Rui Rio: “O lema do PS é ‘primeiro a família'”

O líder do PSD reagiu ao chumbo do diploma da contagem do tempo de serviço dos professores e às palavras de António Costa, acusando o primeiro-ministro de mentir e fazendo acusações duras ao PS.

O líder do PSD, Rui Rio, acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro de mentir quando disse que o PSD mudou o seu sentido de voto no diploma que previa a contagem integral do tempo de serviço dos professores e disse que António Costa montou um “golpe de teatro” para perturbar a campanha das europeias que estaria a correr mal ao PS. Rui Rio voltou ainda a lembrar vários casos ligados ao Governo e acusou os socialistas de terem como lema “primeiro a família”.

No momento de votar o diploma, que é só um, e foi hoje. Nesse momento, votámos contra o diploma porque ele não tinha integrado em si mesmo a norma de salvaguarda financeira. O momento de votar o diploma é um, é único e foi hoje no plenário. Por isso, eu lamento que o senhor primeiro-ministro, que foi deputado durante muitos anos, que foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que depois foi ministro dos Assuntos Parlamentares, conhece o processo legislativo como ninguém, tenha hoje dito uma coisa que sabe que é mentira, que é que o PSD votou na comissão de forma diferente à que votou hoje”, disse Rui Rio, a partir da sede do PSD no Porto.

No entender do líder do PSD, todo este processo “foi uma farsa, foi um golpe de teatro” e que põe a nu o que diz ser a “falta de sentido de Estado” do primeiro-ministro.

“As verdadeiras razões [para a ameaça de demissão] foi para perturbar, e até eventualmente se possível parar, e na prática quase conseguiu, a campanha eleitoral para as europeias, que lhe estavam a correr particularmente mal. O PS pôs os seus interesses à frente dos interesses do país”, acusou.

Rui Rio foi mais longe e, depois de enumerar vários casos que considera mais graves e no seguimento dos quais o primeiro-ministro não pediu demissão – como após os incêndios de 2017 e das nomeações de familiares dos membros do Governo e do PS para o Executivo e outros cargos públicos -, disse que “o lema do PS é ‘primeiro a família, depois o PS e depois Portugal'”.

O líder do PSD falava após o chumbo no Parlamento, em votação final global, das alterações aprovadas pelo PSD, CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP ao decreto-lei do Governo relativo à contagem do tempo de serviço dos professores, que garantiam a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias, e ainda a contagem em pleno e com efeito retroativo do primeiro terço a 1 de janeiro de 2019.

No seguimento da mudança do sentido de voto dos partidos da direita que levaram a esse chumbo, António Costa falou ao país e disse que o voto foi uma “vitória da responsabilidade”, deixando ainda assim acusações ao PSD e ao CDS-PP, mas nunca aos partidos à esquerda.

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