Aprenda a tocar Fender com o guitarrista dos U2

  • Bloomberg
  • 10 Julho 2017

Pensada sobretudo para os aprendizes que no primeiro ano abandonam o instrumento musical, a app conta com os melhores mentores para ensinarem segredos aos "alunos" utilizadores.

Antes de The Edge ter entrado numa banda, tudo indicava que deveria desistir da guitarra. Embora nem conseguisse afinar os próprios instrumentos nos primeiros anos, o músico não abandonou a pequena viola acústica com cordas de nylon que recebeu quando tinha uns nove anos. E isso fê-lo tornar-se um mito.

Quase 40 anos depois de David Evans ter conseguido uma Stratocaster, o principal guitarrista dos U2 está a ajudar a Fender Musical Instruments, de cujo conselho faz parte, a comercializar uma aplicação de aprendizagem para garantir que o próximo The Edge não abandone o instrumento. O Fender Play, que custa 19,99 dólares por mês, chegou ao mercado norte-americano esta quinta-feira, assim como ao do Reino Unido e do Canadá.

“Ainda há muito interesse pela música com guitarras, mas isso não aparece em destaque na cultura contemporânea”, disse Evans em uma entrevista. “Fica em algum lugar lá no fundo. Isso vai ajudar.”

Durante 71 anos, desde que Leo Fender começou a fabricar guitarras numa oficina de consertos de rádios, a empresa vendeu Stratocasters a Eric Clapton, John Mayer e Jimi Hendrix, passou pelas mãos de diversos donos e aguentou algumas recessões. Hoje, é controlada por uma unidade da TPG Capital e pela Servo Pacific. Mas o número de guitarras vendidas nos EUA está estagnado, e poucos dos músicos de maior sucesso do mundo tocam guitarra: em alternativa, cantam, são DJs ou fazem rap.

Diante da quebra das vendas do setor, a maior fabricante de guitarras do mundo considera que o Fender Play é uma maneira de aumentar a receita. Ao cobrar pelas aulas, a empresa pode continuar a gerar dinheiro depois de os aspirantes a músicos saírem da loja. Aumentando o número de pessoas que não abandonam as suas guitarras, esses clientes vão acabar por comprar modelos melhores e equipamentos adicionais.

O programa do curso — cinco níveis, com entre dez e 12 aulas cada — foi elaborado para que os novos estudantes possam tocar algo que reconhecem em meia hora, seja rock, pop, blues, country ou folk. Como a maioria dos novos músicos desiste no primeiro ano de prática, a gratificação instantânea é fundamental. Mas o curso também deve atrair pessoas que costumavam tocar e queiram aprimorar as suas habilidades, ou até mesmo especialistas, de acordo com Ethan Kaplan, diretor-geral da Fender Digital.

“Muita gente tem uma guitarra debaixo da cama”, disse Kaplan, em entrevista. “Se pudermos oferecer um caminho rápido para que essas pessoas se sintam realizadas, poderíamos reativar essa base preexistente de músicos. Por cada guitarra que vendemos, há um monte de outras que vendemos antes e que não passam de um pedaço de madeira.”

The Edge toca uma Fender desde os 17 ou 18 anos e usou a sua primeira guitarra profissional para gravar o disco de estreia do U2. Hoje em dia ele possui algumas centenas, a maioria em Dublin mas a preferida atualmente tem o seu nome e é uma recriação da guitarra que ele tocou durante décadas.

No começo de uma tournée, o guitarrista muitas vezes procura no YouTube vídeos dele para lembrar como tocar determinadas músicas. Na app, ele e a banda ajudarão aspirantes a guitarristas a aprender sucessos como “Beautiful Day”, “Desire” e “Where the Streets Have No Name”.

