Startup portuense levanta oito milhões de dólares de investimento

Startup portuense acaba de levantar oito milhões de dólares de investimento numa ronda liderada pela norte-americana Accel. Empresa oferece uma plataforma de criação fácil de aplicações web.

Numa ronda liderada pela prestigiada capital de risco norte-americana Accel, a startup portuense dashdash acaba de levantar oito milhões de dólares (cerca de 6,7 milhões de euros) de investimento. Os fundos arrecadados serão usados para desenvolver o produto da empresa e reforçar a sua equipa: nos próximos meses, a dashdash espera contratar pelo menos 20 engenheiros, na Invicta.

Esta startup oferece uma plataforma na cloud que combina a interface das folhas de cálculo com um back-end sofisticado, permitindo assim aos seus utilizadores criarem facilmente aplicações web. A dashdash assume, por isso, como missão tornar a computação acessível para todos.

“Este investimento significa que podemos focar-nos no nosso futuro e duplicar a nossa equipa técnica. Planeamos aumentar a nossa equipa de sete para 30 engenheiros”, adianta Humberto Ayres Pereira ao ECO. De acordo com o cofundador da empresa, o interesse de uma capital de risco de prestígio como a Accel terá um impacto positivo na perceção dos utilizadores e na aquisição de talento.

Pereira revela que o investimento será ainda usado para melhorar o seu produto. “Começámos a dashdash para democratizar a criação de web apps, dando às pessoas sem qualquer conhecimento em programação a oportunidade de utilizar computação e ativar os seus dados”, sublinha.

Com escritórios no Porto e em Berlim, esta startup tem acesso “ao fantástico talento” da Invicta e à “comunidade vibrante de utilizadores e de marketing” da capital alemã, assegura o representante. “De modo geral, a União Europeia oferece-nos a flexibilidade que precisamos para sermos bem-sucedidos”.

Humberto Pereira e Torben Schulz fundaram a dashdash.Dashdash

Accel estreia-se em Portugal

Acreditamos na missão da dashdash e na sua capacidade de construir uma companhia com forte impacto que porá a computação à disposição de uma grande audiência“, enfatiza Andrei Brasoveanu, da Accel, em declarações ao ECO.

De acordo com o investidor, esta é a primeira aposta da norte-americana numa empresa portuguesa e já despertou o entusiasmo da VC no “profundo talento técnico do ecossistema nacional”. Brasoveanu nota que o ecossistema português beneficia da confluência de três fatores determinantes: universidades de elite, startups em crescimento e hubs com baixos custos de vida muito atrativos para jovens empreendedores.

Além da Accel, a ronda de financiamento contou ainda com a participação da Cherry Ventures, da Atlantic Labs e de outros business angels.

“Apoiámos a dashdash desde a sua fundação pela convicção que temos na capacidade da equipa traduzir uma visão clara e entregar um produto superior que capitalize o movimento de open computing“, conta Filip Dames, sócio fundador da Cherry Ventures.

Por agora, a plataforma da dashdash está fechada a novos utilizadores, contando abrir-se a novos públicos, na segunda metade deste ano. “Estamos motivados para trabalhar de perto com a dashdash enquanto maturam a plataforma e atingem a próxima fase de crescimento”, acrescenta o representante da Accel.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Massa fina ou fofa? Telepizza e Pizza Hut juntam-se para dominar o mundo

  • ECO e Lusa
  • 16 Maio 2018

Uma aliança entre as duas grandes cadeias de venda e distribuição de piza foi anunciada esta quarta-feira, com a vista nos mercados latino-americanos, português e espanhol.

A Pizza Hut e a Telepizza anunciaram esta quarta-feira um acordo estratégico para se expandirem em vários mercados. Na América Latina, sem contar com o Brasil, assim como em Portugal e Espanha, e ainda na Suíça, esta aliança servirá para a abertura de mais lojas de ambas as marcas, com a supervisão da Telepizza.

A Pizza Hut, atualmente com 17 mil restaurantes em mais de uma centena de países, vai duplicar a presença nas regiões previstas pelo novo acordo, passando a ser a maior empresa do género na América Latina e Caraíbas, em número de estabelecimentos. E vai consolidar a posição de maior cadeia de restaurantes de pizza em todo o mundo.

Em Portugal, a Pizza Hut é representada pela Ibersol, contando com cerca de 90 restaurantes, um pouco menos do que a centena de estabelecimentos da espanhola Telepizza.

O Telepizza vai poder abrir, pelo menos, 1.300 novos estabelecimentos durante os próximos dez anos e passa a adquirir o maior número de licenças para representar a Pizza Hut, em todo o mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 16 Maio 2018

A Coreia do Norte intensifica a ameaça de cancelar cimeira, o número de multimilionários com mais de mil milhões de dólares aumentou para 2.754, e outras três notícias que marcam a atualidade mundial.

