Moeda chinesa recupera de mínimos históricos. Mercados respiram de alívio

O yuan, a moeda chinesa, recuperou de mínimos históricos, deixando os mercados respirarem de alívio. Lisboa não é exceção e está a somar ganhos ligeiros.

No dia em que a China provocou uma quebra acentuada na sua moeda, na sequência de mais tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, os mercados afundaram. Contudo, esta terça-feira, o yuan recuperou, levando os mercados a respirarem de alívio. Lisboa acompanhou essa tendência positiva e está a apresentar ganhos ligeiros, impulsionada pelo BCP e pela Jerónimo Martins.

O PSI-20 está a somar 0,25% para 4.863,21 pontos, depois de ter tocado um mínimo de sete meses na sessão anterior. Das 18 cotadas nacionais, sete estão em queda, três mantêm-se inalteradas e as restantes estão a cotar no verde.

A contribuir para este desempenho do principal índice bolsista nacional, que contraria a tendência de queda do resto da Europa, estão os títulos do BCP que valorizam 0,68% para 0,2208 euros e ainda os da Jerónimo Martins que somam 0,64% para 14,08 euros.

Por outro lado, a travar uma subida mais acentuada estão as ações do setor energético. A Galp Energia está a perder 0,34% para 13,26 euros, numa altura em que o barril de petróleo está a subir nos mercados internacionais. Por sua vez, a EDP recua 0,24% para 3,283 euros e a REN cai 0,6% para 2,485 euros.

Trump chama “manipulador cambial” à China

As tensões comerciais agravaram-se depois de, esta segunda-feira, o Banco Central chinês ter determinado uma desvalorização da taxa de câmbio do yuan para o nível mais baixo desde dezembro de 2008, o que provocou uma queda acentuada da moeda chinesa, que recuou para mínimos de 11 anos. Contudo, o yuan dá sinais de recuperação esta terça-feira, depois de Pequim ter tomado medidas para evitar que a moeda desvalorizasse ainda mais.

Esta desvalorização acontece depois de Donald Trump ter acusado a China de usar a moeda para ganhar uma vantagem comercial injusta. O Tesouro norte-americano emitiu mesmo um comunicado informando que considerava a China como “manipulador cambial” e que pretendia envolver o Fundo Monetário Internacional (FMI), por forma a eliminar o que chama de concorrência desleal.

Lembrando que as grandes nações tem a responsabilidade de contribuir para a estabilidade e segurança no mundo, criando condições e oportunidades para o desenvolvimento comum de todos os países, o jornal oficial do Partido Comunista chinês considerou entretanto que os Estados Unidos estão “a destruir deliberadamente a ordem internacional”.

A decisão dos Estados Unidos de rotularem a China como “manipulador cambial” aconteceu menos de três semanas depois que o FMI considerar que o valor do yuan estava em linha com os fundamentos económicos da China, enquanto o dólar americano estava supervalorizado em 6% a 12%, diz a Reuters.

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