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CMVM liberta Investéder de nova OPA à Soares da Costa

O regulador considerou não ser necessária uma nova oferta, apesar de na OPA voluntária terem sido superados os limites impostos exigidos para tal. Decisão vai ao encontro do pedido da Investéder.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) libertou a Investéder do lançamento de uma segunda oferta pública de aquisição (OPA) sobre o capital remanescente da SDC Investimentos. A decisão foi anunciada em comunicado publicado pela SDC Investimentos no site do regulador, a pedido da Investéder, que adquiriu a empresa que resultou da construtora Soares da Costa.

“Ao abrigo do disposto no número 2 do artigo 189.º do Código dos Valores Mobiliários, o Conselho de Administração da CMVM deliberou declarar a derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição da SDC Investimentos, SGPS, S.A. (“SDCI”) pela Investéder, Investimentos, Lda”, diz o comunicado divulgado no site da CMVM. O regulador fundamenta a decisão, tendo em conta que “a Investéder requereu a derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição, tendo ultrapassado metade dos direitos de voto da SDCI na sequência da oferta pública geral e voluntária registada pela CMVM sob o n.º 9212 sobre a SDCI, sendo-lhe atualmente imputadas um total de 120.991.521 ações, representativas de 75,620% do capital social da SDCI”.

A Investéder, empresa de Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos, vê assim cumprida uma das condições para as quais fazia depender a oferta lançada sobre a SDC Investimentos. Quando, a 23 de dezembro, a Investéder comunicou a intenção de prosseguir com uma oferta sobre a empresa do ramo da construção tinha-a feito depender da derrogação pela CMVM de uma oferta subsequente caso a OPA fosse bem-sucedida.

“A CMVM deferiu o requerimento de derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição por se encontrarem reunidos os pressupostos previstos na alínea a) do número 1 do artigo 189.º do Código dos Valores Mobiliários: i) foi geral e não parcial, sem nenhuma restrição quanto à quantidade ou percentagem máximas de valores mobiliários a adquirir; ii) foi respeitado o disposto no artigo 188.º quanto à contrapartida”, refere o comunicado publicado no site da CMVM que justifica a decisão tomada pela entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias.

Em termos práticos, isso significa que o facto de os gestores da Investéder não terem adquirido ações da SDC Investimentos acima da contrapartida de 2,7 cêntimos oferecida e como a primeira OPA foi geral, sem qualquer limite, a CMVM decidiu assim não obrigar ao lançamento de outra oferta sobre a empresa.

Recorde-se que a OPA sobre a SDC Investimentos terminou a 2 de junho passado, com a Investéder a ficar com 73,64% do capital da empresa, participação que entretanto foi reforçada até aos 75,62% através de aquisições realizadas pelos seus gestores.

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Sindicato: Demissão de Rocha Andrade pode atrasar negociação do OE

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos lamenta demissão do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, um dos três membros do Governo que abandonaram ontem o Executivo.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos lamentou esta segunda-feira a demissão do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e realçou que esta saída poderá atrasar o processo de negociação do próximo Orçamento do Estado.

“Lamentamos esta situação. Poderá atrasar as coisas [negociação do Orçamento do Estado], tudo vai depender do entendimento do próximo secretário de Estado, que pode ser diferente e poderá obrigar ao recomeço e regresso à mesa das negociações”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha.

Em declarações esta segunda-feira à Lusa, Paulo Ralha destacou o trabalho de Rocha Andrade quer junto dos trabalhadores, quer do ponto de vista fiscal, tendo “pegado em matérias difíceis como o combate à grande evasão fiscal”.

Os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria anunciaram no domingo que pediram a sua exoneração de funções ao primeiro-ministro e solicitaram ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro2016.

“Para os trabalhadores ele [Rocha Andrade] era um interlocutor bastante válido. Estávamos a chegar a algum consenso em matérias importantes que diziam respeito aos trabalhadores, nomeadamente ao nível da negociação de carreiras e, desse ponto de vista, o processo também fica pendente de quem será o próximo secretário de Estado”, disse.

No entender de Paulo Ralha, a negociação ao nível das carreiras estava “a correr bem e a ir de encontro às expectativas dos trabalhadores”.

