Itália provoca pânico em Lisboa. BCP afunda 8%
O PSI-20 segue a desvalorizar mais de 2,5% num dia em que o par italiano tomba 3%. Em Lisboa, o BCP destaca-se pela negativa, sofrendo uma desvalorização de 8%.
A tensão política que se vive em Itália está a contagiar a bolsa de Lisboa. O PSI-20 segue em terreno negativo pela quinta sessão consecutiva, não conseguindo escapar aos ventos adversos que sopram de Itália, onde a bolsa cai mais de 2%. O índice bolsista português recua mais de 2,5%, alargando as perdas do início da sessão, com o BCP a voltar a ser o destaque negativo. Os títulos do banco recuam perto de 8%.
O PSI-20 segue a desvalorizar 2,76%, para os 5.361,01 pontos, com todos os títulos em terreno negativo. Os efeitos negativos também se estendem aos juros da dívida soberana nacional que voltam a agravar. A taxa de juro a 10 anos sobe até aos 2,243%.
Ações do BCP afundam 8%
Na bolsa lisboeta, as ações do BCP voltam a ser o principal destaque negativo, não resistindo ao contágio negativo do setor financeiro italiano que está a ser o mais afetado pela instabilidade política que se assiste em Itália. As ações do banco liderado por Nuno Amado tombam 7,3%, para os 24,13 cêntimos, depois de terem estado a cair já perto de 8%, para os 24,10 cêntimos. Ou seja, um mínimo desde o início de outubro.
“O BCP está a seguir a tendência das congéneres do sul da Europa, como por exemplo do Santander e do Unicredit, que ontem também caiu cerca de 5%, devido à instabilidade política vivida em Espanha e Itália”, disse Paulo Rosa, trader da Go Bulling, citado pela Reuters.
Esta segunda-feira, o antigo diretor do Fundo Monetário Internacional para as questões orçamentais, Carlo Cottarelli aceitou formar Governo em Itália. No entanto, tanto o líder do Movimento 5 Estrelas como o da Liga — partidos que tinham chegada a acordo para formar uma coligação governativa — mostraram-se contra a opção do Presidente italiano. Espera-se agora que Cottarelli não passe no Parlamento, abrindo-se a porta a eleições antecipadas, “o mais tardar no início de 2019″.
O rumo do índice português está ainda a ser pressionado pelo recuo de um conjunto de títulos. Referência para o tombo de 3,21%, para 15,1 euros, das ações da Galp Energia, num dia marcado também pelo recuo das cotações do petróleo mos mercados internacionais. No mesmo sentido, seguem também os títulos dos CTT, que desvalorizam 4,79%, para os 2,702 euros.
Entre as retalhistas, o sentimento também é negativo. Os títulos da Sonae deslizam 3,78%, para os 1,017 euros, enquanto os da Jerónimo Martins perdem 1,81%, para os 13,54 euros.
(Notícia atualizada às 9h35 com novas cotações e mais informação)
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