Bruxelas responde ao youtuber Wuant: A internet não vai acabar

  • Guilherme Monteiro
  • 29 Novembro 2018

Comissão Europeia já respondeu ao vídeo do youtuber Wuant, onde diz que a liberdade de expressão não vai ser afetada e que os youtubers vão também sair beneficiados.

Primeiro, foi a dramatização sobre o fim da internet, agora vem a resposta da Comissão Europeia ao vídeo de 11 minutos do youtuber Wuant: “Venho dizer-vos que não há razões para se preocuparem. E sabem porquê? Porque… não, o vosso canal de YouTube não vai desaparecer… não, a internet (como a conhecemos) não vai desaparecer… não, os memes não vão desaparecer”, começa por dizer a represente da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Colares Alves.

A polémica em torno da reforma de direitos de autor na União Europeia, e em particular os artigos 11º e 13º, voltou à luz do dia, depois do popular youtuber Wuant ter publicado um vídeo a alertar para o possível “fim da Internet”. O jovem português de 23 anos avisou que, caso a diretiva venha a ser aprovada, o Youtube e Google Imagens podem deixar de existir na Europa. Alertas que deixaram em pânico milhares de internautas.

Na carta, é deixada a garantia de que a “liberdade de expressão não vai ser limitada”, visto que “os vídeos não vão ser apagados”. É ainda esclarecido que a própria lei não se dirige aos youtubers, mas “a plataformas como o YouTube, que têm lucrado graças a conteúdos que não cumprem as leis de direitos de autor”.

No mesmo documento, a Comissão Europeia defende ainda que a lei vai dar “força aos youtubers enquanto criadores de conteúdos”, e lembra que “youtubers que copiem ou utilizem” trabalhos de outros youtubers sem autorização “vão deixar de lucrar com esse uso indevido”.

Também os memes são para manter. “Não há ninguém que queira acabar com eles”, garante a representante da Comissão que recorda estarem “protegidos por uma exceção na Diretiva de Direitos de Autor”.

Sofia Colares Alves garante que o que o artigo 13º vem mudar é a “forma desenfreada como conteúdos são (ab)usados na Internet para benefício de grandes plataformas” e defende que “esta polémica não tem nada que ver com censura, nem com o fim da Internet. Na verdade, só confirma o que já sabemos: uma informação errada, ainda que partilhada 1500 vezes, não passa a ser verdade”

A responsável europeia em Lisboa reforça ainda que a União Europeia é “um lugar de liberdade de expressão” e que “não é à toa que tantos milhares de imigrantes sofrem para cá chegar. A liberdade, a informação e as sociedades democráticas fazem parte do nosso ADN”.

A carta pode ser lida na íntegra aqui.

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Esquerda aprova último OE da legislatura com défice histórico

Depois de aprovado no Parlamento, o OE2019 segue para a mesa de Marcelo. O Presidente não quer demoras nem eleitoralismos.

O PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes aprovaram o último Orçamento da legislatura, com um défice de 0,2% e uma previsão de crescimento económico de 2,2%, numa altura em que a economia europeia dá sinais de abrandamento. PSD e CDS votaram contra o documento da geringonça.

O Orçamento do Estado (OE) para 2019 chegou ao Parlamento a 15 de outubro. Os partidos entregaram quase mil propostas de alteração ao documento.

Durante o debate na especialidade formaram-se algumas maiorias negativas — que juntaram direita e esquerda — impondo ao Governo medidas com impacto orçamental.

Entre elas estão o regresso às negociações com os professores, o fim da nova taxa de proteção civil, foi travado o agravamento da tributação sobre os carros de empresas e o IVA baixa para 6% nas touradas, espetáculos ao ar livre e cinema.

Durante o debate na especialidade foram ainda visíveis várias combinações de votação pouco prováveis, com o PSD e dar a mão ao PS. Foi o caso, por exemplo, da redução do IVA para os contadores com potência até 6,9 kva, um tema que nem sequer chegou a ser discutido e que permitia uma descida mais efetiva da conta da luz, porque o Parlamento acabou por decidir que as propostas do Bloco e do PCP não respeitavam normas constitucionais.

Depois da aprovação no Parlamento, o documento segue para Belém nos próximos dias. Marcelo Rebelo de Sousa tem a palavra final. Tal como o Governo, o Presidente da República mostrou-se preocupado com demoras e com alterações que comprometam a estabilidade económica e política. No outono de 2019, Portugal vai de novo a votos.

