Reguladores fazem ultimato. Montepio antecipa mudanças para diferenciar marcas

Os reguladores exigiram ao banco a entrega de um plano de diferenciação das marcas até ao final do mês. Ao ECO, o conselho de administração garante que os trabalhos estão quase concluídos.

O Montepio tem até ao final do mês para apresentar um plano de diferenciação das marcas do banco e da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). A exigência feita numa carta enviada pelos reguladores à instituição liderada por Carlos Tavares tem como objetivo evitar que os clientes que vão ao balcão confundam os produtos vendidos pelas duas entidades. Este plano está a ser preparado por uma equipa interna, cujos trabalhos estão quase concluídos, garantiu o conselho de administração do Montepio ao ECO.

“Como o conselho de administração referiu desde o primeiro dia, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), em articulação com a Associação Mutualista, está a definir – claramente – quer o tipo de produtos mutualistas a distribuir na rede da CEMG, quer as condições da sua distribuição”, afirma o conselho de administração liderado por Carlos Tavares ao ECO.

Estas condições incluem “a necessidade de formação adequada dos colaboradores autorizados a vender esses produtos, e informação completa, clara e rigorosa aos clientes, de modo a evitar qualquer possibilidade de confusão entre os produtos bancários e não bancários distribuídos pela CEMG”, refere o banco.

A CMVM e o Banco de Portugal enviaram uma carta à CEMG exigindo que o banco liderado por Carlos Tavares apresente um plano de separação de marcas entre a instituição e a Associação Mutualista, avançou a RTP1. Neste plano deve estar explicado como vai separar os produtos, diferenciar os riscos e ainda como vai fiscalizar as medidas. Em causa estão os produtos que escaparam à supervisão dos reguladores.

"Tem vindo a funcionar um grupo de trabalho conjunto, encarregado de estabelecer estas condições e que está em vias de concluir os respetivos trabalhos. Refira-se que existe completa sintonia entre os pontos de vista dos supervisores e do Conselho de Administração da CEMG.”

Conselho de administração do Montepio

Este plano está a ser desenvolvido por uma equipa interna do Montepio, que ficará também encarregue de perceber se será necessário adotar mais medidas. Caberá ao responsável de compliance e auditoria interna da instituição financeira acompanhar esta avaliação e determinar se o banco terá de dar mais passos para separar as marcas. E o conselho de administração garante que os trabalhos estão quase concluídos.

“Tem vindo a funcionar um grupo de trabalho conjunto, encarregado de estabelecer estas condições e que está em vias de concluir os respetivos trabalhos. Refira-se que existe completa sintonia entre os pontos de vista dos supervisores e do Conselho de Administração da CEMG”, refere o Montepio.

Montepio pode mudar de nome, mas marca fica

Num encontro com jornalistas esta terça-feira, Carlos Tavares admitiu a possibilidade de a instituição que lidera poder mudar de nome, mas que a marca Montepio em si não é para cair. “Pode mudar de nome, mas mantém a marca Montepio”, afirmou o gestor, realçando que as pessoas perdem-se no meio das siglas CEMG e AMMG e que preferem um nome mais compacto.

A mudança de nome do Montepio tem estado em cima da mesa nos últimos anos, com os reguladores a apelarem para uma maior diferenciação entre o banco e o seu único acionista, a Associação Mutualista. Após a entrada de Carlos Tavares para a administração do banco Montepio já foram dados passos no sentido de uma maior distinção entre os produtos das duas instituições, nomeadamente a mudança de nome do Capital Certo — um dos produtos financeiros mais populares da Mutualista — para Poupança Mutualista.

A comercialização do Capital Certo foi suspensa pelo Montepio desde fevereiro, ainda durante a gestão de José Félix Morgado. A nova administração liderada por Carlos Tavares, que entrou em funções em meados de março, decidiu manter essa suspensão. Mas o presidente do Montepio já antecipou que a comercialização deve ser retomada no início do próximo ano.

