Ministério Público suspeita de crime de gestão danosa na CGD

O Ministério Público suspeita de crime de gestão danosa na CGD por haver créditos por pagar que não foram registados como imparidades. Isto depois de o relatório da comissão ter ilibado os gestores.

O Ministério Público (MP) suspeita de prática criminal na concessão de créditos na Caixa Geral de Depósitos (CGD). As autoridades dizem que há créditos em incumprimentos que não estão registados como imparidades. Esta decisão contraria as conclusões preliminares da primeira comissão de inquérito do banco estatal. Neste relatório, o deputado socialista Carlos Pereira, relator da comissão, iliba os gestores.

O MP refere que “clientes que apresentavam operações vencidas, e tido pagas, foram classificados no segmento ‘créditos sem incumprimento’. Tal situação aponta para um ato deliberado no sentido de omitir o passivo gerado na esfera do banco”. Refere, no documento obtido pelo ECO e avançado pelo Observador, ainda que houve “sucessivas alterações das condições dos contratos, nomeadamente no que diz respeito a garantias até 2016”.

"Os elementos já reunidos nos autos sustentam a suspeita de que a CGD foi confrontada com a necessidade de proceder ao registo de imparidades (desvalorização de ativos) que tiveram em grande parte origem na concessão de crédito, com violação de normas de racionalidade na gestão, nomeadamente no que tange a prestação de garantias ou outras perdas, sobretudo na área de investimento.”

Tribunal da Relação de Lisboa

Estas suspeitas surgem numa decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que foi enviada à comissão parlamentar de inquérito sobre a recapitalização da CGD. Neste documento, a Relação exige que o Banco de Portugal entregue a documentação abrangida pelo sigilo bancário que foi pedida ao MP.

“Os elementos já reunidos nos autos sustentam a suspeita de que a CGD foi confrontada com a necessidade de proceder ao registo de imparidades (desvalorização de ativos) que tiveram em grande parte origem na concessão de crédito, com violação de normas de racionalidade na gestão, nomeadamente no que tange a prestação de garantias ou outras perdas, sobretudo na área de investimento”, lê-se no acórdão, assinada pelos juízes Artur Vargues e Filipa Frias de Macedo.

Mais: o MP afirma que, caso estas suspeitas se confirmem, estes atos podem ser “crimes de administração danosa” e que foram cometidos no exercício de funções públicas ou eventuais crimes de natureza patrimonial. Contactada pelo ECO, a Caixa Geral de Depósitos não comenta as notícias.

Na semana passada, o relatório preliminar da primeira comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, da autoria do deputado socialista Carlos Pereira, revelou que “em nenhuma situação ocorreram declarações na comissão parlamentar de inquérito que permitissem concluir da existência de práticas de pressão da tutela para aprovação de crédito, em nenhum dos períodos em análise”. Não foi possível obter qualquer reação do PS.

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João Vasconcelos: “Saio orgulhoso” de um Governo “reformador” e “humano”

  • ECO
  • 10 Julho 2017

O ex-secretário de Estado da Indústria será constituído arguido por suspeitas do crime de recebimento indevido de vantagem, juntamente com outros dois secretários de Estado.

João Vasconcelos é um dos três governantes que pediram exoneração de funções e que irão ser constituídos arguidos, depois de terem aceitado viagens e bilhetes da Galp para assistirem a jogos da Seleção nacional de Futebol durante o Euro 2016. O antigo secretário de Estado da Indústria reage agora à saída do Governo, numa publicação na sua página de Facebook, sublinhando que está “orgulhoso” do trabalho que fez.

“Quando aceitei ser secretário de Estado da Indústria neste Governo, eu e a minha equipa propusemo-nos alcançar objetivos ambiciosos e muito concretos”, escreve João Vasconcelos, enumerando depois aqueles que considera serem exemplos de sucesso da sua governação.