“Por isso, só podemos lamentar que tenha apresentado a sua demissão. Do ponto de vista da ligação com os trabalhadores foi muito bom. Do ponto de vista fiscal, parece-nos que fez um bom trabalho, que ousou pegar em matérias difíceis, nomeadamente no que diz respeito ao combate à grande evasão fiscal”, disse.

De acordo com o responsável, Rocha Andrade começou a dar passos muito importantes no que diz respeito ao combate à evasão fiscal.

“É necessário que se continue este trabalho, porque o secretário de Estado [Rocha Andrade] fez um bom trabalho”, concluiu.

O primeiro-ministro, António Costa, aceitou no domingo os pedidos de exoneração dos secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, “apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação”.

A decisão foi justificada com a intenção de não prejudicar o Governo.

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Governo tenta responsabilizar SIRESP por falhas em Pedrógão

  • ECO
  • 10 Julho 2017

O Ministério da Administração Interna (MAI) contratou advogados que vão estudar o contrato com o SIRESP de forma a saber se é possível responsabilizar os privados e pedir uma indemnização.

O Ministério liderado por Constança Urbano de Sousa pediu ao escritório de advogados Linklaters para avaliar o contrato do SIRESP. O objetivo é saber se os privados podem ser responsabilizados pelas eventuais falhas da rede de comunicações de emergência nos incêndios em Pedrógão Grande. Em causa está o artigo 17º desse contrato, adiantou fonte oficial do MAI ao Público esta segunda-feira.

O que diz o artigo 17º? São dois pontos que ilibam o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP) de responsabilidade em caso de falhas em catástrofes. “Para os efeitos do contrato, considerar-se-ão casos de força maior imprevisíveis e irresistíveis, cujos efeitos se produzem independentemente da vontade da operadora ou da sua atuação, ainda que indiretos, que comprovadamente impeçam ou tornem mais oneroso o cumprimento das suas obrigações contratuais”, lê-se no contrato.

A esta cláusula seguem-se os exemplos de casos de ‘força maior’ onde se inclui cataclismos naturais: “Atos de guerra ou subversão, hostilidades ou invasão, rebelião, terrorismo ou epidemias, raios, explosões, graves inundações, ciclones, tremores de terra e outros cataclismos naturais que diretamente afetem as atividades objeto do contrato“.

A dúvida do Governo passa pelas interpretações diferentes que podem ser atribuídas à expressão ‘força maior‘ e ao enquadramento de um incêndio nestes dois pontos do contrato. O resultado da Linklaters não bastará para o Estado pedir uma indemnização ao SIRESP. Simultaneamente decorre uma auditoria do Instituto de Telecomunicações e existe também o relatório da própria empresa que diz não ter existido falhas em Pedrógão Grande.

Não houve interrupção no funcionamento da rede SIRESP, nem houve nenhuma Estação Base que tenha ficado fora de serviço em sequência do incêndio“, lê-se no relatório entregue no final de junho e que foi publicado no portal do Governo. “Verificou-se que a Rede SIRESP funcionou de acordo com a arquitetura que foi desenhada para esta Rede”, escreveu o SIRESP em sua defesa.

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Estivadores em greve nas horas ímpares contra práticas “antissindicais” nos portos

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

Paralisação decorre nas horas ímpares e começa às 9h00.

Os estivadores dos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal e Praia da Vitória começam hoje uma greve nas horas ímpares, a partir das 08:00 e até às 08:00 de terça-feira.

De acordo com o pré-aviso de greve do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística, divulgado no final de junho, estes trabalhadores vão parar de trabalhar “em todas horas ímpares, ou seja, entre as 09h e as 09h59, inclusive, entre as 11h00 e as 11h59, inclusive, e assim, subsequentemente”.

A crescente proliferação de práticas antissindicais nos portos portugueses, em particular e com maior gravidade nos portos de Sines, Caniçal e Leixões, constitui o motivo mais determinante para a declaração de greve”, lê-se no pré-aviso da paralisação.

