Crédito às famílias acelera. Habitação leva quase 6 em cada 10 euros

A compra de casa representou 58% do total de crédito concedido às famílias, em maio, indicam dados do Banco de Portugal. Trata-se do nível mais elevado desde julho de 2010.

O novo crédito às famílias não para de aumentar, em Portugal, um movimento que é liderado pela concessão de empréstimos para a compra de casa. Os últimos dados divulgados pelo Banco de Portugal indicam que a habitação já representa perto de 60% das novas operações de empréstimos às famílias. Trata-se da fasquia mais elevada desde o verão de 2010. A melhoria das perspetivas económicas do país, acompanhada pela abertura da torneira do crédito por parte dos bancos espelhada pela descida dos spreads, suporta esta tendência.

Dados divulgados do Banco de Portugal mostram que, em maio, os bancos disponibilizaram um total de 1.265 milhões de euros em crédito às famílias. Desse total, 728 milhões de euros tiveram como destino o financiamento da aquisição de habitação. Trata-se do montante de concessão mais elevado desde dezembro de 2010, mês em que os novos empréstimos para a compra de casa totalizaram 844 milhões de euros.

Para além da nova concessão de crédito à habitação registar níveis recorde, esta finalidade pesa cada vez mais no total de crédito concedido ao segmento dos particulares. Por cada 10 euros emprestados às famílias, em maio, praticamente seis euros tiveram como destino o financiamento da compra de casa. Mais em específico 58% do total do crédito prestado às famílias. É necessário recuar até julho de 2010 para assistir a um peso mais elevado.

Esta aceleração do crédito às famílias acontece num contexto da melhoria da situação económica do país, ilustrada pelo crescimento do PIB e pela quebra do desemprego. Os últimos dados indicam que a taxa de desemprego em Portugal caiu para 9,4%, no mês de maio.

Nos níveis historicamente baixos dos juros na Zona Euro que empurram os bancos a libertar liquidez no mercado estará também grande parte da justificação pela aceleração da concessão de crédito à habitação. Esta necessidade tem justificado uma “guerra” entre os bancos pela oferta dos spreads mais baixos na concessão deste tipo de financiamento. O mais recente episódio desta guerra aconteceu já neste mês de julho, com o BCP a rever em baixa a sua margem mínima de spreads para 1,25%. Este valor iguala a margem em vigor no Santander Totta e no Bankinter, com estes três bancos a oferecerem os spreads mínimos mais baixos do mercado, tendo em conta um universo de 11 bancos.

As restantes finalidade de crédito às famílias também acompanharam o movimento de subida registado na habitação, apesar de num grau menos elevado. Em maio, os bancos a operar em Portugal concederam um total de 359 milhões de euros em crédito ao consumo, registando-se o segundo mês consecutivo de subidas. Os empréstimos com outras finalidades cedidos às famílias também aumentaram, tendo ascendido a 178 milhões de euros, em maio.

Crédito às empresas também cresce

Para o segmento das empresas também foi notório um aumento da nova concessão. Em maio, os bancos disponibilizaram um total de 2.716 milhões de euros em novos empréstimos a esse segmento. Este é o valor mais elevado desde dezembro do ano passado, mês em que este tipo de financiamento tinha ascendido a 2.953 milhões de euros. Uma notícia positiva para um segmento que tem apresentado uma maior resistência em recorrer ao crédito.

Naquele que foi assim um mês bastante positivo em termos de injeção de liquidez na economia foram concedidos um total de quase quatro mil milhões de euros em crédito às famílias e às empresas. Apesar disso, as novas operações de crédito são insuficientes para puxar pelo stock de crédito. Os últimos dados do banco de Portugal, também relativos a maio indicam que o stock de crédito se fixou nesse mês em 190.676 milhões de euros. Trata-se da fasquia mais baixa em mais de dez anos. Seria necessário recuar até fevereiro de 2006 para ver um valor mais elevado.

Também na habitação, o crescimento da nova concessão está a ser insuficiente para repor os níveis do stock. Em maio, o bolo total do crédito com essa finalidade existente em Portugal ascendia a 93.894 milhões de euros. Ou seja, o patamar mais baixo dos últimos dez anos.