Dez grandes empresas alertam para os riscos que a Catalunha representa para os seus lucros, e duas grandes alianças formam-se: uma entre a Telepizza e a Pizza Hut, e outra entre a Telefónica e a Amazon. Há mais multimilionários no mundo, e a Coreia do Norte quer recuar da cimeira marcada com os Estados Unidos. Leia aqui as cinco notícias que marcam esta quarta-feira no mundo.

Financial Times

Coreia do Norte deixa conversações com Seul e pode mesmo cancelar cimeira com EUA

A Coreia do Norte está a deixar dúvidas sobre se a cimeira com os Estados Unidos, entre Trump e Kim Jong-Un em Singapura, se irá realmente realizar, mantendo as suas exigências relativamente à desnuclearização. Pyongyang recusa-se a fazer uma desnuclearização unilateral e já ameaçou não comparecer à cimeira com os EUA se essa exigência estiver em cima da mesa. Entretanto, já foram canceladas as conversações com Seul. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

The Guardian

Número de pessoas com mais de mil milhões de dólares disparou em 2017

Havia 2.754 pessoas com mais de mil milhões de dólares em património no final de 2017, mais 357 do que no ano anterior, o que é uma subida recorde, de acordo com o censo da Wealth-X. Jeff Bezos, CEO e fundador da Amazon, continua a ser o mais rico, mas os multimilionários beneficiaram todos de uma “performance ótima dos mercados de ações e da economia mundial”. Em conjunto, estas 2.754 pessoas detêm 9.2 biliões de dólares. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso livre)

Cinco Días

Amazon e Telefónica fazem aliança mundial na ‘cloud’

A espanhola Telefónica uniu-se à Amazon para o setor da cloud empresarial. A aliança, que tem uma escala global, foca-se nos clientes da América Latina e europeus da Telefónica, e o objetivo é impulsionar o uso de serviços da nuvem por parte das empresas. Leia a notícia completa no Cinco Días. (Conteúdo em espanhol / Acesso livre)

Reuters

Pizza Hut e Telepizza unem forças na América Latina e também em Portugal

A Pizza Hut e a Telepizza acordaram uma aliança para acelerar o crescimento de ambas na América Latina, no Caribe, e também na Europa, nomeadamente em Espanha, Andorra, Portugal e Suíça. Para tal, a Telepizza vai supervisionar as lojas Pizza Hut nos novos mercados. Vão ser abertas pelo menos 1.300 novas lojas em dez anos, e 2.550 em 20, de acordo com o anunciado esta quarta-feira, a maior parte das quais da Pizza Hut. Leia a notícia completa na Reuters. (Conteúdo em inglês / Acesso livre)

El Economista

Dez grandes empresas alertam: Risco é grande na Catalunha

Empresas como a Coca-Cola, a Repsol, a Endesa e o El Corte Inglés todas avisam nos seus relatórios anuais de previsão de resultados que a tensão que atualmente se vive na Catalunha, com o risco de secessão novamente presente, é um risco significativo para os seus lucros e para as suas emissões de dívida. A Coca-Cola é uma das mais contundentes, sublinhando que existe “impacto potencial no turismo, no consumo privado e na legislação”. Leia a notícia completa no El Economista. (Conteúdo em espanhol / Acesso livre)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altri fixa novo máximo histórico após disparar 10%. Bolsa de Lisboa cai com a EDP

A bolsa nacional está a perder valor, num dia misto nas restantes praças europeias, numa sessão que está a ser negativa para a EDP. A elétrica cai pela primeira vez desde a OPA.

A bolsa nacional está em queda. Segue a tendência negativa das restantes praças europeias, penalizada pela correção das ações da EDP depois dos fortes ganhos registados após a OPA da China Three Gorges. Também os CTT pressionam, no dia em que entram em ex-dividendo, sendo que a estrela da sessão é a Altri que já esteve a disparar mais de 10%. Atingiu um novo recorde.

O índice de referência da bolsa nacional arrancou a sessão com uma queda de 0,33%. Já reduziu as perdas para 0,06%, estando a cotar nos 5.696,59 pontos, num dia misto nas restantes praças europeias. A bolsa italiana recua 0,5%, enquanto o DAX, na Alemanha, avança. O Stoxx 600, que reúne as maiores empresas do Velho Continente, ganha 0,1%.

A EDP está a pressionar a praça portuguesa. Depois de várias sessões consecutivas em alta, no seguimento da OPA da China Three Gorges que ofereceu 3,26 euros por cada título, as ações estão a corrigir. A elétrica segue a cair 0,35% para 3,428 euros, um valor ainda assim superior ao oferecido pelos chineses, reflexo da expectativa em torno de um preço mais alto.

