Crise no Sporting chega à bolsa. CMVM pede explicações à SAD

O regulador dos mercados pediu informações sobre "tudo o que materialmente possa afetar" o Sporting. Nisto inclui-se, por exemplo, a perda de jogadores, que podem rescindir por justa causa.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu informações à SAD do Sporting, cotada na bolsa de Lisboa, sobre o impacto “material” que os últimos desenvolvimentos poderão ter sobre a empresa, apurou o ECO. Em causa está a crise no seio do clube, que arrisca perder jogadores, que têm base legal para rescindir com justa causa, depois de terem sido agredidos na Academia, bem como o caso de corrupção em que o Sporting está envolvido, suspeito de ter comprado resultados no andebol.

O regulador dos mercados pediu informações sobre “tudo o que materialmente possa afetar” o Sporting. Nisto inclui-se, por exemplo, a perda de jogadores de futebol, que têm base legal para rescindirem com o clube por justa causa, depois de um grupo de cerca de 50 pessoas mascaradas ter invadido a Academia do Sporting e ter agredido jogares e equipa técnica.

Ao mesmo tempo, esta manhã, a Polícia Judiciária está a fazer buscas na SAD do Sporting, em Alvalade, relacionadas com suspeitas de atos de corrupção. Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou que o Ministério Público estava a investigar um alegado esquema de corrupção relacionado com a compra de equipas de arbitragem no andebol e que envolvia o Sporting.

O Correio da Manhã escreve que este alegado esquema de corrupção envolvia “a compra de equipas de arbitragem, quer para os leões ganharem, quer para o Futebol Clube do Porto, com o qual disputaram o campeonato até ao fim, perder” e abrangeu a época de 2016/17, ganha pelo Sporting.

O mesmo jornal escreve esta quarta-feira que já foram detidas quatro pessoas na sequência das buscas que decorrem na SAD do Sporting: André Geraldes, diretor de futebol do Sporting, Gonçalo Rodrigues, funcionário do gabinete de apoio ao atleta, Paulo Silva, o empresário que denunciou o esquema, e João Gonçalves, também empresário. Em causa, escreve ainda, poderão estar também jogos de futebol. Um deles será o Vitória de Guimarães – Sporting, da época passada, que terminou com a vitória do Sporting por 5-0.

Na sessão desta quarta-feira, ainda não houve qualquer transação das ações do Sporting, que fecharam na última sessão a 76 cêntimos.

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Altri dispara 10%. Papeleiras em recorde à boleia da consolidação

As ações da papeleira lideram os ganhos do PSI-20, num dia marcado por máximos históricos para as papeleiras nacionais. Movimentos de consolidação no setor e resultados puxam pelas ações.

A Altri é a estrela que mais brilha, num dia em que as papeleiras sobressaem pela positiva na praça lisboeta e com recordes históricos. As ações da papeleira comandada por Paulo Fernandes lideram os ganhos do PSI-20, depois de já terem estado a valorizar mais de 10% para assinalar um novo máximo de sempre. Sinais de consolidação no setor do papel são um dos principais motores dos ganhos da Altri, mas também das restantes papeleiras nacionais.

As ações da Altri seguem a valorizar 7,95%, para os 7,20 euros, liderando os ganhos do PSI-20, depois de já terem disparado 10%, para marcar um novo máximo histórico nos 7,35 euros. As restantes papeleiras — Semapa e Navigator — seguem-se-lhe com os segundos e terceiros melhores registos do índice bolsista de referência.

Altri em máximos de sempre

A Semapa que anuncia, após o fecho do mercado, o balanço das suas contas relativas ao primeiro trimestre vê as suas ações somarem 3,62%, para o 20,35 euros, enquanto os títulos da Navigator avançam 2,86%, para os 5,39 euros.

Qualquer destes três títulos está a ser impulsionado por notícias que dão conta de movimentos de consolidação no setor. A imprensa brasileira noticiou que a Asia Pacific Resources International (APRIL) fechou um acordo exclusivo com a Lwarcel, tendo feito uma proposta para comprar a sua fábrica de pasta em Lençóis Paulista nos próximos 60 dias.

