Pina Martins: “Situação com a Toys “R” Us está a ser regularizada”

O CEO da Science4you explica que as duas empresas continuam a trabalhar em parceria. O prospeto da IPO da Science4you aponta para um dívida da Toys "R" Us, referente ao ano passado, de 770 mil euros.

A dívida de 770 mil euros da Toys “R” Us à Science4you — referida nas contas da startup do ano passado — está a ser regularizada, explicou o CEO Miguel Pina Martins, em declarações ao ECO. Após a falência da cadeia de brinquedos em vários países e aquisição do negócio em Portugal e Espanha por um grupo de investidores portugueses, as duas empresas mantém uma relação sólida.

“A situação com a Toys “R” Us está a ser regularizada. Atualmente, há dívidas do negócio corrente, com os prazos de pagamento normais”, afirmou Miguel Pina Martins. “Não é um problema. A Toys “R” Us já era um parceiro e tornou-se anda mais depois da aquisição”.

O prospeto da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Science4you aponta para uma dívida da Toys “R” Us de 769.980 euros. Perante este cheque em falta, a Science4you Espanha apresentou prejuízos de 566 mil euros em 2017, sendo que o capital próprio passou para -547 mil euros.

“Para este resultado negativo contribuiu principalmente a falência da Toys “R” Us, na medida em que a Science4you Espanha provisionou créditos no valor de cerca de 500 mil euros, baseado no princípio da prudência e tendo em conta as notícias da falência e fecho efetivo da insígnia noutras geografias”, refere o prospeto.

Miguel Pina Martins clarifica agora que “fazer provisões faz parte do negócio”. Acrescentou: “Quando colocámos uma provisão foi numa perspetiva de prudência. No final do ano passado, soubemos da falência e colocámos uma provisão para acautelar o futuro”.

A dívida — que não chegou a vencer por ter sido acordada com os anteriores acionistas a regularização através de pagamentos faseados — refere-se não só ao negócio de Espanha, mas a nível internacional. Esta diz respeito a mercadoria que estava na posse da Toys “R” Us na altura em que a empresa faliu nos EUA e Reino Unido. Desde então, a situação alterou-se.

Em Portugal e Espanha, a marca manteve-se viva depois de, em agosto do ano passado, ter sido comprada pela empresa portuguesa Green Swan. Paulo Sousa Marques, CEO da Toys “R” Us Iberia, garantiu que a empresa “não tem, nem nunca teve, nenhuma dívida vencida com qualquer dos seus fornecedores e de com a operação de aquisição ter garantido a manutenção de uma operação e de mais de 1.300 postos de trabalho”.

Em comunicado, a Toys “R” Us Iberia defendeu ainda que é um projeto “sólido”, “não tendo quaisquer dividas a fornecedores, parceiros ou colaboradores e que conta com um património líquido de 112 milhões de euros, segundo o balanço certificado após aquisição, por parte do grupo de investimento Green Swan. Desmente por isso qualquer dívida, hoje ou anterior, à Science4you”.

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BCP e Navigator dão gás à bolsa. Lisboa brilha na Europa

O PSI-20 valorizou perto de 1%, destacando-se com o melhor registo a nível europeu. A valorização de quase 2% do BCP e acima de 4% da Navigator suportam os ganhos lisboetas.

A bolsa nacional destacou-se pela positiva numa sessão marcada por ganhos ligeiros para as ações europeias. O PSI-20 somou em torno de 1%, liderando as subidas na Europa, com o BCP e a Navigator a serem os principais suportes, com ganhos próximos de 2% e acima de 4%.

O PSI-20 valorizou 0,7%, para os 4.870,14 pontos, com dez dos 18 títulos que o compõem em terreno positivo, seis no vermelho e dois inalterados: a EDP Renováveis e a F. Ramada.

O BCP foi o principal responsável pelo desfecho positivo da sessão lisboeta, com as suas ações a avançarem 1,66%, para os 24,49 cêntimos, a beneficiarem do sentimento positivo em torno do setor financeiro nacional assumido pelo próprio Banco de Portugal (BdP).

