CGD passa no teste do BCE. Cumpre rácios de capital “com margem significativa”

Banco liderado por Paulo Macedo cumpre "com uma significativa margem" os rácios de capital exigidos pelo BCE. É um dos passos necessários para o banco voltar a dar dividendos ao Estado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) diz que cumpre “com uma significativa margem” os rácios de capital que são exigidos pelas autoridades bancárias europeias a partir de 1 março, o que permite dar mais um passo rumo à distribuição de dividendos ao Estado português.

“Considerando os rácios da CGD em 31 de dezembro de 2018, são já cumpridos, com uma margem significativa, todos os novos rácios exigidos em matéria de CET1 (Common Equity Tier 1), Tier 1 e Rácio Total”, informa o banco liderado por Paulo Macedo em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A CGD chegou ao final do ano passado com rácios CET1 phased-in e fully implemented ambos em 14,7%, mais de quatro pontos percentuais acima do mínimo que é agora exigido pelo Banco Central Europeu (BCE) nos dois casos.

Já os rácios fully implemented T1 e Total do banco fixaram-se em 15,7% e 17,0%, mais de três pontos acima do que o supervisor exige a partir do próximo mês.

Superar os testes do SPREPsupervisory review and evaluation process, em que o BCE avalia banco a banco e tem em conta variáveis como o modelo de negócio, fundos próprios e liquidez para determinar os requisitos de capital — tinha sido uma das condições enunciadas por Paulo Macedo para que a CGD voltasse a pagar dividendos ao Estado, algo que não acontece desde 2010. Macedo considerou como bastante “plausível” um montante de 200 milhões de euros a entregar ao acionista, isto após ter apresentado lucros de cerca 500 milhões de euros em 2018.

Mas faltam outros passos a dar, como por exemplo, as autorizações do próprio BCE e da Direção-Geral da Concorrência europeia para que os dividendos da CGD voltem a ser uma realidade.

(Notícia atualizada às 17h42)

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