Numa nota de análise, o BPI recorda que a Lwarcel tem estado à procura de um parceiro para a sua unidade industrial, que permitiria à empresa implementar um projeto de expansão que poderia aumentar a produção em Lençóis Paulista das atuais 250 mil toneladas por ano para 1,5 milhões. A Altri e a Navigator eram apontadas como interessadas na compra da brasileira Lwarcel, juntamente com a chilena Arauco. “A aquisição da Lwarcel por um player ibérico faria sentido de um ponto de vista estratégico mas a APRIL parece disposta a fazer uma oferta mais agressiva”, referem os analistas do BPI.

Este negócio, que deverá estar iminente, é conhecido dois meses depois de ter sido anunciado que as duas maiores empresas de pasta do Brasil, a Fibria e a Suzano, vão avançar para uma fusão e dar origem à maior produtora mundial desta matéria que serve de base à produção de papel.

Mas há mais fatores que poderão ajudar a explicar o registo destacado das ações da papeleira liderada por Paulo Fernandes nesta sessão. Especificamente, os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano que agradaram ao mercado. A Altri anunciou na sexta-feira passada que os seus lucros quase duplicaram naquele período. A empresa registou lucros de 32,6 milhões de euros até ao final de março, o que representa um aumento de 90,6% face ao mesmo período do ano anterior. O reforço do perfil exportador da empresa ajudou a puxar pelos seus resultados.

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Advocatus Summit: “É um paradoxo clássico. Quanto mais rígido é o despedimento, mais se contrata a termo”

Já arrancou o terceiro painel da Advocatus Summit subordinado ao tema "Legislação laboral: que impactos podemos esperar das mudanças previstas?"

Já arrancou o terceiro painel da Advocatus Summit subordinado ao tema “Legislação laboral: que impactos podemos esperar das mudanças previstas?” que conta com a presença de Nuno Morgado, sócio da PLMJ, Rui Valente, sócio da Garrigues, Pedro Pardal Goulão, sócio da MLGTS, e José Celestino, chefe do Gabinete Jurídico-Laboral da TAP.

A Adocatus Summit pretende ser o meeting point entre a advocacia de negócios e o setor empresarial. O encontro conta com o patrocínio oficial de sete escritórios de advogados: a CMS Rui Pena & Arnaut, Garrigues, MLGTS, PLMJ, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, SRS Advogados e VdA.

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China duplica lucros da Ageas. Portugal ajuda

  • Lusa e ECO
  • 16 Maio 2018

O lucro do grupo segurador belga Ageas mais do que duplicou, de 110 para 248 milhões de euros. E graças ao crescimento da atividade na China. Portugal também ajudou.

O lucro do grupo segurador belga Ageas mais do que duplicou, de 110 para 248 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo, beneficiando dos “excecionais resultados” obtidos na China. Portugal também ajudou, graças ao crescimento do ramo não-vida.

Em comunicado, a Ageas reporta um crescimento homólogo de 35% do resultado líquido da atividade seguradora, para 299 milhões de euros, e uma redução do prejuízo da conta geral para os 52 milhões de euros, face aos 112 milhões de euros negativos do primeiro trimestre de 2017. “As nossas atividades de vida e não-vida voltaram a registar um desempenho sólido que se traduziu num bom resultado operacional, apesar do impacto das condições meteorológicas desfavoráveis na Bélgica e no Reino Unido”, afirma o presidente executivo da Ageas, Bart De Smet, no comunicado citado pela Lusa.

O grupo belga destaca ainda os “resultados excecionais” obtidos na China, na sequência de alterações regulamentares que “levaram a um desvio dos grandes volumes de produtos de prémio único de curto prazo para produtos de prémios periódicos”.

