Cheques: denúncia partiu do Instituto da Segurança Social

  • ECO e Lusa
  • 30 Janeiro 2018

Instituto da Segurança Social indica, em comunicado, que foi uma denúncia sua que originou as diligências de hoje, no âmbito de uma operação que envolve a apropriação de cheques.

As diligências efetuadas esta terça-feira, no âmbito de um processo que envolve a apropriação de cheques para pagamento de prestações, partiram da denúncia do Instituto da Segurança Social (ISS), indicou o próprio em comunicado enviado à imprensa. Foram detidos 17 suspeitos, indicou entretanto a Lusa.

“O Instituto da Segurança Social, IP. informa que as diligências hoje efetuadas pelas entidades competentes, no âmbito de um processo que envolve a apropriação de cheques para pagamento de prestações devidas pela segurança social, tiveram origem em denúncia oportunamente apresentada por este Instituto”, avança o comunicado do ISS.

O Instituto garante ainda que “continuará empenhado no combate a todos os tipos de práticas que não estejam alinhadas com o seu Código de Ética ou que violem as normas que enquadram a atuação da Administração Pública, continuando a trabalhar em articulação com as entidades competentes”.

Onze homens e seis mulheres foram detidos, suspeitos da “prática continuada de crimes de furto, violação de correspondência, falsificação de documentos, burla qualificada e branqueamento de capitais”, adiantou depois a Polícia Judiciária (PJ), em comunicado citado pela Lusa. Os suspeitos foram detidos na sequência de uma investigação que decorre há cerca de um ano e que visa “uma associação criminosa que se vinha dedicando ao furto de cheques da Caixa Geral de Depósitos, titulados pela Segurança Social e dirigidos a beneficiários diversos”.

Através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, a PJ desencadeou uma operação, na sequência da qual procedeu “à localização, identificação e detenção” dos 17 suspeitos. A operação, denominada Check out e realizada na área metropolitana de Lisboa, envolveu cerca de 120 elementos da PJ e deu cumprimento a 27 mandados de busca.

Segundo a PJ, foram apreendidos computadores, telemóveis e material utilizado nas falsificações, bem como documentação relacionada com a atividade em investigação. Também foi apreendida uma pequena quantidade de cocaína, uma balança de precisão e produto de adulteração de estupefacientes.

Com esta operação, a PJ desmantelou a organização criminosa que “iniciava a sua atuação com o furto dos cheques das instalações de uma empresa multinacional, onde os mesmos eram impressos e envelopados”. Na posse dos referidos cheques, os mesmos eram, posteriormente, encaminhados para um intermediário que, por sua vez, os entregava aos falsificadores, os quais modificavam os elementos dos documentos, de modo a alterar o nome do verdadeiro beneficiário para os de titulares de contas de outros membros da organização, vulgo “mulas”, descreve a PJ.

De seguida, os cheques eram depositados nessas contas e através de levantamentos em caixas multibanco, ou da compra de moeda estrangeira e posterior venda da mesma e compra de euros, os autores apropriavam-se dos valores inscritos naqueles títulos de pagamento. “Com este modo de atuação, os autores conseguiram recolher e distribuir entre si, montantes que ascendem a várias centenas de milhares de euros”, sublinha a PJ. Os 17 detidos, com idades entre os 22 e os 69 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação processual adequadas.

(notícia atualizada com mais informação)

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