“É com um sentimento de orgulho na minha equipa, nos industriais e empresários portugueses, no ecossistema de startups e incubadoras, nos parceiros de investimento, que avalio os resultados alcançados. O programa Indústria 4.0, que foi desenhado com o contributo inestimável de mais de 200 empresas de diversas indústrias ao longo de seis meses, e que apresentámos em janeiro de 2017, está em marcha pelas mãos da COTEC, tendo-se já traduzido em múltiplas parceiras entre a indústria, associações empresariais, as universidades, os centros tecnológicos e as startups, e na capacidade de atrair diversos investimentos cruciais para o país”, destacou.

Além de João Vasconcelos, também Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e Jorge Costa Oliveira, secretário de Estado da Internacionalização, pediram exoneração de funções, depois de terem pedido para serem constituídos arguidos. O Ministério Público já confirmou, entretanto, que os três serão constituídos arguidos.

O processo investiga as “viagens, refeições e bilhetes para diversos jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016”, que foram oferecidos pela Galp aos três secretários de Estado. “Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos”, explica a PGR.

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Costa marca reunião sobre segurança em instalações militares

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Depois de regressar de férias, o primeiro-ministro convocou uma reunião para discutir a questão a segurança em instalações militares. Será esta terça-feira em São Bento.

O primeiro-ministro convocou para terça-feira uma reunião sobre segurança em instalações militares com o chefe do Estado Maior das Forças Armadas e com os chefes dos três ramos militares, Exército, Marinha e Força Aérea.

Segundo fonte oficial do Governo, a reunião, que foi agendada para as 17h00 na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, estará também presente o ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Em São Bento estarão o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea, general Manuel Teixeira Rolo, e o chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Silva Ribeiro.

António Costa regressou este fim de semana do seu período de férias para voltar para o centro das atenções naquele que é, nas palavras de Pedro Nuno Santos ao Público, o “momento mais difícil deste Governo”. Criticado por ter mantido a data já planeada das férias numa altura em que várias crises abalam o país, em alguns pedem a demissão dos seus ministros e que três secretários de estado pediram exoneração.

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Comissário Moscovici não quer ser presidente do Eurogrupo

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

O atual comissário que tem a pasta dos Assuntos Económicos ambiciona presidir a Comissão Europeia, mas rejeita o Eurogrupo, cargo que deixa para quem o suceder.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, voltou a defender esta segunda-feira a fusão do cargo que ocupa no executivo comunitário com o de presidente do Eurogrupo, mas assegurou que não quer ser o primeiro a desempenhar essa dupla função. À entrada para uma reunião de ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, na qual os 19 vão ter um debate sobre o futuro da União Económica e Monetária (UEM), Moscovici reiterou que considera vantajosa a fusão dos cargos, mas, questionado sobre se está pessoalmente interessado em “estrear” essa nova modalidade, garantiu que não.

“Digo simplesmente que, a meu ver, o meu sucessor deve ser o primeiro-ministro das Finanças da zona euro. Penso que a pessoa que vier depois de mim [para o cargo de comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros] deve presidir ao Eurogrupo, para impulsionar uma política económica para a zona euro, e ao mesmo tempo, na Comissão, pilotar os instrumentos de vigilância orçamental que permitem assegurar a estabilidade financeira, o que também é importante”, declarou.

O comissário francês disse que, para a Comissão Europeia, “uma verdadeira integração orçamental e uma verdadeira união orçamental passa por ferramentas de estabilização macroeconómica – um orçamento da zona euro -, e passa por uma melhor governação da zona euro, que pode ser a fusão dos postos de presidente do Eurogrupo e de comissário responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros”.

“Se defendo a fusão entre os dois [cargos], é por uma questão de simplificação, para fazer com que o sistema seja mais eficaz, e também por uma questão de democracia, pois na situação atual, sendo o Eurogrupo um órgão intergovernamental informal, o presidente não tem que prestar contas ao Parlamento Europeu, enquanto a Comissão Europeia é diretamente responsável perante o parlamento”, declarou.

O Eurogrupo é presidido desde 2013 pelo holandês Jeroen Dijsselbloem, que termina o seu (segundo) mandato à frente do fórum de ministros das Finanças da zona euro em janeiro de 2018.