Nesta terça-feira, a vice-governadora do BdP, Elisa Ferreira, adiantou à Reuters que a banca está “on track” para resolver o problema dos non performing loans (NPL), pois está a conseguir reduzi-los a um ritmo significativo de quatro a cinco mil milhões de euros, ou 15% do total atual, por semestre.

A maioria das cotadas ligadas ao setor do papel também apoia o avanço do índice de referência da bolsa de Lisboa, com a Navigator a ser o principal destaque. Os títulos da empresa liderada por Diogo da Silveira dispararam 4,55%, para os 3,768 euros, depois de terem sido alvo de revisões em alta de avaliações.

Foi o que aconteceu com o Caixabank BPI que publicou uma nota de análise sobre a indústria do papel, onde aumentou a sua avaliação da Navigator, bem como da Semapa. Esta última também conseguiu um bom registo na sessão, com as suas ações a somarem 2,45%, para os 14,20 euros.

No que respeita à Navigator, o BPI avalia agora as suas ações nos 5,25 euros, um aumento inferior a 1% face ao anterior preço-alvo. Contudo, este target representa para as ações da papeleira um potencial de valorização de quase 40% face à atual cotação.

Já a Pharol liderou nos ganhos, com as suas ações a dispararem 11,54%, para 19,52 cêntimos.

Nota negativa para a Mota-Engil, cujos títulos derraparam 8,28%, para os 1,662 euros, a corrigir dos ganhos das últimas sessões. Esse desempenho negativo acontece também no dia em que as ações da construtora foram alvo de uma revisão em baixa de target por parte do Caixabank BPI. O banco desceu o respetivo preço-alvo, dos 4 para os 3,1 euros, mas ainda assim mantém um potencial de subida acima de 70%.

Já a Galp Energia e a EDP viram as suas ações deslizarem 0,83% e 0,39%, respetivamente, para os 14,285 e 3,058 euros, travando assim o desempenho positivo do PSI-20.

(Notícia atualizada às 16:59 com mais informação)

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BiG já permite aos clientes verem as suas contas noutros bancos

O BiG Total Banking é uma ferramenta que permite aos clientes do BiG aceder a informação sobre os recursos aplicados em diferentes tipos de ativos, independentemente do banco onde estão.

O Banco BiG não quer ficar de fora na corrida determinada pela nova diretiva europeia dos serviços de pagamentos (PSD2) que entra em pleno funcionamento em setembro. O banco online vai permitir, a partir desta quarta-feira, que os seus clientes possam aceder de forma agregada à informação relativa a todas as contas que detêm independentemente do banco.

Tal é possível através do BiG Total Banking, uma ferramenta que a instituição financeira liderada por Carlos Rodrigues diz ser pioneira em Portugal e que “procura facilitar a vida dos clientes“.

Em concreto, a partir de hoje, os clientes do BiG podem ver num só sítio a informação relativa a todas as suas contas, independentemente da instituição financeira. Designadamente, o saldo da conta bancária, os montantes aplicados em diferentes produtos financeiros, bem como a respetiva evolução. Essa informação estará disponível tanto através do computador como do acesso mobile.

“Esta é uma ferramenta que estará ativamente presente na vida do cliente. Assim, focámo-nos em desenvolver um serviço seguro, inovador e sem custos”, contextualiza Carlos Rodrigues, que reconhece que o objetivo do banco é “antecipar” a entrada em pleno funcionamento da PSD2.

Para aderir a essa nova funcionalidade, o cliente terá de a configurar a partir da sua conta no banco BiG. Terá de permitir a agregação de posições e selecionar as contas que detém nos diferentes bancos que pretende incluir. Para tal, terá de introduzir num campo o nome do utilizador e a password de cada uma das contas em causa.

A partir daí, poderá passar a consultar toda a informação relativa aos recursos aplicados nos diferentes produtos que detém –conta à ordem, fundos de investimento, ações, obrigações, etc — e acompanhar a sua evolução a partir dessa ocasião, com o apoio de registos gráficos. Contudo, apenas será possível consultar informação e não fazer qualquer movimento dessas contas, pelo menos para já. A partir de setembro, essa realidade deverá mudar, com a entrada em pleno da PSD2.