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Incêndios: Bruxelas aguarda pedido para poder mobilizar fundos

A comissária europeia para a Política Regional disse hoje que aguarda ainda pedido de Portugal para recorrer ao fundo de solidariedade europeu. Governo vai apresentar candidatura esta semana ainda.

A comissária europeia para a Política Regional, Corina Cretu, disse esta terça-feira que aguarda ainda pedido de Portugal para recorrer ao fundo de solidariedade europeu após os danos causados pelo incêndio em Pedrógão Grande, Leiria. Ao ECO, o Executivo avançou que esse pedido deverá ser feito ainda esta semana.

“Não podemos acelerar o que não temos”, sublinhou, a comissária, em conferência de imprensa, citada pela Lusa. “As autoridades portuguesas pediram-nos para acelerar o processo, mas não podemos sequer iniciá-lo porque não recebemos nenhum pedido” formal, disse ainda.

"Não podemos acelerar o que não temos. As autoridades portuguesas pediram-nos para acelerar o processo, mas não podemos sequer iniciá-lo porque não recebemos nenhum pedido.”

Corina Cretu

Comissária europeia para a Política Regional

“Os contactos técnicos entre o Governo português e a Comissão Europeia, relativos aos Fundo de Solidariedade, serão concluídos esta semana, após o que o Governo apresentará de imediato a candidatura”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete do ministro do Planeamento, Pedro Marques, quando questionado por que razão Portugal ainda não tinha apresentado essa candidatura.

"Os contactos técnicos entre o Governo português e a Comissão Europeia, relativos aos Fundo de Solidariedade, serão concluídos esta semana, após o que o Governo apresentará de imediato a candidatura.”

Fonte oficial do gabinete de Pedro Marques

A demora no processo foi ainda justificada, pela mesma fonte, com o facto de ser necessário proceder a uma reprogramação dos fundos europeus, “de forma a apoiar as populações mas autarquias e as empresas”. “Portugal iniciou um diálogo técnico e político com Bruxelas, logo após os incêndios de junho”, garantiu a mesma fonte, explicando que esse diálogo incluiu, por exemplo, uma reunião do ministro Pedro Marques e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Nelson Souza, com a comissária Cretu, mas também reuniões com técnicos da Comissão, em Bruxelas e Portugal.

Além disso, no terreno, “as equipas multidisciplinares, envolvendo técnicos de vários departamentais governamentais, em colaboração com as autarquias, coordenadas pela CCDR, realizaram um recenseamento rigoroso e exaustivo dos prejuízos, trabalho esse que ficou concluído a 3 de julho“, precisou.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

 

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Venda do Novo Banco e Caixa “contribuíram de forma decisiva” para resolver malparado

  • Margarida Peixoto
  • 11 Julho 2017

Valdis Dombrovskis frisou que o malparado na banca europeia tem estado a diminuir. Ministros das Finanças chegaram a acordo sobre um plano de ação para acelerar a resolução do problema.

A venda do Novo Banco e a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos “contribuíram decisivamente para resolver o problema do malparado,” em Portugal frisou esta terça-feira o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis. Os ministros das Finanças da União Europeia chegaram hoje a acordo sobre um plano de ação para acelerar a resolução do problema dos non performing loan (NPL).

Valdis Dombrovskis frisou, em conferência de imprensa, que os países já têm vindo a lidar com o problema e que os NPL estão a diminuir. Mas explicou que os ministros chegaram a acordo para um plano à escala europeia para acelerar o processo e tornar a banca mais saudável e capaz de emprestar à economia.

Confrontado pelos jornalistas, Dombrovskis recusou a ideia de as instâncias europeias empurrarem alguns bancos para fora do mercado: “Não se trata de decidir que há bancos que têm de sair do mercado, mas sim de considerar a saúde do setor bancário,” respondeu. De seguida sublinhou que a Comissão Europeia estará particularmente focada em promover o mercado secundário deste tipo de ativos.