Portugal também deu o seu contributo. Apesar de a quebra das novas subscrições no ramo vida, o ramo não-vida apresentou um bom desempenho, levando a seguradora a afirmar que na Europa Continental o lucro cresceu 7% à boleia da atividade no país.

Fonte: Resultados da Ageas

No que se refere ao desempenho operacional, de janeiro a março o grupo Ageas registou um rácio combinado de 98,8%, contra 98,3% no período homólogo de 2017. O grupo Ageas está presente em 16 países (sobretudo Europa Central e sudeste Asiático), contando com 12 mil trabalhadores e com um volume de negócios de cerca de 27 mil milhões de euros, segundo informação da empresa.

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Centeno mantém prémio máximo aos funcionários do Fisco

  • Lusa
  • 16 Maio 2018

Portaria publicada esta quarta-feira mantém prémio de produtividade máximo, transferindo para o Fundo de Estabilização Tributária 5% das receitas da cobrança coerciva em 2017.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, manteve o prémio de produtividade máximo aos funcionários do Fisco, transferindo para o Fundo de Estabilização Tributária 5% das receitas da cobrança coerciva em 2017, segundo uma portaria hoje publicada.

O bónus, que em 2016 também tinha sido de 5%, é um reconhecimento do Governo perante o “elevado grau de cumprimento dos objetivos estabelecidos” para a Autoridade Tributária em 2017, e “o elevado e exigente padrão de competências profissionais e dedicação” dos trabalhadores do Fisco, reconhece Mário Centeno no preâmbulo do diploma.

O ministro acrescenta ainda, nessa portaria, que este elevado grau de cumprimento é espelhado nos resultados da arrecadação efetiva da receita tributária total no ano passado, bem como do desenvolvimento das atividades globais da Autoridade Tributária (AT).

O Ministério das Finanças define todos os anos a percentagem do montante das cobranças coercivas, realizadas no ano anterior, derivadas dos processos instaurados pelos serviços da AT, que constituem receita própria do Fundo de Estabilização Tributário (FET).

A atribuição dessa receita ao FET resulta da avaliação que o ministro das Finanças faz do desempenho ou produtividade global dos serviços da AT, enquanto organização, face ao grau de execução dos planos de atividades e de cumprimento dos objetivos globais estabelecidos ou acordados com a tutela.

Há mais de um ano, a 27 de abril de 2017, o Conselho de Ministros aprovou uma fusão do FET com o fundo equivalente para os funcionários das alfândegas, o FEA, ambos fundos para financiar suplementos remuneratórios de compensação do grau de especificidade das funções de arrecadação da receita fiscal e aduaneira e de controlo de entrada de bens no espaço europeu.

A decisão da fusão daqueles dois fundos seguiu-se a uma auditoria do Tribunal de Contas, divulgada em abril, que concluiu existir falta de conformidade e transparência nas contas e que aqueles fundos acumularam disponibilidades “manifestamente excessivas”, de 1.163 milhões de euros no final de 2015, face às necessidades, ao arrepio das boas práticas de gestão financeira.

Perante estas conclusões, o tribunal recomendou “iniciativas pertinentes para reapreciar a utilidade” do FET e FEA.

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Imobiliário: Governo “tem de ter cuidado quando faz mexidas em termos de legislação”

Advocatus Summit: o meeting point entre a advocacia e as empresas já arrancou, no Museu Fundação Oriente.

A Advocatus Summit arrancou esta quarta-feira com o tema “Proteção de dados: estão as empresas preparadas?”. Neste segundo painel, com o tema “Imobiliário: O que procura o investidor?“, vamos contar com a presença de Miguel Marques dos Santos, sócio Vieira de Almeida, Gonçalo Reino Pires, sócio SLCM, José Miguel Flórido, Board Member Sonae RP e Jorge Marrão, da Real Estate Sector Leader Deloitte.

No seu ano de estreia, a Advocatus Summit pretende ser o meeting point entre a advocacia de negócios e o setor empresarial. O encontro conta com o patrocínio oficial de sete escritórios de advogados: a CMS Rui Pena & Arnaut, Garrigues, MLGTS, PLMJ, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, SRS Advogados e VdA.

