Depósitos caem. Aplicações a prazo atingem mínimo de sete anos

O montante aplicado a prazo pelos portugueses recuou para 94.044 milhões de euros, em janeiro. É o montante mais baixo desde junho de 2011.

Cada vez mais os portugueses fogem dos depósitos a prazo. Em janeiro, as aplicações no mais tradicional produto de poupança em Portugal recuaram para um novo mínimo de quase sete anos, totalizando cerca de 94 mil milhões de euros. A fraca atratividade da remuneração oferecida afasta cada vez mais as famílias de colocar as suas poupanças nestes produtos da banca.

Em janeiro, o montante total aplicado em depósitos a prazo nacionais ascendia a 94.044 milhões de euros, segundo dados divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta terça-feira. Este valor fica aquém em 394 milhões de euros quando comparado com os 94.440 milhões de euros que estavam depositados no mês anterior. Trata-se também de um novo mínimo desde junho de 2011.

Evolução dos depósitos no último ano

Fonte: BCE

O baixo valor da remuneração média oferecida pelos bancos nacionais justifica é o principal fator a afastar as famílias de colocar as suas poupanças neste tipo de produtos. Os últimos dados disponíveis relativos a dezembro, mostram que a taxa de juro média oferecida nas novas aplicações a prazo foi de 0,19%, a mais baixa do histórico disponibilizado pela entidade liderada por Mario Draghi, cujo início remonta a janeiro do ano 2000. Os depósitos a prazo em Portugal já só pagam, aliás, metade do que na Zona Euro.

Muitos portugueses preferem assim colocar o seu dinheiro noutro tipo de aplicações também de baixo risco, mas com retornos mais atrativos, ou simplesmente tê-lo disponível na conta à ordem. Em janeiro, o montante total em contas à ordem ascendia a 48.078 milhões de euros, segundo o BCE, um valor próximo do máximo histórico de 48.243 milhões de euros registado em novembro do ano passado. No total, em janeiro, as famílias tinham 141.841 milhões de euros depositados no banco.

Os produtos de poupança do Estado acabam por ser um destino privilegiado do dinheiro dos portugueses, atendendo à remuneração mais atrativa que estes oferecem quando comparados com os depósitos. E em específico os certificados do Tesouro. Só em janeiro, o montante aplicado em certificados do Tesouro engordou em 107 milhões de euros, para um total de 15.140 milhões.

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