Proposta de tarifas do gás natural deverá ser antecipada para final de março

  • Lusa
  • 10 Março 2018

Apesar da antecipação das propostas, em 15 dias, mantém-se a entrada em vigor dos preços em 1 de julho.

A proposta de tarifas de gás natural deverá ser antecipada em 15 dias, para 31 de março, mantendo-se a entrada em vigor dos preços em 1 de julho, de acordo com a revisão do regulamento tarifário.

O novo calendário prevê que a elaboração da proposta de proveitos, tarifas e preços deverá acontecer até 31 de março, a emissão de parecer do conselho tarifário até 30 de abril e a aprovação de tarifas anuais para as famílias que continuam no mercado regulado ocorre até 01 de junho, segundo a revisão do regulamento tarifário e do regulamento de relações comerciais de gás natural.

De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “a antecipação de 15 dias, além de permitir cumprir com a regulamentação comunitária, permite manter inalterado o período de regulação atualmente vigente (de 1 de julho a 30 de junho) permitindo aos destinatários da decisão tarifária maior antecipação e oportunidade de acesso à informação, sem que essa alteração represente um custo injustificado”.

Os documentos estiveram em consulta pública até 2 de março, tendo agora o regulador que reunir os contributos e a alteração ao Regulamento Tarifário entrará em vigor no próximo ano gás 2018-2019, confirmou à lusa fonte oficial do regulador do setor.

"A antecipação de 15 dias, além de permitir cumprir com a regulamentação comunitária, permite manter inalterado o período de regulação atualmente vigente (de 01 de julho a 30 de junho) permitindo aos destinatários da decisão tarifária maior antecipação e oportunidade de acesso à informação, sem que essa alteração represente um custo injustificado.”

ERSE

As novas tarifas de gás natural em mercado regulado — definidas pela ERSE depois de ouvir o conselho tarifário sobre a sua proposta — entram em vigor em 1 de julho.

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Nuno Amado passa a chairman do BCP, Miguel Maya vai ser o novo CEO

Depois de semanas de discussão entre a Fosun e a Sonangol, há um entendimento para Nuno Amado passar a chairman do BCP e Miguel Maya a CEO. Só falta o 'ok' do BCE.

A Fosun e a Sonangol, os dois principais acionistas do Millennium bcp, já chegaram a um princípio de acordo para a administração do banco no próximo triénio, e com mudanças face ao que se esperava: António Monteiro vai mesmo sair de chairman e será substituído por Nuno Amado, mas com competências reforçadas, enquanto Miguel Maya passará a presidente executivo, apurou o ECO junto de várias fontes do setor financeiro que estão por dentro das negociações. A assembleia geral de acionistas do banco, eletiva, será a 15 de maio, e os nomes dos órgãos sociais têm de passar ainda o teste ‘fit and proper’ do BCE.

Nas últimas semanas, os contactos e as negociações entre a Fosun, o maior acionista do banco com 25%, e a Sonangol, com cerca de 19%, intensificaram-se. Ficou, desde logo, acertado que António Monteiro deixaria de ser chairman, como o ECO antecipou. E já é possível revelar que vai ser o próximo presidente da Fundação BCP, hoje liderada por Fernando Nogueira.

Além disso, havia ainda nos últimos dias três cenários possíveis, um dos quais, apesar de tudo, pouco provável: A escolha de um novo chairman, difícil tendo em conta que seria sempre necessário encontrar um nome de consenso entre os dois acionistas e a autorização do regulador, o BCE. A segunda alternativa, a que colocava mais dificuldades ao banco perante o BCE, seria a acumulação de funções de Amado como chairman e CEO, até porque seria sempre uma solução de transição. Sobrava a terceira, a que acaba por ser a escolhida, e que passa também de alguma maneira por uma alteração das competências e poderes do chairman e do presidente executivo. Nuno Amado será um presidente do conselho de administração com poderes reforçados, enquanto Miguel Maya será o líder executivo e operacional.