Na sequência da sua polémica entrevista, em março passado, ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, na qual afirmou, referindo-se aos países do sul da Europa, que “não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”, o Governo português reclamou a sua demissão do cargo, mas Dijsselbloem recusou abandonar o posto antes do final do seu mandato.

Portugal está representado na reunião desta segunda-feira pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.

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BE: Altice está a utilizar a lei como “enorme engodo”

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Catarina Martins acusou a Altice de usar a lei para "despedir", "baixar salários" e "precarizar trabalhadores". Em causa está a transferência de mais de 100 trabalhadores para outras empresas.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, criticou hoje a Altice, grupo que detém a PT Portugal, por esta “estar a despedir, a baixar salários e a precarizar trabalhadores” utilizando a lei como “um enorme engodo”.

“Estão a tentar fazer despedimentos utilizando transferências e a externalização de serviços para outras empresas do próprio grupo Altice. Isto é um enorme engodo. Utilizar a lei, que foi feita para outras circunstâncias, para o mesmo grupo económico conseguir despedir trabalhadores, baixar salários e precarizar trabalhadores, não se admite”, disse Catarina Martins à Lusa na concentração que juntou hoje no Porto cerca de 300 trabalhadores da PT Portugal.

Em causa está o facto de, a 30 de junho, a PT Portugal ter anunciado internamente que iria transferir 118 trabalhadores para empresas do grupo Altice e Visabeira, esta última parceira histórica da operadora de telecomunicações, cujo processo estará concluído no final deste mês. Antes, no início do mês passado, a operadora tinha anunciado a transferência de 37 trabalhadores da área informática da PT Portugal para a Winprovit.

Depois destas notícias, a 5 de julho, os sindicatos afetos à PT Portugal anunciaram também a convocação de uma greve geral para dia 21 contra a transferência de trabalhadores para outras empresas do grupo Altice e parceiros.

A líder do Bloco de Esquerda defendeu que “o Estado tem a capacidade de impedir que estes expedientes sejam utilizados” porque, disse, “não foi para fazer despedimentos coletivos ou para precarizar trabalhadores que se criaram as legislações sobre transmissão de estabelecimentos e sobre externalização de serviços”. “Portanto, achamos que o Estado tem a obrigação de intervir e quanto a isso estamos a aguardar resposta”, referiu.

Catarina Martins contou ter obtido informações de que alguns trabalhadores em greve estão a ser substituídos ilegalmente, razão pela qual, avançou, o deputado bloquista José Soeiro “está a contactar a Autoridade para as Condições de Trabalho para saber o que se está a passar de forma a travar a substituição ilegal de trabalhadores”.

“A Altice não pode achar que isto é uma república das bananas. Não pode achar que pode utilizar expedientes para despedir trabalhadores ou precarizar trabalhadores. E faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para os travar”, resumiu Catarina Martins, sublinhando que “a luta de cada um dos trabalhadores é essencial”.

“Estão a lutar não só pelo seu posto de trabalho, direitos e salário, mas estão a lutar pela própria empresa. Se isto acontecer é a PT que desaparece e a PT é uma empresa estratégica do ponto de vista da economia portuguesa”, concluiu a coordenadora do Bloco de Esquerda.

“A luta continua na empresa e na rua”

Cerca de 300 trabalhadores da PT Portugal concentraram-se hoje em frente às instalações da empresa no Porto, apelando ao Governo para que impeça a administração de levar a cabo transferências e rescisões de contratos de trabalho.

“A luta continua na empresa e na rua” – foi uma das frases mais entoadas pelos trabalhadores que empunhavam placas e faixas com mensagens como “O Governo tem de agir! Defender esta empresa é estratégia nacional” ou “Não à destruição da PT e postos de trabalho. O Governo tem de intervir já!”.

Em declarações à agência Lusa, o representante da Comissão de Trabalhadores (CT), Francisco Gonçalves, disse estimar que existam neste momento cerca de 100 trabalhadores a cumprir funções temporárias e 200 sem funções, enquanto 155 estão “em transição” para outras empresas. “E os restantes estão com o coração nas mãos”, resumiu Francisco Gonçalves, pedindo à administração para que “pense no que está a fazer”.