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Em plena guerra comercial, BPI vê Semapa, Mota e Sonae Capital a brilhar em 2019

O BPI CaixaBank lançou as suas perspetivas para o mercado acionista nacional no próximo ano. Jerónimo Martins e Nos continuam a ser preferidas, mas Semapa, Mota e Sonae Capital dão maior potencial.

Crise orçamental em Itália, Brexit, guerra comercial e abrandamento da economia na Zona Euro. São algumas das potenciais ameaças que os analistas do BPI CaixaBank identificaram e que podem virar as bolsas do avesso. Mas também encontram oportunidades no mercado ibérico. No caso português, a Jerónimo Martins e a Nos continuam na lista das preferidas do banco. Mas são as ações da Semapa, da Mota-Engil e da Sonae Capital que apresentam maior potencial de valorização no PSI-20.

“Com um orçamento a desafiar as regras da União Europeia (UE), Itália deverá ser sujeita a sanções e a tensão pode escalar para uma crise política na UE”, diz a equipa de research no “Iberian Book” datado desta terça-feira. “Entretanto, Bruxelas e Londres chegaram a um pré-acordo sobre o Brexit mas a aprovação do parlamento do Reino Unido está longe de estar garantida”, acrescenta ainda.

Nos EUA, o BPI CaixaBank diz que a guerra comercial entre os EUA com a China e a UE “continua a ser uma fonte de incerteza”. Deste lado do Atlântico, salienta o abrandamento da economia da Zona Euro no terceiro trimestre, quando o desempenho económico alemão saiu abaixo do esperado.

Neste cenário, o BPI CaixaBank reviu as avaliações das principais cotadas nacionais. A Jerónimo Martins e a Nos surgem em destaque ao manterem-se como as únicas ações portugueses incluídas na “Core List” do banco, ambas com recomendação de “Compra” — as restantes nove ações são de empresas espanhola.

Sobre a retalhista portuguesa, com um preço alvo de 15,85 euros (o que dá um potencial de valorização de 48%), os analistas sublinham que “continua a conquistar quota no seu principal mercado, a Polónia, beneficiando das boas perspetivas macroeconómicas“. Por outro lado, o mercado da Colômbia, onde está presente através da cadeia Ara, também “deverá trazer notícias positivas em 2019, sendo um elemento chave para a evolução dos lucros no futuro” da Jerónimo Martins.

Em relação à Nos, “a operadora de telecomunicações deverá apresentar de um perfil de cash flow superior nos próximos anos”. O banco atribui um preço alvo de 6,35 euros, o que dá um potencial de ganhos de 22% face à cotação de fecho desta terça-feira, e diz que “a atual avaliação parece atrativa à medida que se torna mais claro o caminho da companhia rumo um elevado free cash flow e dividend yield.

Semapa, Mota e Sonae Capital a brilhar

Ainda assim, apesar de a Jerónimo Martins e a Nos continuarem entre as preferidas, há um trio de ações nacionais que podem disparar no próximo ano. São os casos da Semapa, Mota-Engil e Sonae Capital, a quem os analistas atribuem um potencial de valorização entre 67% e 79%.

No caso da Semapa, o preço alvo foi revisto em alta para 24,8 euros, oferecendo um potencial de 78,9% face ao fecho da última sessão. “Deverá continuar a ser influenciada pela Navigator”, diz o BPI Caixabank, isto apesar de reconhecer que “o negócio do cimento tem demorado mais tempo do que o esperado para melhorar”.

Já a construtora viu a avaliação baixar dos 4,0 euros para os 3,1 euros, mas continua com potencial de ganhos de 71%, perante a “exposição única ao mercado de infraestruturas africana em rápido crescimento, a carteira de encomendas em máximos históricos e o ponto de viragem na geração de cash flow“.