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Portugal paga totalidade da dívida ao FMI este ano. Costa diz que é um “virar de página”

País vai concluir o pagamento dos 26,3 mil milhões de euros da dívida ao FMI até ao final deste ano, anunciou o primeiro-ministro.

Portugal vai pagar a totalidade da dívida remanescente ao Fundo Monetário Internacional (FMI) até ao final deste ano. O anúncio foi feito, esta quinta-feira, pelo primeiro-ministro, António Costa, no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2019, na Assembleia da República.

“Sabemos que há muito caminho pela frente. E estamos cá para o continuar. Com a mesma determinação com que temos governado e que me permite hoje anunciar que, até ao final do corrente ano de 2018, pagaremos a totalidade da dívida ao FMI, com todo o significado que comporta mais este virar de página” afirmou o primeiro-ministro.

Do bolo de 78 mil milhões de euros concedidos pela troika no âmbito do resgate financeiro a Portugal, 26,3 mil milhões foram emprestados pelo FMI. Com base nos dados do IGCP, no final de outubro faltava liquidar 4,7 mil milhões de euros, o equivalente a 17% do total. Nesta legislatura, a estratégia das Finanças tem sido de amortizar antecipadamente este montante, tendo em conta o custo elevado que esta dívida comportava. O juro chegou a ser de mais de 4%.

Hoje, Portugal paga uma taxa de juro de referência de cerca de 1,7% pelo empréstimo do FMI. A esta taxa soma-se um spread (prémio de risco) de 100 pontos base, que é agravado dado o elevado montante da dívida face à quota do país no fundo. Assim, o custo desta dívida — que foi baixando com a política de reembolsos — situa-se próximo de 3%. Nos mercados, o país tem-se financiado com um juro abaixo de 2% ao longo de todo o ano.

Este ano, Portugal já pagou 831 milhões de euros ao FMI, que se seguem aos 10 mil milhões de dívida recomprada pelo Tesouro em 2017. Já no início deste mês, o IGCP levantou 1.250 milhões de euros num leilão de Obrigações do Tesouro, com o objetivo de voltar a reembolsar antecipadamente o FMI. No entanto, até agora, o IGCP previa pagar apenas dois mil milhões de euros até ao final do ano, o que significa que, para pagar a totalidade da dívida remanescente, terá de ser feito novo pagamento antecipado.

Portugal vai livrar-se do empréstimo ao FMI cinco anos mais cedo do que a atual previsão (já revista em baixa, tendo em conta os reembolsos antecipados realizados desde 2015).

(Notícia atualizada pela última vez às 13h15 com mais informação)

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“Make it easy”. Alibaba quer facilitar a vida às marcas portuguesas que querem chegar a consumidores chineses

O crescimento da classe média chinesa conjugado com o aumento de utilizadores de internet faz com que o grupo Alibaba queira as empresas portuguesas a vender os seus produtos no mercado chinês.

O objetivo é ajudar as empresas portuguesas a levarem os seus melhores produtos para o mercado chinês. Como? “Conectando vendedores e marcas locais com os mais de 600 milhões de consumidores chineses”, explica o diretor-geral do Alibaba Group para a Europa do Sul, Rodrigo Cipriani Foresio.

Para os representantes do grupo com sede em Hangzhou, na China, a venda a consumidores chineses — ainda que possa demorar algum tempo — só trará benefícios para as marcas portugueses.

O Alibaba Group veio a Portugal para aquela que é a sua primeira conferência oficial no país, mostrando que os portugueses constam da sua rota e têm quem os ajude a iniciar a internacionalização no mercado chinês. Terry von Bibra, diretor-geral do Alibaba Group para a Europa, vê a China como um mercado “promissor”, em grande parte impulsionado pelo forte crescimento da classe média.

Boom do consumo. Classe média e utilizadores da internet a aumentar

A China está a mudar de um perfil “Made in” para um “Created and consumed in”, com uma classe média em expansão, que promove o boom de consumo, por ter “mais dinheiro para gastar em bens de qualidade. Terry von Bibra refere que, em apenas cinco anos, a classe média chinesa passará dos atuais 300 milhões de pessoas para 600 milhões. Um salto que é visto como uma oportunidade para retalhistas e empresas de bens de consumo.