Neste momento, segundo apurou o ECO, está ainda em discussão com o BCE até a terminologia dos cargos de Amado e Maya. Esta redistribuição de poderes entre as duas funções justificará, até, a designação de chairman executivo e de vice-presidente executivo. Mas mesmo que esta classificação venha a ser aceite, coisa para a qual o BCE parece pouco disponível, significa na prática uma mudança de funções dos dois gestores. O ECO tentou contactar os acionistas, mas até à hora de publicação desta notícia, não foi possível obter quaisquer comentários.

O ECO sabe que durante este fim-de-semana continuarão as discussões entre os acionistas e o BCE tendo em vista fechar este tema e, além disso, a própria lista. A Fosun e a Sonangol defenderam junto da autoridade de supervisão europeia um conselho de administração com pelo menos 19 membros, enquanto o BCE quer limitar o conselho, no máximo, a 17, mas desejavelmente a 15. E isso coloca dificuldades na definição do número de membros da comissão executiva: cinco ou sete, já que tem de haver, por força das regras de governação, um número de administradores não executivos superior ao número de executivos. Além disso, é preciso garantir o número de independentes suficientes para os diversos comités, como o de remunerações ou de auditoria.

Com todas estas mudanças, cuja definição acabou também por tardar por causa das mudanças de poder e gestão na Sonangol, o BCP vai entrar num novo ciclo. Já com lucros apresentados em 2017, a nova administração e a comissão executiva – que também será renovada com a entrada de uma cara nova indicada pela Sonangol em substituição de Conceição Lucas e de Iglésias Soares – têm de manter a trajetória do ano passado. O Millennium BCP apresentou um saldo positivo de 186,4 milhões de euros, 7,8 vezes mais do que no ano anterior.

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Wall Street esquece guerra comercial. Emprego dá ânimo

Os dados do emprego, divulgados esta sexta-feira, ficaram acima das expectativas. Em Wall Street, os investidores celebraram. Os índices subiram quase 2%.

As bolsas norte-americanas fecharam a semana em alta, com o Nasdaq a somar a sexta sessão consecutiva de ganhos e o Dow Jones a voltar a superar a fasquia dos 25 mil pontos. Os investidores estiveram nervosos ao longo desta semana, com as incertezas em torno da guerra comercial lançada por Donald Trump, mas o anúncio em detalhe de como serão aplicadas as taxas sobre aço e alumínio importados, bem como os dados do emprego acima das expectativas divulgados esta sexta-feira, acalmaram os ânimos em Wall Street.

O índice de referência S&P 500 subiu 1,72%, para os 2.786,20 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou 1,76%, para os 25.332,68 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valorizou 1,76% para terminar o dia nos 7.558,82 pontos.

A contribuir para este movimento estiveram as estatísticas divulgadas esta sexta-feira. As autoridades norte-americanas reportaram a criação de 313 mil postos de trabalho no mês de fevereiro, o maior aumento no espaço de um ano e meio. Este número superou as expectativas dos economistas.

Já a taxa de desemprego manteve-se inalterada nos 4,1%, o que fica a dever-se ao facto de a taxa de emprego ter aumentado para 63%. Em sentido contrário, o aumento dos salários está a abrandar, com uma subida de 2,6% em fevereiro, inferior à subida de 2,8% registada no mês anterior.

A acompanhar a sessão positiva estiveram as matérias-primas. O West Texas Intermediate (WTI), cotado em Nova Iorque, disparou mais de 3% e já negoceia acima dos 62 dólares por barril, invertendo as quebras registadas nos primeiros dias desta semana. Isto numa altura em que os investidores veem com bons olhos uma possível reunião entre Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, que, a acontecer, poderá retirar algum risco geopolítico do mercado.

Também o dólar registou uma sessão positiva. A moeda norte-americana valorizou apenas 0,02%, mas chegou a avançar 0,15% durante a sessão. O euro está a valer 1,23 dólares, mas tocou nos 1,22 dólares durante a tarde.

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Num ano de investimentos, Luz Saúde lucra menos

  • Lusa e ECO
  • 9 Março 2018

A empresa liderada por Isabel Vaz encerrou o ano com uma quebra ligeira nos lucros. Caíram 2% para 17 milhões de euros.