Por fim, a Sonae Capital é vista como ação para “cristalizar valor”. O banco dá um preço alvo de 1,25 euros ao título, antecipando uma valorização potencial de 67%. Argumenta que “vendas adicionais de ativos imobiliários e a distribuição de dividendos deverão ser elementos importantes” para a ação que “está a negociar com um desconto relevante face ao valor líquido dos ativos”.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Campo Pequeno vai ter novo empreendimento. Vai ter 390 camas para estudantes e 250 apartamentos

A TPG Real Estate e da Round Hill Capital adquiriram um terreno com cerca de 39 mil metros quadrados na zona do Campo Pequeno, onde serão construídas habitações e uma residência estudantil.

Há um novo projeto imobiliário a nascer na capital portuguesa. A TPG Real Estate e da Round Hill Capital adquiriram um terreno na zona do Campo Pequeno com cerca de 39 mil metros quadrados, no qual vão construir várias habitações. Além de 250 apartamentos, o empreendimento contará com uma residência estudantil.

O projeto, localizado no Campo Pequeno, no centro de Lisboa, vai ter uma “capacidade de 390 camas para estudantes e cerca de 250 apartamentos. A residência de estudantes vai incluir áreas de estudo e lazer para estudantes, assim como espaços comerciais comuns disponíveis para todos os residentes“, anunciaram em comunicado. Está localizado a “uma curta distância a pé do Campus da Universidade de Lisboa e de outras universidades, institutos e escolas de negócios”.

Projeto da TPG Real Estate e da Round Hill Capital, na zona do Campo Pequeno

Depois de construída, a residência de estudantes vai ser gerida pela Nido Student, unidade da Round Hill especializada neste tipo de projetos na Europa.

Este é o primeiro negócio em conjunto das duas entidades em Portugal, “país que apresenta um desempenho económico robusto, com uma dinâmica positiva no segmento residencial e oferece indicadores de confiança para o investimento imobiliário”, lê-se no comunicado.

“Temos testemunhado uma procura crescente de espaços residenciais de elevada qualidade e com uma localização privilegiada em Lisboa, alavancada pela robustez da economia em Portugal. Estamos convictos de que a vasta experiência neste setor da TPG Real Estate (…) e o conhecimento da Round Hill no mercado residencial, incluindo alojamento de estudantes na Europa, vai criar uma parceria dinâmica que nos coloca numa posição privilegiada neste segmento de mercado”, diz Michael Abel, partner na TPG Real Estate, em comunicado.

Esta não é a primeira vez que a Round Hill investe em território nacional. Em junho do ano passado, a empresa investiu 100 milhões de euros num projeto que inclui residências de estudantes, apartamentos, um supermercado, áreas de restauração e espaços de escritórios.

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Wall Street à espera de tréguas na guerra comercial. Investidores atentos à Fed

Índices norte-americanos estão em terreno positivo perante o otimismo quanto à possibilidade de uma trégua entre os EUA e a China. Investidores aguardam o discurso do presidente da Fed.

As bolsas norte-americanas estão em alta, com os investidores mais confiantes na possibilidade de uma trégua entre os Estados Unidos e a China na próxima cúpula do G20. Além disso, o sentimento positivo dos mercados está a refletir as expectativas dos investidores quanto ao discurso de Jerome Powell.

O índice de referência S&P 500 abriu a subir 0,35% para 2.691,45 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valoriza 0,74% para 7.135,08 pontos. Por sua vez, o industrial Dow Jones acompanha a tendência e soma 0,34% para 24.832,84 pontos.

Os investidores estão menos preocupados com os receios da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, principalmente depois de assessor económico da Casa Branca ter dito que o encontro entre os dois países no sábado serviu como um “virar de página”, avança a Reuters (conteúdo em inglês). Ficou assim, em aberto, a possibilidade de se alcançar um acordo comercial entre os dois países, principalmente pela aproximação da cúpula do G20, que vai decorrer sexta-feira e sábado em Buenos Aires.