Por outro lado, a taxa de penetração da internet na China também não para de crescer. Em 2018, atingiu os 57,7%, ultrapassando, pela primeira vez, a marca dos 800 milhões, relativos ao número de utilizadores da internet. Os números vêm, assim, confirmar o que o China Internet Network Information Center (CNNIC) já tinha dito anteriormente, que o país asiático tem a maior comunidade online do mundo.

Com os dois ingredientes da receita conjugados, “a China representa uma oportunidade enorme”. Quem o diz é Alba Ruiz Laigle, developer manager do grupo Alibaba para a Península Ibérica, salientando que o ecossistema é favorável, em grande parte devido ao crescimento do mercado do retalho online, que, até 2020, deverá ainda aumentar 25%.

Já o interesse por bens importados deverá registar um aumento ainda mais acentuado. Alba Ruiz aponta para 40% da proporção de consumidores online que procuram produtos que não encontram na China, recorrendo ao vendedores europeus. Além disso, dos 600 milhões de consumidores online chineses, mais de 60% têm menos de 30 anos e 90% do total das transações é feita via mobile.

E-commerce, a porta para a digitalização do retalho

Contudo, o diretor-geral do grupo para a Europa reforça que o objetivo não é transformar o retalho no “novo retalho”, como chama ao e-commerce. Mostrando um gráfico circular, em que a fatia mais pequena (15%) representa o e-commerce e a restante (85%) o retalho tradicional, Terry von Bibra explica que o que o Alibaba faz é digitalizar o negócio desses 85% que ainda não atravessaram a porta para o comércio eletrónico.

Aliás, já o fez com algumas empresas portuguesas, como é o caso da Parfois e da Delta Cafés, por exemplo.

João Dias, administrador da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), diz que o e-commerce é uma porta absolutamente fundamental para promover as exportações portuguesas.

Além disso, “o interesse do grupo Alibaba em Portugal é um sinal do potencial da economia portuguesa”, afirma. “Quando os investidores estrangeiros vêm a Portugal, normalmente, ficam surpreendidos com o ambiente de negócios, que é muito melhor do que eles pensavam”.

Prova disso é, de acordo com o líder da AICEP, o novo centro de operações para fornecedores da Google, o centro de desenvolvimento tecnológico da BMW, da Mercedes e da Volkswagen, que, em comum, têm o facto de estarem em Portugal.

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Deutsche Bank alvo buscas por suspeitas de branqueamento

  • Lusa
  • 29 Novembro 2018

A Polícia alemã está a realizar buscas nos escritórios do Deutsche Bank, por suspeitas de branqueamento de dinheiro, informou hoje o ministério Público de Frankfurt a jornalistas alemães.

A Polícia alemã está a realizar buscas nos escritórios do Deutsche Bank, por suspeitas de branqueamento de dinheiro, informou esta quinta-feira o ministério Público de Frankfurt a jornalistas alemães.

A investigação realizou-se nos escritórios do maior banco comercial privado da Alemanha em Frankfurt, Eschborn e no município de Groß-Umstadt, que também se encontra no Estado federado do Hesse.

Nas buscas participaram 170 empregados do Ministério Público de Frankfurt, da Agência Federal de Investigação Criminal, inspetores fiscais e da Polícia, que estão a investigar dois empregados do Deutsche Bank e outros responsáveis do banco.

Este caso está relacionado com os dados proporcionados pelos Papéis do Panamá, que levantaram as suspeitas de que o Deutsche Bank pode ter ajudado clientes a criar empresas fantasmas em paraísos fiscais.

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FOX Crime | Midsomer Murders – ESTREIA 3 de Dezembro

  • ECO + FOX
  • 29 Novembro 2018

Celebrando o seu 20.º aniversário, ‘Midsomer Murders’ está de regresso ao FOX Crime, para mais uma temporada de drama criminal.

O detetive Barnaby está de regresso para mais uma temporada deste drama criminal de sucesso. Ao seu lado está o detetive Jamie Winter (Nick Hendrix) que o ajuda a manter a lei em Midsomer.

Na temporada 20 vemos uma nova patologista a juntar-se à equipa, a Dr.ª Fleur Perkins (Annette Badland) que vai assistir Barnaby e Winter na sua procura pela justiça na pitoresca, mas mortal, cidade. Em todas as suas temporadas, a série já conta com um número de mais de 300 mortes de habitantes que partiram cedo demais e cujas vidas foram tiradas por outros habitantes vingativos da província.
Esta nova temporada vai envolver casos em abadias assombradas, colecionadores de borboletas, convenções de banda desenhada, rugby, noivas e palhaços de circo.