A Luz Saúde, dona do hospital da Luz, viu os seus resultados líquidos descerem no ano passado, período marcado pela continuação do investimento por parte da empresa liderada por Isabel Vaz. Foi uma quebra ligeira, de 2%, cifrando-se o lucro em 17 milhões de euros.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado foi de 53,7 milhões de euros, mais 3,1% do que em 2016, segundo a informação enviada pela empresa à CMVM.

“Em 2017, a Luz Saúde manteve a sua trajetória de crescimento orgânico combinada com a expansão geográfica da sua rede de cuidados privados e a implementação de um ambicioso programa de expansão das unidades existentes que irão servir de base ao crescimento do grupo e à consolidação de uma posição de liderança no setor privado em Portugal”, salienta a empresa.

Como exemplo, aponta o “aumento dos rendimentos operacionais consolidados em 7,3% face a 2016, para 483,8 milhões de euros, impulsionado pelo crescimento de 8% do segmento privado e de 4,5% do segmento público”.

Aqui estão incluídos os rendimentos operacionais do segmento de cuidados de saúde privados (382,9 milhões de euros), públicos (97,3 milhões de euros) e outras atividades (15,1 milhões de euros) destinadas à aposta na logística, inovação e investigação clínica.

Quanto ao investimento total, foi de 69 milhões de euros no ano passado, dos quais 50 milhões de euros dizem respeito à “expansão da rede privada, quer em termos geográficos com a aquisição de duas unidades na Madeira, a aquisição do British Hospital em Lisboa, a construção de uma nova unidade em Vila Real e a abertura de uma nova unidade em Odivelas, quer de unidades já existentes, com o investimento no aumento da capacidade do Hospital da Luz Lisboa e do Hospital da Luz Oeiras”.

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Lloyd Blankfein está de saída do Goldman Sachs

  • Lusa
  • 9 Março 2018

Harvey Schwartz ou David Salomon, diretores de operações do grupo, podem suceder-lhe na liderança do banco de investimento norte-americano.

O presidente executivo do grupo Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, pretende reformar-se até ao final do ano, segundo o Wall Street Journal.

Blankfein está à frente do Goldman Sachs desde 2006 e, de acordo com a mesma publicação, Harvey Schwartz ou David Salomon, diretores de operações do grupo, podem suceder-lhe.

Gary Cohn, que abandonou em 2017 o cargo de diretor operacional do Goldman Sachs para se tornar o principal assessor económico de Donald Trump, foi durante muito tempo apontado como o sucessor de Blankfein.

Na passada terça-feira, Gary Cohn, após entrar em rutura com o Presidente dos EUA sobre a intenção de taxar as importações do setor do aço e do alumínio, decidiu abandonar a Casa Branca, no entanto, não é expectável que regresse à instituição financeira.

Blankfein, de 63 anos, faz parte do restrito grupo de banqueiros de Wall Street que dirigiu as instituições antes da grande crise financeira e que ainda se encontra no ativo.

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Governo apresenta dia 23 aos parceiros medidas para limitar contratos a prazo

  • Lusa
  • 9 Março 2018

Vieira da Silva promete apresentar, na próxima reunião da Concertação Social, o texto de orientação das políticas para redução da segmentação do mercado de trabalho.

Vieira da Silva, ministro do Trabalho, anunciou que vai apresentar as propostas para limitar a contratação a termo na próxima reunião da Concertação Social, marcada para dia 23, prevendo que o processo fique concluído no primeiro semestre do ano.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, que falava à saída de uma reunião da Concertação Social, disse que no próximo encontro com os parceiros, dia 23, “o Governo irá apresentar nessa reunião o texto de orientação das políticas para redução da segmentação do mercado de trabalho e de dinamização da contratação coletiva”.

Vieira da Silva disse que neste momento o Governo “está a finalizar” a análise dos contributos enviados ao Governo pelas confederações patronais e centrais sindicais, pelo que apresentará as propostas aos parceiros sociais dentro de duas semanas, embora não tenha revelado medidas em concreto.

O ministro recusou-se a avançar se as medidas passam pela diferenciação da Taxa Social Única (TSU) prevista no programa do Governo ou pela limitação da duração dos contratos a termo, como tem sido noticiado nos últimos dias. “O nosso objetivo é que haja uma diminuição da instabilidade no mercado de trabalho sobretudo para os jovens”, afirmou Vieira da Silva.