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Ant Financial. De formiga, a empresa de Jack Ma já é uma gigante no mundo financeiro

A empresa financeira criada por Jack Ma continua a crescer a olhos vistos. Até já é mais valiosa do que o Goldman Sachs. Mas vem aí um novo desafio.

Jack Ma, fundador do grupo Alibaba e criador da Ant Financial.World Economic Forum / Ciaran McCrickard

Jack Ma tem motivos para estar contente: a sua maior aposta no setor financeiro está a crescer a olhos vistos. A empresa chama-se Ant Financial e, ainda que o nome possa dizer pouco aos portugueses, conta com 870 milhões de clientes. Aliás, estima-se que tenha já um valor de mercado superior ao do Goldman Sachs e do PayPal.

Certo é que a Ant Financial, de ant (?) tem muito pouco. É uma gigante que revelou uma subida de 65% nos lucros antes de impostos, no valor de 1,4 mil milhões de dólares, relativamente ao ano fiscal que terminou em março. Também estamos a falar de um serviço que processa mais de 2,4 biliões de dólares em pagamentos mobile todos os trimestres, e que se prepara para entrar na bolsa, numa operação que deverá angariar dez mil milhões de dólares em capital fresco para a empresa do multimilionário chinês, segundo a Bloomberg.

A estratégia de Jack Ma, líder da gigante do comércio Alibaba, vai ao encontro da que é seguida por Jeff Bezos, o eterno “rival” da Amazon — passa por apostar em toda a cadeia de valor. Talvez seja por isso que a Ant Financial já não é só conhecida pelas apps de pagamentos. Agora, também gere ativos. Atua na área dos seguros. Concede crédito. E por aí em diante.

O valor de mercado é estimado em 150 mil milhões de dólares, mais do que os 92 mil milhões do Goldman Sachs e do que os 85 mil milhões do PayPal. Está a caminho de ultrapassar o Banco da China, avaliado em 171 mil milhões de dólares.

Ora, se há alguém capaz de se atravessar à frente da Ant Financial, é o Governo chinês. De acordo com a Bloomberg, há motivos para acreditar que a próxima temporada não será tão fácil para a empresa de Jack Ma do ponto de vista regulatório. Existem receios de que empresas como a Ant Financial, que prestam serviços financeiros e não têm regras tão apertadas como os bancos, possam representar riscos sistémicos para a economia.

Os reguladores estarão a desenhar novas leis que irão obrigar estas empresas a obter licenciamento junto do banco central chinês para exercer este tipo de atividades. Uma das medidas em cima da mesa, diz a agência, passa por exigir rácios mínimos de capital a estas companhias, estando igualmente em cima da mesa a hipótese de impor alguns limites nas transações.

É algo que poderá colocar entraves ao crescimento da Ant Financial, impondo-se como um novo desafio. Um desafio à escala de Jack Ma, que aguarda aprovação regulatória para que o grupo Alibaba readquira um terço da empresa de pagamentos.

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AIE alerta para efeitos das quedas de produção do Irão no preço do Brent

  • Lusa
  • 16 Maio 2018

A Agência Internacional de Energia considera que os "principais desafios" para o preço do petróleo são as diminuições da produção tanto do Irão como da Venezuela.

A Agência Internacional de Energia (AIE) considerou esta quarta-feira que os “principais desafios” para o preço do petróleo são as diminuições da produção tanto do Irão, devido à retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear, como da Venezuela, em crise.

“A eventual dupla diminuição da produção do Irão e da Venezuela poderia representar o maior desafio para os produtores, que teriam de evitar a abrupta subida dos preços e compensar as quedas daqueles países. E não só se trata de números de barris, mas de qualidade”, alerta a AIE no relatório mensal, que situa o preço do petróleo Brent acima dos 77 dólares.

O organismo avisou que os preços do petróleo já aumentaram 75% desde junho de 2017 e alertou para que este agravamento pode afetar a procura.

