Yellen despede-se da Fed e mantém juros. Inflação vai subir este ano

A Reserva Federal dos Estados Unidos decidiu não mexer na taxa de juro de referência, apesar de antecipar um aumento da inflação este ano.

Tudo na mesma na despedida de Janet Yellen dos comandos da Fed. A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos decidiu manter a taxa de juro de referência, nesta quarta-feira, mas antecipou que este ano a inflação deverá acelerar. É um sinal de que o banco central norte-americano mantém o objetivo de aumentar o custo do dinheiro novamente em março, já com Jerome Powell aos comandos da Fed.

Tal como já era antecipado, a Fed deixou inalterada a taxa dos fundos federais, que se mantém no intervalo compreendido entre 1,25% e 1,5%. Mas o objetivo de novas subidas do preço do dinheiro nos EUA, este ano, mantém. O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) da Fed fez saber disso mesmo.

“O Comité espera que as condições económicas evoluam de modo a garantir mais subidas graduais da taxa dos fundos federais”, refere o FOMC no seu comunicado.

Citando sólidos ganhos no emprego, gastos das famílias e investimento em capital, a Fed disse esperar que a economia cresça a um ritmo moderado e que o mercado de trabalho permaneça forte em 2018. “A inflação numa base anual é esperado que acelere este ano e estabilize” à volta do objetivo de 2% no médio prazo, diz a declaração da FOMC.

O banco central dos EUA decidiu assim não mexer na atual política três dias antes de Jerome Powell assumir a presidência da Fed: a 3 de fevereiro.

Tudo indica que Powell não mude drasticamente a política seguida pela primeira mulher a assumir a liderança da Fed. Após quase uma década sem subir juros, foi sob a presidência de Janet Yellen que, em 2015, foi assumido o primeiro aumento do preço do dinheiro.

No ano passado, esse movimento de subida intensificou-se com três aumentos de juros até ao atual intervalo entre 1,25% e 1,5%. Para este ano, são esperadas também três mexidas nas taxas de juro.

(Notícia atualizada às 19h29 com mais informação)

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