Questionado sobre quando é que prevê que o processo legislativo fique concluído sobre essas duas matérias, o ministro referiu que “as medidas são diferentes e terão períodos de aplicação diferenciados, mas todo o processo, o seu lançamento, decorrerá no ano de 2018 e grande parte dele decerto no primeiro semestre”.

O ministro do Trabalho tem dito que as medidas para o combate à precariedade e a dinamização da contratação coletiva vão seguir o que está no Programa do Governo, mas já admitiu ajustamentos.

Na última reunião, há cerca de duas semanas, o ministro admitiu um acordo mais alargado com os parceiros sociais, que não inclua apenas as alterações à legislação laboral, tal como defendem as confederações patronais, que reclamam, por exemplo, melhorias fiscais para as empresas.

A discussão sobre o tema arrancou em novembro na Concertação Social, mas até ao momento não se conhecem medidas e, além das centrais sindicais, também os parceiros da maioria parlamentar (BE e PCP) têm pressionado o Governo para avançar com as alterações à lei laboral.

Já as confederações patronais defendem que a lei não deve ser alterada numa altura em que a economia e o emprego estão a crescer.

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Banco de Portugal preocupado com informação dada nos depósitos estruturados

  • Lusa
  • 9 Março 2018

Com a transposição da DMIF II para a legislação portuguesa, o Banco de Portugal passa a ter apenas dois dias para verificar se é correta a informação dos depósitos estruturados.

O Banco de Portugal está preocupado com a informação que será dada aos clientes na venda de depósitos estruturados, considerando que, em dois dias, não consegue verificar se a informação é correta. A preocupação foi transmitida pela diretora de supervisão comportamental, que foi ouvida, esta sexta-feira, na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), no Parlamento.

Com a transposição da diretiva dos mercados e instrumentos financeiros (DMIF II) para a legislação portuguesa, uma proposta do Governo que está em análise no Parlamento, passará de cinco para dois dias úteis o tempo que o Banco de Portugal tem para verificar se é correta a informação dos depósitos estruturados (até agora designados de depósitos indexados).

“[O que o Banco de Portugal faz] não é uma autorização formal do produto mas do rigor da informação dada ao consumidor. Com o prazo a reduzir para dois dias úteis não é possível fazer isso”, avisou Lúcia Leitão aos deputados.

"O que o Banco de Portugal faz não é uma autorização formal do produto mas do rigor da informação dada ao consumidor. Com o prazo a reduzir para dois dias úteis não é possível fazer isso.”

Lúcia Leitão

Diretora de supervisão comportamental do Banco de Portugal

Segundo o Portal do Cliente Bancário, um depósito indexado ou estruturado é um depósito bancário (ou seja, o capital está garantido) cuja remuneração está associada, total ou parcialmente, à evolução de instrumentos ou variáveis financeiras, como ações, cabaz de ações, índice acionista ou de mercadorias. A remuneração destes depósitos (a taxa de juro) só é calculada no final do prazo.

O Portal do Cliente Bancário tem disponíveis as remunerações já vencidas deste tipo de depósitos.

Pela lei, os bancos têm de notificar o Banco de Portugal da informação dada aos clientes sobre estes produtos, tendo o supervisor cinco dias para a avaliar. É esse período que poderá ser reduzido para dois dias.

Ainda sobre a DMIF II, Lúcia Leitão considerou positivo o poder que será dado ao Banco de Portugal de suspender produtos de depósitos, mas também produtos de crédito, se considerar que não estão adequados às características do público-alvo.

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Empresa dos CTT em Espanha multada por cartel

  • ECO
  • 9 Março 2018

A Tourline, comprada pelos CTT em 2005, foi multada em 3,15 milhões de euros pela Concorrência espanhola por prática de cartel.

A Tourline Express Mensajería foi multada pela Concorrência espanhola. A empresa comprada pelos CTT em 2005 poderá ter de pagar uma multa de 3,15 milhões de euros pela prática de cartel. Francisco Lacerda vai apresentar recurso em tribunal.