A EDP Renováveis, também ela alvo de OPA dos chineses, recua 0,19%, assim como a REN e a Galp Energia, num dia de alívio nos preços do petróleo. A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva cede 0,44% para os 17,005 euros, penalizando o PSI-20 numa sessão em que o BCP também contribuiu para a queda. Depois de deslizar mais de 2% na sessão anterior, cede mais 0,73% para 26,36 cêntimos.

Os CTT também pesam no índice, isto no dia em que destaca o dividendo de 38 cêntimos. Está a perder quase 10%, para 2,918 euros, sendo que descontando esse efeito os títulos subiriam 1,96%. Este comportamento acontece depois de a empresa liderada por Francisco de Lacerda ter anunciado a venda de mais um edifício em Lisboa que vai gerar uma mais-valia de 8,5 milhões de euros.

Enquanto a empresa de correios chegou a cair 10%, a Altri esteve já a subir mais de 10%. A empresa de pasta e papel atingiu um novo recorde nos 7,35 euros, seguindo a ganhar 6,45% para 7,10 euros, continuando a beneficiar dos resultados trimestrais. A Navigator, que na última sessão disparou em bolsa, ganha 1,62% para 5,325 euros.

(Notícia atualizada às 8h24 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lone Star reconduz António Ramalho na liderança do Novo Banco

  • ECO
  • 16 Maio 2018

Após seis meses de avaliação, e de monitorização diária da ação dos gestores, o fundo norte-americano Lone Star decidiu reconduzir António Ramalho e restante equipa no Novo Banco.

O Lone Star decidiu reconduzir António Ramalho e restante equipa no Novo Banco. A decisão foi tomada depois de, nos últimos seis meses, o fundo norte-americano ter monitorizado a ação dos gestores diariamente, incluindo as decisões tomadas pelos executivos. E de a instituição financeira ter registado um prejuízo recorde no ano passado.

De acordo com o Público (acesso condicionado), fonte do Lone Star avançou que a gestão de António Ramalho já foi reconduzida, o que foi confirmado por um responsável oficial do Novo Banco, não interrompendo a meio o mandato da atual equipa nomeada pelo Fundo de Resolução em abril de 2017. Uma hipótese contemplada no acordo de aquisição do banco.

Nos últimos seis meses, a comissão executiva do Novo Banco foi avaliada pelos norte-americanos do Lone Star, que monitorizaram a ação dos gestores numa base diária, incluindo as decisões tomadas. A equipa foi entretanto informada que vai continuar a liderar a instituição financeira que resultou da resolução do BES, em agosto de 2014.

A instituição financeira registou um prejuízo recorde de 1,4 mil milhões de euros no ano passado. São já 13 trimestres — dos 14 que tem de vida — de resultados negativos para a instituição liderada por António Ramalho. Um desempenho que se justifica pelas elevadas imparidades que têm sido registadas num processo de limpeza de balanço. Essas imparidades atingiram o valor de 2.057 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ADSE vai verificar rendimentos de cônjuges e familiares

  • ECO
  • 16 Maio 2018

Os familiares de funcionários públicos que beneficiem da ADSE por não terem rendimentos nem prestações sociais vão ver os seus casos analisados para verificar se cumprem os requisitos.

Atualmente, os funcionários públicos e reformados da ADSE podem ter os seus familiares abrangidos por este subsistema da Função Pública se os seus filhos forem menores de 25 e a estudar. Os cônjuges ou familiares dependentes só podem ser abrangidos se não tiverem rendimentos, pensões nem outro regime de prestação social. Agora, a Segurança Social e a ADSE vão assinar um acordo para que estes casos possam ser analisados para verificar se os beneficiários familiares cumprem, de facto, os requisitos em causa.

Os procedimentos vão ser acertados entre a ADSE, a Segurança Social e a Agência da Modernização Administrativa, mas a medida em si foi publicada ontem, terça-feira, no Decreto-Lei de Execução Orçamental, citado pelo DN/Dinheiro Vivo. O diploma entra em vigor esta quarta-feira.

A medida surge no âmbito das recomendações do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE, presidido por João Proença, que pretende ter um sistema de verificação mais apertado para controlar abusos e desperdícios na ADSE, para garantir a sua sustentabilidade. Outras medidas incluem a verificação de faturas dos cuidados médicos prestados aos beneficiários em conjunto com a Autoridade Tributária e Aduaneira, para identificar casos de cobranças excessivas.