A AIE constatou a “incerteza” que se vive no mercado do petróleo este ano devido aos Estados Unidos, que em 8 de maio último anunciou que abandonava o acordo nuclear com o Irão – quinto maior exportador mundial de petróleo –, que implicará a imposição de sanções que podem conduzir a uma redução do abastecimento mundial de petróleo.

O organismo assegurou que é difícil de prever o impacto da decisão da administração norte-americana de Donald Trump, ainda que como exemplo recordou que devido às sanções de 2012 as exportações de petróleo do Irão caíram cerca de 1,2 milhões de barris por dia – atualmente vende 2,4 milhões de barris por dia.

“No meio da incerteza é pouco provável que as empresas fechem contratos para novos investimentos no Irão ou assinem acordos comerciais a longo prazo”, refere a AIE.

A agência considera que a Venezuela e o México, dois países que poderiam preencher o vazio de Teerão, não estão em condições de o fazer, adiantando que a tendência produtora para a baixa de Caracas põe em apertos o mercado mundial de petróleo.

“Na Venezuela o ritmo da queda da produção de petróleo está a acelerar e pode provocar uma contração de várias centenas de milhares de barris por dia”, constata a AIE, que assegura que Caracas não cumpriu a meta de produção a que se comprometeu nos acordos de Viena.

A AIE indica que a capacidade de produção da Venezuela é diminuta porque a empresa pública venezuelana Petróleo da Venezuela (PDVSA) viu muitos dos seus empregados abandonarem os postos de trabalho devido aos “baixos salários e às preocupações com a segurança laboral”.

Apesar dos países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) liderados pela Arábia Saudita ainda não terem compensado a redução de petróleo venezuelano, o organismo recorda que pouco depois de se conhecer a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão, Riad comprometeu-se a trabalhar com os restantes produtores mundiais para produzir mais petróleo.

O México registou a maior queda de produção entre os países que não estão enquadrados na OPEP, designadamente de 8% face ao ano anterior, especialmente nos poços Ku-Maloob-Zaap e Cantarell, segundo a AIE.

“Um aumento da produção por parte dos Estados Unidos suporia uma importante contribuição para compensar as quedas noutros pontos”, adiantou.

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CTT vão entregar compras de lojas britânicas que não enviam para Portugal

Serviço Express2Me dos CTT vai chegar a 200 mil lojas britânicas, isto é, a partir de agora vai poder receber encomendas em Portugal destas lojas que não enviam para moradas nacionais.

A partir de agora, vai poder receber em casa as compras que fez em lojas online britânicas que não disponibilizam entregas em Portugal. Como? Os CTT acabam de alargar o serviço Express2Me a 200 mil lojas digitais do Reino Unido, permitindo a entrega de produtos de marcas que não oferecem distribuição em território lusitano.

“O alargamento do serviço Express2Me para o Reino Unido permite apostar num mercado onde o comércio eletrónico é muito relevante e mais tem crescido”, explica, em comunicado, o diretor de e-commerce dos Correios de Portugal. De acordo com Alberto Pimenta, o comércio eletrónico é mesmo uma das principais apostas da empresa para “alavancar o seu crescimento”.

Os interessados têm apenas de criar uma conta no portal dos CTT. Ao fazer o registo, o utilizador recebe uma morada internacional que deverá ser indicada nas lojas online, nas quais pretende usar o serviço. Depois a encomenda é enviada para um entreposto dos CTT no Reino Unido e, uma vez chegada aí, o cliente é notificado para efetuar o pagamento do envio para Portugal. Do armazém britânico à morada portuguesa, o envio demora entre três e cinco dias úteis.

“O comércio eletrónico é um dos eixos estratégicos de desenvolvimento”, disse ao ECO fonte oficial da empresa, no início do mês. Segundo a companhia, o negócio de expresso e encomendas é o seu “principal motor de crescimento”.

No ano passado, o serviço Express2Me chegou aos Estados Unidos, tendo permitido o acesso a mais de meio milhão de lojas online norte-americanas que até então estavam “vedadas” aos portugueses.