Há dois desafios que a Comissão quer resolver: primeiro, encontrar mecanismos para diminuir a assimetria de informações sobre estes ativos, permitindo que a definição de preços seja mais eficaz e que o mercado funcione; segundo, resolver barreiras regulatórias à entrada de empresas de gestão de ativos no mercado europeu, para que a procura por estes produtos aumente.

Na Irlanda, onde este mercado já foi dinamizado, o preço de referência da compra destes NPL foi em torno de 50% do seu valor nominal. Poderá ser este um benchmark para o mercado europeu? “A nossa intenção não é marcar os preços para os NPL. É algo que a procura e a oferta vão determinar,” disse apenas Dombrovskis.

Conforme explica o comunicado de imprensa da reunião do Ecofin, o Conselho decidiu que é precisa ação em quatro áreas fundamentais:

  1. Supervisão bancária;
  2. Reforma dos procedimentos de insolvência e da recuperação de dívida;
  3. Desenvolvimento de um mercado secundário de NPL;
  4. Reestruturação do setor bancário.

Segundo um relatório preparado por um grupo de peritos dos serviços financeiros do Conselho, o malparado na Europa atingia quase um bilião no final de 2016. Isto equivale quase a 6,7% do PIB da União Europeia e a 5,1% do total de empréstimos dos bancos. Ainda assim, os peritos detetaram uma diversidade muito grande entre países, já que o rácio de malparado varia entre 1% e 46%.

Semestre Europeu: fecha-se um ciclo, mas abre-se outro

Os ministros das Finanças adotaram ainda formalmente as recomendações específicas por país, feitas pela Comissão Europeia, no âmbito do semestre europeu. Este passo fecha o ciclo orçamental iniciado em 2016. Contudo, o ciclo de 2017, com vista à preparação do ano orçamental de 2018, já está a arrancar. “Já estão a começar os preparativos a para os esboços de orçamento do próximo ano,” adiantou Valdis Dombrovskis.

Portugal saiu este ano do Procedimento por Défice Excessivo, com base no resultado orçamental atingido em 2016 (um défice de 2,1% do PIB) e nas projeções apresentadas para 2017. Na sua avaliação, a Comissão Europeia desvalorizou o potencial impacto da recapitalização da Caixa no défice de 2017, considerando que será pontual.

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Rocha Andrade acusa anterior Governo de ser “mentiroso”

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi esta terça-feira ao Parlamento ser questionado sobre a lista negra de offshores, mas o início da audição foi marcada pelo Galpgate.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais admitiu esta terça-feira que “a presença na lista negra é um mecanismo que prejudica as relações diplomáticas e económicas com os países”, para além de que “tem eficácia relativamente limitada”. Na audição na COFMA, Rocha Andrade começou por admitir que teve conhecimento do inquérito antes de tomar a decisão de pedir a demissão a António Costa e para ser constituído arguido ao Ministério Público.

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António Costa abre a porta a ligação direta do Porto para a China

Lisboa vai ter uma ligação direta para Hangzhou, com passagem por Pequim, a partir de 26 de julho. Uma rota Portugal-Macau também está na calha.

O Porto poderá ser a próxima cidade portuguesa a contar com uma ligação direta para a China. A hipótese foi avançada pelo primeiro-ministro, António Costa, esta terça-feira, na cerimónia de lançamento do primeiro voo direto entre Portugal e a China, que arranca a 26 de julho.

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, António Costa, primeiro-ministro, e Zhang Dejiang, membro do Comité Permanente Partido Comunista da China.António Cotrim / Lusa

A nova rota, que vai ligar Lisboa a Hangzhou, com passagem por Pequim, está carregada de “simbolismo”, começou por dizer o primeiro-ministro português, no discurso de encerramento da cerimónia, que decorreu esta manhã em Lisboa. “Esta é a nova rota da seda do século XXI“, destacou António Costa, numa referência à iniciativa “Uma faixa, uma rota” (“One belt, one road“, a nova estratégia comercial das autoridades chinesas, que assenta numa versão simplificada da rota da seda entre Oriente e Ocidente).