Trabalhadores do Estado com contrato individual passam a progredir

O Decreto-Lei de Execução Orçamental esclarece ainda a forma como os trabalhadores com contrato individual com o Estado, que não estão integrados no regime de trabalho em funções públicas, vão poder progredir. Já se sabia que esta regra existia, mas havia dúvidas sobre a sua retroatividade que ficam agora tiradas a limpo: as progressões são retroativas a 1 de janeiro de 2018 tal como o resto dos funcionários públicos.

O Decreto-Lei prevê assim que estes trabalhadores poderão ter acesso a valorizações e acréscimos remuneratórios que decorram da progressão nas carreiras, de acordo com o mesmo faseamento que se aplica aos restantes funcionários públicos: o acréscimo remuneratório pode ser pago em 25% de forma retroativa a 1 de janeiro de 2018, em 50% a 1 de setembro, 75% em maio de 2019 e 100% a 1 de dezembro de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cimpor encolhe prejuízos, mas perde quase 500 milhões

  • ECO
  • 16 Maio 2018

A empresa terminou 2017 com prejuízos de 490,3 milhões de euros. Apesar de o valor ainda ser elevado, representa uma melhoria de 37,8% face ao mesmo período do ano anterior.

A Cimpor terminou 2017 com prejuízos de 490,3 milhões de euros. Apesar de o valor ainda ser elevado, representa uma melhoria de 37,8% face ao mesmo período do ano anterior, quando registou perdas de 787,6 milhões de euros.

De acordo com o relatório de gestão de 2017 que será submetido à assembleia-geral de 29 de maio, citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago), o volume de negócios da Cimpor cresceu 2,3% para 1.887 milhões de euros. Uma melhoria que resultou da recuperação da atividade na Argentina, Paraguai, Portugal e África do Sul. Contudo, o EBITDA recuou 15,1% para 299,4 milhões, o que reflete o “abrandamento do mercado no Brasil, a depreciação da libra egípcia e ao aumento dos custos de energia e combustíveis”.

Olhando para as amortizações, provisões e imparidades, estas diminuíram 45,4% em comparação com o período homólogo. Apesar da descida, continuam a somar 427 milhões de euros, dos quais 234 milhões foram reconhecidos no Brasil devido a “projetos de aumento de capacidade que, no atual cenário de atraso de recuperação do mercado cimenteiro brasileiro, não têm bases de curto prazo para prosseguir”.

A empresa precisou de três operações para se capitalizar em 2017. Depois de reconhecer que no final do ano passado não estavam reunidas as condições para um aumento de capital, o plano de capitalização acabou por avançar já depois de a Cimpor ter deixado de estar cotada em bolsa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Novo Banco, ADSE e hospitais

  • ECO
  • 16 Maio 2018

O fundo norte-americano Lone Star decidiu reconduzir a equipa liderada por António Ramalho no Novo Banco. Esta e outras notícias estão em destaque.

Nas notícias desta quarta-feira, destaque para o Lone Star que decidiu reconduzir António Ramalho e restante equipa no Novo Banco. A ADSE vai verificar os rendimentos de beneficiários familiares, isto numa altura em que os hospitais acumulam um ano de dívidas. Já o Governo acabou por suavizar as exigências a empresas para garantir meios aéreos no combate aos incêndios. Entre as empresas, a Cimpor perdeu 490 milhões de euros no ano passado.

Após seis meses de avaliação, Lone Star reconduz Ramalho no Novo Banco

O Lone Star já informou os membros da comissão executiva do Novo Banco que os manterá em funções. Isto depois de, nos últimos seis meses, o fundo norte-americano ter monitorizado a ação dos gestores diariamente, incluindo as decisões tomadas pelos executivos. A informação foi confirmada pelo Lone Star e pelo Novo Banco. Leia a notícia no Público (acesso condicionado).

ADSE vai verificar rendimentos de beneficiários familiares

Os requisitos de inscrição e manutenção dos beneficiários familiares na ADSE vão ser passados a pente fino e a verificação vai incidir sobre a existência de rendimentos, pensões, prestações sociais ou remunerações que aufiram. Esta medida consta do decreto-lei de execução orçamental, que foi publicado na segunda-feira. Leia a notícia no Diário de Notícias.

Hospitais acumulam um ano de dívidas

O Governo injetou 900 milhões de euros nos hospitais do setor empresarial do Estado para regularizassem os pagamentos aos fornecedores. Esta verba já foi usada na totalidade, mas a maioria dos hospitais continua a ter dívidas por pagar com cerca de um ano. Leia a notícia no Jornal de Notícias (acesso pago).