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Obras na Ponte 25 de Abril vão cortar trânsito oito vezes no próximo ano

Em maio e outubro do próximo ano, a circulação na ponte será totalmente interrompida por oito vezes, durante a madrugada.

A Ponte 25 de Abril vai fechar ao trânsito por oito vezes no próximo ano, para a realização de obras de manutenção. Em maio e outubro de 2019, a circulação na ponta vai ser cortada por quatro vezes, sempre durante a madrugada.

A informação foi avançada, esta quarta-feira, por António Laranjo, presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), que foi ouvido na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, no Parlamento, na sequência do parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que aponta para riscos na Ponte 25 de Abril.

António Laranjo refere que a ponte será totalmente cortada em cada um dos sentidos, entre as 00h30 e as 8h30. A circulação será cortada nas madrugadas de 18 e 19 de maio e de 13 e 28 de outubro, para as obras no sentido norte-sul. Para as obras no sentido sul-norte, os cortes serão nas madrugadas de 11 e 12 de maio e 12 e 19 de outubro.

As obras terão um custo de cerca de 22 milhões de euros e deverão arrancar em outubro deste ano, ficando terminadas no final de 2020. António Laranjo apontou ainda que esta é uma obra que “está na primeira prioridade de intervenção”, mas rejeitou que seja uma empreitada urgente.

O prazo para a entrega de propostas para o contrato da empreitada de manutenção e conservação termina a 18 de junho. Já nove empresas manifestaram interesse.

As intervenções previstas na ponte incidem sobre “elementos metálicos e em elementos de betão armado pré-esforçado do viaduto de acesso norte” e compreendem, entre outros, “a execução de trabalhos de construção metálica, soldadura, reposição localizada da proteção anticorrosiva, substituição de elementos não estruturais, limpeza, tratamento e pintura pontual de superfícies de betão”.

Notícia atualizada às 12h47 com mais informação.

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Triumph novamente à venda. Mas agora com desconto

  • Lusa
  • 16 Maio 2018

Após um primeiro falhanço, as instalações e os equipamentos da antiga fábrica da Triumph vão novamente a leilão, mas com um preço mais baixo. Licitações começam nos 4,9 milhões: um desconto de 14%.

As instalações e os equipamentos da antiga fábrica de roupa interior Triumph, que está insolvente, vão estar novamente à venda, com um preço mínimo de 4,9 milhões de euros, informou esta quarta-feira a entidade gestora do processo.

A empresa alemã Triumph possuía uma fábrica em Sacavém, concelho de Loures, que foi adquirida em setembro de 2016 pela empresa Têxtil Gramax Internacional (TGI), uma sociedade portuguesa de capital suíço.

Contudo, em 24 de janeiro deste ano a fábrica de Loures, que produzia roupa interior, foi encerrada e a TGI decretada insolvente, situação que levou ao despedimento coletivo de quase 500 trabalhadores, maioritariamente mulheres.

No dia 3 de maio realizou-se um primeiro leilão, com um preço base de 5,7 milhões para tentar vender estes ativos, mas não apareceu nenhum comprador interessado, tendo sido arrematadas apenas algumas viaturas.

Fracassada a primeira tentativa de venda, a massa insolvente da TGI vai levar a cabo um segundo procedimento para tentar vender a unidade fabril e o recheio, podendo os interessados enviar propostas, por carta fechada, até ao dia 7 de junho, sendo as ofertas divulgadas publicamente no dia 14 desse mês, segundo refere o catálogo da leiloeira LC Premium.

O valor mínimo estabelecido para a aquisição destes bens é de 4,9 milhões de euros (85% do valor base).

Caso exista mais do que uma oferta de igual valor para os bens em venda, poderá proceder-se a uma licitação entre os proponentes”, refere a nota da leiloeira, ressalvando que “não há impedimento à apresentação de propostas de valor inferior ao valor base de venda”.