“E se a administração não repensar, terá de ser o Governo a fazer alguma coisa. É importante valorizar a PT e os trabalhadores da PT. São os melhores trabalhadores das telecomunicações em Portugal, são dos melhores trabalhadores de telecomunicações que há no mundo todo. Medidas erradas de gestão não podem pôr em causa o futuro desta empresa e a qualidade desta empresa”, referiu o representante da CT.

Francisco Gonçalves apontou que o universo PT ronda os 9.000 trabalhadores no ativo e 3.500 não no ativo (pré-reformas e suspensões).

Depois desta concentração, repetir-se-á uma ação semelhante nas quarta-feira, em Lisboa, e serão enviadas cartas ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e aos partidos políticos com assento na Assembleia da República.

(Notícia atualizada às 15h52 com as reações dos trabalhadores)

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Apple investe 800 milhões de euros em novo data center na Europa

A fabricante do iPhone anunciou que vai construir um segundo data center na Dinamarca, num investimento que vai ultrapassar os 800 milhões de euros. Vai funcionar totalmente com energias limpas.

A Apple vai construir um novo centro de dados na Dinamarca totalmente alimentado por energia renovável, que será o segundo da fabricante do iPhone no país. Um centro de dados, também chamado de data center, é como um grande armazém com servidores onde as empresas tecnológicas correm os seus serviços e armazenam dados dos mesmos e também dos clientes. Segundo a Reuters, o investimento deverá ultrapassar os 800 milhões de euros.

O anúncio da Apple foi feito esta segunda-feira, numa altura em que também o Facebook tem planos para construir um novo centro deste género naquele país do norte da Europa, que será o terceiro data center da rede social fora dos Estados Unidos. Quanto aos planos da Apple, a ideia é ligar a ficha no segundo trimestre de 2019, para reforçar a operacionalidade de serviços como a iTunes Store, a App Store, o iMessage e a Siri na Europa.

“Estamos entusiasmados por expandirmos as operações de data center na Dinamarca, e por investirmos em novas fontes de energia limpa. As instalações projetadas para Aabenraa [cidade no sul da Dinamarca, onde será instalado o novo centro], como todos os nossos data centers, irão funcionar com 100% de energia renovável desde o primeiro dia, graças às novas fontes de energia limpa que estamos a explorar”, disse Erik Stannow, gestor da Apple na Dinamarca, em declarações à agência.

Importa referir que o data center que a Apple já tem na Dinamarca, em Viborg, ainda não começou a funcionar. Deverá ser ligado à rede mais para o final deste ano. Há ainda outro projeto para um centro deste género em Athenry, na Irlanda, que foi anunciado em 2015 e ainda não começou a ser construído, salienta a Reuters. De acordo com a agência noticiosa, a Dinamarca tem vindo a produzir abundantemente energia de fontes limpas, tais como o vento e a biomassa.

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Explorers: Prepare-se para correr o país em startups de turismo

Programa de ideias e aceleração de startups da Fábrica de Startups e do Turismo de Portugal começa esta segunda-feira e decorre em 12 cidades nacionais.

Doze cidades, cinco dias. O Tourism Explorers, um programa de criação e aceleração de startups ligadas ao turismo, arranca esta segunda-feira com a fase de ideias e início de constituição de equipas em 12 cidades do país, simultaneamente.

O programa, uma parceria entre a Fábrica de Startups e o Turismo de Portugal, tem como objetivo descobrir e ajudar a criar startups ligadas ao turismo: para isso contribuem os parceiros da organização, espalhados um pouco por todo o país: Porto Business School, Startup Braga, CEI – Centro de Empresas Inovadoras, TagusValley, ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo e Startup Angra, são alguns dos nomes presentes, assim como as Escolas de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo, Coimbra, Caldas da Rainha, Setúbal e Faro.

Assim, nos próximos cinco dias, a ideia é que as equipas trabalhem “desafios estratégicos” do setor, identificando as principais necessidades e desenvolvendo soluções inovadoras face aos problemas detetados.