“O comércio tem sido um problema há muito tempo e qualquer indício de que a disputa comercial [entre os Estados Unidos e a China] poderá ser resolvida acaba sempre por melhorar o crescimento mundial”, diz Kim Forrest, do Fort Pitt Capital Group, citado pela agência de notícias. Este sentimento já se traduziu nesta sessão, com vários pesos pesados da indústria a mostrarem subidas: a Boeing está a somar 2,05% para 324,55 dólares e a Caterpillar avança 0,33% para 125,01 dólares.

Além das tensões comerciais, os investidores aguardam expectantes o discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, que vai falar esta quarta-feira sobre o quadro de estabilidade financeira. Nos últimos meses, Powell tem sido fortemente criticado por Donald Trump devido aos aumentos das taxas de juro e outras políticas adotadas.

O discurso do presidente da Fed vai ser analisado minuciosamente para tentar perceber se estão em cima da mesa mais aumentos nas taxas de juro para o próximo ano, especialmente depois de esta ter advertido sobre as perspetivas de crescimento mundial, diz a Reuters.

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Bruxelas apresenta esta semana novo rascunho do orçamento da União Europeia para 2019

  • Lusa
  • 28 Novembro 2018

Depois de, na semana passada, as negociações sobre a proposta inicial terem terminado sem acordo, a Comissão Europeia vai apresentar esta semana um segundo draft.

A Comissão Europeia irá apresentar esta semana um segundo rascunho do orçamento da União Europeia para 2019 ao Parlamento Europeu e ao Conselho, depois de, na semana passada, as negociações sobre a proposta inicial terem terminado sem acordo.

“O comissário [Günther] Oettinger informou o colégio sobre o estado das negociações com o Parlamento Europeu e o Conselho após o resultado inconclusivo do processo de conciliação. A Comissão Europeia decidiu delegar no comissário Oettinger a responsabilidade de apresentar um segundo rascunho do orçamento esta semana”, detalhou o vice-presidente do executivo comunitário Valdis Dombrovskis.

Dombrovskis, que também é o comissário responsável pelo Euro, falava em conferência de imprensa no final da reunião semanal do colégio de comissários em Bruxelas.

Em 19 de novembro de 2018, o Conselho e o Parlamento Europeu (PE) terminaram as negociações sobre o orçamento da União Europeia (UE) para 2019 sem terem chegado a acordo. Os dois ramos da autoridade orçamental chegaram à conclusão de que não estavam em condições de superar as suas divergências até à meia-noite, prazo legal fixado nos Tratados.

“O Conselho lamenta que não tenha sido possível chegar a acordo sobre o orçamento da UE para 2019”, afirmou na altura Hartwig Löger, ministro federal das Finanças da Áustria e principal negociador do Conselho da UE para o orçamento comunitário para 2019.

“Ao longo do processo de conciliação, o Conselho esforçou-se muito por encontrar uma solução que dotasse a União de meios para enfrentar os desafios que se avizinham. Mas continuo confiante de que chegaremos a acordo sobre o orçamento do próximo ano antes do final deste ano”, disse então.

Embora o Conselho tenha apresentado uma proposta que iria além da proposta inicial da Comissão, o Parlamento preferia usar fundos não utilizados de anos anteriores relacionados com projetos de investigação. O Conselho, no entanto, receava que tal criasse um precedente com consequências desconhecidas no futuro.

O Parlamento também defendia uma menor contribuição do orçamento da UE (estavam previstos dois mil milhões de euros) para o financiamento do Mecanismo em Favor dos Refugiados na Turquia.

A Comissão, através do seu comissário do Orçamento, apresentará agora um novo projeto, e se, no início do próximo ano, o orçamento da UE ainda não tiver sido definitivamente aprovado, aplica-se o sistema de duodécimos provisórios, o que significa que se poderá gastar por mês um máximo de um duodécimo das dotações inscritas no orçamento do exercício anterior.

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May defende no parlamento que acordo garante menor impacto económico

  • Lusa
  • 28 Novembro 2018

A primeira-ministra britânica defendeu no parlamento que o acordo negociado com a União Europeia garante um impacto económico menor e descartou que o país vá ser “mais pobre no futuro”.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, defendeu esta quarta-feira no parlamento que o acordo que negociou com a União Europeia garante um impacto económico menor e descartou que o país vá ser “mais pobre no futuro”.