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Portugal capta 1.750 milhões em dívida de curto prazo. Juros foram negativos, mas subiram

O IGCP contou, mais uma vez, com taxas negativas, mas os juros subiram tanto no prazo a seis como a 12 meses. Taxa foi de -0,272% no prazo a um ano.

Portugal conseguiu financiar-se em 1.750 milhões de euros através de dívida de curto prazo. Foi bem-sucedido no montante, mas os juros, que voltaram a ficar abaixo de zero, foram mais elevados. Tanto no prazo a seis como a 12 meses, as taxas subiram.

O montante indicativo global era entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros. A agência que gere a dívida pública portuguesa acabou por conseguir o montante máximo, colocando 500 milhões a seis meses e 1.250 milhões no prazo mais longo, sendo que a procura acabou por ser mais expressiva no prazo mais curto. Ainda assim, passou de três vezes a oferta para apenas 1,73 vezes.

Portugal conseguiu financiar-se novamente com juros negativos, mas não foram recorde. Depois de ter obtido uma taxa de -0,424% em março, agora o juro foi de -0,351%, no prazo a seis meses. No prazo a 12 meses a taxa foi de -0,272%, o que compara com os -0,389% da última emissão idêntica, realizada também em março.

“Conseguimos colocar o montante que pretendíamos, embora a taxas ligeiramente menos negativas do que nas emissões anteriores”, diz Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa. “Mas esta ligeira subida de taxas (e do custo do endividamento) está em linha com a subida na curva da dívida soberana europeia, tanto na dívida curta como na dívida longa”, acrescenta, sublinhando que “mesmo assim as taxas das emissões portuguesas não são tão negativas quanto as dos nossos pares europeus, pelo que os investidores mantêm o interesse”.

Os juros, apesar de subiram, mantêm-se extremamente baixos, reflexo da política monetária do Banco Central Europeu que continua a ser extremamente expansionista. As compras de dívida pública, juntamente com os melhores sinais da economia portuguesa, traduzidos em ratings de qualidade, garantem um custo de financiamento reduzido tanto a curto como a longo prazo.

Esta emissão de dívida de curto prazo segue-se à de longo prazo realizada na semana passada. O IGCP foi ao mercado colocar dívida a cinco e dez anos, operação na qual conseguiu obter um total de 1.207 milhões de euros. Neste duplo leilão de obrigações, tanto no prazo a cinco como a dez anos as taxas foram as mais baixas de sempre. No prazo a dez anos, a taxa de juro foi de 1,670%, sendo de 0,529% a cinco anos.

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Portugal com terceira menor inflação da UE em abril

  • Lusa
  • 16 Maio 2018

Em Portugal, a inflação anual abrandou em abril para os 0,3%, face aos 0,8% de março e aos 2,4% homólogos. Foi a terceira taxa anual mais baixa da União Europeia.

Portugal registou em abril a terceira menor taxa de inflação anual da União Europeia (UE), segundo dados do Eurostat, tendo o indicador abrandado na Zona Euro e nos 28 Estados-membros.

A taxa de inflação anual recuou, em abril, na zona euro, para os 1,2%, face aos 1,3% de março e aos 1,9% do mês homólogo, confirmando-se a estimativa rápida do gabinete de estatísticas da UE.

Na UE, os preços subiram 1,4%, um abrandamento na comparação homóloga (2,0% em abril de 2017) e também em cadeia (1,5% em março).

Chipre (-0,3%) e Irlanda (-0,1%) tiveram taxas de inflação negativas, com Portugal a registar a terceira menor (0,3%).

As maiores subidas anuais dos preços observaram-se na Roménia (4,3%), na Eslováquia (3,0%) e na Estónia (2,9%).

Face a março, a inflação anual recuou em 12 Estados-membros, manteve-se estável num e aumentou noutros 14.

