Palhinhas e loiça descartável desaparecem dos supermercados já em 2020

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

Palhinhas, pratos descartáveis, cotonetes e sacos oxo-degradáveis. Estes são alguns dos itens que vão desaparecer do supermercado já em 2020. O Governo decidiu antecipar a diretiva europeia.

O Governo vai antecipar em, pelo menos, seis meses a diretiva europeia que estabelece o fim da comercialização de produtos de plástico pensados para uso único. As palhinhas, os talheres e os pratos descartáveis são alguns dos itens que irão desaparecer das prateleiras dos supermercados já em 2020.

“A indústria já teria de o fazer. O que estamos a dizer é que vamos antecipar no mínimo em seis meses, talvez um ano, aquilo que é definido pela Diretiva” sobre os Plásticos de Uso Único, explica o ministro do Ambiente, em declarações ao Público. As regras comunitárias definem como meta para o fim dos descartáveis de plástico para os quais existem alternativas o ano de 2021, mas o Executivo de António Costa quer cumprir esse objetivo, pelo menos, um semestre antes.

Além da loiça descartável, também deverão desaparecer os sacos plásticos oxo-degradáveis. A venda destes sacos que se fragmentam em microplásticos (difíceis de remover do meio ambiente) deverá ser proibida a partir de 1 de janeiro de 2020.

Por outro lado, os sacos de plástico com espessura mínima de 50 microgramas deverão ficar mais caros (custam 50 cêntimos atualmente). O Ministério do Ambiente quer que sejam taxados à semelhança do que acontece atualmente com os “sacos leves”.

Garrafas de plástico passam a ser cobradas

A par do fim dos produtos referidos, o Governo está a preparar um projeto-piloto em diversos supermercados de todo o país, no âmbito do qual serão instaladas 50 máquinas para “recolha de garrafas de plástico e latas de alumínio das bebidas”. “É um projeto-piloto que é fundamental para garantir que a 1 de janeiro de 2021, vai haver uma tara retornável universal para todas estas garrafas de plástico”, sublinha o mesmo ministro, em conversa com a TSF.

Quanto ao valor dessa taxa, só no final do ano será fixado o valor, sendo já certo que o depósito devido pelo retorno da garrafa não será feito em dinheiro. “Em dinheiro não vai ser, neste momento. Isso vai depois depender de quem gerir as máquinas, mas serão, em princípio, vales de compras para poderem ser utilizados”, explica João Pedro Matos Fernandes. Na Alemanha, por outro lado, uma garrafa de água equivale a um retorno de 15 cêntimos.

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