Na sessão semanal de perguntas e respostas na Câmara dos Comuns, May repetiu que o acordo de ‘Brexit’, apoiado no domingo pelos 27 em cimeira extraordinária, “é o melhor disponível” para proteger os empregos e a economia.

A primeira-ministra falava depois da divulgação de um relatório do seu executivo segundo o qual a saída do Reino Unido da UE com base no plano governamental conhecido como Plano Chequers, que Bruxelas rejeitou, custará ao país 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 15 anos, quebra que, no caso de uma saída sem acordo, se eleva a 7,7%.

A estimativa compara a evolução do PIB com as perspetivas de crescimento se o país permanecesse na União.

“Esta análise mostra que não seremos mais pobres no futuro, mostra que estaremos melhor com este acordo”, disse May aos deputados, numa altura em que faltam menos de duas semanas para a votação do acordo no parlamento e em que a aprovação está longe de estar garantida.

O líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou que “está na altura de trabalhar num outro acordo” e considerou que “é agora claro que o parlamento não vai apoiar este plano”.

O “ministro-sombra” da Economia no Partido Trabalhista, John McDonnel, considerou “absurdo” discutir o relatório, uma vez que ele não apresenta números em relação ao acordo efetivamente fechado com Bruxelas.

Além dos Trabalhistas, o aliado norte-irlandês de May, o partido unionista DUP, membros dos Conservadores favoráveis a um “hard Brexit”, os Liberais-Democratas e os nacionalistas escoceses opõem-se ao acordo.

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Economia dos Estados Unidos cresceu 3,5% no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 28 Novembro 2018

Os dados relativos à evolução económica norte-americana entre os meses de julho e setembro representam uma ligeira desaceleração, quando comparados com o trimestre anterior.

A economia norte-americana cresceu a um ritmo anual de 3,5% no terceiro trimestre, confirmou esta quarta-feira o Departamento do Comércio, numa segunda estimativa que reviu em baixa o consumo das famílias.

“Com esta segunda estimativa, o panorama geral de crescimento permanece inalterado”, referiu o Departamento do Comércio.

Os dados relativos à evolução económica entre julho e setembro representam uma ligeira desaceleração em relação ao trimestre anterior, quando o crescimento ficou em 4,2%, o maior aumento do Produto Interno Bruto (PIB) desde 2014.

O consumo, principal impulsionador da expansão económica norte-americana, cresceu a um ritmo de 3,6%, quando a estimativa anterior apontava para 4%, mas o investimento das empresas foi maior do que o inicialmente calculado.

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Um a um, estes deputados do PS votaram contra a baixa do IVA nas touradas

Os deputados socialistas tiveram liberdade de voto para a proposta de alteração ao OE que determinava a inclusão dos eventos tauromáquicos nos espetáculos com IVA reduzido.

A proposta socialista que previa a inclusão dos eventos tauromáquicos na lista de espetáculos com IVA reduzido dividiu a bancada de Carlos César. Foram 43 os deputados do PS que votaram a favor, e 41 que votaram contra. Também se opuseram à medida o BE, o PAN, o CDS e o PCP, sendo a proposta rejeitada pelo Parlamento.

Esta proposta de alteração ao Orçamento do Estado (OE) foi apresentada pelo grupo parlamentar do PS, em oposição à vontade expressa do Governo. No debate na generalidade da proposta de OE, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, recusou descer o IVA da tauromaquia, alegando que se tratava de uma questão de “civilização”. Declarações que geraram enorme polémica e que levaram Carlos César a avançar com uma proposta em sentido contrário, que surpreendeu o próprio primeiro-ministro e que os comentadores políticos leram como um braço de ferro entre os dois pesos pesados do partido socialista.

Apesar de esta proposta ter sido chumbada, as touradas vão mesmo ter IVA a 6%. Isto porque, na sessão da última terça-feira, foi aprovada a descida da taxa do IVA para o mínimo não só nas touradas, mas também nas entradas em espetáculos de canto, dança, música, teatro, cinema e circo, sem discriminações em termos de local onde decorre o espetáculo.