Governo suaviza exigências a empresas para garantir meios aéreos

O Ministério da Administração Interna acabou por ter de ceder e negociar com quatro empresas que acusou de “cartelização” para garantir os meios necessários para combater os incêndios deste ano. Será nos próximos dias que vão ser assinados os contratos de ajuste direto de 28 helicópteros que faltam ao dispositivo de combate com as empresas Helibravo/Heliportugal, Babcock e HTA-Helicópteros, com o Governo a ceder tanto no valor das multas dos contratos como no tipo de helicóptero que aceita. Leia a notícia no Público (acesso condicionado).

Cimpor perde 490 milhões em 2017

A Cimpor terminou o ano de 2017 com prejuízos de 490,3 milhões de euros. Apesar de ainda ser um montante elevado, o valor que representa uma melhoria de 37,8% face às perdas de 787,6 milhões registadas no ano anterior. No relatório de gestão de 2017 que será submetido à assembleia-geral de 29 de maio, a empresa revela que o volume de negócios cresceu 2,3% para 1.884 milhões, graças ao desempenho positivo na Argentina, Paraguai, Portugal e África do Sul. Leia a notícia no Jornal de Negócios (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

O regresso de Portugal ao mercado para emitir dívida, o arranque do período de subscrição da emissão do FC Porto, bem como os resultados da Semapa e a entrada em ex-dividend dos CTT marcam o dia.

Esta quarta-feira fica marcada desde logo por emissões de dívida pública, mas também privada. O Tesouro português regressa ao mercado para colocar dívida de curto prazo através da realização de dois leilões, enquanto tem também início o período de subscrição da emissão de obrigações do FC Porto. Mas há mais eventos a marcar a agenda dos investidores neste dia. Os títulos dos CTT arrancam a sessão a descontar o efeito do dividendo a ser distribuído a 18 de maio pelos acionistas, enquanto já após o fecho da bolsa compete à Semapa divulgar o balanço da sua atividade nos três primeiros meses do ano. A nível mais global, referência ainda para a divulgação dos dados da inflação na Zona Euro relativos a abril.

CTT desconta dividendo às ações

As ações dos CTT deverão arrancar a sessão condicionadas pela entrada em ex-dividend. Ou seja, a descontar o valor do dividendo que a empresa liderada por Francisco de Lacerda irá distribuir pelos acionistas a 18 de maio. Os CTT decidiram distribuir pelos seus investidores um dividendo bruto de 48 cêntimos por ação. De recordar que a empresa dos Correios decidiu ser generosa com os seus acionistas ao partilhar em dividendos o equivalente ao dobro do valor dos lucros registados em 2017. Mais em específico, 57 milhões de euros.

Portugal vai ao mercado: quer mais 1.750 milhões

Esta quarta-feira é dia de Portugal regressar ao mercado para colocar dívida. O Tesouro português realiza dois leilões de dívida de curto prazo, onde pretende obter até 1.750 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses. Esta emissão de curto prazo segue-se à de longo prazo realizada na semana passada e em que Portugal voltou a beneficiar do contexto de juros baixos no mercado.

Pontapé de saída da emissão de dívida do FC Porto

Logo após firmar a vitória do campeonato nacional de futebol, o Futebol Clube do Porto avança com uma emissão de obrigações para o retalho, cujo período de subscrição arranca nesta quarta-feira. Essa emissão de títulos com maturidade a três anos tem como objetivo garantir um financiamento de 35 milhões de euros ao clube liderado por Pinto da Costa. Para atrair os investidores, esta emissão oferece uma taxa de cupão de 4,75%, acima da operação realizada no ano passado.

Semapa revela balanço das contas do primeiro trimestre

Esta quarta-feira, após o fecho do mercado, é ocasião da Semapa revelar o balanço das suas contas relativas aos primeiros três meses do ano. Depois de ter fechado 2017 com lucros de 194 milhões de euros, o BPI espera que a holding de Queiroz Pereira registe nos primeiros três meses de um resultado líquido de 24 milhões de euros. Ou seja, 69% acima dos lucros registados no mesmo período do ano passado, à boleia dos bons resultados da Navigator.

Perda de gás na inflação da Zona Euro em abril confirma-se?

Será o tira-teimas. Esta quarta-feira, será possível confirmar se a perda de gás da inflação na Zona Euro em abril avançada pelo Eurostat na estimativa rápida divulgada no início de maio se confirma ou não. Essa estimativa colocou a inflação no espaço do euro nos 1,2%, em abril, registando uma desaceleração face aos 1,3% registados em março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

De que lado está o único acionista ‘português’ da EDP?

O BCP, o único acionista 'português' da EDP, ainda não se pronunciou sobre a OPA à EDP, mas aparece como intermediário financeiro dos chineses na operação.