Contactada pela Lusa, fonte da LC Premium manifestou-se confiante no aparecimento de interessados na aquisição destes bens, referindo que “tem havido um trabalho intenso de divulgação deste catálogo junto de investidores nacionais e internacionais”.

No mesmo sentido, Mónica Antunes, do sindicato dos têxteis do Sul e antiga trabalhadora da Triumph, disse esperar que “surjam propostas favoráveis aos trabalhadores”.

No primeiro leilão ainda surgiu uma proposta de 1,5 milhões de euros pela totalidade dos bens (fábrica, equipamentos e frota), que os antigos trabalhadores consideraram “um insulto”.

O processo de venda da Triumph à TGI, que decorreu durante um ano, chegou a ser muito contestado pelos trabalhadores e pela Câmara Municipal de Loures, que temiam que a fábrica encerrasse definitivamente.

Depois de concluída a venda, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, deslocou-se em janeiro de 2017 à fábrica e congratulou-se por esta continuar a laborar em Portugal e manter os postos de trabalho.

No entanto, em novembro desse ano, a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que iria ocorrer um processo de reestruturação, que previa o despedimento de 150 pessoas.

Em 5 de janeiro deste ano, depois de tomarem conhecimento de que a administração tinha dado início a um processo de insolvência, as trabalhadoras iniciaram uma vigília de 20 dias à porta da fábrica, tendo durante esse período vários deputados, autarcas e sindicalistas se deslocado ali para levar mantimentos e demonstrar a sua solidariedade.

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Banco Atlantico Europa triplica lucros no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 16 Maio 2018

Os lucros do banco Atlantico Europa subiram 205% no primeiro trimestre deste ano para 5,1 milhões de euros, face aos 1,7 milhões de euros registados no mesmo período de 2017.

Os lucros do banco Atlantico Europa subiram 205% no primeiro trimestre deste ano para 5,1 milhões de euros, face aos 1,7 milhões de euros registados no mesmo período de 2017, foi hoje anunciado.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, aquela instituição financeira aponta que os resultados antes de impostos se fixaram em 7,589 milhões de euros, uma subida de 170% face aos primeiros três meses de 2017, período no qual o montante atingido foi de 2,8 milhões de euros.

Também o produto bancário “cresceu 76% face ao primeiro trimestre de 2017, para 11,1 milhões de euros, suportado pelo aumento das comissões líquidas em 29% e das receitas de tesouraria e mercados em 617%, face ao mesmo período do ano anterior”, refere. Na nota de imprensa, o banco Atlantico Europa destaca também que o rácio de solvabilidade fixou-se em 20,5%, sendo “um dos mais elevados do sistema bancário nacional”.

No que toca aos custos de funcionamento, “aumentaram 24%, atingindo 3,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, resultado do crescimento do banco, que nos últimos 12 meses aumentou o número de colaboradores em 25% para os atuais 167”, assinala.

Relativamente aos recursos totais de clientes, “mantiveram-se estáveis no primeiro trimestre de 2018, nos 1,2 mil milhões de euros”, de acordo com o banco, que aponta que “o crédito concedido registou um valor de 71 milhões de euros contra 95,7 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, decréscimo resultado de uma política conservadora do Atlantico Europa na concessão de crédito e uma estratégia que privilegia a atividade transacional”.

“Sublinhe-se também o aumento de 30% dos valores entregues para o Fundo de Resolução e Imposto Extraordinário para Setor Bancário que, no primeiro trimestre de 2018, ascendeu a 1,1 milhões de euros”, contra 918 mil euros no período homólogo de 2017, adianta aquela entidade.

Citado pela nota de imprensa, o presidente executivo do banco Atlantico Europa, Diogo Cunha, considera que estes resultados “evidenciam o reforço da solidez e performance financeira do banco, sendo que o nível de rentabilidade muito acima do mercado foi positivamente impactado não só pela evolução do modelo de negócio das diferentes áreas, como pela evolução favorável das taxas de juro na Zona Euro”.