A estrutura sindical acusa as empresas portuárias daqueles portos de protagonizarem e induzirem comportamentos de assédio moral, “desde a perseguição à coação, desde o suborno à discriminação, desde as ameaças de despedimento até à chantagem salarial, comportamentos ‘criminosos’ que pretendem, não apenas colocar os trabalhadores uns contra os outros, mas evitar que os mesmos procedam à sua sindicalização de forma livre e consciente”.

A greve foi decidida no decurso de uma assembleia-geral do Sindicato Nacional dos Estivadores, que contou, pela primeira vez, com a presença de associados de sete dos oito portos onde está representado, revelou a estrutura sindical.

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Bolsa recupera após duas sessões no vermelho

O PSI-20 avança ligeiramente suportado pela subida dos títulos do BCP, Galp Energia e Jerónimo Martins.

A bolsa nacional arrancou a semana em alta ligeira, a recuperar de duas sessões consecutivas de perdas. A valorização das ações do BCP, Galp e Jerónimo Martins é a principal responsável por manter o índice PSI-20 acima da linha de água.

O PSI-20 abriu a ganhar 0,05%, para os 5.156,39 pontos, com nove dos seus 19 títulos a registarem ganhos. O avanço das ações do BCP é um dos seus principais suportes. Os títulos do banco liderado por uno Amado aceleram 0,38%, para os 23,97 euros. No mesmo sentido seguem ainda as ações da Galp Energia, que valorizam 0,27%, para os 13,11 euros, a acompanhar a subida das cotações do petróleo nos mercados internacionais, e apesar das notícia que indicam que a petrolífera foi constituída arguida no âmbito o pagamento de viagens a vários políticos para assistirem aos jogos do Euro2016, o que levou à exoneração de três secretários de Estado.

A puxar pelo índice bolsista nacional está também a Jerónimo Martins, cujos títulos ganham 0,23%, para os 17,23 euros. No mesmo sentido seguem os títulos dos CTT que somam 0,46%, para os 5,46 euros, conferindo também suporte ao PSI-20.

Em contraciclo, referência para a EDP Renováveis, cujas ações recuam 0,86%, para os 6,8 euros. Estas perdas acontecem no mesmo dia em que a cotada foi alvo de uma revisão em baixa de avaliação por parte do Morgan Stanley. O banco de investimento desceu a recomendação de “overweight” para “equal-weight“, e cortou o preço-alvo atribuído ao títulos, dos 8,1 para os 6,75 euros. Ou seja, para o valor da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela EDP e abaixo dos 6,859 euros a que as ações da empresa liderada por Manso Neto encerraram a sessão de sexta-feira.

Em terreno negativo, referência também para a Mota-Engil e REN, cujas ações perdem 0,72% e 0,59%, respetivamente, para os 2,34 e 2,69 euros. No mesmo sentido, destaque também para a Semapa, cujos títulos perdem 0,74%, para os 16,85 euros.

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Bloco impaciente com Governo sobre recibos verdes

  • ECO
  • 10 Julho 2017

Numa altura em que retomam as negociações para o Orçamento do Estado para 2018, o Bloco de Esquerda ameaça avançar com propostas independentes para os recibos verdes.

O Bloco de Esquerda insiste que o Governo mudar as regras das contribuições dos trabalhadores independentes ainda este ano. Contudo, não foi essa a indicação dada pela secretária de Estado da Segurança Social que, em entrevista ao Jornal de Negócios, apontou alterações para 2018, referindo que continua quase tudo em aberto. O BE quer que o regime entre em vigor antes de aprovarem o próximo Orçamento.

A expectativa tem sido sempre a de que as alterações pudessem estar em vigor em outubro de 2017“, explicou José Soeiro em declarações ao Jornal de Negócios esta segunda-feira. E se isso não acontecer? Então o Bloco avança sozinho na Assembleia da República, adianta o deputado bloquista: “Se o Governo não cumprir os calendários estabelecidos pela Lei do Orçamento do Estado para 2017, admitimos nós próprios agendar o debate e apresentar as nossas propostas.