Os deputados socialistas tiveram liberdade de voto para esta proposta, com António Costa a admitir que “se fosse deputado do PS votaria contra”. Apesar de Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, ter indicado que foram 40 os deputados que votaram contra, enunciou 41 nomes. Eis a lista dos deputados do PS que votaram contra redução do IVA das touradas:

  • Catarina Marcelino
  • Sónia Fertuzinhos
  • Luís Soares
  • Ana Catarina Mendes
  • Pedro Delgado Alves
  • Edite Estrela
  • Fernando Jesus
  • Alexandre Quintanilha
  • Margarida Marques
  • Paulo Trigo Pereira
  • Fernando Rocha Andrade
  • Filipe Neto Brandão
  • Carla Sousa
  • Tiago Barbosa Ribeiro
  • Porfírio Silva
  • Susana Amador
  • Elza Pais
  • António Sales
  • Rosa Albernaz
  • Lúcia Araújo Silva
  • Caldeira Cabral
  • André Pinotes Batista
  • Carla Tavares
  • Wanda Guimarães
  • Ana Passos
  • António Almeida Santos
  • Francisco Rocha
  • José Rui Cruz
  • José Magalhães
  • Diogo Leão
  • Isabel Moreira
  • Isabel Santos
  • Luís Graça
  • Pedro Bacelar Vasconcelos
  • Constança Urbano Sousa
  • Hugo Carvalho
  • Odete João
  • Maria Conceição Loureiro
  • Ivan Gonçalves
  • Vitalino Canas
  • Sandra Pontedeira

Depois de conhecido o resultado da votação, a Associação de Promotores, Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) congratulou-se com a descida do IVA dos bilhetes para os espetáculos, sem discriminações, referindo que tal irá refletir-se nos preços já partir de 1 de janeiro. “Estávamos à espera disto desde que foi anunciado, portanto estamos muito satisfeitos com esta decisão de não discriminar o que é um recinto fixo e o que é um recinto improvisado, e [o que fazia] os mesmos conteúdos artísticos terem IVA diferentes. Assim faz sentido”, afirmou Sandra Faria, da direção daquela estrutura, em declarações à agência Lusa.

“Estamos muito satisfeitos de esta medida entrar em vigor já a 1 de janeiro, que é o que faz sentido porque é o ano fiscal, e não em julho, a meio do ano”, afirmou Sandra Faria. De acordo com a dirigente da APEFE, “isto quer dizer que os bilhetes que estão à venda neste momento, com IVA a 13%, automaticamente, quando o IVA alterar, o preço vai baixar”. Sandra Faria sublinhou estar a falar apenas pela associação “e não por todo o país”.

A APEFE, que foi formalizada em 2017, reúne algumas das maiores promotoras de espetáculos, como a Everything is New, a Música no Coração, a Ritmos, a UAU, a Ritmos & Blues, a Better World, a Ao Sul do Mundo, a Sons em Trânsito, a Uguru e a Regiconcerto. Ou seja, os bilhetes que já estão à venda para espetáculos promovidos pelos associados da APEFE baixarão de preço em janeiro, tal medida afetará, por exemplo, o valor dos bilhetes de alguns dos festivais de verão.

(Artigo atualizado com declarações da APEFE)

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Orçamento para 2019 arranca com cativações de despesa à volta de mil milhões de euros

Centeno fixou défice de quase zero para 2019 e, por isso, não levanta pé do travão das cativações. OE arranca com despesa congelada abaixo do teto que o Parlamento aprovou, mas perto do valor de 2018.

Quando os serviços da Administração Pública começarem a executar o Orçamento do Estado (OE) para 2019 vão trabalhar com um nível de cativações de despesa abaixo do limite máximo aprovado esta segunda-feira no Parlamento, mas ainda assim à volta dos mil milhões de euros.

Apesar de ser o último OE antes das legislativas de 2019, o ministro das Finanças não levantou o pé do travão. E continua a gerir o OE com regras apertadas de disciplina orçamental.

