Bolsa em alta na última sessão do ano. Papeleiras brilham

É a última sessão de 2018. Num dia de negociação mais curto do que o habitual, a praça portuguesa segue os ganhos da Europa. As papeleiras brilham.

Lisboa prepara-se para fechar a última sessão do ano em alta. A bolsa nacional segue os ganhos das restantes praças europeias no último dia de negociação do ano — que será mais curto do que o habitual, já que encerra às 13h00. As papeleiras estão a puxar pelo PSI-20.

O índice de referência da praça portuguesa arrancou a sessão a valorizar. Está a ganhar 0,21% para os 4.656,98 pontos, enquanto o Stoxx 600, o índice que agrega as maiores empresas do Velho Continente, soma 0,3%.

A Navigator e a Altri destacam-se pela positiva. Seguem com ganhos de 0,9% e 0,71%, respetivamente, dando o mote para o desempenho positivo da praça nacional. A Semapa, que controla a Navigator, apresenta uma valorização de 0,31% para os 12,80 euros.

Nota positiva também para os títulos do setor energético, com a EDP Renováveis a ganhar 0,46% para 7,59 euros, bem como a EDP que soma 0,07%. A Galp Energia apresenta uma variação idêntica à da empresa liderada por António Mexia numa sessão de recuperação para os preços do petróleo. O Brent soma 1,4% para 53,95 dólares, mas o saldo no ano é negativo — 2018 será o pior ano desde 2015.

Com os trabalhadores das lojas do Pingo Doce de Lisboa em greve, a Jerónimo Martins avança 0,39% para 10,22 euros, já a Sonae ganha 0,19%. A Sonae Capital recua quase 1%, enquanto a Nos perde 0,48%, sendo estas duas as únicas cotadas com desempenho negativo na última sessão do ano.

(Notícia atualizada às 8h10 com mais informação)

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Trabalhadores do Pingo Doce de Lisboa estão em greve

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

Os trabalhadores das lojas Pingo Doce de Lisboa cumprem um dia de greve em defesa de melhores condições de trabalho, depois de mais de dez anos sem negociações com a empresa, diz dirigente do CESP.

Os trabalhadores das lojas Pingo Doce de Lisboa cumprem esta segunda-feira um dia de greve em defesa de melhores condições de trabalho, depois de mais de uma década sem negociações com a empresa, disse a dirigente do CESP.

“Esta greve tem a ver não só com a negociação do Contrato Coletivo de Trabalho que se arrasta há mais de 27 dias […] em que a proposta do aumento salarial que vem para cima da mesa é irrisória e em troca querem contrapartidas em relação ao pagamento do trabalho suplementar, que querem reduzir dos 100% para 60%, e introduzir o banco de horas”, disse à agência Lusa a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Elisabete Santos.

De acordo com o sindicato, na base da paralisação, entre as 00:00 e as 24:00, estão ainda os “horários desumanos e desregulados”, falta de condições de segurança, saúde, higiene e material de trabalho.

“A pressão e o assédio aos trabalhadores é cada vez maior porque não há pessoal”, defendeu.

Elisabete Santos disse ainda que o caderno reivindicativo já foi entregue à empresa, não tendo recebido até hoje uma resposta.

“A verdade é que a nossa empresa há mais de uma década que não reúne com o sindicato para tentar resolver algumas situações que se arrastam”, indicou.

Apesar de não avançar números, a dirigente sindical referiu que a greve “vai ter impacto” nas lojas, tendo em conta o grau de insatisfação dos trabalhadores.

No entanto, ressalvou que, “o Pingo Doce é uma empresa onde, normalmente, já se sabe quis os trabalhadores que costumam aderir à greve” e, por isso, “à última da hora, trocam os horários dos trabalhadores e colocam-nos de folga”, de forma a poderem afirmar que “não há adesão”.

Elisabete Santos adiantou ainda que, caso a empresa não dê resposta aos trabalhadores, vão ser agendadas novas formas de luta.