O que será incompreensível é que o compromisso não seja cumprido“, avisa Soeiro, admitindo que a dificuldade técnica possa estar a atrasar o processo. O Orçamento do Estado para 2017 já previa uma autorização legislativa para alterar o regime dos trabalhadores independentes. O objetivo passa por aproximar os descontos dos trabalhadores independentes ao seu rendimento efetivo e não aos valores do ano anterior.

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ANA aumenta taxas no aeroporto de Lisboa e Porto em outubro

  • ECO
  • 10 Julho 2017

As taxas aeroportuárias de Lisboa e Porto vão sofrer um aumento no final do ano. Essa subida traduz-se em mais 22 cêntimos em Lisboa e 11 cêntimos adicionais no Porto.

A gestora aeroportuária ANA, detida pelos franceses da Vinci, vai aumentar as taxas cobrados nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Açores. Apenas a Madeira escapa à atualização dos preços da ANA – Aeroportos de Portugal. Esta mudança programada para o final do ano é justificada pela empresa com os atrasos em vigor das taxas reguladas fixadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), conta o Jornal de Negócios esta segunda-feira.

Esta proposta da ANAC apenas foi decidida a 1 de junho, face a proposta apresentada pela ANA em novembro do ano passado. Segundo a gestora aeroportuária, este atraso provocou desvios de receita de mais de 1,7 milhões de euros em Lisboa, Açores, Madeira e Beja, e ainda 528 mil euros no Porto e 288 mil euros em Faro.

Ao aplicar o ajustamento a 11 de outubro, a ANA pretende corrigir os valores, aplicando os aumentos retroativamente. Os agravamentos das taxas aeroportuárias este ano serão de 22 cêntimos em Lisboa, 11 cêntimos no Porto, 12 cêntimos em Faro e oito cêntimos nos Açores, segundo informação adiantada pela ANA ao Jornal de Negócios. Os aumentos serão aplicados primeiro em Lisboa e no Porto.

Além do desvio na receita, a ANA diz também existir erros na estimativa do tráfego anual de passageiros, calculando um desvio de 1,6 milhões de passageiros no conjunto de aeroportos que gere.

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Costa: “Não podia negar” saída dos secretários de Estado

  • Lusa
  • 10 Julho 2017

O primeiro-ministro, António Costa, diz que “não podia negar” o “direito” aos três secretários de Estado de pedirem a exoneração dos seus cargos, numa declaração ao jornal Público.

“Não podia negar-lhes esse direito”, justifica António Costa na edição de hoje do jornal.

Os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria anunciaram no domingo que pediram a sua exoneração de funções ao primeiro-ministro e solicitaram ao Ministério Público a sua constituição como arguidos no inquérito relativo às viagens para assistir a jogos do Euro2016.

Na semana passada, foram constituídos arguidos dois chefes de gabinete, os secretários de Estado acharam que deviam, eles próprios, tomar a iniciativa de requererem a sua constituição como arguidos e poderem exercer o seu direito de defesa”, explicou o primeiro-ministro ao Público.

O primeiro-ministro aceitou no domingo os pedidos de exoneração dos secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, “apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação”.

Esta posição de António Costa consta de uma nota oficial enviada pelo seu gabinete à agência Lusa.

“Os senhores secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria informaram-me da sua intenção de exercer o direito a requererem a sua constituição como arguidos no processo de inquérito relativo às suas deslocações a jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016. Para o efeito, solicitaram a exoneração das suas funções governativas”, lê-se no comunicado do primeiro-ministro.

Face a esta solicitação, “ponderando a vontade manifestada pelos senhores secretários de Estado, a avaliação que fazem das condições para o exercício das funções e de modo a não prejudicar o seu legítimo direito de defesa, decidi aceitar o pedido de exoneração, apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação, nem consequentemente uma eventual acusação ter sido validada por pronúncia judicial”, justifica António Costa.

