar ao país uma fatura “extorsiva” pela saída do bloco europeu.

A União Europeia diz que o Reino Unido tem que pagar o suficiente para cobrir as responsabilidades com as pensões e o pessoal da UE, para além de outros compromissos com os quais o país se comprometeu, argumentando que têm de ser feitos progressos significativos sobre as contas antes de começarem as negociações sobre o futuro relacionamento.

“As verbas que eu vi mencionadas, que eles propõem pedir a este país parecem-se extorsivas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, acrescentando: “Penso que ‘vão assobiar’ é uma expressão completamente apropriada”.

A expressão idiomática, do inglês ‘go whistle’, significa um pedido impróprio ou improvável de acontecer, cuja tradução para português pode ser feita usando a expressão ‘bem podem esperar sentados’.

Algumas estimativas do montante que a UE pode pedir ao Reino Unido apontam para 100 mil milhões de euros, mas em abril um responsável europeu apontou que as contas de Bruxelas oscilavam entre os 55 e os 60 mil milhões de euros.

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BCP acaba com cortes salariais este mês. Medida salvou 400 empregos

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

Desde meados de 2014 que os trabalhadores do BCP com remunerações acima de mil euros brutos têm os salários cortados entre 3% e 11%. A reposição vai custar 15 milhões ao ano.

O BCP vai voltar a pagar a totalidade dos salários este mês, confirmou o banco numa carta aos trabalhadores, em que afirmou que os cortes salariais que duraram três anos permitiram salvar 400 postos de trabalho.

“O ajustamento temporário dos rendimentos, que exigiu o esforço de todos, permitiu salvaguardar mais de 400 postos de trabalho e ainda assegurar melhores condições de desvinculação aos colaboradores que saíram do banco no âmbito deste processo”, lê-se na carta a que a Lusa teve acesso, assinada pela comissão executiva do banco, presidida por Nuno Amado.

Já era conhecido que o BCP tinha intenção de passar a pagar na totalidade os salários este mês, antecipando o prazo inicial em seis meses, o que acordou inclusive com os sindicatos, depois de ter devolvido em fevereiro deste ano a totalidade do empréstimo estatal concedido em 2012 (3.000 milhões de euros).

Desde meados de 2014, os trabalhadores do BCP com remunerações acima de 1.000 euros brutos mensais têm os salários cortados (entre 3% e 11%), no âmbito da reestruturação do banco acordada com Bruxelas que se seguiu à ajuda estatal, com fecho de balcões e a saída de milhares de trabalhadores num programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo.

Apesar do processo de redução da estrutura feito pelo banco nos últimos anos, este ainda não está concluído. Em maio, o banco anunciou que quer fechar mais 90 agências até 2018, para ter menos de 570 sucursais em Portugal, mas não divulgou objetivos para redução de trabalhadores.

Em termos de trabalhadores, o BCP tinha em março 7.436 trabalhadores em Portugal, menos 200 pessoas face a março de 2016.

Quanto ao fim dos cortes este mês, segundo a carta enviada aos trabalhadores, “o processamento salarial de 25 de julho de 2017 retomará o pagamento integral dos salários dos colaboradores” e será ainda “retomado com o mesmo processamento o pagamento das diuturnidades, suspenso desde junho de 2014”. O banco diz ainda que manterá por mais seis meses “as prestações ajustadas do crédito à habitação, nos casos aplicáveis”.

A comissão executiva diz ainda, na missiva, que vai propor “oportunamente” na assembleia-geral que haja distribuição de resultados pelos trabalhadores, caso o banco apresente lucros, afirmando que o valor a entregar não deve ser “inferior ao valor total não recebido durante o período temporário de ajustamento salarial”.

Além dos trabalhadores, também os gestores de topo terão salários repostos em julho, confirmou em março Nuno Amado.

O banqueiro disse também então que a reposição dos salários terá um custo anual de 15 milhões de euros.

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Rocha Andrade notificado enquanto estava no Parlamento

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi notificado pelo Ministério Público para ser constituído arguido, confirmou o Ministério das Finanças ao ECO.

Fernando Rocha Andrade foi notificado pelo Ministério Público para ser constituído arguido esta terça-feira de manhã enquanto estava a responder aos deputados na Assembleia da República. Questionado pelo ECO, o Ministério das Finanças explica que o ainda secretário de Estado dos Assuntos Fiscais “foi notificado pelo Ministério Público para ser constituído arguido, esta manhã, quando estava na Assembleia”.

O meu pedido de exoneração é motivado por um facto superveniente e novo.

Rocha Andrade

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

O próprio tinha pedido para ser constituído arguido, mas, segundo o que o Ministério Público disse esta terça-feira, o despacho que determinou a constituição como arguidos dos três secretários de Estado data de quinta-feira passada. “O despacho do Ministério Público que determinou a constituição de arguidos dos secretários de Estado agora exonerados foi emitido na sequência e no âmbito da investigação. Tem data de 6 de julho”, disse à agência Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República.

Até ao momento foram constituídos três arguidos – um chefe de gabinete, um ex-chefe de gabinete e um assessor governamental. Acresce agora o nome do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Esta manhã, em resposta aos deputados, Rocha Andrade revelou que foi exatamente o seu chefe de gabinete, João Bezerra da Silva, também ele arguido, que o informou do “objeto do processo”.