Questionada pela Lusa, fonte oficial do Pingo Doce garantiu que a empresa não antecipa perturbações, “prevendo-se o normal funcionamento das lojas”, à semelhança do que aconteceu na greve de 24 de dezembro.

“O Pingo Doce tem investido na melhoria da qualidade de vida dos seus colaboradores, tanto a nível salarial, como em termos de programas de responsabilidade social ligados à saúde, educação e bem-estar familiar”, afirmou, numa nota, a mesma fonte.

Segundo o Pingo Doce, em 2017, foi iniciada uma revisão dos pacotes salariais, que abrangeu cerca de 80% de sensivelmente 30 mil trabalhadores.

Fonte oficial da marca disse ainda que, ao nível da responsabilidade social interna, disponibiliza, entre outras iniciativas, campos de férias para os filhos dos trabalhadores, tratamentos dentários, creches nos armazéns e dispõe, desde 2011, de um Fundo de Emergência Social para apoiar os colaboradores em “momentos críticos”.

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Centeno considera euro “um dos maiores sucessos europeus”

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

Numa altura em que o Euro completa 20 anos, o presidente do Eurogrupo considera a moeda "um dos maiores sucessos europeus" e volta a apelar a maior aprofundamento económico e monetário.

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considerou o euro como “um dos maiores sucessos europeus”, assumindo, contudo, que a resiliência da moeda única requer “esforços permanentes” de reforma, nomeadamente através do aprofundamento da União Económica e Monetária.

Por ocasião do 20.º aniversário do ‘nascimento’ do euro, o presidente do fórum dos ministros das Finanças da zona euro elegeu a moeda única como “um dos maiores sucessos europeus”.

“A sua importância e o seu impacto durante as duas primeiras décadas da sua história são incontestáveis, mas o seu futuro permanece por escrever. A responsabilidade que pesa sobre nós é, assim, histórica”, evidenciou, em comunicado.

Para Mário Centeno, que quando assumiu a presidência do Eurogrupo apontou a reforma da zona euro como a grande prioridade do seu mandato, “o euro e a cooperação económica a que ele obriga evoluíram com o passar do tempo”, o que permitiu aos países da moeda única ultrapassarem as dificuldades sentidas sobretudo durante a crise.

“O caminho percorrido desde o lançamento do euro é considerável e as alterações de relevo que foram introduzidas no rescaldo da crise ajudaram-nos a superar os obstáculos. No entanto, este trabalho não está concluído, requer sim esforços permanentes de reforma, seja a conjuntura favorável ou desfavorável”, argumentou.

O presidente do Eurogrupo frisou que não deve subsistir qualquer dúvida sobre a vontade de reforçar a União Económica e Monetária.

“Devemos estar preparados para o que o futuro nos reserva – devemo-lo aos nossos cidadãos”, concluiu.

Centeno é o ‘maestro’ que tem conduzido a ‘batuta’ da reforma da zona euro: em 04 de dezembro, foi a sua voz que anunciou um acordo entre os ministros das Finanças europeus, após 18 horas de negociações, e dez dias depois foi a ele que os líderes europeus concederam “um mandato muito claro” para trabalhar numa capacidade orçamental própria para a convergência na zona euro.

Do “pacote abrangente para fortalecer ainda mais a União Económica e Monetária”, acordado a nível dos ministros das Finanças em 04 de dezembro e validado pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia na cimeira do euro, constam o desenvolvimento dos instrumentos e do papel do Mecanismo Europeu de Estabilidade – e a sua cooperação reforçada com a Comissão Europeia – e a operacionalização do ‘backstop’ para o Fundo Único de Resolução.

O aprofundamento da União Económica e Monetária tem o propósito de aumentar a resiliência da moeda que nasceu em 01 de janeiro de 1999, por iniciativa de um conjunto de 11 países fundadores, entre os quais Portugal, tornando-a menos suscetível a choques em tempos de crise.