O líder do executivo agradece depois, “reconhecido, a relevante e dedicada colaboração dos três secretários de Estado nas funções desempenhadas no XXI Governo Constitucional”.

A decisão é justificada com a intenção de não prejudicar o Governo.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 10 Julho 2017

Dos dados do comércio internacional ao Eurogrupo, passando pelo crédito ao consumo nos EUA. Saiba o que vai marcar o dia.

O Eurogrupo discute insolvências e banca mas, por cá, o dia vai ser marcado pelos dados do comércio internacional. Além disso, a OCDE divulga o Indicador Compósito Avançado, que permitirá antecipar o rumo da atividade económica. Saiba o que vai marcar o dia nos mercados.

Crescimento é para continuar?

A OCDE divulga o seu Indicador Compósito Avançado, desenhado para antecipar pontos de viragem na atividade económica nos seis a nove meses seguintes. Em abril, o indicador para Portugal continuou estável face ao mês anterior, nos 99,9 pontos, ainda que tenha registado um recuo homólogo face aos 100,2 pontos de abril de 2016. No conjunto da OCDE, os dados apontavam para um período de crescimento estável. Isto mantém-se?

Como evoluem as importações e exportações em maio?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) responde hoje a esta questão. Em abril, as exportações de bens avançaram 0,4% em termos homólogos mas as importações subiram mais: 10,8%. Contas feitas, o défice da balança comercial situou-se em 1.239 milhões de euros, o que representa um crescimento de 509 milhões de euros face ao mesmo mês de abril. E em maio, o que dizem as estatísticas do comércio internacional?

Eurogrupo: entre insolvências, banca e Irlanda

Hoje é dia de Eurogrupo. A reunião desta segunda-feira vai continuar o debate sobre o enquadramento das insolvências na zona euro, desta vez focando-se em práticas de supervisão e enquadramento legal relacionados com malparado. Serão ainda apresentados os desenvolvimentos mais recentes no setor bancário da zona euro e também há espaço para abordar os resultados de mais uma missão de acompanhamento pós-programa de ajustamento na Irlanda e o aprofundamento da União Económica e Monetária.

Novos dados do crédito ao consumo nos EUA

O crédito ao consumo nos Estados Unidos voltou a aumentar em abril, pelo sétimo mês consecutivo. O que justificou esta subida? Estudantes e automóveis. A evolução deste indicador em maio é conhecida na segunda-feira, com os dados a divulgar pela Reserva Federal.

Congresso mundial do Petróleo decorre esta semana

Numa altura de pressão sobre o ouro negro, o Congresso mundial do Petróleo promete reunir em Istambul personalidades de destaque na área. O evento decorre até dia 13 e conta nomeadamente com a presença do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo.

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Galp constituída arguida

O pagamento de viagens a vários políticos para assistir a jogos do Euro2016, em França, levou o Ministério Público a constituir a Galp como arguida, avança o Público.

A Galp, a empresa que convidou os três secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, Indústria e Internacionalização, mas também o assessor económico do primeiro-ministro, para assistir a jogos da Seleção portuguesa de futebol no Campeonato Europeu de 2016, em França, já está na condição de arguida, avança o Público.

Contactada oficialmente pelo ECO, fonte oficial da petrolífera optou por não fazer qualquer comentário, mas o ECO sabe que a Galp ainda não tem qualquer informação sobre o que se passa.

Ainda segundo o Público, cada convidado que a empresa levou a França para assistir aos jogos terá custado até 3.000 euros.

Recorde-se que na primeira quinzena de agosto, a Galp foi alvo de buscas por parte do Ministério Público que resultou na apreensão de documentos, mas não na constituição de arguidos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que tinham sido realizadas buscas tanto na Galp como numa agência de viagens, no âmbito da investigação às deslocações ao Europeu de Futebol de França pagas pela gasolineira a três membros do Governo.