Em Portugal, a inflação anual abrandou em abril para os 0,3%, face aos 0,8% de março e aos 2,4% homólogos.

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Centeno: Congelamento das carreiras era “insustentável” mas é preciso continuar a repensá-las

  • Marta Santos Silva
  • 16 Maio 2018

O ministro das Finanças sublinhou o desafio de renovar uma Administração Pública muito heterogénea, e a importância de oferecer oportunidades de formação e aprendizagem aos trabalhadores.

Mário Centeno defende um “foco renovado na capacitação dos funcionários públicos” para uma Administração Pública melhor e mais formada, agora que as carreiras estão descongeladas, um desafio que, sublinhou, não era “uma tarefa fácil”. A situação do congelamento, porém, era “insustentável”, notou. Mas é preciso continuar a pensar nas carreiras tendo em vista o futuro e a sustentabilidade.

Foram estes os pontos principais da intervenção do ministro das Finanças na abertura da conferência “Percursos Profissionais na Administração Pública: Carreiras e Competências”, a ser encerrada pela Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, e pelo Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita. A iniciativa insere-se num ciclo de encontros para debater os desafios da Administração Pública e decorreu na Torre do Tombo, em Lisboa.

O ministro das Finanças assinalou principalmente a necessidade de um “foco renovado na capacitação dos funcionários públicos”, que exige uma ação concertada de todos desde os próprios trabalhadores aos políticos, parceiros sociais, cidadãos ou empresas. Isto porque existe um grande desafio na gestão da Administração Pública devido à sua grande heterogeneidade.

“Nós sabemos que os trabalhadores da Função Pública têm hoje uma idade média de 47 anos, o que é um grande desafio”, afirmou o ministro. “Somos hoje confrontados com questões de uma transcendência enorme e de importância muito relevante para a sociedade portuguesa, como gerir pessoas mais velhas face à existência de novas tecnologias, como gerir pessoas mais novas que valorizam menos a estabilidade e mais os percursos abertos e a conciliação com a vida pessoal“, exemplificou.

Sobre o descongelamento das carreiras a partir do princípio de 2018, reconheceu que “não era uma tarefa fácil”. No entanto, continuou: “Era uma situação absolutamente insustentável. Foi por isso que o Governo tomou as medidas que tomou. E continua a considerar que só o descongelamento não chega, temos de pensar nas carreiras, porque esse trabalho nunca está completo”.

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PJ faz buscas em Alvalade por suspeitas de corrupção

  • Lusa
  • 16 Maio 2018

A Polícia Judiciária está desde o início desta manhã a fazer buscas na SAD do Sporting devido a suspeitas de corrupção. Em causa está a compra de equipas de arbitragem no andebol.

A Polícia Judiciária está desde o início da manhã desta quarta-feira a fazer buscas na SAD do Sporting, em Alvalade (Lisboa), relacionadas com suspeitas de atos de corrupção, disse à Lusa fonte da PJ. As buscas envolvem elementos da Unidade nacional de Combate à Corrupção.

Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou que o Ministério Público estava a investigar um alegado esquema de corrupção relacionado com a compra de equipas de arbitragem no andebol e que envolvia o Sporting.

Numa resposta enviada na terça-feira à Lusa a propósito do caso revelado pelo jornal Correio da Manhã (CM), a PGR confirmou que o inquérito é dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

Segundo a edição de terça-feira do Correio da Manhã, o alegado esquema de corrupção no andebol envolvia “a compra de equipas de arbitragem, quer para os leões ganharem, quer para o Futebol Clube do Porto, com o qual disputaram o campeonato até ao fim, perder” e abrangeu a época de 2016/17, ganha pelo Sporting.

O CM citava conversas e trocas de mensagens de voz entre empresários, na aplicação da internet WhatsApp, e que segundo o jornal “mostram como André Geraldes, hoje diretor de futebol do Sporting, coordenava toda a batota”.

