Rio recusa responder como vota moção do CDS

Assunção Cristas já afirmou que o PSD deve esclarecer a sua posição relativamente à moção de censura ao Governo, mas, para já, Rui Rio recusa fazê-lo.

Rui Rio recusa responder, para já, como irá o PSD posicionar-se relativamente à moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS-PP, a segunda que o partido liderado por Assunção Cristas apresenta nesta legislatura. Os sociais-democratas mantêm-se, assim, como os únicos que ainda não assumiram uma posição perante esta iniciativa, depois de os partidos da esquerda já terem assumido que irão rejeitá-la.

“O Conselho Estratégico Nacional é uma obra dificílima de por de pé. Hoje, só vou falar do Conselho Estratégico Nacional, não vou desfocar as atenções para mais nada. É suficientemente grandioso para só falar sobre isto. Amanhã, falo do que quiserem”, afirmou o líder do PSD, à entrada do Conselho Estratégico Nacional do partido que decorre este fim de semana, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

É desta forma que Rui Rio reage à moção apresentada, na sexta-feira, por Assunção Cristas, que acusou o Governo de “falhar às pessoas”, numa referência ao aumento da contestação social e àquilo que considera ser o agravamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para além disso, o CDS procura, através desta moção, testar o posicionamento político dos restantes partidos — sobretudo, do PSD. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), publicada este sábado, Assunção Cristas assume isso mesmo. “O PSD tem, obviamente, de fazer a sua análise e perceber se está do lado daqueles que acham que o país está mal e o Governo está a falhar — e, portanto, aprovar a moção de censura proposta pelo CDS — ou se tem outra leitura”, afirma ao semanário a líder dos democratas cristãos.

Contudo, para já, o CDS ainda não conseguiu qualquer reação do PSD. PCP, Bloco de Esquerda foram os únicos partidos a reagiram à moção, que foi desvalorizada por todos. “É uma iniciativa que não pode ser levada a sério”, afirmou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira. “Esta moção de censura tem mais a ver com o estado da direita do que com a realidade do país“, acrescenta, por seu lado, o líder do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares. “Praticamente antes de nascer, esta moção política já não conta para o trabalho político e para a decisão política“, assinalou ainda Carlos César, pelo lado do PS.

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