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Acabou a “greve cirúrgica” dos enfermeiros. Adiou mais de 10 mil cirurgias

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

O protesto dos enfermeiros chega ao fim esta segunda-feira, mas há já três pré-avisos de greve para 2019.

A greve dos enfermeiros em blocos operatórios chega esta segunda-feira ao fim, uma paralisação que durou mais de um mês, colocou o setor da saúde em convulsão e provocou o adiamento de mais de 10 mil cirurgias, segundo os sindicatos.

Apelidada de “greve cirúrgica”, foi uma paralisação inédita, não só por ser tão prolongada no tempo, mas também porque um movimento de enfermeiros criou uma recolha de fundos através da Internet para financiar os grevistas.

A greve foi convocada por duas estruturas sindicais, mas depois de o movimento “greve cirúrgica” ter já iniciado a recolha de fundos que conseguiu recolher mais de 360 mil euros.

Iniciada a 22 de novembro, a greve abrangeu cinco centros hospitalares: Centro Hospitalar S. João (Porto), Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Lisboa Norte e Centro Hospitalar de Setúbal.

Em declarações à agência Lusa, Lúcia Leite, presidente de um dos sindicatos que convocou a greve, disse que os sindicatos deixaram de contabilizar diariamente as cirurgias que foram sendo adidas, mas que tomam como referência a média diária dos primeiros dias, que foi de 500 operações canceladas ou adiadas.

Multiplicando pelos dias úteis de greve, a paralisação afetou mais de 10 mil operações programadas, incluindo casos de operações a doentes oncológicos.

O adiamento de cirurgias motivou alertas, avisos e manifestações de preocupação entre vários atores da área da saúde.

Os administradores hospitalares denunciaram que haveria doentes em situações críticas com cirurgias adiadas, considerando o panorama “extremamente grave”.

A Ordem dos Médicos também alertou para doentes prioritários que não estariam a ser operados e insistiu que os hospitais deviam divulgar os casos dos doentes com cirurgias adiadas. A Ordem chegou a fazer esta exigência às administrações das unidades de saúde recorrendo à legislação que obriga a facultar dados e documentos administrativos.

Da parte do Governo, a ministra da Saúde considerou desde logo, mesmo antes do início do protesto, que a greve era “extraordinariamente agressiva”, mas foi recusando negociar com os sindicatos que convocaram a paralisação enquanto esta decorria.

Entretanto, para quinta-feira, já sem greve a decorrer, os dois sindicatos têm uma reunião negocial com o Governo, mas há já novas paralisações.

Entre as reivindicações dos enfermeiros estão a criação de uma categoria de especialista na carreira, a antecipação da idade da reforma e melhoria de condições no Serviço Nacional de Saúde.

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Hoje nas notícias: Água, penhoras e banca

  • ECO
  • 31 Dezembro 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que marcam o dia.

As penhoras estão a diminuir, mas chegaram aos 16.073 imóveis até novembro. São 48 casas por dia, em média, que acabam por ser alvo de execução por parte do Fisco por incumprimento fiscal, revela o Correio da Manhã. Outros devedores, neste caso da banca, poderão começar a ser conhecidos em breve, tendo em conta que há uma maioria negativa no Parlamento para levantar o véu sobre estes clientes em incumprimento. A justiça também vai à capa dos jornais neste último dia do ano, assim como as termas que voltam a ser comparticipadas, bem como a água que fica mais cara para os clientes da EPAl já a 1 de janeiro.