António Costa espera, assim, intensificar as relações de Portugal com a China, o que poderá traduzir-se não só num reforço das frequências entre Lisboa e Hangzhou — a rota vai arrancar com três frequências semanais –, como no alargamento para outras cidades. “Quem sabe, poderá haver a abertura para outras cidades portuguesas, nomeadamente o Porto”, adiantou o primeiro-ministro.

Na calha está, também, uma rota para Macau. “Decorrem neste momento negociações para uma ligação a Portugal via Macau”, refere fonte oficial da Secretaria de Estado do Turismo.

A rota será operada pela Beijing Capital Airlines (BCA), companhia aérea que pertence ao grupo Hainan Airlines (HNA). Este grupo chinês, por sua vez, detém indiretamente cerca de 20% da TAP através de uma participação de 13% na Azul, a companhia aérea de David Neeleman, acionista privado da TAP. “Com a abertura desta linha, reforçamos a dimensão de Portugal como grande hub internacional. Podemos fazer de Portugal um hub estratégico para unir povos, abrir rotas, abrir portas”, concluiu António Costa.

Quase 77.000 vão voar entre Portugal e China em 2018

A rota para a China vai arrancar com três frequências por semana, às terças, quintas e sábados, até ao final do verão. A partir do inverno, a BCA passa a operar mais uma frequência ao domingo, passando a haver quatro voos por semana.

Assim, até ao final de 2017, a companhia aérea vai disponibilizar cerca de 40.560 lugares entre Portugal e China. Já no próximo ano, a rota deverá manter-se com quatro frequências, pelo que estarão disponíveis 76.800 lugares entre os dois países.

No ano passado, Portugal recebeu 183 mil turistas chineses, um aumento de 19% face a 2015, que responderam por 307 mil dormidas. O mercado chinês gerou receitas turísticas de 72 milhões de euros em Portugal em 2016, mais 16% do que no ano anterior.

O número de turistas chineses em Portugal continua a aumentar — entre janeiro e abril, 68 mil vieram a Portugal, uma subida homóloga de 28% — e, com a nova rota, a expectativa já expressa pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, é que o crescimento anual em torno de 20% seja para manter. Com estes números, o Governo antecipa que será possível duplicar o número de hóspedes chineses face a 2014 (foram 113 mil nesse ano).

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Marcelo exonera secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional

O Presidente da República decidiu exonerar o general José Calçada da função de secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional, confirmou o ECO.

José Antunes Calçada foi exonerado pelo Presidente da República de secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional esta terça-feira.Exército

Marcelo Rebelo de Sousa exonerou o general José Antunes Calçada de secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN). A notícia foi avançada pelo jornal Diário de Notícias e confirmada pelo ECO junto de fonte oficial da Presidência da República.

A exoneração surge na sequência da própria demissão do general das funções de comandante de Pessoal do Exército. Na semana passada, o militar alegou “divergências inultrapassáveis” com o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, uma incompatibilidade que se arrastava mas que tomou novos contornos com o furto de material de guerra em Tancos.

A demissão de José Antunes Calçada, que pediu para passar à reserva, foi acompanhada da demissão do general Faria Menezes da função de comandante operacional das Forças Terrestres, como avançou na altura o semanário Expresso.

Agora, de acordo com o Diário de Notícias, a exoneração de José Antunes Calçada pelo Presidente da República é decidida após o jantar desta segunda-feira entre Marcelo Rebelo de Sousa e quatro chefes militares. Esta terça-feira à tarde há novo encontro entre estes chefes, o ministro da Defesa Nacional Azeredo Lopes, e o primeiro-ministro António Costa em São Bento.

(Notícia atualizada às 12h25 com mais informação)

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Paulo Neto Leite é o novo presidente da Groundforce

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

A Groundforce anunciou esta terça-feira que mudou de presidente. Guilhermino Rodrigues foi substituído por Paulo Neto Leite.

O novo presidente executivo da Groundforce Portugal é Paulo Neto Leite, substituindo Guilhermino Rodrigues, anunciou hoje a empresa.