Nuno Amado, presidente executivo do BCP.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges (CTG) sobre a totalidade do capital da EDP estará nas mãos dos acionistas, mas, entre os que são de referência, acima de 2%, só há um ‘português’: É o Millennium BCP que tem 2,44% do capital da elétrica através do seu fundo de pensões.

Depois de conhecida a primeira reação oficial do conselho executivo da EDP, que considera o preço de 3,26 euros por ação insuficiente, o banco ainda não fez qualquer comentário sobre esta operação, mas há um dado que pode antecipar a sua posição. O BCP tem um acionista de referência chinês, a Fosun, e é intermediário financeiro da própria oferta.

Desde o aumento de capital do BCP, o poder mudou de mãos. Até então, era a Sonangol a desempenhar o papel de acionista de referência, mas a necessidade de capital trouxe outro acionista, precisamente chinês. A Fosun passou a ser o acionista mais relevante, e foi a Fosun a ditar os movimentos mais recentes no banco, nomeadamente a passagem de Nuno Amado para chairman e de Miguel Maya para presidente executivo. Nota curiosa, António Mexia estava na administração não executiva do BCP, mas já não estará no próximo mandato, enquanto Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade e homem-forte da Fosun em Portugal, vai integrar a administração do banco.

O Fundo de pensões do BCP tem, formalmente, autonomia de decisão sobre a venda da participação na EDP, porque tem de responder perante os respetivos investidores. Por outro lado, o ainda presidente executivo do BCP, Nuno Amado, é membro do Conselho Geral e de Supervisão, indicado, claro, pelo próprio BCP. Neste quadro, de que lado estará o BCP no momento da decisão, quando a OPA chegar ao mercado? Oficialmente, ninguém comenta, mas diversas fontes contactadas pelo ECO garantem que só poderá ter uma posição, e essa será a favor da CGT. Vamos por partes.

Nuno Amado vai ter de pronunciar-se na defesa do interesse da elétrica quando o conselho geral e de supervisão da companhia emitir a sua opinião. António Mexia considera que o preço de 3,26 euros por ação não reflete o valor da companhia, mas deixou uma posição mais estruturada para mais tarde. Mas se Mexia tem esta avaliação, o Conselho Geral e de Supervisão também a terá? E de forma unânime, ou Nuno Amado, por exemplo, vai ter uma posição própria? Depois, do lado acionista, será a administração do próprio fundo de pensões a ter de decidir se aceita ou não este preço e a justificar o racional da decisão, perante os seus próprios investidores.

A OPA vai obrigar a uma clarificação de poder na EDP e, se de um lado estão os fundos e outros investidores como a família Mazzaveu, do outro está a CTG, ou seja, uma empresa pública do Estado chinês. A Fosun, essa, é uma empresa privada chinesa, mas ninguém acredita na possibilidade de um grupo privado desalinhar da estratégia de uma empresa do próprio Estado. Ainda assim, esta posição é de justificação difícil tendo em conta a resposta da administração executiva e, sobretudo, dos investidores nos dias seguintes ao anúncio da OPA.

Os títulos da energética nacional continuam a valorizar e continuam a cotar acima do preço oferecido pela China Three Gorges, de 3,26 euros: Valorizaram mais de 9% e esta terça-feira encerraram com um ganho de 1,18% para os 3,44 euros. A subsidiária EDP Renováveis, que também foi alvo de uma oferta, fechou a subir 0,25% para os 8,075 euros.

(Correção: BCP é intermediário financeiro da OPA e não um dos assessores financeiros)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dez coisas que tem de saber sobre as obrigações do Porto

A SAD do Porto quer 35 milhões de euros dos seus adeptos. O prazo de subscrição das obrigações já arrancou, mas antes de investir nestes títulos que pagam uma taxa de 4,75%, esclareça as dúvidas.

Enquanto o Sporting faz um compasso de espera, receando que as lutas internas travem o apetite dos investidores pelas novas obrigações para pagar o último empréstimo obrigacionista — cujo reembolso foi adiado –, o campeão vai para o mercado. O Futebol Clube do Porto lançou uma emissão de dívida para o retalho com a qual pretende obter 35 milhões de euros. Antes de subscrever os títulos que pagam um juro de 4,75%, esclareça as dúvidas sobre a operação que está agora a decorrer.

Quem pode investir nestas obrigações?

“O público-alvo da FC Porto SAD inclui, para além dos respetivos acionistas, do grupo de sócios e simpatizantes do FC Porto, também os adeptos de outros clubes que se deslocam ao estádio do FC Porto para assistir aos jogos ou que a eles assistem através de meios audiovisuais”, diz a SAD no prospeto da operação. Ou seja, há um grupo que o Porto identifica como mais propenso a adquirir estes títulos, mas todos os investidores, maiores de idade, podem subscrever as obrigações.