Fisco penhora 48 casas por dia

Até 30 de novembro, a Autoridade Tributária penhorou 16.073 imóveis por dívidas fiscais. É uma média de 48 casas por dia, um pouco menos do que em relação a 2017, quando foram penhoradas 16.166 habitações. Estas penhoras, que incidem não só sobre casas de morada de família, mas também sobre lojas, armazéns, quintas e até terrenos para construção, têm cumprido escrupulosamente as limitações definidas pela Lei 13/2016 de 23 de maio que protege a casa de morada de família no âmbito de processos de execução fiscal. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Termas voltam a ser comparticipadas. Médicos de família passam receita

Os tratamentos termais vão voltar a ser comparticipados pelo Estado no próximo ano, de acordo com uma portaria publicada em Diário da República. “O valor da comparticipação pago pelo Estado ascende a 35% do preço do conjunto de tratamentos, tendo como limite 95 euros por utente”, refere o documento, sendo que serão os médicos de família a passar a receita. A prescrição estava suspensa desde 2011. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Maioria negativa vai obrigar a revelar grandes devedores da banca

É uma das primeiras propostas a chegar ao Parlamento no arranque do novo ano. É já nos primeiros dias de janeiro que será debatida uma proposta conjunta para aumentar a transparência bancária. E há uma maioria, que não inclui o PS, que está decidida a aprovar as novas regras para obrigar também os bancos que receberam ajudas públicas desde 2007 a enviar informações para o Parlamento sobre créditos problemáticos acima de cinco milhões. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Novo ano complexo na justiça. Há política, militares e futebol

2019 será um ano de “excecional complexidade” para a justiça. Numa altura em que tanto juízes como procuradores do Ministério Público e funcionários judiciais estão em protesto, ainda sem data para terminar, são vários os casos que vão chegar a julgamento ou à fase de acusação. Vão desde a política, aos militares e aos futebol. A Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, é aquela que concentra maiores atenções. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso condicionado).

Preço da água em Lisboa vai aumentar em 2019

Vive em Lisboa? Então vai pagar mais pela água no próximo ano. A Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL), que abastece Lisboa, atualizou o tarifário, fazendo com que cerca de 85% dos clientes vejam o valor da fatura aumentar. Segundo a EPAL, haverá, em média, um aumento de “45 cêntimos por mês, para um consumo médio mensal de 8 m3 (8000 litros) e um contador de 15mm“, informou a empresa em comunicado. Leia a notícia em completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Prisão do ex-presidente da Nissan prorrogada por 10 dias

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

O Tribunal de Tóquio aceitou a prorrogação da prisão de Ghosn até 11 de janeiro.

Um tribunal japonês anunciou, esta segunda-feira, ter prorrogado o prazo da detenção por mais 10 dias do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, noticiaram os jornais nipónicos.

O Tribunal Distrital de Tóquio informou afirmou ter aceitado o pedido dos procuradores do Ministério Público para manter até 11 de janeiro, de forma a encontrarem mais provas para uma nova acusação.

Os promotores consideram que precisam de mais tempo para decidirem se vão acusar, ou não, Carlos Ghosn, de uma suposta violação de confiança agravada que terá resultado em perdas de 1,85 mil milhões de ienes (14,5 milhões de euros) em 2008 à Nissan.

Ghosn juntamente com outro executivo, Greg Kelly, foi detido a 19 de Novembro.

As duas acusações anteriores apontavam para a tentativa de Ghosn em esconder rendimentos das autoridades que negociou com a Nissan Motor a partir de 2011 e que, segundo a imprensa local, esperava receber assim que deixasse as suas funções à frente da empresa japonesa.

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Tratamentos termais voltam a ser comparticipados pelo Estado em 2019

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

Os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários voltam a contar com comparticipação estatal até 95 euros.

Os tratamentos termais vão voltar a ser comparticipados pelo Estado no próximo ano, tendo como limite máximo 95 euros por utente, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

“O valor da comparticipação pago pelo Estado ascende a 35% do preço do conjunto de tratamentos, tendo como limite 95 euros por utente”, explica o gabinete de imprensa do Ministério da Saúde (MS), em comunicado enviado para a agência Lusa.

Serão abrangidos por este apoio os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde, segundo a portaria conjunta dos ministérios da secretária de Estado da Saúde e secretária de Estado do Turismo.

“As comparticipações abrangem várias doenças, entre as quais artrite reumatoide, rinite, asma, diabetes, anemia ou insuficiência venosa”, indica o MS.