Paulo Neto Leite, engenheiro químico com experiência no setor dos serviços e consultoria, passou a ser também vice-presidente do Conselho de Administração da Groundforce, empresa responsável pela assistência em terra a passageiros, operações em pista e carga aérea nos aeroportos, refere a informação divulgada.

Para o Conselho de Administração da Groundforce Portugal foi também nomeado Gonçalo Faria de Carvalho, que irá assumir as áreas de Auditoria e Controlo, enquanto Alfredo Casimiro mantém-se como presidente do Conselho de administração e Beatriz Filipe como ‘chief financial officer’.

No novo cargo desde 1 de julho, Paulo Neto Leite tem a tarefa de “consolidar a estratégia de crescimento sustentável definida”, segundo a empresa.

Paulo Neto Leite iniciou a sua carreira na Andersen Consulting, tendo passado por empresas como a Sumolis e Portugal Telecom.

Esteve sete anos no Brasil à frente de vários negócios, como a DEDIC GPTI, uma das maiores empresas brasileiras de BPO Integrado (Contact Centers e TI) com 26.000 colaboradores.

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Por cada 100 processos fechados, 172 ficam por fechar

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

Em Portugal, o número de processos por fechar ultrapassa os fechados desde 1975, revelam os dados da Pordata.

Por cada 100 processos findos em 2016 nos tribunais judiciais portugueses, 172 ficaram pendentes, segundo o Retrato de Portugal divulgado Pordata. Uma situação de excesso de processos por fechar que se arrasta há 42 anos. Por outro lado, nunca houve tantos advogados a exercer como em 2016 e as mulheres estão em maioria na Justiça.

Esta situação verifica-se desde 1975 e atingiu o auge em 2010, de acordo com a base de dados Pordata, que, pelo sétimo ano consecutivo, faz o “Retrato de Portugal”, a partir de 15 indicadores estatísticos da sociedade portuguesa desde 1960, e sempre que possível, até à atualidade.

Na área da Justiça, os dados referem que o número de processos entrados nos tribunais judiciais fixou-se nos 594.116 em 2016, os findos em 767.889 e número de processo pendentes situou-se em 1.146.604. Nesse ano, a “taxa de congestão” (processos pendentes em relação a processos findos) nos tribunais foi de 172%, enquanto em 1960 era de 66,4%.

A taxa de congestionamento nos tribunais atingiu o nível mais alto em 2010 (232%), tendo vindo a baixar desde esse ano, à exceção de 2014 (229%), adianta a publicação, divulgada no Dia Mundial da População. De acordo com os dados, a maior taxa de congestionamento verificou-se, em 2016, no Supremo Tribunal Administrativo (84,5%), seguido dos Tribunais da Relação (27,7%), Supremo Tribunal de Justiça (14,5%) e Tribunal de Contas (13,5%).

Relativamente aos magistrados judiciais, os números apontam que eram 1.761 em 2016, a maioria mulheres (59%), que correspondiam a 17 por cada 100 mil habitantes, mais 14 do que em 1960. O “Retrato de Portugal 2017”, publicado em ‘e-book’ (livro digital), indica também que, dos 30.475 advogados a exercer em Portugal no ano passado, 54% eram mulheres.

Em 2016, Portugal tinha 296 advogados por 100 mil habitantes, contra 22 em 1960, o maior número dos últimos 57 anos. No capítulo da segurança, os dados revelam que, em 2016, havia 207 agentes da PSP por 100 mil habitantes (mais 11 do que 2004), num total de 21.360, e 222 militares da GNR (menos 12 face a 2004), num total de 22.964.

O livro digital mostra ainda que as cadeias portuguesas continuam sobrelotadas, com uma taxa de 109% em 2016, enquanto em 1960 era de 77,4%. A maior taxa de sobreocupação dos estabelecimentos prisionais registou-se em 1996 (154,2%). Os dados apontam ainda que do total das pessoas consideradas suspeitas de crime no ano passado, 66% foram condenadas, um número superior ao registado em 1990 (40%) e em 1960 (58,6%). Em 2016, havia 13.779 reclusos nas cadeias portuguesas, dos quais 869 eram mulheres (6%), contra 10.991 em 1993 e 8.418 em 1960.