O meu pedido de exoneração é motivado por um facto superveniente e novo, nomeadamente, tive conhecimento de um inquérito, tive conhecimento da constituição de arguidos, tive conhecimento de que o inquérito incidia sobre esses factos”, afirmou Rocha Andrade, perante questões colocadas pela deputada do CDS, Cecília Meireles. Contudo, o socialista garantiu que “nunca” teve conhecimento que ia ser constituído como arguido, negando que tenha informação relativa ao processo.

Rocha Andrade justificou ainda a opção tomada: “Estas questões são mais facilmente resolvidas se as anteciparmos”, disse, afirmando que “não vale a pena estarmos aqui semanas à espera a ver se sou ou não constituído arguido, mais vale requere-lo diretamente”. “Embora um membro do Governo possa continuar a exercer funções enquanto arguido, a continuidade em funções seria um fator de perturbação”, clarificou, à semelhança do que tinha dito no domingo.

Fernando Rocha Andrade, assim como João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa Oliveira (Internacionalização), é suspeito do crime de recebimento indevido de vantagem. Em causa está a investigação às “viagens, refeições e bilhetes para diversos jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016”, que foram oferecidos pela Galp aos três secretários de Estado. “Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos”, explicava a PGR esta segunda-feira.

(Corrigido às 18h18)

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DBRS é branda com Portugal? Agência responde

Estudo académico sugeriu que Portugal recebe tratamento especial da DBRS, a única agência que mantém a dívida portuguesa acima do nível lixo. Confrontada com estas conclusões, a agência já respondeu.

As críticas académicas de tratamento especial em relação ao rating da dívida de Portugal são rebatidas pela agência DBRS com o argumento de que o país faz parte de um bloco económico que assegura a estabilidade da República em última instância.

Foi publicado na semana passada um estudo que concluiu que a agência de notação financeira canadiana é mais branda com Portugal do que com outros países. Mais: a dívida portuguesa consegue manter-se acima do nível “lixo” por causa de critérios qualitativos pouco claros e transparentes que a DBRS utiliza.

Questionada pelo ECO, a DBRS não aborda diretamente estas duas conclusões que surgem no paper assinado por Annika Luísa Hofmann, Miguel Ferreira e João Lampreia e publicado no Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia.

Não obstante, a agência canadiana argumenta que os ratings que atribui resultam de “opiniões forward looking para avaliar a capacidade de crédito” de um país. E que estas opiniões se baseiam em “análises quantitativas e qualitativas de acordo com metodologias, modelos e critérios aplicáveis”.

“Os nossos ratings focam-se na questão da probabilidade de um emitente reembolsar a sua dívida de uma forma completa e atempada. Esta abordagem tende a levar a menor volatilidade. Mudanças de rating ocorrem com maior probabilidade com base em mudanças estruturais na economia e a política do que devido aos altos e baixos de um ciclo económico”, contextualiza a agência que, sem a sua avaliação, deixaria Portugal de fora do programa de compra de dívida promovida pelo Banco Central Europeu.

Em relação a Portugal, a DBRS descarta qualquer favorecimento ao país devido à sua pertença à União Europeia, que confere maior conforto e segurança para os analistas da agência canadiana.

O estudo académico sublinhou que a DBRS adota um comportamento mais brando com Portugal — em comparação com outras agências de rating, bem como em comparação com outras decisões de classificação da própria DBRS em relação a outros países. E chegou à conclusão de que “o rating objetivo de Portugal é inflacionado subjetivamente numa nota”. Ou seja, sem estes critérios qualitativos menos transparentes, também a DBRS colocaria Portugal no “lixo”, tal como já o fazem as outras três grandes agências de rating.

Resposta da DBRS: “No caso específico de Portugal, consideramos que a adesão ao enquadramento de governo económico da União Europeia promove políticas macroeconómicas credíveis e fornece acesso a estruturas financeiras das instituições europeias, sendo um forte apoio ao rating soberano, contribuindo para a estabilidade do rating“.

"A adesão de Portugal ao enquadramento de governo económico da União Europeia promove políticas macroeconómicas credíveis e fornece acesso a estruturas financeiras das instituições europeias, sendo um forte apoio ao rating soberano, contribuindo para a estabilidade do rating.”

DBRS

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TAP tem um novo lounge em Lisboa para os clientes premium

  • ECO
  • 11 Julho 2017

O espaço de 825 metros quadrados terá áreas de descanso, duches, espaço para crianças, business centre e área de restauração.

A TAP inaugura, esta terça-feira, o lounge exclusivo para os clientes premium no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Com uma área total de 825 metros quadrados e espaço para 260 pessoas, o lounge da companhia aérea nacional fica na área Schengen do aeroporto, no piso 6, com vista para a pista. Terá áreas de descanso, duches, espaço para crianças, business centre, área de restauração e bar e atendimento personalizado.

Em comunicado, a TAP refere que o conceito do espaço é da responsabilidade do arquiteto Miguel Arruda e consiste na “disponibilização de um elevado índice de conforto independentemente do tipo e tempo de permanência dos seus utilizadores”. O objetivo é “transmitir um efeito de agradabilidade e eficácia através do design do seu espaço e dos materiais empregues”, explica o arquiteto.

Ao lounge terão acesso todos os clientes Victoria Gold, TAP Corporate Top, Star Alliance Gold e TAP Platinum American Express. Também os passageiros TAP que adquiram viagens com tarifa tap|executive ou tap|topexecutive poderão frequentar o lounge, independentemente de serem membros do programa Victoria. Já no caso dos clientes Victoria Silver, o acesso ao lounge é concedido sempre que viajem em voos intercontinentais operados pela TAP, independentemente da tarifa associada.

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