Com esta medida é retomado o financiamento dos tratamentos realizados nas termas, que tinha sido suspenso em 2011.

“O regime de comparticipação, que assume a forma de projeto-piloto, será avaliado ao fim de um ano, de forma a medir, de forma cuidada, os benefícios alcançados por estes tratamentos”, refere ainda a nota do gabinete de imprensa do Ministério da Saúde, acrescentando que “posteriormente será definida a política a seguir em matéria de prescrição e comparticipação nesta área”.

O projeto-piloto concretiza as conclusões dos trabalhos da Comissão Interministerial criada em fevereiro de 2018, estando agendado para o primeiro trimestre de 2020 a apresentação dos resultados deste projeto.

Em novembro, o Jornal de Notícias lembrava que a decisão de retomar as comparticipações foi aprovada pelo governo há cerca de um ano, mas faltava publicar o despacho que colocaria a medida em vigor.

O grupo de trabalho criado para propor o modelo de comparticipação entregou o relatório em junho, mas o despacho que deveria seguir-se nunca chegou a ser publicado levando a Associação das Termas de Portugal (ATP) a ameaçar “tomar outras medidas”, caso a questão não se revolvesse até janeiro de 2019.

Nos últimos anos houve um aumento de clientes nas Termas de Portugal, sobretudo entre crianças e jovens. No ano passado, as termas receberam 123 mil pessoas, mais 0,3% do que em 2016, revelou o secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa, em declarações recentes à agência Lusa.

João Pinto Barbosa explicou que não existem indicadores de taxas de ocupação, mas o número total de tratamentos terapêuticos em 2017 rondou os 1.300.000 nos 41 estabelecimentos termais que estão em funcionamento no país (no continente), além das Termas de Ferraria, nos Açores.

No total, nas termas da Associação das Termas de Portugal (ATP) realizaram-se cerca de 420 mil dias de tratamentos e 90 mil dias de práticas de bem-estar termal.

Dos tratamentos, as patologias mais tratadas foram as relacionadas com as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (50%), seguidas das patologias das vias respiratórias, com 30% da procura.

João Pinto Barbosa sublinhou ainda que cresceu o número de crianças e jovens que procuraram nos tratamentos termais a solução terapêutica para diversos tipos de alergias respiratórias, nomeadamente rinite, sinusite e asma, entre outras.

No ano passado, a associação registou uma faturação de 13 milhões de euros em consultas, tratamentos termais e práticas de bem-estar, segundo o responsável.

As termas empregam cerca de duas mil pessoas, estimando o secretário-geral da ATP que o emprego indireto e induzido seja bastante superior.

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Preço da água sobe em Lisboa. Novo tarifário vai custar mais 45 cêntimos por mês

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

Para a grande maioria dos clientes domésticos da EPAL, cerca de 85%, o novo tarifário para 2019 implica uma atualização média de 45 cêntimos por mês.

A EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres anunciou que o preço da água vai aumentar em média 45 cêntimos mensais para a maioria dos consumidores domésticos a partir de terça-feira.

Numa nota, a empresa afirmou que “para a grande maioria dos clientes domésticos da EPAL, cerca de 85%, o novo tarifário para 2019 implica uma atualização média de 45 cêntimos por mês”, um aumento em dois cêntimos superior ao de 2018.

Neste grupo estão considerados os clientes domésticos que tenham um consumo médio mensal de oito metros cúbicos e um contador de 15 milímetros.

A empresa salienta ainda que tem disponível uma tarifa social destinada a famílias mais carenciadas, que prevê descontos que podem ir até aos 93%, sem referir os aumentos relativos aos clientes inseridos nesta tarifa.

Para os agregados familiares com cinco ou mais pessoas está disponível a Tarifa Familiar da Água.

A atualização do tarifário da EPAL entra em vigor no primeiro dia do ano, conforme fixado no Decreto-Lei 94/2015, de 29 de maio.

A EPAL, que serve mais de 80 municípios, é uma empresa do setor empresarial do Estado, detida a 100% pela Águas de Portugal.