Em declarações à agência Lusa, a diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, adiantou que o “Retrato de Portugal 2017” inclui cerca de cem gráficos organizados em 15 temas, desde a população, às condições de vida, educação, saúde, proteção social, justiça, macroeconomia, emprego, ciência e tecnologia, transportes. “São muitos temas que estão refletidos neste retrato e que tentam fazer um resumo, com base em indicadores da sociedade contemporânea portuguesa, do que somos, do que fazemos, como vivemos”, adiantou a demógrafa.

 

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Incêndios: Informação sobre fundo de apoio às áreas afetadas disponível em site

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

Numa primeira fase, o site pretende dar a conhecer as finalidades do fundo (REVITA) , disponibilizar informação sobre como as entidades podem aderir a este apoio e agregar toda a legislação.

Toda a informação sobre o fundo de apoio à revitalização das áreas afetadas pelos incêndios do mês de junho na região centro do país está disponível a partir de hoje num site da internet, anunciou a tutela.

Segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, numa primeira fase, este site pretende dar a conhecer as finalidades do fundo (REVITA) e a composição do seu Conselho de Gestão, disponibilizar informação sobre como as entidades podem aderir a este apoio e agregar toda a legislação sobre a matéria.

Posteriormente serão também divulgados no site a lista de entidades aderentes e os relatórios de gestão do Fundo.

Os incêndios de grandes proporções que afetaram os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande no passado mês de junho acarretaram graves e trágicas consequências, das quais resultaram 64 mortos e mais de 200 feridos, além dos prejuízos materiais.

“Os portugueses, num enorme esforço nacional de solidariedade, procuraram atenuar os prejuízos patrimoniais sofridos pelas populações destes concelhos, o que se traduziu em numerosos donativos destinados à reconstrução das habitações e da vida das pessoas afetadas pelos incêndios”, recorda o ministério, lembrando o apoio também de entidades internacionais.

Para gerir os donativos entregues no âmbito da solidariedade demonstrada, em articulação com os municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, foi criado o fundo de âmbito social REVITA.

Desta forma, pretende-se contribuir para uma maior eficiência na gestão dos recursos abrangidos por este Fundo, na sua afetação aos que deles necessitam, promovendo um reforço da celeridade em todo o processo de revitalização das áreas afetadas.

A gestão do REVITA ficará a cargo de um Conselho de Gestão constituído por um representante do Instituto da Segurança Social, que preside (Rui Fiolhais), um representante das câmaras municipais de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande e outro das instituições particulares de solidariedade social e associações humanitárias de bombeiros, a nível distrital.

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Desemprego em Portugal cai para 9,4% em maio

  • Lusa
  • 11 Julho 2017

Em maio, havia 485.000 pessoas sem emprego em Portugal, uma taxa de desemprego de 9,4%, inferior à registada no mês anterior. Desemprego na OCDE fixa-se nos 5,9%.

O desemprego no conjunto dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve-se nos 5,9% em maio, com Portugal no quinto lugar na lista dos países com mais desemprego. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela OCDE, nos 35 países membros havia 36,8 milhões de desempregados em maio, ainda mais 4,1 milhões do que antes de se fazerem sentir os efeitos da crise, em abril de 2008.

Do total de desempregados na OCDE, 485 mil dizem respeito a Portugal, onde a taxa de desemprego baixou dos 9,5% em abril para os 9,4% em maio. A Grécia (com 21,7% em abril, último dado disponível) permanece como o país da OCDE onde o desemprego é mais elevado, seguido de Espanha (17,7%), Itália (11,3%) e França (9,6%).

Na zona euro, o desemprego manteve-se nos 9,3% em maio. A taxa de desemprego jovem (entre os 15 e os 24 anos) baixou na média dos países da OCDE em maio para os 12,0%, dos 12,1% observados em abril. Em Portugal, no entanto, a taxa de desemprego entre os jovens subiu dos 23,8% observados em abril para os 24,6% em maio, enquanto na zona euro se manteve nos 18,9%.

