Resultados puxam pelo PSI-20. Vitória catapulta Benfica

A Sonae Capital e a Mota-Engil reagiram em alta à apresentação de resultados, com os dividendos a captarem a atenção dos investidores. O Benfica brilhou após a vitória frente aos dragões.

Os lucros (de duas cotadas) e a vitória do Benfica em campo centraram atenções dos investidores, levando a bolsa nacional para novos máximos. O PSI-20 fechou a ganhar 0,72% para 5.277,13 pontos (em máximos de cinco meses), a contrariar as perdas entre as principais praças europeias, com a Mota-Engil e a Sonae Capital a brilharem. A estrela foi, contudo, a SAD dos encarnados, após um fim de semana marcado pelo regresso ao primeiro lugar do campeonato.

A Sonae Capital registou prejuízos de 3,26 milhões de euros em 2018, uma redução em relação aos 5,40 milhões de euros que a empresa tinha perdido em 2017. Ainda assim, no Conselho de Administração anunciou que vai propor à assembleia geral anual de acionistas a distribuição de dividendos no valor de 18,5 milhões de euros, o que corresponde a um dividendo ilíquido de 0,074 euros por ação. A empresa liderou os ganhos no PSI-20, com uma valorização de 4,17% para 0,90 euros.

A construtura Mota-Engil multiplicou os lucros por doze para os 24 milhões de euros, num ano em que as receitas dispararam para recorde. Perante estes resultados, a empresa vai voltar a pagar dividendos aos acionistas: apesar de não ter apresentado um valor, a construtora revelou que entregará entre 50% e 75% dos lucros. Os títulos disparam 3,98% para 2,22 euros.

Clubes espelham desempenho em campo

As cotadas mais exportadoras, especialmente as mais sensíveis à apreciação do dólar, também estiveram entre as que mais ganharam. A Altri subiu 3,84%, a Navigator ganhou 2,04% e a Semapa avançou 1,44%, num dia em que a moeda norte-americana valoriza. O euro está a recuar para 1,1331 dólares. A Galp, por seu lado, somou 1,48%.

No vermelho fecharam apenas quatro cotadas e todas com perdas abaixo de 1%. A Jerónimo Martins corrige dos ganhos da semana passada e perdeu 0,96% para 13,40 euros. A EDP recuou 0,28%, a Pharol cedeu 0,10% e os CTT deslizaram 0,07%.

Fora do índice principal, a estrela foi o Benfica. A SAD encarnada chegou a disparar 10%, para máximos desde 2014, no rescaldo de um Clássico que terminou com uma vitória por duas bolas a uma, permitindo ao clube passar para a liderança do campeonato nacional de futebol. Os títulos encerraram a sessão a ganhar 5,93% para 2,86 euros. Em sentido contrário, a SAD do Porto desvalorizou 5,71% para 0,66 euros por ação.

Juros caem e Grécia regressa ao mercado

Na Europa, a sessão foi mista, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a ganhar 0,16%, o francês CAC 40 a subir 0,39%, o italiano FTSE MIB a valorizar 0,11% e o britânico FTSE 100 a somar 0,36%. No entanto, o alemão DAX deslizou 0,02% e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,05%.

“As bolsas europeias encerraram o dia em trajetória ascendente, com os investidores a digerirem os desenvolvimentos animadores relativamente às relações sino-americanas, o tema que tem servido de pano de fundo dos mercados financeiros nos últimos tempos”, explicaram os analistas do BPI, num comentário de fecho da sessão.

As dívidas soberanas da Zona Euro estiveram também em foco esta segunda-feira, com a Grécia a anunciar que se prepara para uma nova emissão de obrigações a 10 anos. O país mandatou seis instituições financeiras para a venda sindicada que será a segundo colocação de dívida este ano e deverá beneficiar da redução dos juros pagos depois de uma revisão em alta do rating da dívida soberana da Moody’s. A yield da dívida benchmark grega negoceia nos 3,676%, em mercado secundário, tendo já tocada mínimos de um ano. A de Portugal cai para 1,465%.

(Notícia atualizada às 17h05)

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