Em comunicado enviado à CMVM, os CTT informam que a “subsidiária Tourline Express Mensajería foi notificada da decisão da Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia espanhola (…) no sentido de lhe aplicar uma coima no valor de 3,148 milhões de euros, por alegada prática de cartel com a ICS – International Courier Solution entre outubro de 2013 e abril de 2016”.

Esta decisão surge no “âmbito do processo iniciado contra 10 empresa a atuar no mercado de expresso e encomendas em Espanha”, refere a empresa liderada por Francisco Lacerda. Além da Tourline e a ICS, a Correos Express (CEX), Fedex, UPS, DHL, TNT, MBE, GLS, e Redyser também foram alvo de coimas que, no total, ascendem a 68 milhões.

A empresa portuguesa discorda das conclusões das autoridades espanholas. “A Tourline considera infundada a referida decisão”, refere o comunicado dos CTT. Neste sentido, a empresa diz que “irá apresentar recurso no tribunal judicial competente”.

Os CTT adquiriram a empresa espanhola Tourline Express, ativa na área do correio expresso e de encomendas, por 28,5 milhões de euros. Esta operação foi realizada em 2005, com Luís Nazaré à frente da companhia de correios.

(Notícia atualizada às 20h00 com mais informação)

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Mais que a taxa, plataformas como a Uber temem mudanças laborais

A Cabify sente-se dividida em relação à taxa de 2% sobre as receitas das plataformas e admite que pode ser uma "barreira ao investimento". Outra grande preocupação são as condições laborais.

O PSD quer obrigar as plataformas eletrónicas de transporte a pagarem uma taxa de até 2% sobre as receitas líquidas que cada uma obtém com cada viagem. É uma das novidades que deverá ir a votos no Parlamento na próxima quarta-feira, depois do segundo adiamento que surgiu esta semana. A taxa, a que o PSD chama de “contribuição de regulação e supervisão”, poderá ter impacto nas receitas da Uber, Cabify e Taxify. E embora a taxa preocupe, as plataformas temem mais as novas condições laborais.

O ECO contactou as três companhias. A Cabify foi a primeira a responder. Depois de ter expressado “pesar” por mais um adiamento da votação esta quinta-feira, a empresa, em resposta a uma questão do ECO, vem agora afirmar que faz “uma dupla avaliação da taxa em questão”, que se cifra entre 0,1% e 2% do valor líquido que as plataformas cobram sob a forma de comissão aos motoristas.

“Por um lado, concordamos com a existência de uma compensação com vista a colmatar potenciais impactos causados pela nossa atividade — nomeadamente em termos ambientais”, começa por dizer fonte oficial da empresa ao ECO. No entanto, a empresa alerta que a taxa poderá ser uma barreira ao investimento em Portugal. “Também acreditamos que o fomento à inovação e o futuro da mobilidade contam com a nossa operação e que, a médio prazo, uma taxa pode constituir-se como uma barreira ao investimento realizado pelas plataformas tecnológicas”, sublinha a mesma fonte.

"Uma taxa pode constituir-se como uma barreira ao investimento realizado pelas plataformas tecnológicas.”

Cabify Portugal

Fonte oficial

É, por isso, um assunto sensível que divide a Cabify. “A Cabify tem vindo, desde o início da operação em Portugal, a defender a criação de enquadramento legal justo para a sua atividade”, refere, frisando que “é ainda prematuro debater o impacto efetivo desta taxa pois muito dependerá do resultado da próxima votação.

O ECO contactou ainda a Taxify que, das três plataformas, é o player que mais recentemente entrou no mercado. Questionada sobre a opinião da Taxify acerca da taxa proposta pelos social-democratas, fonte oficial refere que “a Taxify está focada em atuar dentro dos requisitos impostos pela lei”. “Gostaríamos de comentar este tema em mais detalhe apenas quando a lei for aprovada”, indica.

Quanto à Uber, que é o player com mais experiência no setor em Portugal, optou por remeter-se totalmente ao silêncio. A empresa liderada por Rui Bento tem feito poucos comentários acerca da legislação que está a ser preparada, remetendo também para mais tarde uma posição mais a fundo acerca desta matéria. Questionada acerca da taxa de 2% sobre as receitas, fonte oficial da Uber Portugal refere apenas: “Não temos nada para partilhar.”