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5 coisas que vão marcar o dia

Programa de compras do BCE chega ao fim, tal como a greve dos trabalhadores do Fisco. Brisa divulga troços de estradas que vão sentir aumentos e acaba prazo para pedir reavaliação das casas.

No último dia do ano, terminam o programa de compras do BCE, o prazo para pedir (sem custos) a reavaliação do seu imóvel e a greve dos trabalhadores do Fisco. Esta segunda-feira ficará ainda marcada pelo remate da petição dos trabalhadores dos CTT para que o Estado entre no capital social da empresa e pela divulgação da percentagem de troços de estradas que verão as portagens subir.

BCE acaba com programa de compras

O Banco Central Europeu (BCE) termina, esta segunda-feira, o programa de compra de dívida pública, um plano que já tinha sido anunciado em junho e confirmado a 13 de dezembro, aquando da última reunião do ano do Conselho de Governadores. Em causa estão os estímulos monetários adotados em março de 2015 pela instituição de Mario Draghi para impulsionar o crescimento económico e a inflação na Zona Euro. Em 2019, o BCE pretende iniciar uma “nova fase da política monetária europeia”.

Quer reavaliar a sua casa? Apresse-se

Chega ao fim, esta segunda-feira, o prazo para pedidos de reavaliação sem custos dos imóveis para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), nomeadamente no que diz respeito ao valor do patrimonial tributário (VPT). Segundo a Deco, devido à atualização automática do VPT, cerca de quatro milhões de imóveis podem estar a pagar mais do que realmente deviam. O montante de IMI a pagar todos os anos depende do VPT do imóvel, que é calculado pela Autoridade Tributária e Aduaneira, e das taxas fixadas anualmente pelos município.

Aumentos das portagens à vista?

A Brisa Concessão Rodoviária avança, esta segunda-feira, a percentagem de troços de estradas que vão sentir o aumento das portagens, em 2019. De acordo com a inflação registada em outubro (sem inflação), as portagens deverão aumentar 0,88%. Por lei, essa atualização é calculada com base nos dados da taxa de inflação homóloga sem habitação no continente conhecida até 15 de novembro, data até à qual as concessionárias tiveram de apresentar ao Governo as suas propostas de preços.

Trabalhadores dos CTT pedem que Estado entre no capital social

Termina esta segunda-feira o período de recolha de assinaturas da petição lançada por um grupo de trabalhadores da Correios de Portugal (CTT) para que o Estado entre no capital social da empresa. Os trabalhadores consideram que a privatização dos CTT foi um “erro crasso”, que não se resolve apenas com a aplicação de multas pelo regulador, pedindo que o Estado passe a participar no capital social da empresa. Deste modo, foram recolhidas desde o início do mês assinaturas, que deverão chegar à Assembleia da República no início de 2019.

Greve dos trabalhadores do Fisco chega ao fim

Acaba esta segunda-feira a paralisação levada a cabo pelos trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira, desde 26 de dezembro. Esta greve foi motivada pelos atrasos na negociação das carreiras, que já devia ter ficado concluída, mas que se encontra atualmente parada. “Há cerca de um mês e meio que o secretário de Estado [dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes] nos enviou um documento e nós remetemos uma contraproposta”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos. Ao ECO, Paulo Ralha acrescentou ainda que não está previsto um alargamento desta greve, estando estes trabalhadores “à espera” que o Governo apresente um documento que explique as mudanças nas carreiras. “Já estamos em diálogo à demasiado tempo”, concluiu.

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Governo trabalha redução do défice até 0,5% este ano

Oficialmente a meta do défice para este ano é de um défice de 0,7%. Mas Mário Centeno já assumiu que pode ser "ligeiramente" mais baixa.

O Governo está a trabalhar com uma meta de défice para este ano melhor do que a que consta dos documentos oficiais. Para já ainda não há segurança total para assumir o novo número, mas o ECO sabe que o défice pode fechar este ano em 0,5% ou 0,6% do PIB.