Quando se pode subscrever?

O período de subscrição das obrigações do FC Porto já arrancou. “O prazo da oferta decorre entre as 8h30 do dia 16 de maio de 2018 e as 15h00 do dia 1 de junho de 2018, podendo as ordens de subscrição ser recebidas até ao termo deste prazo”, refere a SAD, acrescentando que “os resultados da oferta bem como o eventual rateio serão processados e apurados pela Euronext, sendo divulgados no site da CMVM no dia 4 de junho de 2018”.

Qual o montante da emissão?

“A presente oferta configura-se numa oferta pública de subscrição dirigida ao público em geral, tendo por objeto até 7.000.000 de obrigações, de valor nominal de cinco euros cada uma, perfazendo um montante inicial máximo de até 35 milhões de euros“, refere a SAD. Este valor poderá, contudo, “ser aumentado por opção da FC Porto SAD até ao dia 24 de maio de 2018, inclusive”, acrescenta, sem revelar qual o teto máximo.

Há mínimo de investimento?

“O preço de subscrição das obrigações é de cinco euros por cada obrigação”, mas quem quiser investir terá de aplicar um montante mínimo 20 vezes superior. “As ordens de subscrição devem ser apresentadas em montante, para um mínimo de investimento de 100 euros, correspondente a 20 obrigações e, a partir desse montante mínimo, devem ser expressas em múltiplos de cinco euros (referentes a uma obrigação)”, nota a SAD, acrescentando que “o montante máximo de obrigações que pode ser subscrito por cada investidor está limitado ao montante máximo das obrigações que estão a ser oferecidas à subscrição e ao processo de rateio”.

E se a procura superar a oferta?

“Se a procura de obrigações for superior ao montante máximo das obrigações disponíveis, proceder-se-á a rateio das mesmas, de acordo com a aplicação sucessiva, enquanto existirem obrigações por atribuir”, esclarece o FC Porto. Os critérios são os seguintes:

– Atribuição de 1.000 euros em obrigações a cada ordem de subscrição (ou do número de obrigações solicitadas, no caso de este ser inferior a 1.000 euros). No caso de o montante disponível ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão satisfeitas as ordens de subscrição que primeiro tiverem dado entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens de subscrição que entrarem num mesmo dia útil. Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia útil em que for atingido e ultrapassado o montante máximo da emissão, serão sorteadas as ordens de subscrição a serem satisfeitas;

– Atribuição do montante restante solicitado das obrigações em cada ordem de subscrição de acordo com a respetiva data em que deram entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext, sendo dada preferência às que primeiro tenham entrado (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens que entrarem num mesmo dia útil). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia útil em que for atingido e ultrapassado o montante máximo da emissão, será atribuído um montante de obrigações adicional proporcional ao montante solicitado na respetiva ordem de subscrição, e não satisfeito pela aplicação do critério anterior, em lotes de cinco euros da emissão, com arredondamento por defeito;

– Atribuição sucessiva de mais cinco euros da emissão às ordens de subscrição que, após a aplicação dos critérios anteriores, mais próximo ficarem da atribuição de um lote adicional de cinco euros da emissão. No caso de o montante disponível de obrigações ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão sorteadas as ordens de subscrição a serem satisfeitas.

Para que vai servir este dinheiro?

“O produto líquido da presente oferta destina-se essencialmente a consolidar o respetivo passivo num prazo mais alargado, através do refinanciamento de operações que se vencerão num futuro próximo, nomeadamente o reembolso do empréstimo obrigacionista denominado ‘FC Porto SAD 2015-2018’, no montante de 45 milhões de euros, emitido em 26 de maio de 2015 e com reembolso agendado para 28 de maio de 2018 e ao financiamento da atividade corrente da FC Porto SAD (nomeadamente pagamento a fornecedores)”, refere a SAD.

A SAD azul e branca refere que “tem vindo a recorrer à emissão de novos empréstimos obrigacionistas com o intuito de reembolsar empréstimos obrigacionistas anteriores, tal como ocorreu no exercício 2016/2017 com o empréstimo obrigacionista ‘FC Porto SAD 2017/2020′”. “Na medida em que o montante inicial da oferta é inferior ao montante de reembolso do empréstimo obrigacionista ‘FC Porto SAD 2015/2018’ e, tendo em conta que existe a possibilidade de a oferta não ser subscrita na sua totalidade, a FC Porto SAD poderá que ter de diligenciar junto das suas fontes habituais de financiamento com vista a obter os recursos necessários para cumprimento dos seus objetivos, designadamente mediante financiamento bancário.

Qual o prazo do investimento?