O ECO sabe que, para além da taxa proposta pelo PSD, existem outras medidas a preocupar as plataformas eletrónicas em Portugal. Uma delas é a proposta que também foi esta semana subscrita pelo PS, que quer obrigar os motoristas a terem um contrato escrito com as empresas parceiras das plataformas. Fonte do mercado comentou com o ECO que esta medida poderá colocar um travão na dinâmica laboral que existe atualmente e que poderá ter sério impacto nas operações destas aplicações. O mesmo se aplica à formação que os partidos querem exigir aos motoristas.

Esta quarta-feira, após sessão plenária, irá ocorrer uma nova tentativa de votar, ponto por ponto, a lei que regulamentará este novo mercado. PS, PSD e CDS têm procurado encontrar consensos e aproximar as suas posições, tendo do outro lado a esquerda parlamentar, que pretende nivelar a atividade destas aplicações com as exigências impostas ao setor do táxi.

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Banco de Portugal diz não ser obrigatória mudança de marcas no Montepio

  • Lusa
  • 9 Março 2018

“Não existe evidência” da vantagem da separação de balcões consoante os produtos financeiros vendidos sejam mais ou menos arriscados, admite o regulador.

O diretor de supervisão prudencial do Banco de Portugal considerou fundamental que os clientes percebam os riscos associados aos produtos da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) e da Caixa Económica Montepio (CEMG), mas que isso não implica necessariamente a alteração de marcas.

“Não determinamos que necessariamente alterasse a marca, até porque existem determinadas sinergias que importa ponderar”, disse Luís Costa Ferreira, esta sexta-feira, no Parlamento, na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

O responsável disse que a preocupação do supervisor, em termos gerais, é que os clientes “que adquirem determinados produtos percebam a natureza do produto e os riscos associados”, referindo que tal pode ser conseguido por diversas formas, ainda que sem especificar quais.

Já sobre se a separação de balcões poderá facilitar a perceção dos riscos pelos clientes, Costa Ferreira afirmou que “não existe evidência” da vantagem da separação de balcões consoante os produtos financeiros vendidos sejam mais ou menos arriscados. Para este responsável do supervisor e regulador bancário, é possível atingir os mesmos objetivos “sem ter necessariamente diferentes balcões”.

Atualmente, numa espécie de projeto-piloto, em algumas agências da Caixa Económica Montepio Geral foram criados balcões de atendimento mutualistas onde são comercializados apenas produtos da Associação Mutualista Montepio Geral.

Luís Costa Ferreira ocupa o cargo de diretor do departamento de supervisão prudencial desde início de 2017, quando regressou ao banco central, depois em final de 2014 ter provocado polémica a sua saída e a de Pedro Machado para a consultora PwC.

Pedro Machado, atual diretor de departamento jurídico do Banco de Portugal, também esteve esta tarde no Parlamento a responder a perguntas dos deputados sobre as novas regras para o setor financeiro.

Nos últimos anos, a crise que viveu o Grupo Montepio fez os reguladores e supervisores aumentarem a atenção sobre os produtos vendidos, já que uma entidade é a Associação Mutualista Montepio Geral e outra a Caixa Económica Montepio Geral (o banco, detido a 100% pela mutualista), com produtos diferentes e também proteções diferentes em caso de dificuldades das instituições.

A Caixa Económica comercializa os seus produtos e serviços financeiros, mas também serve de intermediário para venda de produtos de poupança da Associação Mutualista destinados aos associados desta. No caso dos produtos mutualistas, os clientes têm de ter em atenção que estes não são depósitos, não estando salvaguardados pelo Fundo de Garantia de Depósitos (que garante os depósitos até 100 mil euros).

Em fevereiro, aquando da apresentação dos resultados de 2017 da Caixa Económica Montepio Geral (em que esta passou de prejuízos a lucros de 30,1 milhões de euros), o presidente deste banco disse à Lusa que a instituição decidirá, até março, sobre a mudança da sua marca, nomeadamente quanto ao nome que usa junto dos clientes para evitar confusões entre produtos do banco e da mutualista.