E se para o Executivo a questão estava “encerrada” com o reembolso das custos das viagens em causa ao patrocinador, a PGR informou, a 13 de agosto, que enviou para inquérito os elementos por si recolhidos sobre a viagem do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. “Os elementos recolhidos pela Procuradoria-Geral da República foram enviados ao DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa para inquérito, tendo em vista aferir se existe, ou não, eventual ilícito criminal”, referia a PGR numa nota enviada à Lusa.

O processo, que tem cerca de um ano, está a correr no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e está a ser conduzido pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, acrescenta o diário na sua edição online.

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Lembra-se do Galpgate? Já há vítimas

Tudo começou com um convite da Galp para ir a França assistir a um jogo da Seleção portuguesa no Europeu de 2016. Já caíram três secretários de Estado.

O caso remonta a agosto de 2016 e ao Campeonato Europeu de Futebol. Três secretários de Estado viajaram de Falcon de Bragança para Lyon, para assistir à meia-final do Euro 2016, a convite da Galp, uma das empresas patrocinadoras da seleção nacional.

A história, avançada em primeira mão pela revista Sábado, começou apenas com Fernando Rocha Andrade, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e com João Vasconcelos (avançou no dia seguinte depois o Público), o secretário de Estado da Indústria. Mas, afinal havia ainda mais um protagonista do Executivo, avançou o Expresso, o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, que tutelava a Aicep e, portanto, poderia influenciar o processo de decisão relativa a uma candidatura da Galp a apoios do Portugal 2020.

Rocha Andrade aceitou por duas vezes o convite da Galp — empresa com a qual o Estado tem um diferendo fiscal superior a 100 milhões de euros. Primeiro para os jogos entre Portugal e a Hungria, disputado em Lyon, e mais tarde, na final, que decorreu em Paris. O até agora secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garantiu sempre que não sentia que tivesse cometido qualquer ato ilícito. “O secretário de Estado encara com naturalidade, e dentro da adequação social, a aceitação deste tipo de convite – no caso, um convite de um patrocinador da seleção para assistir a um jogo da seleção nacional de futebol”.

"O secretário de Estado encara com naturalidade, e dentro da adequação social, a aceitação deste tipo de convite – no caso, um convite de um patrocinador da seleção para assistir a um jogo da seleção nacional de futebol.”

Fernando Rocha Andrade

o secretário de Estado da Indústria — um dos protagonistas na organização do Web Summit — garantiu que pagou o bilhete. No entanto, para aplacar as duras críticas que surgiram quando o caso veio a público, o primeiro-ministro decidiu que seria passado um cheque (de seis mil euros) à Presidência da República para pagar a deslocação no Falcon. E o próprio Rocha Andrade disse que ia entrar em contacto com a Galp para pagar as despesas relacionadas com a viagem, para que não restassem “dúvidas sobre a independência do Governo e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”.

Ainda assim, o responsável pediu escusa para decidir matérias relacionadas com a Galp. O anúncio foi feito na Comissão de Orçamento, no início de setembro. “Se, no exercício das minhas funções, vier a ser chamado a tomar qualquer decisão sobre empresas do grupo Galp, o processo será remetido à entidade que me delega competências”, confirmou Rocha Andrade. Para não afetar “a seriedade que deve rodear” as decisões do Governo, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais optou por passar a responsabilidade para Mário Centeno para evitar “a repercussão pública” das decisões.

A Galp, numa nota enviada à TSF, no dia seguinte ao que se ficou a conhecer o caso (4 de agosto) esclareceu que este tipo de viagens, no âmbito do patrocínio à Seleção Portuguesa de Futebol, “é comum e considerado aceitável no plano ético das práticas empresariais internacionais” e que servem para “reforçar a visibilidade e impacto” do apoio à equipa. O comunicado referia ainda que os convites se direcionavam a “pessoas e instituições com as quais a Galp se relaciona”. “Entre os convidados encontram-se parceiros de negócios, fornecedores e prestadores de serviços, agências de publicidade, representantes institucionais e dezenas de clientes, grandes e pequenos”, acrescentava o documento.

