Incerteza nos juros e tensão comercial assustam Wall Street

Wall Street abriu em queda, com as bolsas mundiais a caminharem para a pior semana desde março. Os investidores receiam mais uma subida dos juros, numa altura em que Trump já pode aplicar as tarifas.

Wall Street voltou a abrir em baixa, face aos receios em torno da guerra comercial e dados do mercado laboral que deixam margem para mais uma subida dos juros. Os investidores temem que o Presidente Donald Trump avance com mais um pacote de tarifas sobre as importações chinesas, algo que poderá acontecer a qualquer momento. As tensões com a China continuam a condicionar as negociações, numa altura em que as bolsas mundiais caminham para fechar a maior semana de perdas desde março.

Neste contexto, o S&P 500 cai 0,38% para 2.867,1 pontos. O industrial Dow Jones recua 0,28% para 25.923,86 pontos. Já o tecnológico Nasdaq prolonga as perdas significativas registadas ao longo da semana e abriu a cair 0,50% para 7.883,03 pontos.

O Departamento do Trabalho revelou que foram criados 201 mil novos empregos em agosto e que a taxa de desemprego se mantém nos 3,9%, o que deixa margem para mais uma subida das taxas de juro. Estão previstas mais duas subidas este ano e outra em junho de 2019, mas os dados mostram que é cada vez mais provável que a Reserva Federal decida realizar mais uma subida no ano que vem.

Além disso, esta sexta-feira, às 5h00 em Lisboa, expirou o prazo de embargo da proposta de 200 mil milhões de dólares em tarifas aduaneiras contra a China, pelo que Donald Trump pode agora implementar os impostos sobre as importações chinesas a qualquer momento, segundo a Reuters. No entanto, o clima é de incerteza e não é certo se, ou quando, o Presidente pode dar este passo. Pequim já prometeu retaliar.

A fabricante Boeing, uma das empresas mais sensíveis às questões comerciais, está a recuar 1,04% para 247,61 dólares por ação. Outra empresa sensível é a Caterpillar, que derrapa 1,07% para 140,05 dólares cada título.

No campo da tecnologia, as perdas prolongam-se para algumas das maiores gigantes do setor. Esta semana, as negociações têm sido condicionadas pela incerteza sobre se as autoridades norte-americanas vão ou não avançar com medidas regulatórias sobre plataformas como o Facebook e o Twitter.

O Twitter caminha para eliminar os ganhos registados ao longo do ano e, esta sexta-feira, abriu a derrapar 1,53% para 7,09 dólares. O Facebook recua 0,70%, para 161,32 dólares.

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