O gestor afirmou que já várias ações foram concretizadas ao longo de 2017 para reforçar junto dos clientes bancários a diferenciação entre a Associação Mutualista Montepio Geral e a Caixa Económica Montepio Geral, incluindo a mudança de nome dos produtos e alteração de imagem dos balcões.

 

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Presidente da Maurícia, envolvida em escândalo com Álvaro Sobrinho, demite-se

  • Lusa
  • 9 Março 2018

Ameenah Gurib-Fakim é acusada de ter usado um cartão bancário, fornecido por uma ONG de Álvaro Sobrinho, para fazer compras pessoais.

A Presidente da República da Maurícia, Ameenah Gurib-Fakim, envolvida num escândalo financeiro que implica também o milionário angolano Álvaro Sobrinho, vai demitir-se após as cerimónias do 50.º aniversário da independência a 12 de março, anunciou, esta sexta-feira, o primeiro-ministro, Pravind Jugnauth.

“A Presidente da República disse-me que vai demitir-se das suas funções. Chegámos a acordo sobre a data da saída, mas não podemos ainda anunciá-la”, declarou Jugnauth à imprensa, considerando ainda que “em primeiro lugar está o interesse do país”.

A partida da única mulher chefe de Estado em África ocorrerá “pouco depois das celebrações do 50.º aniversário da independência”, a 12 de março, e antes do reinício dos trabalhos no parlamento, no final do mês, adiantou.

Ameenah Gurib-Fakim, 58 anos, ocupa desde junho de 2015 a função honorífica de Presidente da República da Maurícia, tendo sido a primeira mulher a ocupar o posto no país. Bióloga reconhecida internacionalmente, Gurib-Fakim tem sido alvo de pressão, devido a acusações de que utilizou um cartão bancário fornecido por uma organização não-governamental para fazer compras pessoais.

O caso foi revelado há 10 dias pelo jornal local Express, que publicou documentos bancários. Segundo o diário, a ONG em causa é o Planet Earth Institute, financiada pelo milionário angolano Álvaro Sobrinho, que está a ser investigado por suspeitas de irregularidades em Portugal.

O Express indicou que Gurib-Fakim utilizou o cartão para fazer compras no estrangeiro no valor de, pelo menos, 25.000 euros.

A República da Maurícia tem o estatuto de observador associado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 9 Março 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Faz hoje dois anos que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse. O ECO foi analisar como evoluiu o discurso do Presidente da República sobre a economia neste período. Mudou o tom mas os recados persistem. Mais de 20% dos trabalhadores recebiam, no final de 2017, os 557 euros de salário mínimo nacional. O valor subiu para 580 este ano.

Foram 730 dias de intervenções quase diárias que reforçaram a confiança dos portugueses na Presidência da República. Como evoluiu o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa para a economia? Da tomada de posse ao discurso sobre os incêndios, passando pela promulgação dos orçamentos, estes foram os elogios e os avisos económicos do Presidente da República em dois anos.

Um em cada cinco trabalhadores recebiam a Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), no final do ano passado. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cerca de 670 mil portugueses recebiam o salário mínimo, quando este era de 557 euros. Agora está em 580 euros.

Carlos Tavares vai acumular os cargos de presidente do conselho de administração e de presidente executivo da Caixa Económica Montepio Geral, sabe o ECO. Nuno Mota Pinto, indicado inicialmente por Tomás Correia para as funções de CEO do banco, será “despromovido” a administrador executivo.

Portugal vai regressar aos mercados de dívida na próxima semana. Um dos leilões tem como maturidade 17 de outubro de 2028 e o outro 15 de fevereiro de 2045, ou seja, obrigações do Tesouro (OT) de muito longo prazo. O montante indicativo global é entre mil milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

Para comemorar os dois anos de nascimento na cidade de Lisboa, a startup portuguesa EatTasty, responsável pela produção e entrega de refeições caseiras, traz duas novidades: uma segunda ronda de investimento de 370 mil euros e seis novas zonas de entrega. Neste momento de expansão, a startup está ainda à procura de novos colaboradores, de maneira a conseguir atingir as 400 refeições entregues por dia.

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