Mário Centeno assumiu o otimismo do Executivo a 21 de dezembro, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado que as contas públicas tinham registado um excedente de 0,7% até setembro. “Vamos ficar com certeza dentro do grau de cumprimento dos objetivos que tínhamos estabelecido e vamos ficar, com muita probabilidade, abaixo dos 0,7%, ligeiramente abaixo”, disse o ministro das Finanças à Lusa.

A declaração foi feita sete dias antes de a Direção-Geral do Orçamento (DGO) publicar novos dados sobre o andamento das contas públicas, na ótica da contabilidade pública, que mede recebimentos e pagamentos feitos pelo Estado.

Os dados mostraram que o saldo orçamental passou de um excedente de 259 milhões de euros para um défice de 624 milhões de euros. Mas este deslize já era esperado pelo Ministério das Finanças, que tinha alertado para a pressão na despesa na reta final do ano, em resultado do pagamento integral do subsídio de Natal aos funcionários públicos e pensionistas, que no ano anterior tinham recebido parte desta remuneração em duodécimos.

Esta evolução já estava assim incorporada nos cálculos do ministro das Finanças, quando assumiu que o défice pode fechar 2018 melhor do que objetivo traçado.

No entanto, ainda sem números fechados para dezembro e sem saber qual a receita arrecadada nos primeiros dias de 2019 — mas que ainda fará parte das contas do défice de 2018 –, o Governo prefere não assumir já publicamente um número. Além disso, com variações tão curtas, o Executivo prefere optar por ser prudente — qualquer deslize na reta final do ano pode estragar a surpresa.

Para já tudo parece controlado. Até novembro, a receita efetiva arrecada pelo conjunto da Administração Pública cresceu 5,4%, acima dos 5,2% previstos no Orçamento do Estado para 2018. A despesa subiu 3,3%, contra uma previsão de aumento de 6,3%, mostram os dados da DGO.

O valor do défice com que 2018 fechar será o ponto de partida para 2019, ano para o qual está previsto um saldo negativo de 0,2% do PIB.

 

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Marques Mendes: Discurso de Costa foi “pré-campanha”

Veto de Marcelo ao diploma da carreira docente e mensagem de Natal de António Costa foram temas centrais do comentário de domingo na SIC.

Para Marques Mendes, a mensagem de António Costa de Natal foi discurso de pré-campanha, “uma espécie de guião do que vai ser a sua campanha” eleitoral. “Do ponto de vista do conteúdo, foi moderada, muito ao centro. Notei mais humildade e menos arrogância. Porque estava a ser muito criticado e, como é muito pragmático, corrigiu”, disse o comentador no habitual comentário de domingo, na SIC.

No último comentário de domingo de 2018, Marques Mendes falou ainda do veto de Marcelo ao diploma do Governo sobre a negociação da carreira docente. “Vetar era óbvio e evidente, e o PR não tinha qualquer alternativa”, disse Marques Mendes. “O Governo foi precipitado, teve um erro de análise. Convenceu-se que o PR era avalista, um notário do Governo”.

“Governo por um lado e, sindicatos, por outro, deveriam acertar posições. O Governo devia aceitar ir mais longe. Os sindicatos insistem que querem nove anos, e deviam fazer cedências. (…) Se não houver acordo, acho que o Governo vai repetir decreto-lei que foi vetado”, disse ainda.

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Hub do Beato vai custar 20 milhões a Lisboa. Web Summit apenas três

Autarquia lisboeta vai investir, em 2019, mais de 20 milhões no Hub do Beato, segundo o orçamento camarário para o próximo ano. Primeiros moradores deverão mudar-se no verão de 2019.