Uma série a não perder, Segundas a Quintas-feiras às 22:50 no FOX Crime.

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Faria de Oliveira vê banca portuguesa com “muito razoável nível de consolidação”

Faria de Oliveira, presidente da APB, considera que sistema bancário português já está bem consolidado. Mais consolidação? "É necessário acautelar concorrência e preservar interesse nacional", disse.

Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), considera que o sistema bancário nacional já está bem consolidado e diz que uma maior concentração na banca portuguesa terá de “acautelar a defesa da concorrência” e “preservar o interesse nacional”.

O nosso sistema bancário tem já um muito razoável nível de consolidação, é o próprio supervisor europeu que o reconhece”, sublinhou esta quinta-feira Faria de Oliveira no Fórum Banca, conferência organizada pelo Jornal Económico e pela PwC, em Lisboa. “Serão fundamentalmente o ajustamento da capacidade à procura existente e a ambição de crescimento de uma ou outra entidade que ditará o futuro” do mercado bancário, adiantou ainda.

A consolidação bancária é um dos desafios que os bancos nacionais enfrentam, prosseguiu o presidente da associação do setor.

Explicou que este processo resulta de dois tipos de objetivos. Um tem a ver com o objetivo de mercado, mais concretamente sobre a “necessidade de ajustamento à procura de crédito, com eventual redução da capacidade instalada, ou busca de maior rentabilidade e eficiência, que a dimensão, escala e sinergias facilitarão”.

O outro objetivo tem raiz política, que é o da existência de vários níveis de bancos, os pan europeus, os regionais e os nacionais, inserido no objetivo de criação do Mercado Único de Serviços Financeiros.

“No entanto, é necessário acautelar a defesa da concorrência e o interesse dos cidadãos e das empresas como condição fundamental nesses processos. Mesmo no âmbito da União Bancária e as realidades e os interesses nacionais devem ser preservados“, assinalou

Esta semana, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, disse que “a aceleração de movimentos de concentração bancária transfronteiriça será neste contexto uma realidade a prazo”. E “esse processo de concentração será tão mais rápido quanto menos preparados estiverem os bancos para concorrer no espaço europeu”, disse Carlos Costa na conferência sobre os “4 anos do Mecanismo Único de Supervisão”, repetindo a ideia de que os bancos nacionais têm de ganhar escala e rentabilidade para enfrentar outras instituições financeiros internacionais.

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TTR. Assessoria de PLMJ à W.P. Carey é ‘Deal of the Month’

A sociedade de advogados PLMJ assessorou a W.P. Carey, um fundo de investimento em Real Estate, sedeado nos EUA, na compra de um centro logístico na Azambuja.

A PLMJ assessorou a W.P. Carey, um fundo de investimento em Real Estate, sedeado nos EUA, na compra de um centro logístico na Azambuja. Esta aquisição, concluída por um total de 43 milhões de euros, foi considerada Deal of the Month do mês de Outubro pelo Transnational Track Record (TTR).

Duarte Schmidt de Lino (Sócio Coordenador da PLMJ Private Equity), liderou a equipa multidisciplinar da PLMJ, numa operação que contou também com a participação de Sara Blanco de Morais (Sócia Coordenadora da PLMJ Urbanismo), Rita Alarcão Júdice (Sócia da PLMJ Imobiliário e Construção) e Teresa Madeira Afonso (Associada Coordenadora da PLMJ Corporate/M&A e Private Equity).

A W.P. Carey, fundada em 1973, é um dos maiores fundos mundiais de investimento em Real Estate, com negócios preferencialmente localizados nos EUA, Europa do Norte e Ocidental. O seu portefólio conta com um vasto conjunto de imóveis comerciais, arrendados a longo prazo a entidades com garantida capacidade de crédito. É um fundo cotado em bolsa, na New York Stock Exchange (NYSE), e vale acima de 17 mil milhões de dólares.

Já o ativo adquirido localiza-se no parque logístico da Azambuja, o principal centro logístico de Portugal. Com 50 mil metros quadrados, é a central de distribuição da Sonae MC, e o seu único armazém na região da Azambuja, com capacidade de armazenamento a frio e para produtos perecíveis.

As equipas de PLMJ têm prestado assessoria jurídica nas mais importantes operações do mercado Português, facto que foi reconhecido pelo TTR, ao considerar PLMJ, no seu ranking do terceiro trimestre de 2018, líder nacional na assessoria jurídica a operações de M&A e no ranking de Private Equity, não apenas em volume e valor das transações assessoradas, como também no número de Advogados especialistas ativos nestas áreas.