À semelhança das anteriores emissões de obrigações do FC Porto, bem como de outras SAD, também estes títulos de dívida terão uma maturidade de três anos. “Tem uma duração de três anos, sendo o reembolso efetuado ao valor nominal, de uma só vez, em 7 de junho de 2021, salvo se ocorrer o vencimento antecipado”, refere a SAD. Apesar de esta ser a maturidade, o investidor poderá resgatar antecipadamente as obrigações, sendo que para o fazer terá de as vender em mercado — os títulos vão ser admitidos à negociação na Euronext Lisboa. Neste caso ficará sujeito tanto à liquidez como ao preço a que outros investidores estarão dispostos a comprar estas obrigações. Ou seja, poderá vender por um valor igual, superior ou inferior ao da aquisição.

Quanto paga de juros?

Numa altura em que os depósitos bancários oferecem as taxas mais baixas de sempre, as obrigações da SAD do Porto apresentam um juro de “encher o olho”. “A taxa de juro dos cupões é fixa e igual a 4,75%, ao ano (taxa anual nominal bruta, sujeita ao regime fiscal em vigor)“, refere o clube azul e branco, sendo este juro superior ao da emissão realizada no ano passado quando numa emissão em tudo idêntica foi apresentada uma remuneração de 4,25%. O Benfica, também no ano passado, pagou 4%, mas o Sporting vai dar 6% na emissão a realizar em breve.

“Os juros das obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 6 de junho e 6 de dezembro de cada ano de vida das obrigações”, diz a SAD. “O primeiro período de contagem de juros inicia-se a 6 de junho de 2018 e o primeiro pagamento de juros a 6 de dezembro 2018”, remata.

Há comissões?

Há. E são, regra geral, elevadas, encolhendo de forma expressiva a rentabilidade do investimento. Assumindo a manutenção dos títulos até à maturidade, é cobrada a comissão de subscrição, de custódia, pagamento de juros e resgate. O investidor deve tomar em consideração essa informação antes de investir, nomeadamente calculando os impactos negativos que as comissões devidas ao intermediário financeiro custodiante podem ter na rendibilidade do investimento”, nota a SAD. Apesar de a taxa ser de 4,75%, a rendibilidade efetiva do investimento pode encolher de forma expressiva. E, para pequenos montantes investidos, esse “investimento pode nem sequer ser rentável”, alerta a SAD.

E há risco?

As obrigações não são como os depósitos. Não estão protegidas por qualquer fundo de garantia. Estão dependentes da capacidade, ou não, de o emitente cumprir com o seu pagamento, sendo que o Porto apresentou prejuízos no ano passado, estando atualmente com uma situação de capitais próprios negativos — além de não ter qualquer rating.

“O capital próprio individual da FC Porto SAD tem vindo progressivamente a diminuir nos dois últimos exercícios e, a 30 de junho de 2017, tal como aprovado em assembleia geral realizada em 27 de novembro de 2017, é de -70,3 milhões de euros”, lê-se no prospeto da operação.

É neste sentido que a SAD azul e branca refere que estas obrigações “podem não ser um investimento adequado para todos os investidores”. “Cada potencial investidor nas obrigações deve determinar a adequação do investimento em atenção às suas próprias circunstâncias”, refere a SAD.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sporting: “Próximo jogo é um jogo de risco”, diz secretária de Estado

Secretária de Estado da Administração Interna falou esta tarde aos jornalistas sobre violência na Academia do Sporting.

O próximo jogo do Sporting é um “jogo de risco“. A afirmação é da secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, que falou ao fim desta tarde aos jornalistas sobre os “atos criminosos” que ocorreram esta terça-feira na Academia do Sporting, em Alcochete.

“Duas palavras: a primeira, repúdio veemente para com atos de violência, criminosos que ocorreram esta tarde. A segunda, solidariedade para jogadores, técnicos, para quem foi agredido”, reiterou João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, na mesma conferência.

“Temos orgulho no futebol, somos campeões europeus e queremos criar todas as condições para que, no domingo, se viva a festa do futebol, do desporto, um convívio de família e dos verdadeiros adeptos do desporto. Esta é uma missão do Governo que deve ser assumida por todos e todas sem exceção. Tem de haver a expressão de que futebol é igual a orgulho nacional”, acrescentou o responsável.

Isabel Oneto e João Paulo Rebelo responderam às perguntas dos jornalistas e falaram de “criminosos (…) que merecem resposta corajosa a atos que são repudiados por todos”.

A Academia do Sporting, em Alcochete, foi esta tarde palco de violência da parte de alguns adeptos do Sporting, que agrediram jogadores e equipa técnica. De acordo com a secretária de Estado da Administração interna, 21 pessoas terão sido detidas depois dos incidentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.