Mas apesar de ser considerado “comum e aceitável”, na primeira quinzena de agosto, a Galp foi alvo de buscas por parte do Ministério Público que resultou na apreensão de documentos, mas não na constituição de arguidos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que tinham sido realizadas buscas tanto na Galp como numa agência de viagens, no âmbito da investigação às deslocações ao Europeu de Futebol de França pagas pela gasolineira a três membros do Governo.

"É um assunto que é encerrado, o senhor primeiro-ministro em exercício [o ministro dos Negócios Estrangeiros] já teve oportunidade de dizer da parte do Governo o que tinha a dizer e as medidas que foram adotadas e que vão ser adotadas e, para mim, é um assunto que está devidamente encerrado.”

António Costa

Primeiro-ministro

E se para o Executivo a questão estava “encerrada” com o reembolso das custos das viagens em causa ao patrocinador, a PGR informou, a 13 de agosto, que enviou para inquérito os elementos por si recolhidos sobre a viagem do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. “Os elementos recolhidos pela Procuradoria-Geral da República foram enviados ao DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa para inquérito, tendo em vista aferir se existe, ou não, eventual ilícito criminal”, referia a PGR numa nota enviada à Lusa.

"Os elementos recolhidos pela Procuradoria-Geral da República foram enviados ao DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa para inquérito, tendo em vista aferir se existe, ou não, eventual ilícito criminal.”

Comunicado da PGR

Politicamente o assunto também fez correr tinta. Logo nessa noite, a SIC Notícias anunciava que o CDS pedia a demissão de Rocha Andrade e, simultaneamente, no estúdio, o deputado social-democrata Fernando Negrão afirmava que o ato de Rocha Andrade podia “configurar um crime”. “Dos dados que tenho, diria que a Procuradoria-Geral da República com certeza abrirá um inquérito”, acrescentou o antigo ministro da Justiça do PSD. Facto que veio a verificar-se alguns dias depois.

“É um procedimento reprovável e não é de maneira nenhuma aceitável. A situação é reprovável e grave”, disse, por seu turno, à Lusa (a 4 de agosto) o deputado e vice-presidente do CDS Telmo Correia, lembrando que a Galp tem um “conflito público com o Estado”. Para o CDS, o primeiro-ministro devia “esclarecer como vê a permanência de um secretário de Estado nestas condições no Governo”. Além disso, o CDS queria o secretário de Estado tirasse “as consequências óbvias do seu comportamento”, afirmando que essas consequências eram a demissão do cargo.

Já o PSD, pela voz o deputado Leitão Amaro disse que o partido “ficou naturalmente surpreendido” com a notícia. Em declarações à Lusa, o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD disse que era “fundamental esclarecer” a situação. “Saber se é verdade que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais recebeu ofertas de viagens e de deslocação de uma grande empresa que tem pelo menos um litígio fiscal pendente de muitos milhões de euros com o Estado, em particular com um serviço que depende da tutela do próprio secretário de Estado”, frisou.

Até os partidos que apoiam o Governo no Parlamento não pouparam críticas aos secretários de Estado envolvidos na polémica. O PCP, em conferência de imprensa agendada para o efeito, disse que “deve ser o primeiro-ministro, o Governo e o próprio secretário de Estado a fazerem a leitura política, a tirarem as ilações devidas, a tomarem as decisões”. Jorge Pires, do comité central, dizia que a decisão de demissão cabia ao próprio secretário de Estado.

o Bloco de Esquerda considerou as viagens “eticamente reprováveis”. “Para resumir a posição do Bloco de Esquerda, consideramos eticamente reprovável qualquer governante, deputado ou deputada, que tenha tido uma viagem paga para ver um jogo do Europeu”, disse Pedro Filipe Soares.

Para moralizar a questão foi criado um código de conduta, mas isso não impediu que a Justiça continuasse a avançar com o caso e este domingo, um ano depois, as demissões no Executivo vão-se sucedendo à medida que são conhecidos os arguidos.

 

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