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Instagram quer ser mais acessível. Invisuais vão poder “ouvir” fotos

É através de inteligência artificial que serão produzidos os textos descritivos, com tecnologia que reconhece objetos e enumera o que se vê na imagem.

Já pensou em “ouvir” fotografias? Os avanços da tecnologia permitem cada vez mais tornar a experiência online inclusiva. O Instagram é uma plataforma de partilha de imagens, mas está a desenvolver ferramentas para se tornar mais acessível para pessoas invisuais.

A funcionalidade pensada pela plataforma produz uma descrição escrita das fotos, que pode ser lida em alta voz por um leitor de ecrã, escreve o Business Insider (acesso livre/conteúdo em inglês). É através de inteligência artificial que são produzidos os textos alternativos, com tecnologia que reconhece objetos e enumera o que se vê na imagem.

Os utilizadores que publicam fotos também poderão adicionar nas legendas, numa área específica que vai ser criada, descrições mais detalhadas, e também mais agradáveis de se ouvir do que uma lista.

Será possível adicionar descrições alternativas das fotografias.Instagram

A aplicação detida pelo Facebook indicou ainda que mais iniciativas serão anunciadas, sendo que “estes são apenas os primeiros passos para criar um Instagram mais acessível”, em comunicado.

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JPAB representou “O Mirante”em defesa da liberdade de imprensa

A JPAB representou “O Mirante”, o maior jornal regional do país, num complexo processo judicial que durou oito anos.

A JPAB representou “O Mirante”, o maior jornal regional do país, num complexo processo judicial que, durante cerca de oito anos, condicionou a liberdade editorial do conhecido título ribatejano e no âmbito do qual chegou a estar em discussão uma indemnização potencial de cerca de 27 milhões de euros.

O processo terminou com a absolvição total dos proprietários do jornal e do seu diretor pelo Tribunal da Relação de Évora, posteriormente confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça e com o reconhecimento de que a linha editorial seguida foi legítima, pertinente e legal.

Liderado por João de Castro Baptista, advogado de contencioso e sócio coordenador da área de direito penal da JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados, este processo representa um verdadeiro case study sobre as tentativas de utilização do sistema judicial para restringir a liberdade de imprensa e foi o tema do livro intitulado “O Processo: Tentativas de Condicionamento da Informação em Portugal”, da autoria do antigo jornalista do Expresso, Orlando Raimundo.

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Brexit: Responsável da UE diz que tempo de negociações acabou

  • Lusa
  • 29 Novembro 2018

Negociador comunitário diz que tem que se respeitar o debate parlamentar no Reino Unido. Michel Barnier garante que a UE vai continuar a defender os seus interesses 'sem espírito de vingança'.

O negociador comunitário para o ‘brexit’, Michel Barnier, vincou esta quinta-feira, no Parlamento Europeu, que o tempo das negociações do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e da declaração política da relação futura terminou e que este é o tempo da ratificação.

“O tempo das negociações sobre o acordo de saída e a declaração política terminou. É o tempo da ratificação, pelo parlamento britânico, pelo vosso parlamento, e pelo Conselho. Tendo em conta as circunstâncias difíceis desta negociação e a extrema complexidade da saída britânica [da UE], o acordo que está em cima da mesa é o único e o melhor possível”, enfatizou o principal negociador comunitário para o ‘Brexit’.

Na sua intervenção inicial no Parlamento Europeu (PE), num debate dedicado à saída do Reino Unido do bloco comunitário, Michel Barnier repetiu a ideia de que este é o único acordo possível, que foi propagada até à exaustão no domingo pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 e pelos presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, aquando da validação deste texto e da declaração política.

“Ainda resta a ratificação do nosso acordo de saída. É tempo de cada um assumir as suas responsabilidades. O parlamento britânico vota na próxima semana os dois documentos. Devemos respeitar o debate parlamentar e o tempo do debate parlamentar no Reino Unido”, defendeu, sem evitar deixar um ‘alerta’ aos parlamentares britânicos, que deverão ‘chumbar’ o acordo de saída na votação na Câmara dos Comuns em 11 de dezembro.

