Salário mínimo acima de 600 euros? Não contra os parceiros, diz Vieira da Silva
O ministro do Trabalho admite "vontade política" para o salário mínimo ser fixado acima dos 600 euros. Mas diz que uma medida nesse sentido não pode ser garantida contra a vontade dos parceiros.
Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Segurança Social, não diz “não” a um aumento do valor do salário mínimo acima dos 600 euros. Em entrevista à Antena 1 (acesso livre), admite que o Governo tem “vontade política”, para que o salário mínimo vá além daquela fasquia, garantindo que é um tema que é analisado. Mas diz também que uma medida nesse sentido não pode ser garantida contra a vontade dos parceiros.
Antes sequer de falar da vontade dos parceiros, Vieira da Silva, começa por dizer relativamente a um salário mínimo superior a 600 euros que o Governo “tem vontade política, mas resta saber se é a medida adequada” ou se é preferível estabilidade e previsibilidade.
O ministro do Trabalho diz, no entanto, que nesse âmbito nada será feito contra os parceiros. “Se o Governo sentir da parte dos parceiros, e da avaliação que o Governo faz, como sabe o salário mínimo está a ser avaliado de três em três meses, que os dados confirmam que podemos ser mais ambiciosos não será o Governo que irá travar essa ambição. Agora, vamos ouvir os parceiros”, realçou.
Já sobre o tema das carreiras longas, Vieira da Silva esclareceu que a reforma sem penalização e com 60 anos de idade, só para aqueles que descontaram 46 anos. Para todos os outros, “para cada ano, cada pessoa, vai poder ver qual é a idade em que ela pessoalmente poderá aceder à reforma sem penalização”.
Nesta entrevista à jornalista Maria Flor Pedroso o ministro do Trabalho deixou ainda a garantia de que “o Governo não terminará a legislatura sem que esse processo seja legislado“.
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