Este programa cumpre a nossa grande missão de ajudar as pessoas a serem empreendedoras. Mas não só.

António Lucena de Faria

CEO da Fábrica de Startups

“Estamos aqui para facilitar a vida dessas pessoas, porque também queremos que tenham boas hipóteses de sucesso. Temos ainda como objetivo levar os nossos programas de aceleração para o interior do nosso país, onde existem muitas oportunidades para serem criados bons negócios. Estamos em 12 cidades de Portugal Continental e Regiões Autónomas, trabalhando com todas as cidades em simultâneo na criação de novas oportunidades”, explica António Lucena de Faria, CEO da Fábrica de Startups.

Para Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, “o Tourism Explorers é uma oportunidade para levarmos a todo o território nacional, conforme temos definido na nossa estratégia, a dinâmica do empreendedorismo e para afirmar o turismo como motor de desenvolvimento de novos projetos e de novas ideias, e gerador de novas oportunidades de emprego.”

Duas faces da mesma moeda

O programa Tourism Explorers divide-se em duas fases — ideação e aceleração. E se, na primeira fase, são criadas novas soluções e organizadas as equipas para desenvolver os projetos (no fim da semana serão escolhidos as melhores soluções), a fase de aceleração arranca em setembro e prolonga-se por mais de um mês. O grande vencedor da fase de ideação é anunciado 20 de julho, na Porto Business School. A aceleração, entre 6 de setembro e 18 de outubro, conhece os vencedores a 23 desse mês, na Startup Braga.

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Época de resultados mantém Wall Street na linha de água

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Julho 2017

Os principais índices norte-americanos começam esta semana sem mudanças expressivas, com os investidores à espera do que trará a época de apresentação de resultados.

Ainda que a cimeira dos G20 tenha acabado no passado sábado e tenha ditado um fosso entre os EUA e os outros países, os investidores já têm as atenções viradas para a semana que se segue. Os principais índices norte-americanos começaram, desta forma, a sessão desta segunda-feira quase inalterados.

A deixar os investidores na expectativa está o começo da época de apresentação de resultados, na qual as empresas vão divulgar as contas do primeiro trimestre de 2017. Com principal foco para os números dos grandes bancos — JP Morgan Chase, Wells Fargo e Citigroup — que vão ser conhecidos esta sexta-feira.

Assim, o industrial Dow Jones iniciou esta segunda-feira a cair 0,15% para 21.381,23 pontos, o tecnológico Nasdaq a avançar 0,05% para 6.156,028 pontos e o S&P 500 a manter-se na linha de água, nos 2,424.51 pontos.

“O que está a acontecer hoje nos mercados é uma abordagem ‘esperar para ver’, prevendo o próximo catalisador, que será a próxima época de apresentação de resultados”, afirmou à Reuters Adam Sarhan, da 50 Park Investments. A ter um maior impacto nas contas dos grandes bancos estará a decisão da Reserva Federal de subir a taxa de juro diretora, medida que Janet Yellen já confirmou que vai voltar a ser tomada, adiantou ainda este especialista.

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Moody’s aplaude mudanças no Montepio

Agência diz que aumento de capital e transformação da caixa económica em sociedade anónima vão reforçar os capitais da instituição. Ainda assim, elevado volume de ativos tóxicos continua a pesar.

Aumento de capital e transformação do banco em sociedade anónima. Para a agência Moody’s, as mudanças na Caixa Económica Montepio Geral têm impacto positivo para os credores da instituição. “Reforça a capacidade de absorção de perdas do banco face aos desafios muito significativos de qualidade dos ativos”, diz a vice-presidente María Viñuela, autora da nota publicada esta segunda-feira pela agência de rating.

Em primeiro lugar, o aumento de capital de 250 milhões de euros. A Moody’s estima que com este reforço de capital o banco consegue aumentar o seu rácio de força financeira de 10,7% para 12,6%, “permitindo cumprir com os requisitos de capital legais”. Mais: permite ainda aproximar os rácios do Montepio aos rácios dos outros bancos portugueses, cuja média se situava nos 12% no final de março.