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Empresas confiantes: exportações vão crescer ainda mais

  • Margarida Peixoto
  • 11 Julho 2017

As empresas reviram em alta as suas expectativas de exportações para 2017. O crescimento face a 2016 será maior, tanto nas vendas para a União Europeia, como para países terceiros.

As empresas exportadoras de bens estão confiantes: as suas expectativas de vendas ao exterior para este ano são ainda mais elevadas, quando comparadas com a primeira projeção, realizada em novembro de 2016. Os dados foram revelados esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As perspetivas das empresas para a exportação de bens apontam para um crescimento nominal de 7,5%, mais 2,2 pontos percentuais do que a primeira projeção. O otimismo resulta tanto das expectativas de vendas para os países terceiros — para onde esperam vender mais 11,2% do que em 2016 — como para os países comunitários — para onde antecipam um aumento de 6,3%. Mesmo excluindo os combustíveis e lubrificantes das contas, as perspetivas de exportação melhoraram face a novembro e indicam agora um aumento de 6,2%.

Perspetivas melhoram

Fonte: INE

Segundo o boletim do INE, as maiores revisões em alta das perspetivas de exportações verificaram-se na venda de bens para o mercado extracomunitário. Destaca-se a venda de material de transporte e acessórios (onde se espera agora um aumento de 20,1%), de combustíveis e lubrificantes e de máquinas, outros bens de capital e seus acessórios (com a perspetiva de vender mais 17% do que em 2016).

Já no comércio para a União Europeia, o INE destaca também a subida esperada nas exportações de material de transporte e acessórios (de 7,6%), para além dos fornecimentos industriais (6,2%).

De acordo com os dados do comércio internacional publicados na segunda-feira pelo INE, as exportações de bens aceleraram em maio, para 15,4%, quando comparadas com o mesmo mês de 2016. Em abril tinham estado praticamente estagnadas.

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Donald Trump deverá visitar Theresa May no próximo ano

  • ECO
  • 11 Julho 2017

O presidente dos Estados Unidos deverá visitar a primeira-ministra britânica no próximo ano. Na cimeira do G20 ambos fortaleceram os laços e a certeza de um acordo comercial rápido pós-Brexit.

Trump quer evitar uma visita marcada por protestos. Essa foi a razão que o levou a evitar o Reino Unido até ao momento dado que, mal se soube da intenção da visita, os britânicos manifestaram-se contra. Segundo avançam o Financial Times e a BBC, o presidente dos Estados Unidos deverá acabar por aterrar em solo britânico no próximo ano. Em vista está um acordo comercial entre os dois países assim que o Brexit aconteça oficialmente.

Casa Branca e Downing Street estão a negociar a data concreta da visita oficial, segundo a imprensa britânica. Theresa May já visitou Trump no início do ano. Nessa altura, Donald Trump disse que “ainda estão para vir grandes dias para os dois países”, não poupando elogios ao país que conseguiu decidir o seu futuro através da saída da União Europeia. May, por sua vez, foi mais institucional, tendo apresentado alguns pontos de concordância, como o terrorismo: haverá maior coordenação entre os países para derrotar o Estado Islâmico, “unindo esforços neste desafio.”

A Rainha Isabel II convidou Donald Trump para viajar até à Grã-Bretanha, mas o país mostrou o seu desagrado com uma petição contra a viagem assinada por dois milhões de britânicos. Em junho foi tornado público que Trump ligou a Theresa May e disse que não quer visitar o Reino Unido enquanto houver protestos. Recusando comentar aquilo que diz ser “especulação” sobre conteúdos de conversas telefónicas “privadas”, o gabinete da primeira-ministra adiantou que “a rainha dirigiu um convite ao presidente Trump e não há alteração a esses planos”.

Recentemente, Trump viu-se envolvido em mais uma polémica, depois de ter criticado — citando erradamente — o presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, pela sua resposta aos ataques na London Bridge e no Borough Market. Khan chegou mesmo a pedir ao Governo britânico para cancelar a visita de Trump.

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