Hub Criativo do Beato conta com espaço de cerca de 35.000 metros quadrados.Câmara Municipal de Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa vai gastar 20,3 milhões de euros na recuperação e reabilitação do Hub Criativo do Beato em 2019. O valor consta do orçamento da autarquia para o próximo ano. O projeto, gerido desde o dia 1 pela Startup Lisboa, incubadora lisboeta, foi anunciado em 2016 e tem, desde essa altura, recebido eventos relacionados com o ecossistema empreendedor nacional e promovidos por entidades como incubadoras, aceleradoras e conferências internacionais.

As obras para a recuperação do espaço começaram há poucos meses: os primeiros a ocupar o novo espaço serão os moradores da Factory Lisbon, que contarão com 11 mil dos 35 mil metros quadrados disponíveis e cujas obras já arrancaram e deverão ficar até ao verão do próximo ano. Já da parte da autarquia, as primeiras inaugurações estão previstas para o final de 2019. O espaço da Super Bock será o primeiro, seguido do espaço Startup Lisboa e EGEAC, assim como o espaço de restauração.

“Este investimento destina-se à aquisição definitiva em propriedade plena dos edifícios da antiga Manutenção Militar, reabilitação das infraestruturas e aquisição em direito de superfície da ala norte da Manutenção Militar”, justifica fonte oficial da câmara municipal de Lisboa, ao ECO.

De acordo com o orçamento da Câmara Municipal de Lisboa para o “Eixo C – Dar força à economia”, o Hub Criativo do Beato receberá uma dotação de 20,3 milhões de euros. No que respeita ao financiamento autárquico no Web Summit, que reforçou a permanência em Portugal até 2028 e que vai exigir a Portugal um investimento de 11 milhões de euros por ano, o montante direto destinado pelo município é de três milhões de euros, proveniente do Fundo de Desenvolvimento Turístico. No entanto, também do orçamento camarário constam 15,5 milhões de investimento para o Fundo de Desenvolvimento turístico, outra das entidades que cobrirá o investimento de 11 milhões de euros por ano com a continuidade do Web Summit em Lisboa até 2028, assim como o Ministério da Economia.

Hub do Beato: o que é?

A 9 de maio de 2016, as Finanças e a Defesa Nacional cederam um espaço com cerca de 30 mil metros quadrados na freguesia do Beato, que servia de armazém militar, à Câmara Municipal para a implantação de um novo hub empreendedor e criativo na cidade. O espaço, que na altura ainda não tinha nome, seria arrendado por mais de 7,1 milhões de euros por um prazo máximo de 50 anos, e foi apresentado oficialmente pelo primeiro-ministro, António Costa, pelo presidente da câmara Fernando Medina e pelo diretor da Startup Lisboa, Miguel Fontes, a 17 de junho do mesmo ano a criativos, fazedores, políticos e jornalistas.

As projeções para a inauguração do espaço davam conta de que os planos estariam concluídos de aí a três anos. A ideia? Que o Hub Criativo do Beato fosse um dos maiores hubs criativos e empreendedores da Europa.

Depois de apresentado o master plan, o projeto que designará as funções que desempenharão os espaços que integram o hub, a ideia é que o espaço se desenvolva de forma orgânica e que possa albergar cerca de 3.000 pessoas no mesmo espaço. Miguel Fontes, diretor da Startup Lisboa, explicava na altura que as empresas interessadas por ocupar os espaços serão responsáveis por parte da reabilitação do espaço.

“O investimento será depois compensado com uma taxa de aluguer a um custo mais vantajoso”, explica o diretor executivo da Startup Lisboa. Na assinatura do contrato entre o Governo e a câmara, António Costa sublinhou a importância do projeto. “O país só pode desenvolver-se tendo como base o conhecimento, o investimento e a inovação”. Para isso, o governo tem levado a cabo reformas assentes “nos pilares da qualificação, inovação e modernização”, de maneira a reforçar um projeto para uma “economia mais competitiva”, tais como o Simplex, que tem como objetivo diminuir as barreiras burocráticas, da iniciativa Indústria 4.0, dedicado à digitalização industrial, ou o Startup Portugal, a estratégia nacional para o empreendedorismo, apresentado na semana passada no Porto.

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