Foi a 30 de junho que o Montepio Geral finalizou um aumento de capital de 250 milhões de euros, tendo sido totalmente subscrito pelo acionista único, a Associação Mutualista Montepio Geral. Na mesma ocasião, o banco anunciou uma oferta pública de aquisição sobre as unidades do fundo de participação da Caixa Económica, numa altura em que prepara a sua transformação em sociedade anónima.

Para a Moody’s, a instituição liderada por Félix Morgado vai beneficiar com esta transformação da caixa económica em sociedade anónima. Porque “vai permitir aceder ao mercado de capitais em caso de necessidade” quando até ao momento se encontrava exclusivamente dependente da Associação Mutualista. E depois porque, assim que se transformar numa sociedade anónima, será permitido ao Montepio aderir ao regime especial de DTA (ativos por impostos diferidos).

“Isto terá um impacto positivo de 50 pontos base no seu rácio de capital phased-in CET 1 e de 120 pontos base no seu rácio fully loaded CET1”, calcula a agência de notação, adiantando, porém, que o impacto da adesão aos DTA será limitado dado o elevado montante de ativos problemáticos.

Para resolver os seus problemas, o banco tem empreendido mudanças significativas. Além do aumento de capital e da transformação da caixa económica em sociedade anónima, a Associação Mutualista decidiu lançar uma oferta pública de aquisição sobre as unidades do fundo de investimento para tirar o banco de bolsa.

Tratam-se de medidas que visam abrir o capital da instituição a novos investidores, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com quem assinou um memorando de entendimento para a criação de um banco de vertente social.

Atualmente, a Moody’s atribui um rating de “B3” negativo à Caixa Económica Montepio Geral.

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Nestlé aposta cinco milhões na unidade de Estarreja

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Avanca foi o berço da Nestlé em Portugal. Dezasseis anos depois, a unidade continua a receber investimento da marca: desta vez foram cinco milhões.

A Nestlé iniciou esta segunda-feira a obra de ampliação do centro de distribuição de Avanca, em Estarreja, num investimento de cinco milhões de euros que representa mais um reforço da aposta na “localidade berço” da empresa no país.

Na cerimónia de lançamento da primeira pedra, o diretor-geral da Nestlé Portugal, Jordi Llach, sublinhou a importância desta conquista, adiantando que “não é muito habitual no grupo conseguir investimentos para este tipo de projeto”. “É um prazer poder continuar a investir onde começou tudo para a Nestlé em Portugal. É mais uma prova de compromisso que temos em Avanca”, disse o responsável da Nestlé em Portugal.

Para o diretor de Operações Logísticas da Nestlé Portugal, Jörg Deubel, a empresa está a deixar uma marca para o futuro, adiantando que este centro de distribuição de Avanca “está a ser preparado para a próxima geração”. “Ele vai ter alguma ampliação e vai ter condições de segurança ainda maiores”, disse Jörg Deubel, vincando que com este investimento, a empresa confirmou que “o berço da Nestlé em Portugal é aqui e aqui se mantém para o futuro”.

Na mesma cerimónia, o presidente da Câmara de Estarreja, Diamantino Sabina, manifestou satisfação pelo facto de a Nestlé ainda investir nesta unidade com dezenas de anos, “absolutamente crucial” para o desenvolvimento do concelho. O autarca deu ainda conta do sucesso do município na implementação de novas indústrias, referindo que o parque empresarial de Estarreja “tem tido um interesse generalizado e tem havido muito investimento estrangeiro, e não só, de empresas absolutamente capitais que encontram aqui sinergias importantes”.

Com a conclusão prevista para 2008, a obra que agora se inicia prevê a construção de uma nova nave com uma área de 4.100 metros quadrados e a modernização daquele que é o principal centro de distribuição nacional, por onde passam 80% das vendas da Nestlé Portugal.

O grupo Nestlé emprega em Portugal 1818 colaboradores e gerou, em 2016, um volume de negócios na ordem dos 480 milhões de euros. Na sua estrutura portuguesa, a Nestlé conta com três fábricas (Porto, Avanca e Lagoa-Açores), tem a sua sede em Linda-a-Velha, Oeiras, um centro de distribuição nacional (Avanca) e cinco delegações comerciais espalhadas pelo continente e ilhas.

