Crédito à habitação já supera 4,5 mil milhões. É um máximo de 2010

Em junho foram perto de mil milhões de euros, elevando para mais de 4,5 mil milhões o montante concedido em empréstimos para a compra de casa nos primeiros seis meses do ano.

A concessão de crédito à habitação continua a crescer. Só em junho foram perto de mil milhões de euros, elevando para mais de 4,5 mil milhões o montante concedido em empréstimos para a compra de casa nos primeiros seis meses do ano, indicam dados do Banco de Portugal. É necessário recuar até ao mesmo período de 2010 para ver um nível de concessão mais elevado.

De acordo com a entidade liderada por Carlos Costa, em junho, a banca concedeu 990 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa, naquele que é o valor mensal mais elevado desde o mesmo mês de 2010 (1.005 milhões de euros). Foram ainda 175 milhões de euros a mais face à concessão registada em maio.

Evolução mensal da concessão de crédito à habitação

Fonte: Banco de Portugal

Tal significa ainda que por cada dia que passou, as famílias portuguesas foram buscar 33 milhões de euros à banca para financiar a aquisição de casa.

Esse elevado nível de concessão aconteceu exatamente no mês anterior à entrada em vigor do conjunto de recomendações do Banco de Portugal aos bancos no sentido de respeitarem um conjunto de limitações nos critérios para a atribuição de empréstimos com vista a prevenir riscos de sobreendividamento das famílias.

Certo é que o montante registado em junho dá seguimento à tendência de crescimento dos níveis de concessão que se tem vindo a registar. Este valor permite elevar para 4.774 milhões de euros o total da concessão de empréstimos para a compra de casa nos primeiros seis meses do ano. Face ao mesmo período do ano passado, este valor representa um crescimento de 25%, e é também o mais elevado desde o primeiro semestre de 2010.

A torneira do crédito à habitação continua assim aberta pelos bancos, com campanhas promocionais com vista a captar clientes para este tipo de empréstimos e revisões em baixa dos spreads mínimos.

Por outro lado, também as famílias se sentem mais à vontade para assumir compromissos financeiros com a banca em resultado da melhoria das suas perspetivas económicas e do emprego.

Esta realidade também se repercute na finalidade de crédito ao consumo. Nos seis primeiros meses do ano, foram concedidos pelos bancos 2.341 milhões de euros com esse fim. Este valor corresponde a um crescimento de perto de 18% face ao registado no mesmo período de 2017 e é também o mais elevado desde 2004.

Nos empréstimos com outros fins, o montante da nova concessão contrariou a tendência das restantes finalidades. Os 907 milhões de euros concedidos com esse fim representam uma quebra de perto de 9% face ao mesmo período do ano passado.

Ainda assim, tal não foi suficiente para impedir um novo máximo na concessão de crédito às famílias que ascendeu a mais de oito mil milhões de euros no primeiro semestre. Foram mais exatamente 8.022 milhões de euros, sendo que seria necessário recuar até ao mesmo período de 2010 para assistir a um valor mais elevado.

(Notícia atualizada às 11h50 com mais informação)

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