“Face ao plano de crescimento estabelecido, não é expectável um nível tão elevado nos restantes trimestres do ano”, acrescenta o responsável.

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Perdão de dívida faz tremer Itália. Juros disparam, bolsa cai com banca em stress

Além de os juros a dez anos da dívida italiana estarem a subir mais de dez pontos base, a subida mais acentuada desde julho do ano passado, a bolsa está a afundar.

Itália está no centro do furacão. O Movimento 5 Estrelas e a Liga, que tentam formar Governo, estarão a estudar um perdão de dívida de 250 mil milhões de euros. E os efeitos já se fazem sentir nos mercados.

Além de os juros a dez anos da dívida italiana estarem a subir mais de dez pontos base — a subida mais acentuada desde julho do ano passado — a bolsa está a afundar. A praça italiana cai 1,78%, naquela que é a pior sessão em cinco meses. O setor financeiro está a ser fortemente penalizado, com o índice que agrega os bancos a afundar 2,7%.

Bolsa de Milão sob forte pressão

Fonte: Reuters

Este desempenho fortemente negativo da bolsa italiana, que cai para 23.864 pontos, contraria a tendência na maioria da Europa — o Stoxx 600 está a subir 0,05% para 292,55 pontos. Mas acompanha o sentimento noutros países do sul do Velho Continente. É o caso de Espanha, com o IBEX a recuar 0,93%, enquanto Portugal oscila entre ganhos e perdas.

Se nas bolsas não se vê o stress, no mercado de dívida registam-se subidas das taxas, o que levou ao aumento dos juros exigidos pelos investidores no leilão de curto prazo feito pelo IGCP. As taxas foram negativas, mas subiram.

Em Itália, o Movimento 5 Estrelas, anti-sistema, e a Liga, de extrema-direita, estão a planear pedir ao Banco Central Europeu um perdão de dívida no valor de 250 mil milhões de euros, de acordo com uma versão preliminar do programa de coligação obtido pelo Huffington Post Italia e citado pela Reuters. Entretanto, Armando Siri, da Liga, avançou a mesma informação à televisão La7, esta quarta-feira, escreve a Bloomberg.

O documento inicial também pedirá uma renegociação das contribuições de Itália para o orçamento da União Europeia, o fim das sanções contra a Rússia e planos para acabar com as mudanças que levaram ao aumento da idade de reforma.

Ontem, o líder da Liga, Matteo Salvini, indicou, no Facebook, que as conversações com o Movimento 5 Estrelas entraram na fase final, refere a Bloomberg.

(Notícia atualizada)

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Superchargers da Tesla chegaram à Guarda

  • ECO
  • 16 Maio 2018

Depois de Fátima e Montemor-o-Novo, os Superchargers da Tesla chegaram ao Hotel Lusitânia, na Guarda. A empresa diz que a nova estação liga Portugal a Espanha e cria novas rotas no país.

A Tesla não para de crescer em Portugal. Depois de Fátima e Montemor-o-Novo, os Superchargers da marca chegaram à Guarda. É no Hotel Lusitânia que está localizada a nova estação de carregamento rápido, permitindo aumentar a autonomia do carro em minutos em vez de horas. Para a empresa, esta aposta vai permitir criar uma ligação entre Portugal e Espanha e novas rotas entre o norte e o sul do país.

Superchargers da Tesla chegaram à Guarda

A fabricante liderada por Elon Musk sabe que a maioria dos clientes carrega a bateria do automóvel em casa ou no trabalho, mas muitos querem levar os Tesla de viagem. Foi por isso que continuou a apostar nos postos de carregamento rápido, com a abertura de uma nova estação na Guarda. “Esta estação conta com oito Superchargers individuais e liga Portugal com Espanha, ao mesmo tempo que possibilita novas rotas entre o norte e o sul de Portugal”, nota a empresa.

Em Portugal, esta rede já conta com três Superchargers, que incluem 24 Superchargers individuais, refere. Além do Hotel Lusitânia, na Guarda, a marca conta ainda com um Supercharger em Fátima e outro no L’And Vineyards, Montemor-o-Novo, próximo da Autoestrada A6.