O jornal publicou ainda uma entrevista com um empresário – Paulo Silva -, alegadamente intermediário em todo o esquema, que confessou ter alinhado no esquema de corrupção “ao serviço do seu clube do coração [Sporting]” e disse que recebia 350 euros por cada árbitro de andebol que corrompia.

A Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou na terça-feira que vai denunciar ao Ministério Público (MP) a alegada corrupção a equipas de arbitragem por parte do Sporting, remetendo ainda o processo para o Conselho de Disciplina (CD).

A FAP emitiu um esclarecimento sobre a notícia avançada pelo jornal Correio da Manhã a propósito do alegado esquema de corrupção para favorecer os ‘leões’ na época 2016/17, quando o Sporting conquistou o título de campeão nacional, após 16 anos de jejum.

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Conselho Geral e de Supervisão da EDP reúne-se hoje. OPA chinesa em cima da mesa

Depois de o Conselho de Administração Executivo da EDP ter afirmado que o preço oferecido pela China Three Gorges é baixo, o Conselho Geral e de Supervisão vai reunir-se. Luís Amado lidera o encontro.

O Conselho Geral e de Supervisão da EDP vai reunir-se hoje, apurou o ECO. É o primeiro encontro após a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges, sendo este o tema em cima da mesa no encontro deste órgão que faz a supervisão da atividade da administração da empresa liderada por António Mexia. O Conselho de Administração Executivo, numa primeira reação, considerou “que o preço oferecido não reflete adequadamente o valor da EDP”.

Luís Amado irá liderar o encontro desta entidade composta por 21 membros, na sua maioria independentes. Esta reunião vem no seguimento da OPA do maior acionista da elétrica portuguesa, que se propôs adquirir a totalidade do capital da empresa que não detém, mas admite o sucesso da operação se ficar com 50% mais uma ação. Para tentar atrair os acionistas, a China Three Gorges ofereceu uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação da empresa.

Esta reunião, onde estará também o presidente executivo do BCP, Nuno Amado, o único acionista “português” da EDP, vai avaliar a oferta chinesa, isto depois de o conselho executivo já ter reagido. António Mexia diz que “irá pronunciar-se em devido tempo sobre os demais termos da oferta”, mas emitiu já um primeiro parecer sobre a OPA.

O Conselho de Administração Executivo considera que o preço oferecido não reflete adequadamente o valor da EDP, salientou em comunicado enviado à CMVM, confirmando a informação que tinha já sido avançada pela Bloomberg. De acordo com a agência noticiosa norte-americana, a empresa liderada por António Mexia estará já a trabalhar com o banco UBS num plano de defesa.

O prémio implícito na oferta é baixo considerando a prática seguida no mercado europeu das utilities nas situações onde existiu aquisição de controlo pelo oferente”, acrescenta a administração da elétrica. Ou seja, a administração junta-se aos analistas, mas também aos investidores, na defesa de um valor superior na OPA em que seja considerado um prémio de controlo justo. Em bolsa, a EDP está a cotar nos 3,439 euros, bem acima da contrapartida da China Three Gorges.

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“O RGPD é uma nova forma de operar entre as empresas e os seus advogados. Há uma mudança de paradigma”

Advocatus Summit: o meeting point entre a advocacia e as empresas já arrancou, no Museu Fundação Oriente.

No seu ano de estreia, a Advocatus Summit pretende ser o meeting point entre a advocacia de negócios e o setor empresarial. O encontro conta com o patrocínio oficial de sete escritórios de advogados: a CMS Rui Pena & Arnaut, Garrigues, MLGTS, PLMJ, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, SRS Advogados e VdA.

O inevitável novo regulamento da proteção de dados, as novas regras laborais, o que procura o investidor no imobiliário, as novas regras de prevenção do branqueamento de capitais, mercado de capitais e ainda o estado da advocacia de negócios fazem parte da conversa ao longo do dia que junta não só advogados como outros players. Conta ainda com a presença incontornável dos sete managing partners dos escritórios patrocinadores, no último painel.

Paula Nunes / ECOPaula Nunes/ECO

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