SAG queria sair de bolsa mas não reúne critérios necessários

  • Marta Santos Silva
  • 9 Abril 2018

A SAG Gest - Soluções Automóvel Globais desconvocou a assembleia geral extraordinária para decidir a saída de bolsa, por não ter nenhum acionista que possa garantir a compra dos seus títulos.

A assembleia geral extraordinária para decidir a saída de bolsa convocada pela SAG Gest — Soluções Automóvel Globais para 12 de abril foi cancelada porque a empresa não conseguiu garantir as condições para realizar essa saída. Nomeadamente, a empresa não encontrou nenhum acionista que pudesse fazer a compra dos títulos que pertencessem aos acionistas que votassem negativamente essa saída.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa cancela a assembleia geral agendada para 12 de abril, porque “contra as expectativas” do Conselho de Administração não foi possível encontrar um acionista que permitisse cumprir o Código de Valores Mobiliários no sentido de sair de bolsa.

Para sair de bolsa, seria necessário que um acionista “se obrigasse a adquirir, no prazo de três meses após o deferimento pela CMVM, os valores mobiliários pertencentes às pessoas que não tenham votado favoravelmente a deliberação da assembleia, (…) bem como a caucionar a referida obrigação por garantia bancária ou depósito em dinheiro efetuado em instituição de crédito”, lê-se no comunicado.

A própria empresa ou uma das suas subsidiárias poderia realizar a tarefa de adquirir as obrigações, mas existem “impedimentos legais” e “restrições contratuais” à aquisição de ações próprias. A SAG vai tentar, porém, remover esses impedimentos, acrescenta no comunicado.

Embora considere que seria “do interesse da Sociedade e dos seus acionistas” que a SAG deixasse de ser uma sociedade aberta, fica assim então cancelada a assembleia geral para decidir a saída de bolsa. Uma nova convocatória poderá surgir logo que se encontrem formas de cumprir os critérios legais.

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