Superchargers em Fátima, Montemor-o-Novo e agora Guarda

Estes postos de carregamento rápido juntam-se às estações de Carregamento no Destino em Portugal, sendo que também esta rede está a crescer. “Com esta rede, a Tesla melhorou ainda mais a experiência do carregamento ao associar-se com hotéis, resorts e restaurantes de todo o mundo, replicando nos estabelecimentos públicos a prática experiência de carregamento que os utilizadores da Tesla estão habituados a ter em casa”, refere. Esta solução permite carregar os carros até 80 quilómetros de autonomia por hora.

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Nunca houve tantos multimilionários. 2.754 pessoas têm mais de 7,7 biliões de euros

Investem no setor financeiro na indústria, imobiliário e tecnologia, são maioritariamente homens e muitos herdaram as fortunas. E são cada vez mais.

O número de multimilionários está a aumentar e, no passado, atingiu um novo recorde. Investem no setor financeiro, na indústria, imobiliário e tecnologia, são maioritariamente homens e muitos herdaram as fortunas. Ao todo, já há 2.754 multimilionários, que, em conjunto, detêm uma riqueza superior a 7,7 biliões de euros.

Os números constam do Billionaire Census 2018, elaborado pela Wealth-X e publicado esta terça-feira. O relatório dá conta de que a população mais rica do mundo aumentou em 15% no ano passado, ultrapassando o anterior recorde de 2.473 multimilionários em 2015. A riqueza desta população aumentou a um ritmo ainda mais acelerado: fixou-se em 9,2 biliões de dólares (o equivalente a mais de 7,7 biliões de euros), o que representa uma subida de 24% em relação a 2016.

O aumento da riqueza verificou-se em todas as regiões do mundo, mas sobretudo na Ásia-Pacífico, onde a fortuna acelerou em 29%, para mil milhões de euros. A Europa continua a ser o continente a reunir o maior número de ricos, com 29,8% dos multimilionários de todo o mundo, seguida pela Ásia, que reúne 28,5% dos multimilionários, e pela América do Norte, com 26,4%.

Europa tem o maior número de multimilionários

Fonte: Wealth-X

Fazendo a análise por país, os Estados Unidos vão à frente sem competição: tinham 680 multimilionários no ano passado, que detinham um total de 3.167 biliões de dólares (2,6 biliões de euros). A China, o segundo país com a maior população de ricos, tinha 338 multimilionários, com uma fortuna global de 1.080 biliões de dólares (908 mil milhões de euros).

Estados Unidos são o país com mais multimilionários

 

Fonte: Wealth-X

A grande maioria (mais de 88%) destes 2.754 multimilionários por todo mundo eram homens, mas a proporção de mulheres na população mais rica está a aumentar. No ano passado, as mulheres já representavam 11,65% deste grupo. Ao mesmo tempo, uma parte significativa destes multimilionários investe no setor financeiro e bancário. Seguem-se os setores industrial, imobiliário, manufatura e tecnologia.

Há ainda outra característica comum nesta população: mais de 40% é rica por herança. Ainda assim, aponta o relatório, “a tendência dos últimos 20 anos tem sido de um aumento gradual da proporção de multimilionários self-made“, reflexo das “condições favoráveis do mercado e de um empreendedorismo vibrante liderado pela Ásia e pelo setor tecnológico”.

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Presidente da República sentiu-se “vexado” com atos de violência contra jogadores do Sporting

Marcelo Rebelo de Sousa já veio a público reagir à violência de que foram alvo os jogadores e técnicos do futebol da equipa principal do Sporting. Considera-se "vexado" com o que aconteceu.

“Vexado”. Foi esta a palavra utilizada por Marcelo Rebelo de Sousa para classificar como se sentiu após os atos de violência de que jogadores e técnicos da equipa principal de futebol do Sporting foram alvo na terça-feira à tarde na academia do clube em Alcochete por parte de um grupo de cerca de 50 pessoas mascaradas. Há 23 detidos.