O negociador-chefe da UE para o ‘Brexit’ prossegiu com elogios ao papel desempenhado pelo PE durante as negociações, sublinhando que o acordo de saída e a declaração política “devem muito” a três resoluções votadas em plenário, que visaram a preservação dos direitos dos cidadãos, dos interesses e da autonomia de decisão da União, da integridade do mercado único e da indivisibilidade das quatro liberdades.

“Ultrapassámos esta primeira etapa juntos, e do lado europeu com uma profunda união dos 27 e das instituições entre elas. O acordo aprovado no domingo foi resultado de um método que decidimos juntamente com vocês. Houve uma progressão lógica, primeiro discutimos o acordo de saída e só depois vamos debater a relação futura”, lembrou.

“Desde o início, trabalhámos com transparência. Este método permitiu-nos explicar cada passo, demonstrar o que era possível e o que não era possível. Desde o início, demonstrámos como podíamos respeitar os nossos princípios sem pisar as linhas vermelhas do Reino Unido. O quadro proposto conferiu uma ordem, uma estabilidade às negociações. Ninguém poderá ficar objetivamente surpreso com o conteúdo do nosso acordo”, completou.

Enaltecendo que os dois documentos aprovados no domingo pelo Conselho Europeu permitem limitar as consequências negativas do ‘Brexit’, Barnier garantiu que a UE continuará a defender os seus interesses e a aplicar os seus princípios na negociação da relação futura com Londres.

“Nesta negociação que se vai abrir, teremos a mesma atitude. Nunca haverá agressividade, espírito de vingança ou punição. Continuaremos a trabalhar com o Reino Unido e não contra ele para delinear a parceria com esse grande país”, asseverou.

Para o político francês, a parceria do bloco comunitário com o Reino Unido será “sem precedentes pela extensão e o número de âmbitos de cooperação”, não podendo, todavia, manter-se o ‘status quo’.

“A decisão do Reino Unido deixar a UE e o mercado único não pode ser business as usual, e a nossa obrigação é dizer, nomeadamente às empresas, que devem preparar-se. Mas o nosso objetivo é desenvolver uma parceria ambiciosa”, reiterou.

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Carlos Costa: “Decisões de resolução dos bancos não são decisões dos supervisores”

Governador do Banco de Portugal descarta responsabilidades nas liquidação do BES e do Banif, dizendo que foi o Estado português que assumiu o novo quadro regulatório ao aprovar a lei sobre a resolução

“O Estado português assumiu um quadro regulatório quando aprovou a lei sobre a resolução, co-responsabilizou-se pelo mecanismo europeu de resolução, o que significa que as decisões não são decisões dos supervisores”, referiu esta quinta-feira Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, descartando assim qualquer responsabilidade nas medidas de liquidação que foram impostas no passado ao BES e ao Banif e que implicaram perdas para os investidores.

Não podem ficar os supervisores ficar com a responsabilidade da implementação de uma lei que é resultado dos interesses coletivos“, disse ainda o governador no Fórum Banca, organizado pelo Jornal Económico e pela PwC.

Na sua intervenção sobre o estado da banca em Portugal, Carlos Costa começou por dizer que “não há almoços grátis”. Isto para demonstrar que ou os bancos ficam restringidos na sua função de conceder crédito à economia ou então têm de ser assegurados mecanismos públicos para garantir a estabilidade do sistema financeiro.

Um sistema financeiro mais propício a fornecer crédito é naturalmente um sistema mais propício a ter acidentes“, considerou. E a “sociedade tem de saber se esta disponível para fornecer a redes de segurança que são necessárias para garantir a estabilidade financeira”, disse.

Nesse sentido, adiantou que “no final do dia, ou se tem uma situação em que, em nome da segurança, a função de credito fica restringida, ou se tem uma situação em que em nome da necessidade promover crédito, está a segurança em causa e alguém vai ter de assegurar que o sistema não colapsa, seja contribuinte ou seja o sistema”, explicou.

Face ao legado que a banca ainda se encontra a enfrentar, Carlos Costa nota resultados positivos na redução do crédito improdutivo, mas disse que “é crucial que os bancos portugueses continuem a cumprir os planos de redução de ativos não produtivos que submeteram às autoridades”.

“A redução dos ativos não produtivos gerará maior confiança sobre a robustez dos balanços, sobre a rendibilidade e sobre a sustentabilidade das instituições, contribuindo para uma melhoria da sua valorização pelos mercados. Trata-se de um jogo win win, em que ganham todas as partes interessadas: os acionistas, os colaboradores, os clientes, os depositantes e, acima de tudo, o interesse público”, disse.

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