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Portugal teve a segunda taxa de natalidade mais baixa da UE em 2016

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Portugal está entre os países cuja população diminuiu. Imigração é a responsável pelo aumento da população europeia.

Portugal registou no ano passado a segunda taxa de natalidade mais baixa entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE) e foi um dos países cuja população diminuiu, de acordo com as primeiras estimativas sobre população publicadas esta segunda-feira pelo Eurostat.

De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da UE, Portugal teve em 2016 cerca de 87 mil nascimentos – o que representa uma taxa de 8,4 nascimentos por cada 1.000 habitantes, a segunda mais fraca da UE, apenas à frente de Itália, com 7,8), contra 110 mil óbitos (uma taxa de 10,7 mortes por cada milhar de habitantes), tendo visto a sua população total recuar de 10,341 milhões em 1 de janeiro de 2016 para 10,309 milhões em 1 de janeiro de 2017, o que representa exatamente 2% da população comunitária.

O Eurostat sublinha que se registou um aumento da população da UE, de 510,3 milhões em 1 de janeiro de 2016 para 511,8 milhões em 1 de janeiro de 2017, mas registou-se sensivelmente o mesmo número de nascimentos e de óbitos (5,1 milhões), o que significa que a variação natural da população da União foi neutra e a variação demográfica positiva, de mais 1,5 milhões de habitantes, se deve ao saldo migratório.

Com 82,8 milhões de habitantes, o que representa 16,2% da população total da UE, a Alemanha é o Estado-membro mais populoso, seguida da França, 67 milhões), Reino Unido (65,8), Itália, (60,6), Espanha (46,5) e Polónia (38).

Em termos globais, a população aumento ao longo de 2016 em 18 Estados-membros e desceu em dez, tendo as taxas de natalidade mais elevadas sido observadas na Irlanda (13,5 por 1.000 habitantes), Suécia e Reino Unido (ambos com 11,8) e as mais baixas nos países do sul: depois de Itália e Portugal seguem-se Grécia (8,6) e Espanha (8,7).

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BCP confirma interesse no Deutsche Bank na Polónia

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Ainda não foi tomada qualquer decisão e o BCP está, para já, a analisar a operação com o Santander e o Commerzbank, os outros dois bancos interessados.

O presidente executivo do Millennium BCP, Nuno Amado, confirmou, esta segunda-feira, que o banco Millennium da Polónia está a estudar a possibilidade de avançar com uma proposta para adquirir os ativos do Deutsche Bank naquele país. O interesse do banco português pelo negócio do Deutsche na Polónia tinha sido avançado, na semana passada, pelo jornal polaco Puls Biznesu.

“É uma análise que estão a fazer, que vai ter algum epílogo, mas as condições de análise e eventual proposta são, obviamente, condicionadas por um conjunto de critérios que, neste momento, estão a ser analisados”, disse o banqueiro à Lusa, em Coimbra, à margem da conferência Saúde Privada em Portugal, organizada pelo Millennium BCP.

Segundo Nuno Amado, “não há qualquer decisão, nem qualquer compromisso, a não ser analisar com mais dois outros bancos” que também estão a estudar a oportunidade. Os dois bancos que também concorrem a esta compra são o Santander e o Commerzbank.

À venda estão depósitos e a carteira de crédito denominados em zloty (a moeda local), o negócio de banca de investimento e corporate, com um valor dos ativos em alienação que pode chegar aos 500 milhões de euros.

“Nas mãos do banco alemão continuarão os empréstimos denominados em moeda estrangeira, de acordo com as regras bancárias internas”, salienta o jornal português.

O presidente executivo do Millennium BCP, Nuno Amado, sublinhou à agência Lusa que “só em condições claramente favoráveis é que o Millennium Polónia fará uma proposta final”.

A análise está a ser feita pelo banco na Polónia, que é detido a 50,1% pelo BCP, e Nuno Amado diz não saber dizer “qual vai ser o resultado final”.

BCP valoriza

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