“Ontem tive o sentimento de alguém que se sente vexado pela imagem projetada por Portugal no mundo. Vexado porque Portugal é uma potência no desporto, nomeadamente no futebol internacional, e pela gravidade do que aconteceu”, disse o Presidente da República esta quarta-feira aos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa classificou aquilo que aconteceu como “acontecimentos graves que não podemos normalizar ou banalizar, sob pena de permitirmos escaladas que são más para o desporto português e são más para a sociedade portuguesa como um todo”.

O presidente da República referiu ainda que aquilo que aconteceu “não é uma realidade isolada“, mas sim que se insere num contexto. “É um contexto que conhecemos bem que é o aumento da violência no desporto português, sobretudo no futebol profissional”, disse Marcelo, destacando que essa situação já motivou intervenções de responsáveis do setor, do governo e até esteve na origem de um debate na Assembleia da República. Intervenções que diz serem “prova que o problema existe”.

Mas as críticas não ficam por aqui. “Em Portugal não pode haver dois portugais: um Portugal que é Estado de direito democrático e um Estado que vive à margem do direito democrático”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que “há uma Constituição, leis e um clima de serenidade que é preciso criar“.

Perante a gravidade do que aconteceu, o o Presidente da República diz que é necessário atuar. “É fundamental para o próprio futebol, para o próprio desporto e para a própria sociedade que se perceba que o clima criado ao longo dos tempos — que foi debatido no Parlamento, que foi objeto de chamadas de atenção do Governo e de responsáveis de toda a ordem — não pode nem deve continuar, sob pena de uma escalada que vai destruir o desporto português, desprestigiá-lo lá fora, desprestigiá-lo cá dentro e nessa medida empobrecer a sociedade portuguesa”, defende.

“Temos de parar para refletir, para as instituições que têm de atuar atuarem. Este é o momento de travar a escalada. Se não é travada agora, quando tiver de ser travada mais adiante, é por meios muito mais graves e penosos. E todos queremos evitar isso”, concluiu.

(Notícia atualizada às 12h15 com mais informação)

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Sporting. Braço direito de Bruno de Carvalho detido

André Geraldes foi detido, esta quarta-feira, no âmbito de um alegado de esquema de corrupção relacionado com a compra de árbitros no futebol e no andebol. Foram também detidos outros três homens.

O homem forte do futebol no Sporting acaba de ser detido. De acordo com a Sic Notícias, no âmbito de uma investigação a suspeitas de corrupção no futebol e andebol, além de André Geraldes também foram detidos, esta quarta-feira, o empresário João Rodrigues, Gonçalo Gonçalves (braço direito de Geraldes) e o empresário Paulo Silva.

A Polícia Judiciária está a fazer buscas à SAD do clube verde e branco, em Alvalade (Lisboa), desde cedo. Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou que está a investigar um alegado esquema de corrupção relacionado com a compra de árbitros no andebol, no futebol e em outras modalidades desportivas. A operação chama-se “Cash Ball”.

De acordo com o Correio da Manhã, que cita conversas e trocas de mensagens de voz entre empresários e o braço direito de Bruno de Carvalho, André Geraldes “coordenava toda a batota”, que passava por garantir a vitória dos leões e a derrota do Futebol Clube do Porto. O esquema terá abrangido a época de 2016/17, que acabou por ser ganha pelo Sporting.

O empresário Paulo Silva terá, por outro lado, assumido o papel de intermediário, neste caso. O mesmo jornal publicou uma entrevista em que Silva confessa ter alinhado no esquema “ao serviço do seu clube do coração” (o Sporting) e explicou que recebia 350 euros por cada árbitro de andebol que corrompia.

A Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou na terça-feira que ia denunciar ao Ministério Público (MP) a alegada corrupção a equipas de arbitragem por parte do Sporting, remetendo ainda o processo para o Conselho de Disciplina (CD).

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