No Parlamento, durante o debate na especialidade do OE2019, vingou a tese do Governo prevista na proposta de lei. Os cativos iniciais de despesa para o próximo ano, que resultem da proposta de lei e do decreto de lei de execução orçamental (que é normalmente conhecido no primeiro trimestre do ano), têm de ser inferiores a 90% dos cativos iniciais de 2017.

Segundo dados oficiais do Ministério das Finanças, os cativos iniciais de 2017 foram de 1.448,8 milhões de euros. Isto significa que o Parlamento deu aval ao Governo para trabalhar com um teto máximo de 1.303,9 milhões de euros.

No entanto, fonte do Executivo garantiu ao ECO que a execução do OE vai arrancar com um valor abaixo daquele limite e “à volta de mil milhões”. A mesma fonte acrescentou que este teto fica abaixo do valor com que o OE 2018 arrancou. Segundo a Direção-Geral do Orçamento, o OE 2018 começou a ser executado com cativações de 1.068,9 milhões de euros, o que significa que o OE2019 começa com um valor de cativos semelhante ao de 2018.

Apesar do ponto de partida, uma parte desta despesa cativada já teve autorização para ser realizada. Até junho mais de 900 milhões de euros de despesa ainda se mantinham congelados. Este valor baixou para 700 milhões de euros até setembro, disse no Parlamento o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, a 16 de novembro. No mesmo dia, Mário Centeno antecipou que no final do ano a despesa congelada deverá ficar entre “400 e 500 milhões de euros”.

Durante o debate na especialidade do OE, que termina esta quinta-feira com a votação final global, o PSD e o CDS tentaram impor limites mais baixos à despesa cativada. Mas as suas propostas foram chumbadas.

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Portuguesa Secret City fecha ronda de 150 mil euros de capital austríaco

  • ECO
  • 28 Novembro 2018

O investimento será utilizado para desenvolver a plataforma da Secret City Trails, a tecnologia da aplicação web, e expandir a equipa em Lisboa.

Descobrir histórias e locais através da resolução de enigmas no smartphone. Esta foi a ideia que deu origem à Secret City Trails, a startup portuguesa que conseguiu agora chamar a atenção de investidores estrangeiros: angariou 150 mil euros numa ronda de financiamento pre-seed da austríaca Speedinvest.

O investimento será usado para evoluir a plataforma da Secret City Trails, desenvolver a tecnologia da aplicação web e expandir a equipa em Lisboa, para apoiar os esforços de marketing e a gestão da comunidade de programadores dos jogos, indica a startup em comunicado.

“Estamos a transformar a descoberta da cidade num jogo”, diz Wendy van Leeuwen, cofundadora da Secret City Trails. A startup trabalha com programadores de jogos locais, que criam “aventuras” nos seus próprios bairros e cidades. Não é necessário descarregar uma aplicação, o jogo funciona no browser.

“Entrámos no mercado porque queríamos oferecer uma alternativa às tours que exigem pré-reserva, que têm início e fim em horários pré-definidos, oferecem pouca flexibilidade para intervalos espontâneos e raramente exploram zonas fora do comum”, explica a cofundadora. Tendo começado em Lisboa, a startup já se expandiu pela Europa, e está agora presente em 18 cidades, nomeadamente Amesterdão, Barcelona e Berlim.

Aposta no ecossistema português

Este foi o primeiro investimento da Speedinvest em Portugal. “Estávamos a monitorizar de perto o ecossistema de startups português há algum tempo – é realmente impressionante o número de grandes empresas que se desenvolveram num curto período de tempo”, revela Markus Lang, líder do programa de pre-seed da Speedinvest.

“Lisboa está realmente a caminho de se tornar um modelo europeu, é impressionante como o Governo, empresas, investidores e empresários estão a trabalhar juntos para levar o cenário de startups ao próximo nível “, acrescenta.

A investidora austríaca expressa ainda a vontade de ajudar a Secret City Trails a tornar-se líder de mercado na Europa. Para além de investir capital, a Speedinvest dá apoio aos empreendedores, através da passagem de conhecimento e experiência, e também da inserção na network de empresas da área.

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